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Formas de aliviar a sensação de bolo na garganta
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a sensação de bolo ou nó na garganta, é necessário entender qual a causa do problema. Para cada uma dessas condições, podemos apresentar formas diferentes de aliviar essa sensação.

Quando o bolo na garganta é uma crise de ansiedade

A ansiedade se caracteriza pelo excesso de preocupação e de medos, de forma involuntária, frequente, que traz grande angústia e desconforto à pessoa. No momento da crise, além da sensação de nó na garganta, pode haver tremores, suor frio, palpitação, aperto no peito e medo de morrer. Medidas que funcionam nesses casos são:

1. Controlar da respiração

Para ajustar o ritmo da respiração e aliviar a angústia no peito, siga os passos descritos abaixo:

  • Primeiro inspire calma e profundamente por pelo menos 5 segundos,
  • Depois prende a respiração por 2 a 3 segundos,
  • Em seguida, solte o ar, como se estivesse soprando algo bem distante, devagar, por mais 5 ou 7 segundos,
  • Repita esse exercício 10 a 15 vezes até sentir que está respirando bem e se sentindo melhor.
2. Mudar o foco

Procure mudar o foco daquele momento. Nem sempre é fácil, mas a crise de ansiedade aumenta ainda mais, quando a pessoa pensa em sair dela.

Por isso uma sugestão é iniciar uma atividade física que precise ter atenção, fazer uma pergunta a alguém ou pedir ajuda a familiares, ou pessoas próximas.

A prática de atividades físicas, promove bem-estar, aumenta a autoestima e aumenta a liberação de hormônios que estabilizam o humor. Por isso é uma maneira indicada para alívio dos sintomas durante a crise, e para prevenir a doença.

Conversar, desabafar e pedir a opinião de amigos, naquele momento, ajuda a dividir as preocupações, compreender outras formas de ver o problema, trazendo um alívio, tranquilidade e autoconfiança, num momento tão difícil.

3. Pensar em lugares que tragam alegria

Usando a imaginação, com os olhos fechados, visualizando os lugares que lhe trazem alegria, tranquilidade e prazer. Essa é uma boa opção para quando não tem uma pessoa próxima que ajuda a desabafar.

Imaginar a realização de um desejo ou relembrar momentos de grande alegria, ajuda de forma inacreditável, a controlar a respiração, afastar pensamentos ruins e aliviar o sintoma de nó na garganta.

4. Ouvir boas músicas

Diversos estudos e pesquisas já comprovaram o efeito positivo da música nesse momento de ansiedade. Procure ouvir uma música instrumental, alegre ou uma música preferida.

Evite músicas barulhentas, com palavras ruins ou estimulantes demais, pode acelerar o seu metabolismo e piorar a ansiedade ao invés de ajudar, mesmo que seja uma das suas preferidas.

Se souber tocar algum instrumento o efeito é ainda mais evidente, porque além do benefício da música, a prática do instrumento exige atenção, mudando o foco naquele momento.

5. Meditar

A meditação é uma prática de relaxamento, com destaque para essas situações, porque atua exatamente no desenvolvimento da concentração e capacidade de lidar com situações adversas, através de técnicas de respiração, pensamentos positivos e musicoterapia.

A técnica da meditação pode levar alguns dias para ser aprendida e alcançar o objetivo, portanto insista, busque orientações, e poderá ver os benefícios dessa atividade.

Vale ressaltar que para a cura completa e definitiva da ansiedade, é preciso consultar um psiquiatra e psicoterapeuta, confirmar o seu diagnóstico e indicar os melhores tratamentos.

Quando é de origem alérgica (alergia)

A reação alérgica se caracteriza pela resposta do organismo a alguma substância ou alimento tóxico para aquele organismo. A resposta pode ser leve, ou grave. Os sintomas mais leves são de placas vermelhas no corpo, coceira e sensação de bolo na garganta, até quadros mais perigosos com falta de ar, inchaço nos lábios e chiado no peito.

Nos casos graves, se não for rapidamente tratado pode acontecer uma interrupção da passagem do ar para os pulmões e risco de vida.

1. Tomar um medicamento antialérgico

Faça uso de medicamentos antialérgicos, que tenha em casa. Pode ser em comprimidos, como por exemplo o Hixizine®, ou pomadas e aguarde a melhora dentre de alguns minutos.

