Perguntar
Fechar
Fiz uma cirurgia de apêndice há 30 dias e estou com dores, fisgadas na barriga e dor para evacuar. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a cirurgia de apendicite é normal sentir alguma dor e fisgada no local da cirurgia pois a região da cicatriz pode ficar sensível. Além disso, o processo de cicatrização pode formar cicatrizes internas que unem partes diferentes do intestino (bridas intestinais), causando desconforto, dores e dificuldade para evacuar.

Contudo, sintomas como diarreia, dor para evacuar e urinar, além da dor nas pernas, 30 dias depois da cirurgia de apendicite, devem ser avaliados por um/a médico/a da urgência, pois podem indicar alguma infecção ou complicação decorrente da operação.

Quais as possíveis complicações da cirurgia de apendicite?

Algumas das complicações que podem ocorrer durante ou após uma apendicectomia incluem hemorragia, infecção no local do corte ou no abdômen, lesões na bexiga, no intestino, em vasos sanguíneos ou nos nervos próximos ao local da cirurgia.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de apendicite?

O tempo de recuperação total da cirurgia de apendicite varia entre 15 e 40 dias, conforme o tipo de cirurgia. Se a operação for feita por laparoscopia, o retorno às atividades diárias pode ocorrer dentro de 15 a 20 dias. Quando a cirurgia é feita por laparotomia, o tempo de recuperação pode ser de mais de 40 dias.

Em geral, depois da consulta de retorno, o paciente já pode retornar ao trabalho e às suas atividades diárias, mas sem realizar esforços. Atividades que necessitam de esforços geralmente só são permitidas depois de 1 mês.

O que pode interferir na recuperação da cirurgia de apendicite?

Dentre os fatores que podem influenciar a recuperação após a cirurgia de apendicite estão a idade, a complexidade da cirurgia, a técnica cirúrgica, a presença de doenças associadas (diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares), entre outros.

Se as dores abdominais forem muito fortes e não houver alívio com os medicamentos prescritos, procure o/a seu/sua médico/a ou vá a um serviço de urgência.

Tenho tremor nas mãos, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tremor nas mãos pode ter diversas causas. As mãos trêmulas podem ser causadas por doenças como Parkinson e hipertireoidismo, ou por diferentes situações como ansiedade, efeito colateral de medicamentos, abstinência de álcool, abuso de estimulantes, tremor essencial, e pode também ser uma reação fisiológica e natural do organismo.

Uma das causas mais comuns de tremores nas mãos é o chamado tremor essencial, que geralmente se torna mais evidente no adulto jovem. Esse tipo de tremor não tem uma causa conhecida, mas sabe-se que pode ter origem em fatores hereditários.

O tremor essencial normalmente afeta mãos e braços, mas também pode afetar a cabeça. Geralmente se manifesta quando os braços estão estendidos e parados ou quando a pessoa executa movimentos mais finos como escrever, tomar uma xícara de café ou beber água num copo.

O tremor essencial não costuma impedir a realização de tarefas diárias nem evoluir ao ponto de trazer complicações mais graves, mas pode interferir na qualidade de vida se for muito intenso.

No Mal de Parkinson, o tremor nas mãos está presente mesmo em repouso, melhorando quando a pessoa movimenta o membro afetado, o movimento do tremor lembra o de esmagar o pão ou enrolar cigarros, e piora em situações de fadiga, frio ou fortes emoções. Vale lembrar que nem todos os portadores da doença apresentam tremor.

Veja também: Quais os sintomas do Mal de Parkinson?

Outra causa frequente de tremores nas mãos é o chamado tremor fisiológico, que aparece principalmente quando é necessário executar movimentos que exigem precisão, como passar uma linha pelo fundo de uma agulha, por exemplo.

