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Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Alguns dos sinais que podem indicar baixa testosterona são:

  • Diminuição da libido (desejo sexual);
  • Dificuldade de ereção;
  • Perda de massa muscular, diminuição da força muscular;
  • Rarefação de pelos;
  • Instabilidade emocional;
  • Distúrbios de sono;
  • Falta de concentração;
  • Aumento da gordura abdominal;
  • Osteoporose, dores ósseas.

Quando os níveis de testosterona estão baixos, os órgãos que são estimulados por esse hormônio têm sua resposta reduzida, trazendo muitas mudanças ao corpo.

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais, com a mesma importância para o homem, que o estrogênio para a mulher.

Porém, mesmo entre homens saudáveis, existe uma grande variação nos níveis de testosterona sem que sinalize um problema, e quando há mudanças nem todos irão sentir as mesmas alterações ou com a mesma intensidade.

Quais são as funções da testosterona?
  • Auxilia na síntese de proteínas, contribuindo para a massa muscular;
  • Desempenha um papel fundamental no comportamento sexual normal e na ereção;
  • Responsável pela produção de espermatozoides, portanto atua na fertilidade masculina;
  • Além de estar envolvida em diversas atividades metabólicas do corpo como:
    • Produção de células na medula óssea;
    • Aumento de massa muscular;
    • Formação do osso, reduz risco de osteoporose;
    • Metabolismo de lipídios, mantem níveis adequados de colesterol no sangue reduzindo risco de doenças cardiovasculares;
    • Metabolismo de carboidratos;
    • influencia no crescimento da próstata.

No entanto, a testosterona pode estar baixa devido ao envelhecimento natural do corpo, como na andropausa, uma condição hormonal caracterizada por baixa testosterona, que geralmente ocorre em homens com mais de 40 anos de idade.

Leia também: Quais os sinais de excesso de testosterona?

O/A médico/a endocrinologista ou urologista, são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da testosterona baixa.

Qual a diferença entre HPB e câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) e câncer é que a HPB é um aumento de tamanho benigno (não-canceroso) da próstata, enquanto que o câncer de próstata é um tumor maligno que pode se espalhar para outros órgãos.

A HBP é o tumor benigno mais frequente entre os homens, sendo observado em mais de 40% dos indivíduos com idade superior a 50 anos e em cerca de 75% dos homens com mais de 70 anos de idade.

É, portanto, uma condição bastante comum. Não é um tipo de câncer, não apresenta relação com o câncer de próstata, nem aumenta as chances de desenvolvimento do mesmo.

A próstata é uma glândula que envolve a uretra e está presente apenas nos homens. À medida que o homem envelhece, a próstata cresce lentamente (hiperplasia benigna) comprimindo a uretra. Isso provoca dificuldade de urinar além de complicações como infecções e falência da bexiga, se não for tratada.

Por outro lado, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens e é uma doença bem diferente da HPB. O tumor desenvolve-se quando as células da próstata multiplicam-se e crescem descontroladamente, podendo invadir órgãos e tecidos vizinhos ou distantes da próstata.

Quais são os sintomas da HPB?

A hiperplasia benigna de próstata provoca dificuldade para urinar, deixa o jato de urina mais fraco e aumenta a frequência urinária, com intervalos mais curtos entre as micções e pouco volume de urina. Também é comum acordar várias vezes para urinar à noite.

A HPB geralmente surge em homens com mais de 40 anos. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem: interrupção do jato de urina, hesitação para urinar, gotejamento, incontinência urinária, esvaziamento da bexiga, urgência para urinar, dor acima do púbis, entre outros.

Quais são os sintomas do câncer de próstata?

O câncer de próstata provoca dificuldade para urinar e aumenta a frequência urinária diurna e noturna, ou seja, o paciente sente vontade de urinar com frequência de dia e de noite.

Na fase avançada do câncer de próstata, outros sintomas podem estar presentes, como dor nos ossos, dor na coluna lombar, presença de sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outros sinais e sintomas.

Contudo, a grande maioria dos tumores malignos de próstata cresce de forma tão lenta que não manifestam sinais e sintomas durante a vida. Nas fases iniciais, a doença não manifesta sinais e sintomas.

