Perguntar
Fechar
Um remédio pode deixar de fazer efeito depois de tomar muitos anos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, alguns remédios podem não fazer mais o mesmo efeito depois de algum tempo de uso contínuo, pois o organismo fica tolerante a ele. Nesses casos, o paciente precisa rever com seu médico a melhor opção, aumentar a dose ou trocar a medicação.

A redução do efeito pode ocorrer principalmente com medicamentos hipnóticos, tranquilizantes ou ansiolíticos, sobretudo os benzodiazepínicos.

Os antidepressivos também podem perder o efeito devido à tolerância, embora seja raro. Isso é mais frequente em pessoas que melhoram e param de tomar o remédio antes do tempo, depois têm uma recaída e voltam a tomar, melhoram e param novamente, e assim sucessivamente.

Os antibióticos são outra classe de medicamentos aonde vemos essa alteração acontecer, pode haver redução da sua eficácia quando utilizado por muitas vezes, e com intervalo de tempo curto.

Se por um algum motivo suspeitar que o seu remédio não está mais fazendo o mesmo efeito, não aumente a dose por conta própria em hipótese alguma, pois além de continuar não fazendo efeito poderá causar danos irreparáveis. As superdosagens, especialmente em medicamentos que agem no sistema nervoso podem causar crises convulsivas e até parada respiratória.

O mais adequado é que consulte o médico que receitou o medicamento para reavaliar o caso e fazer os ajustes necessários.

Também podem lhe interessar: 

Tomar remédio com leite corta o efeito?

Fumar corta o efeito de alguns remédios?

Nebacetin e neomicina servem para a mesma coisa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, na maioria das vezes estas duas formulações de pomadas estão indicadas para as mesmas afecções dermatológicas como infecções de pele de diferentes naturezas, como furúnculos, impetigo, entre outras. 

A Neomicina é composta pelo cloridrato de neomicina, já o Nebacetin é composto também pelo próprio cloridrato de neomicina e pela bacitracina, portanto é bastante semelhante a Neomicina pomada.

Esses compostos presentes nessas duas pomadas atuam nas bactérias que estejam presentes em feridas ou lesões de pele, assim impedem o crescimento de várias bactérias capazes de causar infecções.

Caso tenha dúvidas sobre qual pomada utilizar, converse com o seu médico de família ou clínico geral para maiores esclarecimentos. 

Também pode lhe interessar:

Qual o tratamento para impetigo?

Para que serve e como tomar acetilcisteína? É indicado para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Acetilcisteína® é um expectorante indicado para tosse, com objetivo de auxiliar a expectoração e eliminar as secreções pulmonares. Especialmente na presença de secreção densa e viscosa de difícil expectoração.

É utilizado em casos de bronquite crônica, pneumonia, enfisema pulmonar, atelectasias pulmonares (fechamento dos brônquios) e mucoviscidose (doença hereditária que provoca a produção de muco espesso chamada de fibrose cística).

Pode ainda ser usado para casos de intoxicações por paracetamol.

Pacientes com asma e bronquite aguda devem ser avaliados antes de fazer uso da medicação, pelo risco de broncoespasmo.

Como tomar acetilcisteína®?

Não é necessário prescrição médica para adquirir a acetilcisteína®, entretanto, é importante seguir a orientação médica para seu uso.

Acetilcisteína® xarope

Acetilcisteína pediátrico 20 mg/ml

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (5 ml) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (5 ml) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 40 mg/ml

Para os adultos, a dose de 600 mg (15 ml) é indicada 1 vez ao dia, de preferência à noite.

Acetilcisteína® granulado

Acetilcisteína pediátrico granulado de 100 mg

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (1 envelope) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 200 mg e 600 mg

Granulado de 200 mg: deve-se usar 200 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Granulado de 600 mg: deve-se usar 600 mg (1 envelope), 1 vez ao dia e, de preferência à noite.

O tratamento deve durar de 5 a 10 dias para acetilcisteína xarope ou granulado e se os sintomas persistirem o médico precisa ser contactado.

Acetilcisteína é indicado para tosse?

O medicamento é indicado para pessoas que apresentam tosse produtiva (com secreção). A acetilcisteína® age modificando as características da secreção, tornando-a mais líquida e fluida, o que facilita sua expectoração.