Se não melhorar ou perceber piora dos sintomas, procure uma emergência ou ligue para o SAMU.

2. Chamar uma emergência (SAMU 192)

Na presença de sintomas graves, como a piora das placas avermelhadas, falta de ar, inchaço nos lábios e chiado no peito, chame uma emergência imediatamente.

Não fique sozinho, peça ajuda e fique próximo a alguém que possa ajudar monitorando a sua respiração e batimentos cardíacos. O atendente da SAMU irá orientá-lo (a) na escolha certa a ser feita. Se aguardar a ambulância ou levar a pessoa ao hospital mais próximo.

Quando o bolo na garganta é pressão alta

A pressão alta pode causar a sensação de bolo na garganta. O sintoma pode vir acompanhado de dor no peito, mal-estar, vermelhidão no rosto, náuseas, vômitos, suor frio e dor na nuca ou dor de cabeça. As primeiras medidas a serem tomadas deve ser:

1. Ficar em repouso

O repouso ajuda o organismo a diminuir o metabolismo, reduzindo a necessidade de bombeamento de sangue no corpo e com isso ajuda a diminuir a pressão arterial.

2. Evitar aborrecimentos

O estado emocional interfere diretamente com a pressão. Evitar estresse e aborrecimentos é fundamental para manter a pressão controlada e até mesmo ajudar a diminuir a pressão arterial.

3. Tomar a sua medicação de emergência

Pessoas sabidamente hipertensas, costumam ter uma medicação de emergência, para o caso da pressão subir. O medicamento mais utilizado é o captopril® 12,5 mg ou 25 mg. Se for o seu caso, tome a medicação conforme a orientação pelo seu médico cardiologista.

Se não tiver a orientação de medicamento de emergência e a pressão não abaixar com o repouso e controle emocional, é preciso procurar um serviço de emergência.

O pico hipertensivo é a principal causa de doenças cerebrovasculares, como o AVC (derrame cerebral), por isso não deve ser negligenciado.

Quando a causa é o refluxo

O refluxo gastroesofágico, é o retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago, devido a uma fragilidade na válvula que separa os dois. O conteúdo gástrico, devido a sua acidez, causa uma irritabilidade na mucosa desse órgão, resultando nos sintomas de bolo na garganta, azia, queimação, dor no peito e mau hálito. Formas de aliviar esses sintomas são:

1. Respiração profunda

Uma das medidas que ajuda na melhora do refluxo é manter-se de pé e respirar com calma e profundamente por alguns minutos.

2. Caminhar um pouco

Caminhar um pouco também pode ajudar na digestão e pela própria ação da gravidade, reduz o refluxo, aliviando os sintomas de bolo na garganta.

3. Não se deitar logo após a refeição

Portadores de refluxo devem aguardar de 30 minutos a uma hora após as refeições, para se deitarem. Se manter em pé ou caminhar após as refeições, facilitar a digestão e evitar o refluxo.

4. Procurar tratamento para parar de fumar

O tabagismo é uma das principais causas de irritação na parede do esôfago e refluxo gastroesofágico. Por isso está recomendado um tratamento e auxílio para interromper o hábito de fumar.

5. Evitar bebidas alcoólicas e/ou com cafeína

O consumo de bebidas alcoólicas ou com cafeína (café, chá preto, chá mate), assim como alimentos cítricos, pioram os sintomas. Evite o consumo desses alimentos.

Quando o bolo na garganta é devido a problemas no esôfago

O espasmo esofagiano por exemplo, é um problema comum do esôfago, no qual a sua musculatura se contrai de forma involuntária, várias vezes durante o dia, o que causa os sintomas de bolo na garganta, dificuldade de engolir, dor no peito, queimação, azia e mau-hálito. Para aliviar os sintomas siga as orientações:

1. Procurar se manter calmo

O sintoma de bolo na garganta associado a dor no peito costuma causar ansiedade e medo do que pode estar acontecendo, por isso é importante buscar tranquilizada para compreender melhor os sintomas e ajudar a relaxar a musculatura do esôfago.

2. Fazer respirações mais lentas e profundas

Da mesma maneira, as respirações profundas e longas ajudam a estabilizar os movimentos da musculatura do esôfago.