Alguns tumores malignos de próstata podem levar 15 anos para chegar a ter 1 cm de diâmetro. Por isso, é comum o câncer de próstata não manifestar sintomas no início. Porém, há casos em que o tumor cresce rapidamente e pode se disseminar para outros órgãos (metástase) causando agravamento do quadro.

Uma vez que o homem pode desenvolver HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo, é sempre importante consultar o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família para um diagnóstico e tratamento adequado na presença de sintomas.

Tenho 50 anos e não consigo manter meu pênis ereto...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Precisa procurar um médico, para melhor identificar a causa da disfunção erétil. Ansiedade, estresse e outros fatores emocionais são uma importante causa de impotência sexual, e parece sim influenciar o seu caso.

No entanto, doenças orgânicas também podem estar associadas à disfunção erétil, como doença coronária, aterosclerose, diabetes, obesidade ou hipertensão arterial. Por isso, é importante uma avaliação médica.

O que é disfunção erétil?

A disfunção erétil ou impotência sexual é a incapacidade do homem manter relação sexual com ereções satisfatórias durante pelo menos três meses, pode atingir homens de qualquer idade, mas é mais prevalente em homens acima dos 50 anos.

O que causa disfunção erétil?

Diversos fatores podem contribuir para o aparecimento de um quadro de impotência sexual, entre eles:

  • Doenças crônicas (doença coronária, aterosclerose, diabetes, obesidade e hipertensão arterial).
  • Doenças neurológicas (doença de Parkinson, esclerose múltipla)
  • Uso de medicamentos (anti-hipertensores, antidepressivos)
  • Tabagismo
  • Alcoolismo
  • Distúrbios hormonais
  • Doença de Peyronie
  • Traumatismos pélvicos
  • Transtornos de ansiedade ou depressão
  • Estresse
  • Cansaço
  • Dificuldades conjugais
Qual o tratamento da disfunção erétil?

O tratamento da disfunção erétil inclui o controle das doenças que podem interferir e desencadear impotência sexual. Psicoterapia e aconselhamento sexual quanto fatores psíquicos são importante para o estabelecimento dos sintomas. Uso de medicamentos que aumentam a irrigação peniana.

Em algumas situações pode ser necessário tratamento hormonal. Mais raramente pode estar indicado tratamento cirúrgico ou uso de prótese peniana

Caso apresente sintomas de disfunção erétil consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial. Em alguns casos pode ser necessário o acompanhamento também por um médico urologista.

Fiz biópsia de próstata e está saindo sangue no esperma, o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O repouso é aconselhável após a biópsia. Os primeiros dias após a biópsia da próstata pode haver saída de pequena quantidade de sangue pelo esperma, pela urina ou por via retal. Com o tempo ocorre a cicatrização do local da biópsia e a melhora dos sintomas.

Outros sintomas que podem acontecer após a biópsia prostática são dor na região e eventualmente dificuldade para urinar.

Quando devo procurar um médico após a biópsia de próstata?

É muito importante estar atento a sinais de alarme que quando presentes devem levá-lo a procurar um urologista, estes sinais são a incapacidade de urinar, sangramento prolongado que não melhora com o tempo, febre e dor intensa e persistente.

Estes sinais podem indicar uma possível infecção, por isso, devem ser avaliados por um médico.

Na maioria dos casos pode-se voltar as atividades habituais logo após a biópsia, no entanto, muitos médico recomendam evitar atividade física e esforço físico durante alguns dias

Como é feita a biópsia de próstata?

A biópsia de próstata é um procedimento médico caracterizado pela retirada de pequena quantidade de tecido prostático através de uma agulha guiada por ultrassom. O exame é feito sob anestesia e é indolor, embora possa causar algum desconforto.

Esse exame está indicado na situação de suspeita de câncer de próstata, quando por exemplo é encontrado um nódulo ou observa-se alterações na consistência da próstata. Quando o paciente apresenta exames anteriores alterados como um PSA muito elevado e alterações no ultrassom da próstata, também está indicada a realização da biópsia.