Contraindicações da acetilcisteína®
  • Pessoas alérgicas à acetilcisteína e componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 2 anos.
Precauções ao uso de acetilcisteína®
  • Pessoas que têm ou tiveram úlcera péptica, uma vez que o uso do medicamento pode irritar a mucosa gástrica;
  • Pessoas idosas e crianças pequenas com dificuldade para expectorar, devido ao risco de bronco aspiração;
  • Pacientes asmáticos que apresentarem broncoespasmo devem ter o tratamento com acetilcisteína suspenso;
  • Pessoas diabéticas devem ter cuidado ao uso de acetilcisteína, pois a medicação contém sacarose (açúcar).
Efeitos colaterais da acetilcisteína®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso oral de acetilcisteína são gastrointestinais.

Reações alérgicas como choque anafilático, broncoespasmo, edemas e coceira têm sido mencionadas com menor frequência.

Antes do uso de qualquer medicamento, consulte o seu médico. Utilize acetilcisteína conforme a prescrição médica.

Veja também

Tosse com catarro: o que fazer?

Secreção pulmonar: qual o tratamento?

Grávida de 7 meses e teve que tomar benzetacil...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não por causa da Benzetacil. A injeção de Benzetacil é segura para ser usada na gestação. Ela em si não acarreta risco ao bebê. Por vezes, a infecção ou patologia que ela está tratando pode acarretar risco ao bebê a depender da evolução, do tempo de diagnóstico, tempo de tratamento e outras situações clínicas da paciente.

Benzetacil é um antibiótico da família da penicilina bastante usado no combate a algumas doenças, como amigdalite bacteriana comunitária (dor de garganta adquirida fora do ambiente hospitalar), infecções respiratórias e de pele, sífilis, tratamento de longo prazo para prevenção da febre reumática, entre outras.

A Benzetacil pode ser usada na gravidez, desde que tenha a devida indicação do/a médico/a e receita médica adequada. O medicamento não faz mal para o bebê e não causa abortos. Sabe-se que as penicilinas atravessam rapidamente a placenta, embora não sejam conhecidos os efeitos para o feto, caso existam.

Apesar de ser considerada segura para o uso durante a gravidez, a Benzetacil deve ser utilizada apenas quando for necessária, segundo o devido critério médico.

Leia também:

A benzetacil leva quantos dias para fazer efeito?

Tudo sobre a benzetacil?

10 Motivos para Mudar de Anticoncepcional
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais motivos para mudar de anticoncepcional costumam ser os efeitos colaterais que o medicamento pode provocar. Se a mulher não estiver se sentindo bem com o anticoncepcional oral, injetável ou adesivo, é preciso tentar um outro que provoque menos reações adversas.

Alguns motivos (efeitos colaterais) que podem fazer a mulher mudar de anticoncepcional:

  1. Hemorragias entre as menstruações;
  2. Ausência de menstruação;
  3. Dores de cabeça;
  4. Náuseas e vômitos;
  5. Tontura;
  6. Cólicas menstruais;
  7. Dores nas mamas;
  8. Prurido vaginal;
  9. Alterações emocionais e da libido;
  10. Variações de peso.

No entanto, a troca de anticoncepcional também pode ser indicada para tratar problemas específicos, como ovários policísticos, TPM e acne.

A pílula anticoncepcional com progesterona, por exemplo, melhora a TPM e os sintomas pré-menstruais.

A escolha do novo medicamento, porém, deve obedecer a vários critérios para que seja o mais indicado para a paciente. Além do histórico clínico e familiar da mulher, é importante levar em consideração as doses hormonais que variam de acordo com o anticoncepcional.

Por essa razão, a mudança de anticoncepcional deve ser feita com orientação e supervisão de um/a médico/a ginecologista.

Pode lhe interessar também:

Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, nem todas as mulheres podem tomar anticoncepcional. O uso de anticoncepcionais hormonais é contraindicado para mulheres que têm algumas doenças ou apresentam fatores de risco para desenvolvê-las, tais como:

  • Doença tromboembólica ou tromboflebite;
  • Doença vascular cerebral;
  • Infarto do miocárdio;
  • Doença coronariana;
  • Hiperlipidemia congênita;
  • Câncer de mama ou suspeita;
  • Câncer do aparelho reprodutor ou outros tipos de câncer dependentes de hormônios;
  • Sangramento uterino anormal sem causa determinada;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Hipertensão arterial (acima de 140 x 90 mmHg);
  • Diabetes insulinodependente grave;
  • Fumantes com mais de 35 anos;
  • Doenças do fígado;
  • Lúpus eritematoso sistêmico.

Mulheres com gravidez confirmada ou suspeita de estarem grávidas também não devem tomar anticoncepcional.

