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Quantas vezes é normal urinar por dia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em média, um adulto saudável, urina de 4 a 6 vezes em um dia. O volume total de urina nessas micções é estimado entre 1.000 a 2.000 ml em 24 horas; ou seja, de 1 a 2 litros por dia.

A criança já urina mais vezes, sendo considerado normal de 5 até 12 vezes por dia, desde que não existam outros sintomas ou queixas. O volume total de urina, também são 2 litros por dia.

Entretanto, muitos fatores podem modificar esses números, sem que indique um problema. A gestação, alimentação, o consumo de água, o clima, temperatura e até o estado emocional, podem interferir nesses valores.

Fazer xixi toda hora é normal?

Depende. Urinar muito durante o dia, para pessoas que bebem muita água, pode ser totalmente normal, principalmente em ambientes mais frios, quando suamos menos, perdendo menos líquido.

No verão, devido ao calor e a perda de líquidos pelo suor, é normal que urine menos, porque o corpo precisa reter mais água, como compensação natural do organismo e para proteger a função renal.

Por outro lado, um volume de urina maior do que 3 litros por dia não é considerado normal, mesmo que beba muita água. Assim como a presença de ardência e mau cheiro na urina. Nesses casos é preciso procurar um urologista para avaliação médica.

O que pode aumentar a vontade de urinar? O que fazer?

Situações que aumentam a vontade de urinar, são por vezes benignas e não necessitam de qualquer tratamento, como a gestação e o hábito de beber muita água. Porém, existem outras situações, que precisam de tratamento, como a infecção urinária e a diabetes.

A seguir detalhamos as principais causas de aumento da frequência do xixi.

1. Diabetes

A diabetes é a causa mais frequente de aumento do volume urinário. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue, maior frequência urinária (poliúria), aumento da sede (polidipsia) e aumento do apetite (polifagia).

Os sintomas do diabetes então incluem sentir muita sede, muita fome e muita vontade de urinar, com volume de urina acima de 2 litros e meio nas 24 horas.

Na presença desses três sintomas, procure um endocrinologista o quanto antes, para uma investigação médica mais cuidadosa, e sendo confirmada, iniciar o correto tratamento.

2. Cistite

A cistite é uma infecção urinária, localizada na bexiga, que causa uma vontade quase constante de ir ao banheiro, porém só consegue eliminar pouca quantidade de xixi. Além disso, apresenta dor, ardência ao urinar, urina muito amarela e com mau cheiro, associada ou não a presença de corrimento e sangue na urina.

Acomete homens e mulheres, embora seja bem mais frequentes nas mulheres.

Na suspeita de uma infecção urinária, procure o seu médico de família, ou um urologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. O tratamento é feito com antibióticos por 7 a 10 dias e aumento do consumo de água.

3. Gravidez

Durante a gravidez, pode ser normal, especialmente no terceiro trimestre, quando o bebê já está maior, ocupando mais espaço na cavidade abdominal da mãe. Nessa fase, a bexiga fica comprimida, com menor capacidade para armazenar a urina produzida.

Por isso, é esperado que a gestante faça mais vezes xixi, mas sem nenhuma outra queixa. A urina se mantém clarinha e sem cheiro. Na presença de sintomas de infecção, com ardência, mau cheiro ou urina escura, é fundamental que procure o seu médico para avaliação.

Importante lembrar que a gestante tem a imunidade mais comprometida, por isso maior predisposição à infecção urinária. Confirmando a doença, precisa iniciar o tratamento com antibióticos rapidamente, a fim de evitar complicações, como o parto prematuro.

4. Doenças da próstata

A próstata é uma glândula exclusiva dos homens, localizada logo abaixo da bexiga e por onde passa a uretra, canal que leva a urina para ser eliminada. A sua principal função é armazenar e secretar o líquido seminal, fluido que se junta aos espermatozoides, para dar origem ao sêmen.

As doenças da próstata causam o aumento do seu volume, que devido à localização, comprime a uretra, dificultando a passagem do xixi. Com isso, o esvaziamento durante a micção não é completo, dando a impressão de estar sempre com vontade de fazer xixi.

