Perguntar
Fechar

Últimas Questões

Como ocorre a transmissão da hanseníase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão da hanseníase se dá pelo contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada pelo bacilo e que não esteja em tratamento. A pessoa infectada expele bacilos (bactérias) através do sistema respiratório superior quando ela fala, tosse ou espirra, por meio da saliva e secreções nasais. 

Como a bactéria tem uma baixa infectividade, apenas o contato por vários anos e frequente com a pessoa infectada é capaz de ocasionar a transmissão da hanseníase. Quando a pessoa inicia o tratamento para erradicar a doença, a transmissão é interrompida.

Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria que acomete a pele e os nervos periféricos. Ela é uma doença de baixa infectividade, ou seja, o seu poder de contágio é baixo.

Lesões no nariz causadas por hanseníase

Vale lembrar que tocar uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. Isso significa que a hanseníase não é transmitida pelo contato físico, mas sim pela inalação contínua de gotículas de saliva ou secreções do nariz infectadas pelo bacilo.

Outra informação pouco conhecida é que a grande maioria das pessoas é imune à hanseníase e não desenvolve a doença, mesmo se forem infectadas.

Quais são os sintomas da hanseníase?

A hanseníase se manifesta por meio de manchas claras, avermelhadas ou escuras, que não são vistas facilmente. Os limites dessas manchas são irregulares e a sensibilidade no local fica alterada. No local das lesões, também ocorre queda de pelos e não há transpiração.

Hanseníase na mão (mancha vermelha)

Na fase aguda da doença, podem surgir nódulos ou inchaço nas orelhas, nas mãos, nos cotovelos e nos pés.

Se algum nervo periférico for afetado, a pessoa sente dormência, perda de força muscular e os dedos ficam retraídos, tornando o membro afetado incapacitado. 

A evolução da hanseníase é lenta. Os sintomas só aparecem depois de 2 a 6 anos que ocorreu o contágio. 

Por isso, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido o tratamento poderá ser iniciado, permitindo a quebra da cadeia de transmissão do bacilo. O exame físico, diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

O que é insuficiência aórtica? Quais os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Insuficiência aórtica é o acometimento que atinge o coração devido ao inadequado fechamento da válvula aórtica. Como consequência disso, o sangue bombeado sofre um refluxo e retorna para uma das câmaras cardíacas, o ventrículo esquerdo.

A insuficiência aórtica pode ser aguda ou crônica. A insuficiência aórtica aguda se apresenta com edema pulmonar e choque cardiogênico.

Na insuficiência aórtica crônica, inicialmente o/a paciente pode não demonstrar nenhum sintoma pois o coração compensa a insuficiência com remodelamento cardíaco. Posteriormente, a depender do grau da insuficiência, a pessoa poderá apresentar falta de ar, palpitações e dor no peito.

O tratamento poderá ser feito com uso de medicações para dilatar os vasos sanguíneos e diminuir o trabalho cardíaco ou com realização de cirurgia para substituição da válvula cardíaca.

A insuficiência aórtica pode ser detectada na consulta médica durante o exame físico e ausculta cardíaca ou após a avaliação de alguns exames como radiografia de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma. 

Para que serve o ultrassom com Doppler?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O ultrassom com Doppler serve para avaliar órgãos, estruturas, tecidos, vasos sanguíneos e o fluxo de sangue da região em análise. O ultrassom com Doppler é uma ultrassonografia realizada da mesma forma que as outras, porém, com um adicional que permite a visualização do fluxo sanguíneo do local, analisando a irrigação e a permeabilidade sanguínea.

O ultrassom com Doppler é usado para determinar se a pessoa tem uma condição que reduz ou obstrui a circulação sanguínea. Também pode ser usado para diagnosticar certas doenças cardíacas.

Na área da obstetrícia, por exemplo, o ultrassom com Doppler serve para avaliar o sentido e a quantidade de fluxo sanguíneo que chega para o feto, permitindo, assim, analisar a circulação sanguínea nos vasos uterinos e fetais, além de detectar possíveis alterações na placenta.

Em geral, o ultrassom Doppler serve para:

  • Avaliar o funcionamento do coração. Nesse caso, normalmente é feito em conjunto com um eletrocardiograma, que mede os sinais elétricos no coração;
  • Detectar obstruções na circulação sanguínea;
  • Detectar danos nos vasos sanguíneos e defeitos na estrutura do coração;
  • Identificar estreitamento dos vasos sanguíneos;
  • Monitorar a circulação sanguínea após uma cirurgia;
  • Verificar se a circulação sanguínea entre a gestante e o feto está normal.
Quando o ultrassom com Doppler é indicado?