Existem outras situações que apesar de não impedirem o uso de anticoncepcionais hormonais, exigem uma supervisão médica cuidadosa. Dentre elas estão:

  • Anemia falciforme, obesidade, varizes importantes, imobilização;
  • História de icterícia gravídica e problemas de excreção biliar;
  • Doenças da vesícula biliar;
  • Enxaquecas com sintomas neurológicos;
  • Epilepsia, psicose e neuroses graves;
  • Hipertensão arterial leve ou moderada;
  • Insuficiência renal ou cardíaca;
  • Diabetes moderado;
  • Uso de medicamentos que interagem com o anticoncepcional.

Também podem lhe interessar:

Tomar anticoncepcional durante muito tempo faz mal?

Dúvidas sobre Anticoncepcional

Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Antes de começar a tomar o anticoncepcional a mulher deve primeiro passar por uma consulta com o médico ginecologista, médico de família ou clínico geral, que irá avaliar os riscos e verificar se existe alguma contraindicação quanto ao uso do medicamento.

Anticoncepcional pode causar queda de cabelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Alguns anticoncepcionais podem causar queda de cabelo.

Os anticoncepcionais contendo estrógeno em combinação com progesterona podem provocar perda de cabelo tanto no couro cabeludo quanto em outros locais do corpo.

Por ser um possível efeito colateral do anticoncepcional, a queda de cabelo não é observada necessariamente em todas as pessoas que fazem uso da medicação.

Toda medicação pode provocar efeitos indesejáveis além do seu efeito esperado. No momento da escolha do início da medicação ou da continuação da mesma, os efeitos indesejáveis devem ser ponderados e, caso sejam superiores aos benefícios, é recomendado optar por outra medicação ou método anticoncepcional.

Caso a queda de cabelo seja intensa e provoque incômodo em você, procure o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação.

Leia também:

Quais os problemas que causam queda de cabelo?

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Vantagens e desvantagens do anticoncepcional injetável?

10 motivos para mudar de anticoncepcional

Vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Uma das principais vantagens do anticoncepcional adesivo é a comodidade de uso, uma vez que a eficácia, contraindicações e efeitos colaterais são praticamente os mesmos da pílula anticoncepcional. As suas desvantagens incluem o fato de ser visível, poder causar irritação na pele, além de ter efeitos colaterais e riscos muito semelhantes à pílula oral.

Conheça as principais vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo quando comparado com outros métodos anticoncepcionais.

Quais as vantagens do anticoncepcional adesivo?
  • Comodidade de uso;
  • Menor risco de esquecimento;
  • É bastante eficaz se usado corretamente (99,9% de eficácia);
  • Não perde eficácia quando há problemas gastrointestinais como vômitos ou diarreia;
  • Facilidade de uso para mulheres que têm dificuldades de engolir a pílula;
  • Reduz os riscos de câncer de ovário e de endométrio, assim como outros métodos contraceptivos hormonais, como a pílula e o anticoncepcional injetável;
  • Não interfere de forma significativa na eficácia de outros remédios;
  • Sua eficácia é menos comprometida pelo uso simultâneo de outros medicamentos como os anticonvulsivantes.
Quais as desvantagens do anticoncepcional adesivo?:
  • Não previne DST;
  • Precisa da intervenção da usuária, o que pode aumentar as chances de uma gravidez indesejada;
  • Pode causar alergias e irritações na pele;
  • É visível, o que pode incomodar algumas usuárias;
  • Apresenta redução da eficácia em mulheres com mais de 90 kg;
  • Tem praticamente os mesmos efeitos adversos dos anticoncepcionais hormonais, como náuseas, dor de cabeça, desconforto mamário, cólicas abdominais, entre outros;
  • Tem os mesmos riscos de eventos trombóticos das pílulas orais.
Quais as contraindicações do anticoncepcional adesivo?

O anticoncepcional adesivo é contraindicado para mulheres com doença no fígado grave, elevado risco cardiovascular (hipertensas não controladas, diabéticas, tabagistas) ou com risco tromboembólico aumentado.

Como usar o anticoncepcional adesivo?

O anticoncepcional adesivo possui os hormônios estrogênio e progesterona, que são absorvidos pela pele e entram diretamente na circulação sanguínea.

Os adesivos devem ser aplicados na pele e substituídos uma vez por semana, durante 3 semanas seguidas, seguindo-se uma semana de pausa, sem o adesivo. Portanto, o adesivo anticoncepcional deve ser usado por 21 dias, seguido de 7 dias de pausa.

A mulher deve ficar atenta para observar se o adesivo está descolando ou não, visto que o descolamento pode afetar a eficácia desse método contraceptivo.

Para maiores esclarecimentos sobre as vantagens e desvantagens do anticoncepcional adesivo, fale com o médico ginecologista ou médico de família.