O tremor fisiológico geralmente passa despercebido em situações normais, mas pode ser agravado em algumas situações, tais como:

  • Uso de corticoides e certos medicamentos usados para tratar asma e doenças psiquiátricas e neurológicas;
  • Consumo excessivo de estimulantes como nicotina e cafeína;
  • Medo, ansiedade e emoções fortes;
  • Fadiga muscular;
  • Abstinência de álcool;
  • Hipertireoidismo.

Nesses casos, o tremor normalmente desaparece com a retirada ou tratamento da causa.

Em caso de tremores nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um neurologista.

Saiba mais em: 

Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

Tenho tremores ou espasmos no pescoço do lado esquerdo. Que médico devo procurar?

Como saber se tenho uma hérnia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você tiver uma hérnia, irá notar uma protuberância bem localizada e amolecida na pele, que pode surgir na região abdominal, na virilha (inguinal), no umbigo ou na raiz da coxa. Também poderá sentir uma dor aguda em queimação ou contínua, que tende a piorar no fim dia.

Esse sinais e sintomas da hérnia poderão se manifestar principalmente ao levantar objetos pesados, tossir, fazer esforço para urinar ou evacuar e ficar em pé por muito tempo.

Procure imediatamente um serviço de urgência se apresentar os seguintes sintomas:

  • Dor forte e contínua no local da hérnia;
  • Aumento do tamanho da hérnia, que não diminui;
  • Vermelhidão local.

Esses sinais podem indicar que a hérnia está estrangulada e pode "estourar". Trata-se de uma situação muito grave que pode levar à morte e só pode ser resolvida com cirurgia.

Quais são os sintomas de hérnia abdominal?

A hérnia abdominal pode ser notada sob a forma de uma saliência por baixo da pele do abdômen. Geralmente não causa dor, mas pode provocar desconforto e tende a ficar mais evidente ao realizar esforço físico ou tossir.

Ao se deitar, a hérnia normalmente fica menos saliente e pode não ser percebida. No início, é possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal. Contudo, se aumentar de tamanho, pode ficar “estrangulada” e isso já não é possível.

Em caso de estrangulamento, a circulação sanguínea pode ficar interrompida. Nesses casos, os sintomas podem incluir dor, náuseas, vômitos e prisão de ventre. A pele no local da hérnia fica vermelha e pode haver febre.

Quais são os sintomas de hérnia inguinal?

Na hérnia inguinal, pode-se ver ou sentir uma saliência na virilha ao ficar em pé, realizar esforço físico ou tossir. Também pode haver dor, ardência, desconforto, sensação de peso ou fraqueza na região da virilha.

No caso dos homens, os testículos podem ficar mais sensíveis e inchados se o intestino descer até ao saco escrotal.

Assim como na hérnia abdominal, pode ser possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal ao se deitar. Caso a hérnia permaneça saliente, mesmo depois dessa manobra, pode ser que haja um estrangulamento, o que requer cirurgia com urgência.

Em caso de encarceramento da hérnia inguinal, pode haver dor súbita que aumenta rapidamente, náuseas, vômitos e febre. O local da hérnia fica avermelhado ou mais escuro que o normal.

Quais são os tipos de hérnia mais comuns?
  • Hérnia incisional (pode surgir em qualquer local do abdômen que já sofreu uma incisão cirúrgica);
  • Hérnia epigástrica (entre o umbigo e o tórax);
  • Hérnia umbilical (cicatriz do umbigo);
  • Hérnia inguinal (virilha);
  • Hérnia femoral (raiz da coxa).

Saiba mais em: Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?

Como é feito o diagnóstico da hérnia?

O diagnóstico das hérnias abdominais é feito basicamente através do exame físico, em que o/a médico/a pede à/ao paciente para tossir ou soprar a mão sem deixar o ar sair. Essa manobra aumenta a pressão dentro do abdômen e faz a hérnia "sair" pela parede abdominal.

Quando as hérnias são muito pequenas ou a/o paciente é obesa/o pode ser necessário utilizar ultrassom ou tomografia para diagnosticar a hérnia.