O ultrassom com Doppler geralmente é indicado quando há presença de sinais e sintomas de fluxo sanguíneo reduzido ou doença cardíaca. Os sintomas variam dependendo da causa. Alguns sintomas comuns de problemas de circulação sanguínea incluem:

  • Dormência ou fraqueza nas pernas;
  • Cãibras dolorosas nos quadris ou músculos das pernas ao caminhar ou subir escadas;
  • Pernas ou pés frios;
  • Mudança na cor da pele ou brilho na pele da perna;
  • Dificuldade para respirar;
  • Inchaço em pernas, pés ou abdômen;
  • Fadiga.

O ultrassom Doppler também pode ser usado em casos de:

  • Derrame cerebral: após um acidente vascular cerebral (AVC), pode ser solicitado um tipo especial de ultrassom com Doppler chamado Doppler transcraniano, que serve para observar o fluxo sanguíneo no cérebro;
  • Lesão nos vasos sanguíneos;
  • Tratamento de distúrbios da circulação sanguínea;
  • Suspeita de problemas circulatórios na gravidez (feto muito pequeno, anemia falciforme, pré-eclâmpsia).
O que é o ultrassom com Doppler?

O ultrassom com Doppler é um exame de imagem que usa ondas sonoras (ultrassônicas) para mostrar a circulação sanguínea através dos vasos sanguíneos. O ultrassom comum também usa ondas sonoras para criar imagens de estruturas internas do corpo, mas elas não podem mostrar o sangue em circulação.

O ultrassom com Doppler funciona medindo as ondas de ultrassom que são refletidas nas estruturas em movimento, como os glóbulos vermelhos. Isso é conhecido como efeito Doppler.

Existem diferentes tipos de ultrassom Doppler:

Doppler colorido: esse tipo de Doppler usa um computador para converter ondas sonoras em cores diferentes, que mostram a velocidade e a direção do sangue em tempo real.

Power Doppler: novo tipo de Doppler colorido. Pode mostrar mais detalhes da circulação sanguínea do que o Doppler colorido comum, mas não mostra a sua direção, o que, em certos casos, pode ser importante.

Doppler espectral: mostra a circulação sanguínea em um gráfico em vez de imagens coloridas. Pode mostrar a forma como um vaso sanguíneo está obstruído.

Doppler Duplex: usa o ultrassom convencional para formar imagens de vasos e órgãos sanguíneos. Em seguida, um computador converte essas imagens em um gráfico, semelhante ao Doppler espectral.

Doppler de ondas contínuas: nesse exame, as ondas ultrassônicas são enviadas e recebidas continuamente. Permite uma medição mais precisa do sangue que flui mais rapidamente.

Como é feito o ultrassom com Doppler?

Geralmente, durante a realização do ultrassom Doppler, a pessoa fica deitada numa maca com a parte do corpo onde o exame será feito descoberta. O profissional espalha um gel especial na pele e sobre o local passa um transdutor, um dispositivo que envia ondas de ultrassom pelo corpo.

O movimento das células sanguíneas altera o tom das ondas sonoras. É possível ouvir sons que parecem assobios ou pulsos durante o procedimento. As ondas são gravadas e convertidas em imagens ou gráficos em um monitor.

Todo o procedimento dura de 30 a 60 minutos. O ultrassom com Doppler pode ser realizado em diversas regiões do corpo, como tireoide, rins, mamas, carótidas, bolsa escrotal, abdômen, coração, entre outras.

Se o ultrassom com Doppler detectar alguma anormalidade, pode ser um sinal de:

  • Obstrução ou coágulo na artéria;
  • Estreitamento dos vasos sanguíneos;
  • Circulação sanguínea anormal;
  • Aneurisma (protuberância em forma de balão nas artérias): faz com que as artérias se estiquem e se tornem mais finas. Se a parede ficar muito fina, a artéria pode se romper e causar uma hemorragia (derrame cerebral);
  • Anormalidade na circulação sanguínea do feto.

O significado dos resultados depende da parte do corpo em que o ultrassom é realizado.

Tenho que me preparar para fazer o ultrassom com Doppler?

Para realizar o ultrassom com Doppler, é necessário tirar roupas e joias da parte do corpo onde o exame será realizado. Também deve-se evitar fumar ou utilizar produtos com nicotina duas horas antes do exame. A nicotina provoca um estreitamento dos vasos sanguíneos e pode interferir nos resultados.