3. Ficar em jejum

Não comer nem beber nada durante alguns minutos, acalma a musculatura do órgão.

4. Evitar os fatores de risco

O tabagismo, alcoolismo, estresse e obesidade, são os principais fatores de risco para o espasmo esofagiano. Procure controlar, sempre que possível, esses fatores.

Após a melhora do sintoma, deve agendar uma consulta com gastroenterologista, para identificar a causa desse sintoma e tratar definitivamente. A doença quase sempre tem cura!

Quando a causa é uma infecção na garganta

A faringite é uma infecção na garganta que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A faringite viral é a mais comum e os sintomas são de dor e irritação na garganta, coriza, tosse e mal-estar. Na faringite bacteriana ou fúngica, pode haver ainda grande dificuldade para engolir, febre, mal-estar, indisposição e placas purulentas na garganta.

1. Beber mais água

Para ajudar na melhora mais rápido da doença e dos sintomas, é indicado beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia.

2. Fazer gargarejos com água morna e sal

Os gargarejos ajudam no alívio dos sintomas e na higiene da boca, por isso é indicado pelos médicos especialistas.

A medida deve ser de 2 (duas) colheres de chá de sal em um copo de água (200 ml), esperar diluir bem e repetir o gargarejo de 2 a 3x ao dia.

3. Ficar em repouso

Como trata-se de uma infecção, é recomendado que se alimente bem e mantenha repouso, para ajudar o organismo a recuperar da doença mais rapidamente.

4. Antibiótico (para casos de infecção bacteriana).

Nos casos de febre alta, falta de apetite, piora da dor na garganta e mal-estar, procure um atendimento médico, porque a faringite pode ter evoluído para uma infecção bacteriana, sendo preciso iniciar um tratamento mais específico, com medicamentos antibióticos.

Quando o bolo na garganta pode ser um tumor?

Felizmente o tumor é uma das causas mais raras de sensação de bolo na garganta. Os sintomas que sugerem a presença dessa doença são de falta de apetite, perda de peso, febre baixa e nódulo palpável geralmente na região do pescoço.

Para aliviar esse sintoma será preciso tratar a doença. Seja com medicamentos, cirurgia de remoção do tumor, radio ou quimioterapia.

O mais importante é, na suspeita de tumor, procurar um médico clínico geral ou médico da família, o quanto antes, para fazer o diagnóstico no início e obter melhor resposta ao tratamento.

Sinais de alarme! Quando procurar uma emergência?

Sabendo que muitas situações e doenças podem causar a sensação de bolo na garganta, e que algumas podem ser fatais, na presença de um sinal de alarme, peça ajude e chame um serviço de emergência médica, de preferência o SAMU no número 192.

Os principais sinais de alarme são:

  • Falta de ar com coloração azulada nos lábios e ponta dos dedos;
  • Formação de edema no rosto e lábios;
  • Presença de placas avermelhadas e coceira no rosto e garganta;
  • Sensação de "garganta se fechando";
  • Falta de ar intensa e progressiva e
  • Confusão mental ou desorientação.

No caso de dúvidas, entre em contato com seu médico de família ou otorrinolaringologista.

Saiba mais:

O que é síndrome de burnout e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Síndrome de burnout é um estresse excessivo e crônico provocado por sobrecarga ou excesso de trabalho. O nome "burnout" vem do inglês e significa literalmente "queimar até o fim". Trata-se, portanto, de um esgotamento físico e mental decorrente de uma vida profissional desgastante e sobrecarregada.

A síndrome de burnout ocorre principalmente em pessoas que se dedicam muito à vida profissional e depois se sentem frustradas por acharem que o seu trabalho não é devidamente reconhecido ou valorizado.

Essas pessoas podem ser divididas em dois grandes grupos:

O primeiro é formado por indivíduos muito competitivos, ambiciosos e que têm tendência para não delegar funções, acumulando para si todo o trabalho e responsabilidade.

O segundo é composto por pessoas inseguras que precisam de reconhecimento dos outros e têm dificuldade em dizer "não", sendo por isso capazes de abdicar das suas próprias necessidades em função do trabalho.

Quais são os sintomas de burnout?