O/a gastrocirurgião/a é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento das hérnias.

Sinto pontadas do lado esquerdo da cabeça, juntamente com enjoo, visão turva e tonturas. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor em pontadas apenas num lado da cabeça, enjoo, visão turva e tonturas podem ser sintomas de enxaqueca.

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que normalmente provoca dor latejante em apenas um lado da cabeça, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes.

Essas intolerâncias que podem ser diversas (à luz, ao barulho, etc) nem sempre estão presentes. Em geral, em torno de 25% das pessoas que sofrem de enxaqueca apresentam os sintomas conhecidos como aura. A aura é caracterizada como a presença de sintomas neurológicos focais como por exemplo pequenos distúrbios visuais, sensoriais e da fala. 

As crises de enxaqueca podem durar até 3 dias e podem ser divididas em 4 fases, com sintomas diferentes em cada uma delas:

  1. Fase anterior à dor de cabeça:

    • Desejo de comer determinados alimentos, como chocolate;
    • Alterações de humor;
    • Cansaço;
    • Bocejos;
    • Retenção de líquidos.
  2. Fase que precede ou ocorre junto com a crise:
    • Visão turva;
    • Pontos ou manchas escuras na visão;
    • Linhas e pontos luminosos na visão que duram entre 5 minutos e uma hora;
  3. Fase da dor de cabeça:
    • Dor em pontadas em apenas um dos lados da cabeça, que pioram com qualquer esforço físico;
    • Náuseas;
    • Vômitos;
    • Sensibilidade a barulhos, luz e cheiros.
  4. Fase da resolução (recuperação do organismo após a intensa dor de cabeça);
    • Intolerância a alimentos;
    • Dificuldade de concentração;
    • Dor muscular;
    • Cansaço.

Leia mais sobre o assunto em: Enxaqueca: Sintomas e Tratamento

É importante lembrar que dor de cabeça, náuseas, visão turva e tonturas também podem ser sintomas de diversas doenças e problemas de saúde.

Por isso, o melhor é consultar o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou neurologista para que a origem desses sintomas seja devidamente diagnosticada e tratada.

Qual a diferença entre gastrite e pangastrite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gastrite é um processo inflamatório da mucosa do estômago, geralmente causada por processo autoimune ou infeccioso, uso de medicamentos, reações de sensibilidade ou estresse. A gastrite pode ocorrer em determinadas partes do estômago (corpo, antro, cárdia). Quando ela está presente em todas as áreas do estômago, ela é chamada de pangastrite.

Portanto, a pangastrite é o processo inflamatório (gastrite) que ocorre na mucosa do estômago como um todo. Essa gastrite pode ser aguda, quando aparece de repente e dura um período curto de tempo. Quando a gastrite dura mais de meses, ela é classificada como crônica.

O estômago produz sucos digestivos ácidos e é a mucosa que reveste a sua parte interna que protege o órgão da acidez do suco gástrico. Porém, se a mucosa estiver danificada ou lesionada, o ácido estomacal penetra na mucosa, piorando a lesão.

Por isso, a gastrite e a pangastrite merecem tratamento e dieta adequados para evitar futuras complicações como úlceras, hemorragias, formação de pólipos e câncer de estômago.

Além disso, a mucosa que reveste o estômago produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Por isso, em caso de inflamação de parte dela (gastrite) ou dela toda (pangastrite), a produção dessas substâncias fica prejudicada e, como consequência, o processo digestivo.

O risco de gastrite e pangastrite aumenta com a idade, uma vez que a mucosa gástrica vai ficando mais fina e frágil com o passar dos anos.

Qual a diferença entre gastrite ou pangastrite erosiva e enantematosa?

A gastrite ou a pangastrite pode ser erosiva ou enantematosa. Na gastrite ou pangastrite erosiva, ocorrem erosões na mucosa do estômago. Já a enantematosa caracteriza-se pela vermelhidão da mucosa gástrica. Tanto a gastrite como a pangastrite erosiva e enantematosa podem ser leve, moderada ou acentuada.