Para alguns tipos de ultrassom Doppler, pode ser necessário fazer jejum de alimentos ou bebidas durante várias horas antes do exame.

O profissional que irá realizar o exame poderá esclarecer eventuais dúvidas em relação ao funcionamento do ultrassom com Doppler e ao procedimento em si.

Realize os exames solicitados pelo/a profissional de saúde e retorne na consulta após o resultado para a devida avaliação.

Tireoidectomia: quais os riscos e as consequência da cirurgia da tireoide?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de retirada da tireoide pode acarretar em algumas complicações como:

  • Formação de quelóide no local da cicatriz;
  • Infecção local;
  • Hipoparatireoidismo e consequente hipocalcemia (queda dos níveis de cálcio no sangue);
  • Paralisia transitória das cordas vocais com alteração temporária da voz;
  • Necessidade do uso de hormônio tireodiano;
  • Hematoma no local da cirurgia;
  • Dor e desconforto na região cervical.

Em geral, a cirurgia da tireoide é bem tolerada e apresenta boa resolutividade.

A tireoidectomia é indicada em alguns casos como tratamento do hipertireoidismo, bócio, câncer da tireoide, nódulos ou cistos suspeitos.

Também pode lhe interessar: Quais são os sintomas de câncer de tireoide?

Após a realização da cirurgia, a pessoa deve realizar as orientações do pós operatório passadas pelo/a médico/a.

Herpangina: o que é, quais os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Herpangina é uma infecção viral causada pelos vírus coxsackie A, coxsackie B ou echovírus. A doença provoca vesículas ("bolhas") no fundo da garganta que atingem o céu da boca, a úvula ("campainha") e os pilares amigdalianos. Quando se rompem, as vesículas deixam feridas esbranquiçadas espalhadas pela garganta.

A herpangina é comum em crianças, sobretudo no verão. A doença geralmente é assintomática. Quando presentes, os sintomas podem incluir, além das vesículas, febre, dor de cabeça, dor no pescoço, perda de apetite, dor ou dificuldade para engolir e vômitos.

Também podem surgir nódulos no pescoço devido ao aumento dos linfonodos como resposta à infecção.

Nos casos mais graves, aparecerem feridas na parte anterior e posterior da cavidade oral. As lesões na garganta são múltiplas, pequenas, de coloração branco-acinzentada e com as bases avermelhadas.

As bolhas se rompem em 2 a 3 dias e deixam úlceras que podem aumentar de tamanho. Já as lesões na boca podem durar mais de uma semana.

Não há um tratamento específico para a herpangina. A doença normalmente resolve-se espontaneamente em 5 a 10 dias. O tratamento visa apenas aliviar os sintomas, com medicamentos para dor e febre, além de hidratação oral.

Consulte o pediatra ou o médico de família caso apareçam sintomas sugestivos de herpangina.

Também pode lhe interessar:

Bolhas na boca, quais as causas?

Ranitidina: para que serve e qual é a indicação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A ranitidina é uma medicação indicada para tratamento de úlceras ativas no estômago e intestino, excesso na produção de ácido no estômago, inflamação no esôfago (esofagite), tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, prevenção de úlceras gástricas causadas por estresse ou pelo uso de medicações, prevenção de azia, alívio na queimação e auxiliar na erradicação do H. pylori juntamente com outras medicações.

O cloridrato de ranitidina serve para tratar úlcera duodenal e úlcera gástrica. O medicamento também é usado para prevenir úlcera duodenal relacionado com o uso de medicamentos anti-inflamatórios, sobretudo em pessoas que já tiveram ou têm úlcera péptica causada por H. pylori, úlcera de pós-operatório e esofagite de refluxo.

Estudos mostraram que o uso de ranitidina combinado com amoxicilina e metronidazol pode eliminar a bactéria H. pylori em quase todas as pessoas, sendo assim eficaz para prevenir o reaparecimento das úlceras.

O cloridrato de ranitidina serve também para aliviar os sintomas de refluxo gastroesofágico, síndrome de Zollinger-Ellison e a dor estomacal durante e após as refeições.

A ranitidina é indicada ainda para diminuir a produção de suco gástrico pelo estômago em casos de úlcera, hemorragia gástrica ou duodenal e ainda para prevenir aspiração de ácido estomacal.

Uma dose de 150 mg de cloridrato de ranitidina pode inibir a secreção de ácido gástrico durante um período de 12 horas.

O cloridrato de ranitidina pode curar, em média, 80% dos casos de úlcera duodenal em até 4 semanas. A eficácia para tratar úlcera gástrica é maior, chegando aos 89% dos casos em 3 meses de tratamento. 

