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Qual é o tratamento para transtorno dismórfico corporal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tratamento do transtorno dismórfico corporal é feito principalmente com psicoterapia e quando necessário medicamentos. A terapia cognitiva comportamental é a forma de psicoterapia mais utilizada.

A psicoterapia, ajuda a pessoa a desenvolver comportamentos e estratégias mentais para favorecer a socialização e diminuir os comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho e ficar obcecado com o seu "defeito". Os resultados da terapia cognitivo comportamental são bons, com grande melhora dos sintomas.

Entre os medicamentos utilizados estão os antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina, que melhoram significativamente os sintomas de ansiedade, obsessão, raiva, angústia, tendência suicida e agressividade.

A adesão do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento do transtorno dismórfico corporal. Para se tratar adequadamente, é necessário que a pessoa reconheça que o seu problema é psicológico e precisa de um tratamento clínico com psiquiatra e psicoterapeuta.

Contudo, é comum que os pacientes pensem que a solução para o seu "defeito" está nas cirurgias plásticas e nos tratamentos estéticos, o que os leva a procurar médicos e profissionais da área de estética.

O objetivo do tratamento do transtorno dismórfico corporal é reduzir a ansiedade, a angústia e a preocupação do paciente com a sua aparência física, melhorando a sua qualidade de vida em geral.

O médico responsável por diagnosticar e conduzir o tratamento do transtorno é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno dismórfico corporal: Quais as causas e como identificar?

Entenda para que serve o antipsicótico Quetiapina (hemifumarato de quetiapina)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico indicado para o tratamento de alguns transtornos mentais como esquizofrenia e episódios de mania e de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar.

Quetiapina é apresentado em comprimidos de 25 mg, 100 mg e 200 mg.

Deve ser administrado com água, com ou sem alimentos.

A dosagem de hemifumarato de quetiapina comprimidos deve ser individualizada e depende do transtorno a ser tratado (esquizofrenia ou transtorno afetivo bipolar).

O hemifumarato de quetiapina deve ser utilizado continuamente até que o médico defina quando deve ser interrompido o uso deste medicamento. Além disso, ajustes na dosagem somente devem ser efetuados pelo médico.

Uso de quetiapina em adultos

Em adultos, a quetiapina é indicada para tratar a esquizofrenia. A medicação pode ainda ser utilizada sozinha ou com outros medicamentos para tratar episódios de mania e de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar.

É também recomendada como medicação única (monoterapia) ou em associação com estabilizadores de humor como lítio ou valproato, para o tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo).

Uso de quetiapina em adolescentes e crianças

Em adolescentes com idade entre 13 e 17 anos o hemifumarato de quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia.

Em crianças e adolescentes de 10 a 17 anos, o hemifumarato de quetiapina é recomendado no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar.

Contraindicações de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina é contraindicado em situações de:

  • Alergia ao hemifumarato de quetiapina e/ou aos demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças com idade inferior a 10 anos.

Não consuma álcool durante o tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver em uso de hemifumarato de quetiapina, pois sua capacidade de atenção e habilidades motoras poderão ficar reduzidas.

O uso de hemifumarato de quetiapina somente deve ser efetuado sob orientação médica.

Veja também:

Autismo leve pode piorar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Apesar dos sinais de autismo leve parecerem piorar com o avançar da idade, nem sempre é isso o que está acontecendo. Muitas vezes os sinais vão se manifestando à medida que o autista precisa de determinada capacidade e não tem. Assim, a intensidade do autismo pode variar conforme as situações, o ambiente ou oscilar com o tempo.

Por exemplo, olhando para as habilidades sociais e de comunicação: quando a criança é pequena e convive quase exclusivamente com a família, não é tão fácil perceber a falta dessas capacidades. Mas, à medida que a criança cresce e seu círculo social aumenta, fica mais evidente a dificuldade de socializar e se comunicar.