Os sintomas da síndrome de burnout incluem exaustão física e emocional, ansiedade, desânimo acentuado, dificuldade de sentir prazer, dificuldade de raciocinar, irritabilidade, preocupação, alterações do sono, sentimentos de incapacidade ou inferioridade, falta de motivação e criatividade.

Com a evolução do quadro, podem surgir transtornos mentais como depressão, além de doenças físicas. Dentre os sinais e sintomas físicos da síndrome de burnout estão dor de cabeça, enxaqueca, transpiração, fadiga, pressão alta, alteração nos batimentos cardíacos, dores musculares, problemas gastrointestinais, entre outros.

O consumo de bebidas alcoólicas, tabaco, medicamentos sem prescrição médica e drogas ilícitas como forma de alívio é frequente, o que só piora a condição física e mental da pessoa.

Qual é o tratamento para a síndrome de burnout?

O tratamento da síndrome de burnout é feito sobretudo com psicoterapia, podendo incluir também medicamentos e mudanças nas condições de trabalho. Quando a síndrome evolui para depressão, o tratamento inclui também o uso de medicamentos antidepressivos.

A psicoterapia auxilia a pessoa a refletir sobre as suas escolhas, atitudes, expectativas e estilo de vida. O maior objetivo do tratamento para burnout é quebrar o círculo vicioso de sobrecarga ou excesso de trabalho e frustração, que leva a mais trabalho para compensar a frustração.

O tratamento da síndrome de burnout inclui também descansar o corpo e a mente, além de manter um equilíbrio entre a vida profissional, familiar, pessoal e social. A prática de atividade física também pode ser indicada.

Como prevenir a síndrome de burnout?

Para prevenir a síndrome de burnout, recomenda-se descansar adequadamente, manter um equilíbrio entre trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas, além de mudar determinadas atitudes, expectativas e hábitos de vida.

O/a médico/a de família e o/a médico/a psiquiatra podem reconhecer, detectar e indicar o melhor tratamento para a síndrome de burnout.

Tenho tremores na cabeça. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tremores e espasmos musculares podem ter muitas causas. A origem pode estar no nervo, no músculo ou ainda ter fundo emocional, como ansiedade. Se os tremores na cabeça são desencadeados por sustos, nervosismo, ansiedade ou estresse, é provável que tenham uma origem psicológica.

Outra causa comum são as alterações de origem neurológica, que frequentemente pioram nos períodos de maior estresse, dentre as mais comuns podemos destacar: o tremor essencial, tremor benigno familiar que acomete voz, mãos e cabeça, nas mãos o tremor é simétrico, de intensidade leve e piora com o movimento ou realização de tarefas delicadas e com estresse; tremor por uso regular de alguns medicamentos, como suplementos para atividades físicas ou medicamentos para emagrecer; o tremor parkinsoniano, raramente causa tremor na cabeça, mas por vezes pode acontecer em estágios iniciais da doença; tiques motores, que são movimentos rápidos, súbitos e involuntários de cabeça, braço, ou partes do corpo, entre outros. Não são doenças que causem preocupação maior porém devem ser avaliadas por um profissional.

No seu caso especificamente, o mais indicado é procurar um médico clínico geral ou neurologista, para fazer uma avaliação detalhada e orientações adequadas ao seu caso.

Leia também:

O que são espasmos musculares e quais as causas?

Dificuldade de concentração: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dificuldade de concentração e memorização no trabalho, na leitura ou nos estudos, pode ser sintoma de síndrome de burnout (estresse excessivo), transtorno do déficit de atenção, com ou sem hiperatividade (TDA/TDAH), que afeta adultos e crianças, ou ainda depressão.

Síndrome de Burnout

A síndrome de burnout (do inglês "burn" = queima e "out" = exterior) é caracterizada pelo esgotamento físico e mental de um indivíduo, diretamente relacionado a problemas com o trabalho, ou atividade laboral.