Quais as causas da gastrite e da pangastrite? Gastrite e pangastrite aguda

A principal causa de gastrite e pangastrite erosiva aguda é o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios, como aspirina (AAS - ácido acetilsalicílico) ou ibuprofeno. O consumo de bebidas alcoólicas, cocaína ou ainda a exposição à radiação também podem causar gastrite ou pangastrite erosiva.

As gastrites e as pangastrites erosivas também podem ter como causas acidentes, doenças graves, queimaduras extensas ou cirurgias de grande porte.

A gastrite e a pangastrite também podem ser provocadas por doenças autoimunes, doença de Crohn e infecções virais, parasitárias ou bacterianas.

Gastrite e pangastrite crônica

A principal responsável pelos casos de gastrite e pangastrite crônica é a bactéria Helicobacter pylori. A H. pylori está presente no estômago de cerca de 90% das pessoas com mais de 50 anos de idade e a sua transmissão ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Porém, a grande maioria dos portadores da bactéria não manifesta sintomas.

Por outro lado, quando ocorre e não recebe tratamento adequado, a gastrite crônica pode durar anos ou permanecer até o fim da vida.

Quais os sintomas de gastrite e pangastrite?

O principal sintoma da gastrite e da pangastrite é a dor ou desconforto na porção superior esquerda do abdômen. Outros sintomas que podem estar presentes incluem náuseas, vômitos e sensação de enfartamento após as refeições. Contudo, em muitos casos, a gastrite e a pangastrite não manifestam sintomas.

Em casos de gastrite ou pangastrite erosiva, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.

Na gastrite e pangastrite crônica causadas por H. pylori, a mucosa pode ficar atrofiada e as células que produzem substâncias essenciais para a digestão são destruídas, podendo evoluir para câncer.

Gastrite e pangastrite têm cura? Qual é o tratamento?

Gastrite e pangastrite tem cura. O tratamento é feito através de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, para aliviar a dor e o desconforto. Além da medicação, é fundamental ter uma dieta adequada, que deve ser seguida conforme orientação do médico gastroenterologista.

Quando a gastrite ou a pangastrite é provocada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, pode ser necessário suspender a medicação, segundo avaliação médica.

Outra medida fundamental é tratar a infecção por H. pylori, mesmo quando a pessoa não manifesta sintomas, já que a infecção pela bactéria pode evoluir para úlceras ou câncer de estômago. O tratamento para erradicar a Helicobacter pylori é feito com a combinação de antibióticos e medicamentos específicos para o estômago.

O/a médico/a gastroenterologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da gastrite e da pangastrite.

Leia também: O que é gastrite enantematosa leve do antro?

Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível confundir sangramento de nidação com menstruação escura, mas as duas situações ocorrem em momentos diferentes do ciclo menstrual da mulher. A nidação ocorre no meio do ciclo e a menstruação inicia um novo ciclo.

Além disso, o sangramento da menstruação é intenso e dura de 3 a 7 dias. A cor do fluxo varia entre vermelho vivo, vermelho escuro e marrom. Quando o fluxo menstrual é intenso, pode vir acompanhado de coágulos. Já o sangramento de nidação dura de 1 a 2 dias e a quantidade de sangue é muito menor. A cor pode ser mais clara que a da menstruação, podendo ser rosada em alguns casos.

Portanto, apesar de haver semelhanças na aparência dos sangramentos, é fácil identificar um e outro pelo período em que ocorreram.

Vale lembrar que o sangramento de nidação é raro, não ocorre em todas as gestações e o sangue pode ter qualquer aspecto. Quando acontece, ocorre no meio do ciclo (longe da menstruação) e tem poucas horas de duração ou dura no máximo 1 ou 2 dias.