A dor, urgência, ou incontinência urinária, são sintomas típicos dessa doença.

O tratamento deve ser definido pelo médico urologista.

5. Bexiga hiperativa

A Bexiga Hiperativa que pode atingir tanto homens como mulheres, se caracteriza por contrações involuntárias da bexiga causando uma vontade constante e urgente de urinar.

Pessoas com bexiga hiperativa costumam urinar mais de 8 vezes por dia, inclusive durante a noite, associada a urgência ou incontinência urinária (perda de pequena quantidade de xixi na roupa, quando não dá tempo de chegar ao banheiro).

O tratamento é definido pelo urologista, com mudanças comportamentais, uso de medicamentos, fisioterapia pélvica, pode ser aplicado toxina botulínica ou, em casos refratários, cirurgias.

6. Ansiedade

A ansiedade é um distúrbio emocional que aumenta a liberação de neurotransmissores no sangue, causando entre outros sintomas, o aumento da vontade de urinar. Parece ter relação com uma estimulação exagerada da bexiga.

O tratamento deve ser feito com psicoterapia e urologia. Por vezes é tão grave e causa tantos constrangimentos, que precisa de tratamento medicamentoso.

Outras causas menos comuns que aumentam a vontade de urinar ou causam a urgência e incontinência são: Consumo exagerado de bebidas alcoólicas, pedras nos rins, doenças neurológicas (AVC, Parkinson, traumatismo craniano), ou efeito colateral de certos medicamentos, como os diuréticos.

Urinar pouco é normal?

Urinar um volume abaixo de 500 ml (meio litro) por dia, não é normal, e deve ser investigado imediatamente.

Se urinar entre 500 ml e um litro durante o dia e antes urinava muito mais, é preciso avaliar se existe um motivo para essa redução, ou se é mesmo sinal de algo errado na sua função renal.

Hábitos ruins como: beber menos de 1 litro e meio de água por dia, praticar exercícios sem se hidratar adequadamente ou consumir muito sal na alimentação, podem sobrecarregar os rins por isso, produzir menor volume de urina. Nesses casos, basta ajustar as medidas sabidamente prejudiciais, para voltar a urinar normalmente.

No entanto, se não houve mudança de comportamento, bebe bastante água, se alimenta bem, e mesmo assim passou a urinar pouco, é fundamental procurar um urologista ou nefrologista, para avaliação do seu sistema urinário.

Quando devo me preocupar?

Os sinais e sintomas que são preocupantes e indicam a necessidade de uma avaliação médica, o quanto antes, são:

  • Urinar mais de 7 vezes ao dia (adulto) e mais de 12 vezes (criança);
  • Urinar mais de 3 litros por dia;
  • Urinar muito pouco (menos de 500 ml por dia);
  • Urina escura e/ou com mau cheiro;
  • Ardência ou incômodo ao urinar;
  • Sangue na urina;
  • Ir várias vezes ao banheiro mas fazer pouco xixi ou
  • Febre alta e perda de peso, junto com alterações na urina.

Para maiores informações sobre as doenças do trato urinário, converse com o seu médico de família ou com urologista, especialista nesse sistema.

Referências:

  • UpToDate. Daniel G Bichet, MD, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep.27, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Urologia (Portal da Urologia).
Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A biópsia da próstata é feita através da retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão, que é então avaliada ao microscópio para detectar doenças. A biópsia da próstata é normalmente indicada quando há suspeita de câncer de próstata após uma avaliação clínica e laboratorial.

O procedimento é geralmente realizado pela via transretal (ânus-reto) e pode ser efetuado no próprio consultório médico, com o paciente acordado e com anestesia local.

Para fazer a biópsia da próstata, o paciente deita-se de lado e é introduzida uma sonda de ultrassom no ânus, semelhante àquelas usadas nas ultrassonografias transretais da próstata, porém, com uma agulha de biópsia acoplada.

Quando o exame é feito com anestesia, praticamente não causa dor, embora possa ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.

Com o ultrassom, o médico consegue identificar a próstata e localizar o nódulo suspeito, inserindo a agulha no ponto exato para a coleta do material. Além dos locais suspeitos, o urologista também costuma tirar pelo menos mais seis amostras difusas de tecido prostático para aumentar a probabilidade de se obter uma amostra positiva.