Para mais informações consulte o seu médico urologista.

Leia também: 7 causas de esperma grosso e como resolver

Para que serve e como usar clotrimazol (creme vaginal)? Pode usado pelos homens?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Clotrimazol® é um creme vaginal antifúngico, indicado para o tratamento de infecções vaginais (vaginites) provocadas por fungos. É bastante utilizado para o tratamento de candidíase e outras vaginites que tenham corrimento como sintoma.

Pode ser também usado para o tratamento local de vulvite (inflamação na área genital externa da mulher e regiões próximas) e balanite (inflamação na glande e prepúcio do pênis) do parceiro sexual.

Como usar clotrimazol®Infecções vaginais

Introduza o aplicador cheio de creme vaginal (cerca de 5 g) o mais profundamente possível na vagina, uma vez por dia, à noite, ao deitar, durante 6 dias consecutivos.

Siga os seguintes passos:

1. Retire a tampa do tubo e perfure completamente o seu lacre usando a parte pontiaguda (externa) da tampa.

2. Adapte o aplicador ao bico do tubo.

3. Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme entre no aplicador, preenchendo-o completamente.

4. Desencaixe um aplicador e tampe o tubo do medicamento imediatamente (para evitar contaminação).

5. Para aplicar o produto:

Deite-se de costas e relaxe um pouco;

Introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto;

Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina;

Retire o aplicador do canal vaginal.

6. Após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

As pacientes que apresentam infecção externa concomitante (nos lábios vaginais e áreas próximas - vulvite por Candida) também devem aplicar o creme vaginal nestas regiões.

Clotrimazol® deve ser aplicado de acordo com a indicação médica. Os sintomas da infecção desaparecem nos primeiros dias de uso do creme. Entretanto, a medicação deve ser mantida até o fim do tratamento que dura em torno de 6 dias. Ao fim deste período, se os sintomas persistirem é necessário buscar novamente o/a médico/a.

Homens podem usar clotrimazol®?

Sim. Clotrimazol® creme vaginal também pode ser usado por homens nos casos de inflamação da glande ou prepúcio penianos (balanite) provocado por candidíase e contraída pelo contato sexual.

Neste caso deve-se aplicar uma camada fina de creme vaginal na glande e prepúcio do pênis friccionando levemente as áreas afetadas para que o medicamento seja absorvido. O indicado é usar o creme de duas a três vezes ao dia. Este tratamento pode durar de uma a duas semanas.

Cuidados quanto ao uso de clotrimazol®
  • O uso de clotrimazol® não é aconselhável durante o período menstrual;
  • Não utilize absorventes internos, duchas intra-vaginais, espermicidas ou outros produtos durante o tratamento com clotrimazol;
  • Evite relações sexuais durante o tratamento, pois além do risco de transmissão para ou parceiro ou parceira, a eficácia do preservativo ou diafragma pode ser reduzida;
  • O uso de clotrimazol® só deve ser feito por mulheres grávidas ou que estão amamentando sob orientação médica, visto que não existem estudos suficientes para comprovar segurança para o bebê;
  • Se você apresentar febre (38°C ou acima), dor no baixo abdômen, dor nas costas, corrimento vaginal mal cheiroso, náusea, hemorragia vaginal e ou dor nos ombros durante o uso do medicamento, consulte o/a médico/a.
Contraindicações do clotrimazol®

Clotrimazol® creme vaginal é contraindicado em casos de alergia ao clotrimazol ou a qualquer outro componente da fórmula.

Não utilize clotrimazol® sem orientação médica.

O médico clínico geral, médico da família, ginecologista (para as mulheres) ou urologista (para os homens), são os profissionais mais indicados para tratar esses sintomas.

Pode lhe interessar também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

Próstata aumentada: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Próstata aumentada, na maioria dos casos, é um sinal de hiperplasia benigna da próstata. Essa hiperplasia é um crescimento benigno da glândula, observado em praticamente todos os homens com mais de 40 anos de idade. A hiperplasia benigna não é câncer e não aumenta os riscos de câncer de próstata.