O importante é observar se depois desse sangramento a menstruação atrasa. Se ela atrasar por pelo menos duas semanas, é provável que seja gravidez.

Porém, a cor da menstruação varia em cada mulher, sobretudo as que utilizam algum tipo de anticoncepcional hormonal. Nesses casos, é normal a menstruação apresentar uma coloração diferente e não indica nada de grave.

O que é nidação?

A nidação é a implantação do óvulo fecundado no endométrio. Ocorre quando o embrião, normalmente formado nas trompas, já se deslocou para o interior do útero e começou a se fixar na parede interna uterina.

O sangramento de nidação ocorre quando o embrião se fixa na camada interna do útero (endométrio).

Quais são os sintomas de nidação?

A nidação se caracteriza pela ocorrência de pequenos sangramentos de coloração marrom, rosa ou vermelha, que duram no máximo 3 dias. Outros sintomas comuns da nidação são as cólicas semelhantes às cólicas menstruais e a dor leve, em pontada, na região inferior do abdômen.

O que é menstruação?

A menstruação é um sinal de que ocorreu ovulação durante algum dia do ciclo menstrual e o óvulo não foi fecundado. O endométrio, que estava preparado para receber o embrião, descama e sangra por alguns dias, dando origem à menstruação, que é composta por sangue e tecido do interior do útero.

Para uma mulher com um ciclo menstrual de 28 dias, o dia da ovulação é o 14º dia, que fica no meio do ciclo. O período fértil começa 3 dias antes e termina 3 dias depois do dia da ovulação, ou seja, entre o 11º e o 17º dia do ciclo menstrual. Isso significa que, se houver fecundação e nidação, o sangramento irá ocorrer nesse período.

O que pode deixar a menstruação escura?

A mulher também deve estar atenta se a menstruação ficar mais escura, de coloração meio marrom ou quase preta. Se isso ocorrer, pode ser sinal de endometriose, lesões na vagina, no útero ou no colo uterino, cisto de ovário, DST (doença sexualmente transmissível), alterações hormonais causada por medicamentos, estresse ou mudança de pílula anticoncepcional.

Uma menstruação escura e com pouco fluxo também pode ser sinal de gravidez, miomas uterinos, inflamação no útero, uso da pílula do dia seguinte ou ainda efeito colateral de algum medicamento.

Qualquer tipo de sangramento fora do período normal ou que tenha um aspecto diferente do habitual deve ser comunicado ao/à médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Leia também:

Estou sentindo muita coceira na minha vagina. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Coceira na vagina pode ser indício de alguma infecção, baixa imunidade, verruga genital ou alergia. A candidíase é uma infecção vaginal frequente que causa coceira além de irritação e corrimento vaginal.

A candidíase é causada pelo fungo Candida albicans, que habita naturalmente a vagina sem causar nenhum tipo de sintomas ou problema na maior parte do tempo.

Contudo, em algumas situações, como em casos de estresse ou queda da imunidade, esse fungo pode se proliferar para além do normal, causando coceira intensa na vagina e nas suas proximidades.

Além da coceira, a candidíase pode apresentar como sinais e sintomas a presença de corrimento vaginal, dor para urinar, dor nas relações sexuais e ardência no local.

O tratamento da candidíase é feito com medicamentos antifúngicos, aplicados diretamente na vagina ou administrados por via oral.

Coceira na vagina pode ser alergia?

Alguns produtos podem provocar reação alérgica na vagina, como por exemplo: sabonete, absorvente, duchas vaginais, perfume, desodorante, shampoo, condicionador, lenço umedecido, calcinha de nylon, látex, detergentes e amaciantes de roupa.

Menopausa causa coceira na vagina?

Outra possível causa para a coceira na vagina é a menopausa. A coceira, nesses casos, é decorrente da diminuição da produção do hormônio estrógeno.

Nesses casos, podem ser usados lubrificantes de aplicação local para auxiliar a aliviar o prurido. Nos casos mais intensos, pode ser indicado o uso de creme de estriol na vagina.