Quanto maior o volume da próstata, mais amostras podem ser retiradas. Normalmente, o procedimento não dura mais do que 10 minutos e o paciente pode ir para casa logo após. O resultado normalmente leva uma semana para ficar pronto.

Pode acontecer do paciente ter um câncer de próstata e este não ser identificado pela biópsia. Caso o tumor não seja muito grande, a agulha pode não alcançá-lo, sendo obtidas apenas amostras de tecido sadio. Se o quadro clínico for muito sugestivo de câncer e a biópsia apontar apenas tecido saudável, o urologista pode decidir repeti-la.

Quando a biópsia é repetida, o médico pode optar pela chamada biópsia de saturação, em que são obtidas entre 12 e 24 amostras da próstata. Assim, a chance de se pegar uma área afetada por células malignas aumenta consideravelmente.

A biópsia da próstata também pode ser feita pela via transuretral (pela uretra, canal do pênis) ou transperineal (pelo períneo, região entre o ânus e a bolsa escrotal). No entanto, ambas as vias geralmente só são usadas em casos especiais.

As principais informações que levam o urologista a indicar uma biópsia são: presença de sintomas preocupantes, um exame de PSA aumentado, um toque retal que indique tumoração ou irregularidades da próstata ou uma ultrassonografia que detecte um nódulo suspeito.

Veja também: Como é feito o exame de próstata?

Que cuidados devo ter antes da biópsia de próstata?

A biópsia da próstata aumenta o risco de infecção urinária, por isso, é comum o urologista solicitar um exame de urina antes da biópsia. Se o paciente apresentar bactérias na urina (urocultura positiva), a biópsia não é realizada e o paciente deve fazer um tratamento com antibióticos durante 5 a 7 dias para esterilizar a urina.

Mesmo com resultado negativo, é recomendado o uso de pelo menos uma dose do antibiótico uma hora antes do procedimento. É comum também a prescrição de antibióticos durante alguns dias após a biópsia.

Alguns urologistas recomendam a lavagem intestinal com um enema, em casa, no dia do procedimento, embora esta conduta não seja essencial e nem todos os médicos a indicam. Também é indicado jejum de pelo menos 4 horas.

A biópsia é um procedimento que sangra, portanto, os pacientes não devem estar tomando medicamentos que inibem a coagulação. O paciente deve informar o médico se estiver usando medicações como Clopidogrel, Ticlopidina, Aspirina, anti-inflamatórios ou Varfarina, pois a maioria dos urologistas prefere suspender esses medicamentos dias antes da biópsia.

Que cuidados devo ter depois da biópsia de próstata?

Após a biópsia o paciente pode ir para casa. Deve-se evitar atividades físicas e atividade sexual até o dia seguinte. Como alguns médicos optam por uma sedação leve antes da biópsia, não é indicado dirigir após os procedimentos.

É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias. Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.

Se houver muito sangramento urinário ou retal ou se o mesmo persistir por mais de 3 dias, o médico deve ser consultado. A retenção urinária é outro sinal de complicação. Se depois da biópsia o paciente tiver vontade de urinar, porém não conseguir, deve-se contactar o urologista. Se a dor se agravar com o passar dos dias ou ocorrer febre, podem ser sinais de possíveis complicações.

Saiba mais em: Biópsia de próstata: Quais são os riscos e as complicações?

Consulte regularmente seu médico urologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

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Como é o tratamento para câncer de próstata?

O que é hiperplasia prostática?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Hiperplasia é o aumento do número de células em determinado tecido, neste caso, na próstata (prostática). A próstata é uma glândula presente apenas em homens que envolve a uretra. Sua principal função é produzir e armazenar um fluido incolor e levemente alcalino (pH ~ 7,29) que constitui cerca de 20% do volume do fluido seminal, que junto com os espermatozoides compõe o sêmen.