Aos 50 anos, cerca de metade dos homens apresentam próstata aumentada, um índice que atinge os 90% em indivíduos na faixa dos 80 anos. Boa parte desses homens convive com isso sem maiores problemas.

No entanto, em alguns, esse processo gradativo de aumento do tamanho da próstata pode causar obstrução do fluxo urinário, que pode levar à falência da bexiga e retenção da urina, o que aumenta o risco de infecções.

Uma vez que a saída da urina torna-se mais difícil, já que a próstata aumentada pode comprimir a uretra, os músculos da bexiga ficam mais volumosos e fortes para conseguir eliminar a urina.

Quais são as causas da hiperplasia benigna da próstata?

As causas da hiperplasia benigna da próstata não estão bem definidas. O aumento de volume da próstata parece estar relacionado com alterações hormonais que ocorrem com o envelhecimento.

Os hormônios envolvidos com esse aumento da próstata são a testosterona, produzida pelos testículos, e a di-hidrotestosterona, produzida pela próstata

Os estrógenos, que são hormônios sexuais femininos, também podem estar envolvidos na hiperplasia benigna de próstata, pois os homens produzem pequenas quantidades desses hormônios.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da hiperplasia benigna de próstata incluem história familiar de hiperplasia de próstata, obesidade, sedentarismo, pressão alta, diabetes, taxas baixas de colesterol “bom” (HDL), doença arterial periférica, tabagismo e dieta inadequada.

Contudo, o principal fator de risco para o aumento de tamanho da próstata é a idade, uma vez que mais de 50% dos homens com 60 anos apresenta algum grau de hiperplasia benigna de próstata.

Quais são os sintomas da próstata aumentada?

Os sintomas da hiperplasia benigna da próstata são decorrentes da obstrução do fluxo urinário devido ao aumento de volume da glândula e incluem jato de urina mais fraco, vontade de urinar constantemente em intervalos mais curtos (com volumes de urina menores), acordar à noite para urinar várias vezes.

No início, há uma dificuldade de iniciar a micção ou uma sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente depois de urinar.

Uma vez que a bexiga continua com urina após a micção, o homem sente vontade de urinar com mais frequência, principalmente durante a noite e com urgência.

Como esse processo vai acontecendo gradualmente ao longo dos anos, o indivíduo acha que é normal e demora a identificar os sintomas.

À medida que a obstrução vai aumentando, o paciente pode começar a apresentar incontinência urinária e urgência miccional (perda involuntária de urina se não urinar rapidamente).

O volume de urina fica mais reduzido, assim como a força do jato de urina, podendo ficar uma gota ao final das micções. Se a próstata estiver muito aumentada, a bexiga pode ficar cheia para além das suas capacidades, causando incontinência urinária.

Em alguns casos de hiperplasia benigna de próstata, o esforço para urinar é tanto que pode aparecer sangue na urina. Se a obstrução da uretra pelo aumento da próstata for completa, torna-se impossível urinar, o que provoca uma dor aguda muito forte na porção inferior do abdômen.

Se houver sensação de ardência ao urinar ou febre, pode haver uma infecção urinária instalada na bexiga (cistite).

Ao permanecer na bexiga, a urina pode levar à formação de cálculos urinários, que provocam dor ao ser eliminados.

Em casos raros, em que o tratamento não é realizado, o resíduo de urina que permanece na bexiga começa a aumentar a pressão sobre os rins, podendo gerar lesões renais.

Qual é o tratamento para a próstata aumentada?

A próstata aumentada requer tratamento apenas quando o paciente apresenta dificuldade para urinar. Existem medicamentos que podem diminuir o tamanho da glândula, mas não são capazes de garantir a ausência de futuras complicações. A cirurgia é necessária em cerca de 20% dos casos.

O tratamento da hiperplasia benigna da próstata é feito com medicamentos específicos que atuam sobre o tamanho da próstata. Em alguns casos, pode haver necessidade de cirurgia.

Também podem ser indicados medicamentos que relaxam a musculatura da bexiga, aliviando a obstrução ao fluxo de urina.

Na presença de infecção urinária, são prescritos medicamentos antibióticos.