O que mais pode causar coceira na vagina?
  • Dermatite atópica vulvar: trata-se de um problema de origem alérgica;
  • Tricomoníase vaginal: infecção sexualmente transmissível (IST), que pode causar coceira e aparecimento de corrimento vaginal amarelo esverdeado;
  • Líquens vulvares: lesões que surgem na vagina de causa desconhecida. Nesses casos, a coceira é intensa e a lesão pode aumentar as chances da mulher desenvolver câncer de vulva.

Além da dermatite alérgica, outras doenças dermatológicas devem ser levadas em consideração no momento da avaliação da coceira vaginal.

A mulher com coceira na vagina deve procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação. Além disso, é importante observar a presença de outros sintomas como a presença de corrimento vaginal.

Manchas escuras nos olhos: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Manchas escuras nos olhos são lesões pigmentadas causadas pelo aumento de tamanho e quantidade de melanócitos, que são as células produtoras de melanina (substância que dá cor à pele).

Assim como ocorre na pele, essas manchas, chamadas cientificamente de nevos, são "pintas" que aparecem no branco do olho (esclera), mas que podem surgir também na íris (parte colorida do olho), na conjuntiva (membrana que recobre o interior das pálpebras e a esclera) e na coroide (tecido localizado atrás do olho).

A cor dessas lesões pigmentadas varia entre preto, castanho e rosa, podendo ser lisas ou levemente elevadas.

A maioria das manchas escuras que surgem no olho são benignas, tal como na pele. Porém, um nevo também pode indicar uma lesão pré-cancerígena (melanose primária adquirida) ou já ser sinal de câncer (melanoma conjuntival).

Na dúvida, o/a médico/a oftalmologista poderá decidir fazer uma biópsia para determinar o tipo de nevo, principalmente se a mancha começar a crescer.

Vejo manchas escuras e pontos pretos que se mechem quando movimento os olhos. O que pode ser?

Neste caso, as manchas ou pontos escuros, também chamados de "moscas volantes", podem ter duas causas:

  • Flutuações no vítreo (substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular):

    • Na maioria dos casos, essas manchas ou pontos pretos flutuantes são células que se agrupam e não representam nada de grave, nem necessitam de tratamento;
    • A flutuação também pode ser uma parte do vítreo que se descolou, células sanguíneas flutuando no vítreo ou uma inflamação intraocular;
    • Tornam-se mais frequentes com o envelhecimento, sendo muito comum em pessoas com miopia;
    • Quando ocorre descolamento do vítreo, a pessoa tem a sensação de visão de “teia de aranha”, que pode durar meses e anos. Embora não seja grave, é importante fazer um acompanhamento com o oftalmologista para acompanhar a evolução do quadro.
  • Descolamento de retina (camada mais interna do olho, responsável pela visão):
    • Trata-se de uma situação bem mais grave que as flutuações no vítreo;
    • O descolamento ocorre devido a um rasgo ou buraco na retina, que permite a entrada de líquido e faz o tecido da retina descolar ou levantar;
    • Pode acontecer espontaneamente, mas na maioria das vezes está associada ao descolamento do vítreo, que se desprende da retina e origina a rasgadura no local;
    • Além das moscas volantes, pode causar também perda parcial e súbita da visão e flashes luminosos;
    • O diagnóstico precoce do descolamento de retina é muito importante e o tratamento pode ser feito com aplicação de laser ou cirurgia.

Em caso de manchas escuras que aparecem nos olhos ou surgem no campo de visão, consulte o/a médico/a oftalmologista o quanto antes para receber um diagnóstico e tratamento adequado.

Leia também:

Mancha escura no pescoço é diabetes?

Levei uma pancada no olho e fiquei com uma mancha de sangue. O que pode ser e o que fazer?

Manchas escuras na pele: o que pode ser?