Entretanto, o contrário também pode acontecer. Quando um autista faz tratamento e é acompanhado por profissionais, os sinais de autismo podem ficar mais leves. Isso acontece porque o autista pode, por exemplo, desenvolver estratégias e obter apoio para lidar com os desafios que enfrenta para se relacionar.

O tratamento do autismo é multidisciplinar, podendo envolver psicólogos, educadores e a família.

Referência:

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos - DSM-5 [American Psychiatnc Association, tradução Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli... [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2014. p. 50-9.

Sulkes SB. Transtornos do espectro autista. Manual MSD.

Síndrome de Burnout: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional provocado pelo excesso de trabalho e que tem como sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Resulta de situações desgastante de trabalho que demandam muita responsabilidade ou competitividade.

É comum entre profissionais de saúde (médicos, enfermeiros), professores, jornalistas, policiais e outros trabalhadores que atuam sob pressão e responsabilidades constantes. É também conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional.

Sintomas da Síndrome de Burnout

Os sinais e sintomas da Síndrome de Burnout estão relacionados a sofrimentos psicológicos, problemas físicos e nervosismo.

  • Dor de barriga;
  • Cansaço físico e mental excessivos;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Insônia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Isolamento;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Fadiga;
  • Alterações de apetite;
  • Dores musculares;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Pressão arterial elevada;
  • Distúrbios gastrointestinais;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Alterações nos batimentos cardíacos.

Inicialmente os sintomas podem ser leves e, com o passar do tempo, vão se intensificando. O estresse elevado e a vontade de permanecer na cama, se constantes, podem indicar o início da Síndrome de Burnout.

Como tratar a Síndrome de BurnoutPsicoterapia e medicamentos

O tratamento da síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, entretanto o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos podem sem necessários. Mudanças no estilo de vida e nos hábitos são necessários para que o tratamento seja mais efetivo. Estas mudanças são pensadas durante a psicoterapia.

A pessoa com Síndrome de Burnout começa a sentir melhora após um a três meses de terapia, a depender da gravidade da síndrome e da adesão ao tratamento. Por estes motivos, é importante que você persista na terapia e nos medicamentos e não abandone o tratamento, o que pode levar a piora dos sintomas.

Atividade física

A prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento são importantes aliados para redução do estresse e da ansiedade, além de ajudar a amenizar os sintomas da síndrome.

Será que piorei da Síndrome de Burnout?

Quando o tratamento não é seguido adequadamente ou é interrompido, os sintomas da Síndrome de Burnout se tornam mais intensos e indicam agravamento do quadro.

A piora do quadro leva a:

  • Perda total da motivação;
  • Distúrbios gastrointestinais intensos;
  • Depressão: pode se desenvolver nos casos mais graves de Síndrome de Burnout. Nestes casos, se fazem necessárias avaliações detalhadas para um tratamento e acompanhamento médico mais específico.
Diagnóstico da Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout somente pode ser diagnosticada após avaliação detalhada efetuada por psicólogo/a ou psiquiatra. Se percebe os sintomas da síndrome, não demore a procurar um profissional especializado.

É possível prevenir a Síndrome de Burnout?

É possível sim prevenir a Síndrome de Burnout por meio da adoção de hábitos, estilos de vida e medidas que promovam o alívio do estresse e das situações de pressão no trabalho.

  • Pratique atividade física regularmente;
  • Evite o consumo de álcool e outras drogas que alteram a sua consciência;
  • Reserve horários destinados ao lazer com amigos e familiares;
  • Fale com alguém da sua confiança sobre o que você está sentindo;
  • Quebre a sua rotina algumas vezes e aproveite para um passeio ou outra atividade que não costuma praticar;
  • Evite contato com pessoas negativas;
  • Estabeleça pequenos objetivos para a sua vida pessoal e profissional.

Ao perceber os sintomas da Síndrome de Burnout, busque um serviço de saúde para uma avaliação, pode ser necessário o acompanhamento por psicólogo.