A hiperplasia pode ser benigna (hiperplasia benigna da próstata) ou maligna (quando recebe o nome de neoplasia maligna da próstata ou simplesmente câncer de próstata.

hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou hiperplasia prostática benigna (HPB)  normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos e quando se associa a sintomas do trato urinário inferior (LUTS) pode provocar grande impacto na qualidade de vida.

A hiperplasia do estroma e do epitélio da próstata pode provocar estreitamento da uretra prostática, com dificuldade para urinar.

Já nos casos de câncer de próstata (neoplasia maligna), os sintomas geralmente surgem tardiamente, daí a necessidade de exames preventivos a partir dos 50 anos (toque retal e PSA - antígeno prostático específico, que aumenta na doença).

Às vezes, entretanto, o câncer de próstata causa sintomas semelhantes aos da hiperplasia prostática benigna, que serão descritos detalhadamente abaixo. Os sintomas mais característicos (embora não exclusivos) do câncer de próstata são sangue na urina (urina levemente avermelhada ou cor de sangue, dependendo do grau do sangramento), além de dores ósseas, fraqueza nas pernas, incontinência fecal e urinária (quando já existem metástases, em casos mais avançados), 

Os sintomas comuns das doenças podem ser obstrutivos (jato fraco, esforço para urinar, jato interrompido, hesitação, gotejamento, incontinência, esvaziamento) ou irritativos (urgência para urinar, polaciúria - ir várias vezes por dia ao banheiro e urinar pouco, dor suprapúbica, noctúria - mais de um episódio de micção à noite, entre outros).

O diagnóstico pode ser feito através da história clínica (presença de LUTS), exame físico detalhado, exame digital da próstata (toque retal), PSA e exame de urina, e complementado com biópsia de próstata, citologia urinária, entre outros, dependendo se a suspeita é de HPB ou câncer.

O tratamento varia de acordo com a doença (HPB ou câncer) e o quão avançada ela está; pode-se resolver apenas com tratamento medicamentoso, no caso de HPB inicial; em casos mais avançados é cirúrgico (RTU - ressecção transuretral). Já no câncer prostático, o tratamento é cirúrgico ou radioterápico, dependendo do estadio.

No caso de suspeita de HPB ou câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes, para avaliação e tratamento corretos.

Como é feito o exame de próstata?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame da próstata é realizado através de toque retal e exame de PSA. Para se investigar suspeita de câncer de próstata a combinação do toque retal com o exame de PSA é a forma mais eficaz de avaliar a próstata.

No entanto, esses exames não apresentam uma precisão muito alta, por isso em alguns casos podam ser necessário também a realização do ultrassom ou outros exames complementares.

O exame de toque é feito em consultório pelo médico. O médico insere o dedo indicador, protegido por luva, no ânus e palpa a região posterior da próstata. É um exame indolor, embora possa causar algum desconforto na região.

Esse procedimento demora poucos segundos e serve para detectar alterações na próstata, como endurecimento e forma irregular, que podem indicar a presença de algum tumor.

O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida exclusivamente pela próstata. O seu nível fica consideravelmente alto em casos de câncer, com valores superiores a 2,5 ng/ml.

Contudo, os níveis de PSA também podem estar elevados em indivíduos com prostatite (inflamação da próstata), infecção ou crescimento benigno da próstata. Portanto, PSA alto não significa necessariamente presença de câncer na próstata.

Saiba mais em: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?

Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia. O exame de ultrassom é feito através do ânus e permite visualizar lesões cancerosas na próstata.

O diagnóstico do câncer de próstata é confirmado através de biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão que é avaliada ao microscópio.

Veja também: Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?

Vale ressaltar que nem todos os homens precisam realizar o exame de próstata rotineiramente se não estiver a apresentar sintomas ou pertença a algum grupo de risco para o câncer de próstata.

Por isso, para esclarecer mais dúvidas e avaliar se é ou não necessário realizar o exame de próstata converse com o seu médico de família, ou clínico geral. Em situações de diagnóstico de câncer o segmento é realizado pelo médico urologista.

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O que é prostatite e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir líquidos liberados durante a ejaculação. Os principais sintomas da prostatite são a dor e a dificuldade para urinar. Porém, a prostatite pode ser aguda ou crônica e cada uma delas apresenta um conjunto de sintomas diferentes.