No tratamento da esofagite erosiva, a ranitidina também é muito eficaz, com taxas de cura de aproximadamente 82%.

Como tomar ranitidina? Adultos

Em adultos com úlcera duodenal e úlcera gástrica, a dose geralmente indicada é de 150 mg, 2 vezes ao dia, ou uma única dose de 300 mg, à noite.

Grande parte das úlceras cicatrizam em até 4 semanas de tratamento com cloridrato de ranitidina. Contudo, em alguns casos, dependendo da doença, o tempo de tratamento pode ser de até 3 meses.

Nos tratamentos mais prolongados, a dose de ranitidina normalmente usada é de 150 mg, à noite. Para prevenir úlceras provocadas por anti-inflamatórios, a dose administrada geralmente é de 150 mg, 2 vezes ao dia.

Os comprimidos de ranitidina devem ser ingeridos com 1 copo de água. No caso de se esquecer de tomar alguma dose, o medicamento deve ser tomado o quanto antes, mantendo o horário normal das doses seguintes.

Crianças

Para crianças, a dose de cloridrato de ranitidina indicada é de 2 a 4 mg/kg, 2 vezes ao dia. A dose máxima diária não deve ultrapassar 300 mg.

Quais são os efeitos colaterais da ranitidina?

Os efeitos colaterais da ranitidina são raros. As reações observadas incluem urticária, febre, broncoespasmo, pressão baixa, dor no peito, alterações transitórias e reversíveis nos exames para o fígado e erupções cutâneas.

Outros efeitos colaterais da ranitidina, considerados muito raros (menos de 1 caso em cada 10.000 pessoas que tomam o medicamento):

⇒ diminuição do número de células do sangue, choque anafilático, confusão mental;

⇒ depressão, alucinações, dor de cabeça forte, vertigem;

⇒ movimentos involuntários, visão turva, inflamação de vasos sanguíneos;

⇒ pancreatite, diarreia, hepatite, dores musculares e articulares;

⇒ nefrite, impotência e crescimento das mamas em homens.

É importante usar a ranitidina apenas com orientação médica, na dosagem e horários indicados e pelo período de tempo prescrito.

Caso não haja melhora dos sintomas com o uso da medicação, retorne em consulta com o/a médico/a para uma nova avaliação.

O que pode causar dor no ombro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A dor no ombro esquerdo ou direito pode ter diversas causas. As mais comuns são: tendinite, bursite, síndrome do manguito rotador, fratura, artrite, artrose, luxação ou subluxação, além de problemas relacionados com músculos, nervos ou vasos sanguíneos próximos ao ombro, como os do pescoço e das costas.

As pessoas mais suscetíveis de ter dores nos ombros são as que praticam esportes que envolvem os membros superiores, principalmente se houver arremesso ou elevação dos braços, além de profissionais que trabalham muitas horas ao computador, com os braços levantados ou realizando movimentos repetitivos.

O ombro é a articulação mais móvel do corpo, o que a torna particularmente vulnerável a lesões devido à movimentação excessiva e à instabilidade. Por isso, a dor no ombro é uma queixa relativamente frequente nos consultórios.

Quais as principais causas de dor no ombro? Tendinite

Uma das principais causas de dor no ombro é a tendinite, uma inflamação que acomete os tendões da musculatura do ombro. A tendinite pode causar dor num local específico do ombro ou em toda a articulação. A dor também pode irradiar do ombro para o braço e se agrava ao realizar movimentos, principalmente se a pessoa levantar os braços acima da cabeça.

Bursite

Outra causa comum de dor no ombro é a bursite. Trata-se de uma inflamação da bursa, uma espécie de bolsa cheia de líquido que protege o tendão. Contudo, quando o tendão sofre um desgaste, uma lesão ou é atingido constantemente pelos ossos, ocorre uma inflamação que afeta primeiro o tendão (tendinite) e depois pode atingir a bursa (bursite).

Também pode lhe interessar: O que é bursite e quais os sintomas?

Síndrome do manguito rotador

Quando a inflamação afeta os tendões mais profundos do ombro em simultâneo, leva à síndrome do manguito rotador. O manguito é formado por 4 músculos profundos que atuam em conjunto para estabilizar e movimentar o ombro.

Artrose

A artrose caracteriza-se pela degeneração da cartilagem da articulação. A cartilagem permite o deslizamento suave entre os ossos. Com a cartilagem destruída, os ossos “raspam” um no outro, causando limitação do movimento e dores no ombro.

Saiba mais em: O que é artrose e quais os sintomas?