Quando os sintomas da hiperplasia benigna de próstata interferem na qualidade de vida do paciente e a medicação não é capaz de controlar o quadro, a cirurgia pode ser a melhor opção de tratamento.

O procedimento cirúrgico consiste na retirada de uma boa parte da próstata, sendo feito na maioria das vezes com o uso de um endoscópio pela via retal. Porém, em alguns casos, a cirurgia precisa ser realizada pela via abdominal.

O diagnóstico e o tratamento da próstata aumentada pode ser feito com o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Tenho 17 anos e desde pequeno tenho muito prepúcio. É normal? Preciso operar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se há um excesso de pele e você precisa sempre estar fazendo algo para driblar seus defeitos anatômicos é sinal de que precisa consultar um urologista para que ele te examine e decida se há ou não necessidade de cirurgia.

4 coisas que precisa saber sobre a Vasectomia
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A vasectomia é uma cirurgia realizada para deixar o homem estéril, através da interrupção do canal que leva os espermatozoides do testículo para o pênis. Trata-se de um procedimento muito simples, realizado com anestesia local e com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos.

Após um tempo, as células que produzem os espermatozoides entram em hibernação e eles deixam de ser produzidos. Os espermatozoides acumulados são absorvidos e a produção só será retomada se houver reversão da vasectomia, dependendo também do tempo que as células ficaram latentes.

A vasectomia é indicada para homens acima de 25 anos ou que tenham pelo menos 2 filhos vivos, ou ainda nos casos em que a gravidez poderá gerar risco de vida para mulher.

1. De que forma é feita a cirurgia de vasectomia?

Primeiramente é realizada uma anestesia na região atrás do escroto, onde será feito um pequeno corte na pele.

O médico então irá localizar o ducto deferente, que são pequenos canais por onde percorrem os espermatozoides, e cortá-los. Assim impede o percurso dos espermatozoides pelo canal da urina (uretra).

Por fim, a pele é fechada com um ponto e é feito um curativo.

O procedimento é rápido e indolor. O paciente é liberado para voltar para casa logo a seguir ao procedimento.

2. Vasectomia é reversível?

A vasectomia pode ser reversível, mas o sucesso da cirurgia de reversão depende de cada caso e pode variar muito. Por exemplo, as chances de sucesso com a reversão num homem que fez vasectomia há mais de 5 anos são bem menores do que se ele tivesse feito a cirurgia há 2 anos.

Um outro ponto que é importante destacar é que a cirurgia de reversão é muito mais delicada que a vasectomia. O melhor é pensar na vasectomia como um método anticoncepcional irreversível, que deve ser usado se o homem estiver psicologicamente preparado para isso.

3. Pode falhar ou há risco de engravidar após a vasectomia?

Sim, pois podem estar espermatozoides vivos nas porções do canal que permaneceram intactas após a vasectomia. Enquanto esses espermatozoides não forem eliminados por ejaculação, existe o risco da mulher engravidar.

Para garantir que não há risco de gravidez, deve-se fazer um exame de espermograma para confirmar a presença de espermatozoides na ejaculação. Se o exame não detectar espermatozoides, a parceira já não irá engravidar.

4. Como é o pós-operatório da vasectomia?

Após a vasectomia, pode haver dor, desconforto e sensação de peso nos testículos, além de desconforto na região das virilhas. A recomendação é de repouso por 2 dias.

Em casa, é indicada a aplicação de gelo ou compressa fria no local durante 20 minutos, a cada 2 horas, para aliviar a dor e o inchaço.

Em caso de inchaço e formação de hematoma no saco escrotal, febre e calafrios, o médico deve ser informado.

Lembrando que para não haver risco de gravidez, é necessário que os canais não tenham espermatozoides vivos no seu interior. Para isso, é necessário aguardar 2 meses ou ter cerca de 20 ejaculações.

A confirmação de que o homem está definitivamente estéril é feita através do exame de espermograma.

A recuperação da vasectomia costuma evoluir sem complicações.

É válido ressaltar que a vasectomia não causa impotência ou outras disfunções sexuais.

O urologista é o médico que realiza a cirurgia de vasectomia e que pode esclarecer as dúvidas quanto ao procedimento.