Sintomas

Além da dificuldade concentração, a síndrome de burnout pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Fadiga e cansaço constante;
  • Distúrbios do sono;
  • Dores musculares;
  • Dores de cabeça;
  • Irritabilidade, Negativismo;
  • Esquecimentos;
  • Falta de atenção para suas necessidades básicas;
  • Isolamento;
  • Falta de iniciativa.
Causas
  • Problemas de relacionamento com colegas de trabalho, clientes e chefes;
  • Falta de cooperação entre os colegas;
  • Falta de equilíbrio entre a vida profissional e pessoal;
  • Falta de autonomia.
Tratamento

O tratamento da síndrome de burnout é feito com psicoterapia e adoção de medidas para melhorar a qualidade de vida, prevenir e controlar o estresse e melhorar a saúde física, como:

  • Dormir bem;
  • Ter uma boa alimentação;
  • Praticar atividades físicas regulares;
  • Incluir hobbies / atividades de lazer com regularidade;
  • Manter e cultivar o interesse pela vida social.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Outro problema que pode causar dificuldade de concentração e afetar a memória é o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

O TDAH é uma doença neurológica que afeta adultos e crianças e caracteriza-se por falta de atenção, inquietude e impulsividade. Grande parte dos casos surge na infância, podendo acompanhar a pessoa por toda a vida.

Sintomas
  • Adultos:

    • Distração;
    • Dificuldade para realizar tarefas diárias;
    • Problemas de relacionamento;
    • Isolamento, que pode levar à depressão;
    • Hábito em adiar tarefas difíceis de executar;
    • Mau gerenciamento do tempo;
    • Falta de organização.
  • Crianças:
    • Falta de atenção (vivem "no mundo da lua");
    • Dificuldade no aprendizado;
    • Hiperatividade;
    • Impulsividade;
    • Inquietação;
    • Dificuldade de concentração.
Causas

Indivíduos com déficit de atenção apresentam alterações na região do cérebro responsável pelo controle dos impulsos, atenção, memória, organização, planejamento e autocontrole.

Tratamento

Não existe cura para o TDAH, mas é possível controlar a doença através de medicamentos, orientação para os pais e professores, técnicas específicas ensinadas ao paciente e psicoterapia (Terapia Cognitivo Comportamental).

Leia também: O que é TDAH e como é diagnosticado?

Depressão

Já a depressão é uma doença neurológica que se caracteriza por tristeza intensa, constante ou intermitente, que interfere nas atividades de vida diárias.

Suas causas são variadas, desde herança genética, traumas emocionais ou uso de drogas e medicamentos.

Sintomas

A depressão pode causar sinais e sintomas como:

  • Tristeza profunda e duradoura;
  • Falta de interesse, Apatia, Desânimo;
  • Falta de vontade de realizar tarefas;
  • Pessimismo;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ansiedade;
  • Sono irregular;
  • Cansaço diurno;
  • Dores de cabeça;
  • Episódios de falta de ar;
  • Alterações no trânsito intestinal;
  • Taquicardia, entre outras.
Tratamento

O tratamento da depressão inclui medicamentos antidepressivos, psicoterapia, mudanças no estilo de vida e prática regular de exercícios físicos.

Em caso de dificuldade de concentração, consulte um médico neurologista ou psiquiatra para que o diagnóstico seja confirmado e receba um tratamento adequado.

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Sinto palpitação no coração, posso estar com algo grave?
Dr. Charles Schwambach
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Médico

Palpitações sempre nos levam a pensar em algum problema cardíaco, porém em um adulto jovem e sem fatores de risco para doenças do coração, a ansiedade, o estresse e problemas emocionais de uma forma geral são as causas mais comuns para as palpitações.

Tontura, enjoo e fico estressada, qual especialista procurar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você sente tontura, enjoo e fica estressada, deve primeiro procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para que a causa da tontura e dos enjoos seja identificada. Se o médico achar necessário, poderá lhe encaminhar para um outro especialista.

Já o estresse e outros transtornos mentais podem ser investigados pelo/a médico/a psiquiatra.

O próprio estresse, o nervosismo e a ansiedade podem causar tontura e náuseas, mas só o/a médico/a poderá definir se existe ligação entre esses sintomas.

Além do estresse, as tonturas podem ser provocadas por:

  • Problemas no labirinto (labirintite)
  • Hipoglicemia (pouco açúcar no sangue);
  • Jejum prolongado;
  • Anemia;
  • Gripe;
  • Enxaqueca;
  • Pressão baixa;
  • Medicamentos;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Ingestão de bebidas alcoólicas.