Os sintomas da prostatite aguda são intensos e geralmente se manifestam de forma súbita. Por outro lado, na prostatite crônica os sintomas podem ser leves, intermitentes (vão e voltam) e surgir subitamente ou aos poucos, ao longo de semanas ou meses.

Quais são os sintomas da prostatite? Sintomas de prostatite aguda

Na prostatite aguda, o paciente pode ter:

  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dor ao urinar;
  • Urina concentrada e turva;
  • Dor muscular;
  • Dor na região genital.
Sintomas de prostatite crônica

Na prostatite crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma, enquanto outros podem ter:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Dificuldade para começar a urinar;
  • Jato de urina mais fraco que o normal ou com interrupções;
  • Aumento do número de micções, inclusive durante a noite;
  • Sensação de que a bexiga não esvazia completamente depois da micção;
  • Dor ou desconforto na porção inferior da coluna lombar, na região entre o ânus e o saco escrotal, na parte inferior do abdômen ou nas virilhas;
  • Urgência para urinar;
  • Dor ou leve desconforto ao ejacular ou após a ejaculação;
  • Diminuição do volume de urina;
  • Dor na região genital ou no pênis;
  • Febre baixa.
Quais as causas da prostatite?

Na maioria das vezes, a prostatite aguda é causada por bactérias. A infecção pode ter início quando bactérias que estão na urina ou no intestino chegam à próstata. Quando o tratamento com antibióticos não é suficiente para eliminar todas as bactérias e a infecção torna-se recorrente ou difícil de tratar, a prostatite é considerada crônica.

Além das infecções bacterianas, a próstata também pode ficar inflamada em casos de imunidade baixa, distúrbios do sistema nervoso e lesões na próstata ou na área ao redor. A prostatite também pode ter causa desconhecida.

Os fatores de risco para desenvolver prostatite incluem infecção urinária recente, episódio anterior de prostatite, uso de cateter, realização de cistoscopia (exame do interior da bexiga), infecções sexualmente transmissíveis e lesões causadas ao andar de bicicleta ou a cavalo.

Prostatite tem cura? Qual é o tratamento?

Prostatite tem cura. Contudo, a prostatite bacteriana crônica pode ser difícil de tratar e, mesmo após o tratamento, o risco da infecção voltar a aparecer é alto. O tratamento da prostatite é feito com medicamentos antibióticos, analgésicos e laxantes.

Os antibióticos normalmente são usados durante 4 semanas e são específicos para a bactéria que causou a infecção. Os analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou outros de ação mais forte, servem para controlar a dor e a febre. Já os laxantes são usados para amolecer as fezes e aliviar a dor causada pela passagem do bolo fecal pelo intestino.

Os casos de prostatite aguda normalmente são curados com o tratamento adequado com antibióticos. Porém, é muito importante seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas e para que a prostatite não se torne crônica.

O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da prostatite.

Biópsia de próstata: Quais são os riscos e as complicações?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais complicações resultantes da biópsia de próstata são as infecções e os sangramentos. Os riscos da biópsia prostática incluem ainda dor, febre, desmaio, abscesso, queda de pressão, ardência e retenção urinária.

As complicações imediatas mais comuns da biópsia da próstata são o sangramento retal e a presença de sangue na urina. Dentre as possíveis complicações tardias estão febre, presença de sangue no esperma, dor ou ardência ao urinar, infecção urinária e, raramente, infecção generalizada.

É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias.

Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.

A presença de um ou mais dos seguintes sinais pode indicar uma possível complicação:

Sangramento urinário ou retal abundante ou que persiste por mais de 3 dias;

Retenção urinária: vontade de urinar e não conseguir (Veja também: O que pode causar retenção urinária?);

Agravamento da dor ou febre.

Se algum desses sinais e sintomas for observado, o médico urologista deve ser contactado.

Saiba mais em:

Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?

Qual a diferença entre HPB e câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) e câncer é que a HPB é um aumento de tamanho benigno (não-canceroso) da próstata, enquanto que o câncer de próstata é um tumor maligno que pode se espalhar para outros órgãos.