Já os enjoos podem ter como causas:

  • Distúrbios emocionais, como estresse, ansiedade, nervosismo, depressão;
  • Gastrite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Inflamação no intestino;
  • Uso de medicamentos;
  • Gravidez;
  • Infarto;
  • Problemas no labirinto (labirintite).

São muitas as situações e doenças que podem provocar tontura e náuseas, sendo o estresse apenas uma delas. Porém, esses sintomas podem não estar necessariamente interligados e apenas o/a médico/a poderá detectar as suas causas, origens e se existe ou não ligação entre eles.

Depois de passar muita raiva em uma discussão senti dor no pé, na barriga e enjoo, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. É normal sentir enjoo, dores ou mal-estar após episódio de estresse. Isso também acontece quando passamos por situações de medo, angústia ou ansiedade.

Os sintomas que ocorrem após a raiva, irritabilidade ou estresse, são respostas do nosso corpo quando entende que estamos em situação de "perigo". Portanto, como forma de defesa, o nosso organismo aumenta a liberação de adrenalina e neurotransmissores, acelerando o metabolismo, o que nos permite, por exemplo, sair correndo ou emitir um grito, quando é preciso.

No entanto, também são responsáveis por outras sensações desagradáveis, como:

  • Agitação;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Transpiração excessiva;
  • Esquecimentos;
  • Coceira, lesões de pele, vermelhidão;
  • Aumento de pressão arterial ou glicose;
  • Dor no peito;
  • "Bolo na garganta";
  • Enjoo (náuseas) e vômitos.

Contudo, se a pessoa sair da situação e o organismo se equilibrar, os sintomas desaparecem espontaneamente, o que não causa preocupação, apenas confirma reação normal do organismo.

O estresse é um diagnóstico de exclusão, ou seja, todas as doenças que causam risco de vida devem ser descartadas antes de confirmar esse diagnóstico, inclusive porque o estresse interfere diretamente e descompensa muitas doenças, como a hipertensão e o diabetes.

Por isso, se mesmo após término o da situação, os sintomas permanecerem, é importante procurar atendimento médico de emergência, para uma avaliação adequada.

Cólica na gravidez após nervoso é normal?

Não é normal, mas pode ocorrer.

Na verdade, a dor no pé da barriga, ou cólicas após passar por situações de raiva, estresse e "nervoso", contrai a musculatura e com isso pode causar os sintomas de dor. No entanto, existem outras causas que devem ser analisadas e podem interferir na evoluação normal da gravidez.

Sendo assim, na presença de dor e cólicas durante a gestação, é importante sempre informar oa seu médico, assim como sangramentos, para uma avaliação individualizada.

Entenda melhor as causas de dor no pé da barriga em grávidas, no seguinte artigo: Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?

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O stress aumenta o nível de colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o stress pode aumentar o nível de colesterol. Segundo alguns estudos científicos, pessoas que passam por situações de stress podem ter aumentos temporários dos níveis de colesterol sanguíneo.

Contudo, após 3 anos de situações agudas de stress, há uma maior chance dos níveis de colesterol ficarem elevados permanentemente. Isso porque, sob stress, o fígado produz uma quantidade maior de colesterol e em quadros de stress constante, o corpo apresenta dificuldades em retirar o colesterol do sangue.

Esse aumento do colesterol pode estar relacionado com o fato do colesterol ser utilizado pelo organismo como matéria prima na produção de células (o colesterol compõe a membrana celular).

Sabe-se que em situações de stress, o corpo entra num estado de luta ou fuga. É uma reação primitiva e automática que ocorre no ser humano. 

Assim, como uma resposta ancestral do organismo, uma maior produção de colesterol permite facilitar a reparação dos danos, dos ferimentos, das perdas teciduais e de outros traumas decorrentes dessas reações (luta ou fuga).

Além disso, muitas pessoas em situação de estresse constante tendem a se alimentar de maneira inadequada ou não praticar atividade física, sendo que dieta desequilibra e sedentarismo também podem contribuir para o aumento do colesterol.

Face a isso, é importante tentar controlar o stress, detectando as suas fontes. O controle do stress pode travar essa resposta do organismo, prevenindo assim o aumento dos níveis de colesterol.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso tenha dúvidas sobre o colesterol, stress e outros fatores de risco.

Saiba mais em: Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?