A HBP é o tumor benigno mais frequente entre os homens, sendo observado em mais de 40% dos indivíduos com idade superior a 50 anos e em cerca de 75% dos homens com mais de 70 anos de idade.

É, portanto, uma condição bastante comum. Não é um tipo de câncer, não apresenta relação com o câncer de próstata, nem aumenta as chances de desenvolvimento do mesmo.

A próstata é uma glândula que envolve a uretra e está presente apenas nos homens. À medida que o homem envelhece, a próstata cresce lentamente (hiperplasia benigna) comprimindo a uretra. Isso provoca dificuldade de urinar além de complicações como infecções e falência da bexiga, se não for tratada.

Por outro lado, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens e é uma doença bem diferente da HPB. O tumor desenvolve-se quando as células da próstata multiplicam-se e crescem descontroladamente, podendo invadir órgãos e tecidos vizinhos ou distantes da próstata.

Quais são os sintomas da HPB?

A hiperplasia benigna de próstata provoca dificuldade para urinar, deixa o jato de urina mais fraco e aumenta a frequência urinária, com intervalos mais curtos entre as micções e pouco volume de urina. Também é comum acordar várias vezes para urinar à noite.

A HPB geralmente surge em homens com mais de 40 anos. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem: interrupção do jato de urina, hesitação para urinar, gotejamento, incontinência urinária, esvaziamento da bexiga, urgência para urinar, dor acima do púbis, entre outros.

Quais são os sintomas do câncer de próstata?

O câncer de próstata provoca dificuldade para urinar e aumenta a frequência urinária diurna e noturna, ou seja, o paciente sente vontade de urinar com frequência de dia e de noite.

Na fase avançada do câncer de próstata, outros sintomas podem estar presentes, como dor nos ossos, dor na coluna lombar, presença de sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outros sinais e sintomas.

Contudo, a grande maioria dos tumores malignos de próstata cresce de forma tão lenta que não manifestam sinais e sintomas durante a vida. Nas fases iniciais, a doença não manifesta sinais e sintomas.

Alguns tumores malignos de próstata podem levar 15 anos para chegar a ter 1 cm de diâmetro. Por isso, é comum o câncer de próstata não manifestar sintomas no início. Porém, há casos em que o tumor cresce rapidamente e pode se disseminar para outros órgãos (metástase) causando agravamento do quadro.

Uma vez que o homem pode desenvolver HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo, é sempre importante consultar o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família para um diagnóstico e tratamento adequado na presença de sintomas.

Fiz biópsia de próstata e está saindo sangue no esperma, o que devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O repouso é aconselhável após a biópsia. Os primeiros dias após a biópsia da próstata pode haver saída de pequena quantidade de sangue pelo esperma, pela urina ou por via retal. Com o tempo ocorre a cicatrização do local da biópsia e a melhora dos sintomas.

Outros sintomas que podem acontecer após a biópsia prostática são dor na região e eventualmente dificuldade para urinar.

Quando devo procurar um médico após a biópsia de próstata?

É muito importante estar atento a sinais de alarme que quando presentes devem levá-lo a procurar um urologista, estes sinais são a incapacidade de urinar, sangramento prolongado que não melhora com o tempo, febre e dor intensa e persistente.

Estes sinais podem indicar uma possível infecção, por isso, devem ser avaliados por um médico.

Na maioria dos casos pode-se voltar as atividades habituais logo após a biópsia, no entanto, muitos médico recomendam evitar atividade física e esforço físico durante alguns dias

Como é feita a biópsia de próstata?

A biópsia de próstata é um procedimento médico caracterizado pela retirada de pequena quantidade de tecido prostático através de uma agulha guiada por ultrassom. O exame é feito sob anestesia e é indolor, embora possa causar algum desconforto.

Esse exame está indicado na situação de suspeita de câncer de próstata, quando por exemplo é encontrado um nódulo ou observa-se alterações na consistência da próstata. Quando o paciente apresenta exames anteriores alterados como um PSA muito elevado e alterações no ultrassom da próstata, também está indicada a realização da biópsia.

Para mais informações consulte o seu médico urologista.

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