Contraturas musculares

Contraturas musculares em músculos localizados no pescoço e nas costas, como o trapézio, podem causar dor irradiada para o ombro.

Compressão de raízes nervosas

Nesses casos, a origem das dores também não está no ombro, mas sim nas raízes nervosas localizadas no pescoço (coluna cervical). A compressão das raízes dos nervos pode ser causada por artrose (“bico de papagaio”), hérnia ou protusão de disco ou ainda contraturas musculares.

Veja também:

O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?

Quais os sintomas de hérnia de disco?

A dor no ombro nessas situações pode vir acompanhada de formigamento, alterações da sensibilidade e perda de força muscular em ombros e braços.

Artrite

A artrite é uma inflamação da articulação, que provoca dor, inchaço e limitação dos movimentos. O processo inflamatório provoca a destruição da cartilagem articular, podendo limitar definitivamente os movimentos do ombro.

Luxação

A luxação ocorre quando algum osso é deslocado da articulação, saindo da sua posição. No caso do ombro, a luxação acontece quando o osso do braço (úmero) se desloca e perde completamente o contato com a escápula (“omoplata”).

Geralmente, a luxação do ombro acontece após alguma pancada ou queda. Os sintomas incluem dor no ombro ao realizar movimentos, inchaço, dificuldade em movimentar o ombro e dormência ao redor da articulação.

Fratura

Em caso de fratura, pode haver dor intensa no ombro, que piora com os movimentos ou a palpação do local, inchaço, manchas roxas na pele, dificuldade para movimentar o ombro, sensação de crepitação no osso e mudança da aparência habitual do ombro.

Também pode lhe interessar: Como é possível saber se quebrei um osso?

Como aliviar dor no ombro?

Para aliviar a dor no ombro é necessário primeiro identificar a origem das dores. O tratamento deve incidir sobre a causa e tem como objetivos aliviar a dor e melhorar a capacidade funcional, ou seja, permitir que a pessoa utilize o ombro normalmente nas suas atividades do dia-a-dia.

Remédios para dor no ombro

O tratamento para dor no ombro inclui o uso de medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares, conforme a causa da dor.

Repouso

Em alguns casos, pode ser necessário imobilizar a articulação do ombro. As atividades que desencadeiam dor também devem ser interrompidas, sempre que possível.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento e alívio da dor no ombro. O tratamento costuma ser prolongado. Além de aliviar a dor e ajudar a controlar a inflamação na fase aguda, através da aplicação de calor, gelo e eletroterapia, o tratamento fisioterapêutico também melhora a amplitude de movimento, fortalece e relaxa a musculatura e pode ajudar a prevenir novos quadros de dor no ombro.

Infiltração no ombro

A infiltração também pode ser indicada para aliviar a dor no ombro, como em casos de tendinite, bursite, artrite e artrose que não respondem bem ao tratamento conservador. As técnicas e as medicações usadas nas infiltrações variam conforme o tipo de problema.

Em caso de dor no ombro, consulte o médico de família, clínico geral ou ortopedista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Inchaço nos pés: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O inchaço nos pés ocorre devido ao acúmulo de líquido nos tecidos abaixo da pele e isso pode ter muitas causas. As mais comuns incluem: permanecer muito tempo em pé ou sentado, excesso de peso, idade avançada, gravidez, período menstrual. Porém, os pés inchados também podem ser sinal de doenças graves, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática.

Quais as causas de inchaço nos pés? Gravidez

Na gravidez, o inchaço nos pés é comum devido à retenção de líquidos que ocorre nesse período. Contudo, se o inchaço for excessivo e vier acompanhado de pressão alta, após a 20ª semana de gestação, pode ser sinal de pré-eclâmpsia e precisa de um acompanhamento cuidadoso durante o pré-natal.

Problemas renais

Pés inchados acompanhados de diminuição do volume de urina pode ser sinal de problemas renais. Nesse caso, o edema também pode afetar a face e a pessoa também pode apresentar fraqueza, náuseas e perda de peso.

Insuficiência cardíaca

Quando o inchaço nos pés tem como causa insuficiência cardíaca, pode haver falta de ar e palpitações. O edema normalmente começa nos tornozelos e pés e surge no final da tarde, progredindo para pernas e coxas, podendo chegar até à região genital.

Insuficiência venosa

Na insuficiência venosa crônica, o inchaço normalmente acomete de forma assimétrica os pés ou pernas, aumenta durante o dia e melhora com a elevação das pernas. Normalmente há presença de varizes e a pele das pernas pode ficar mais escura.

Trombose venosa profunda

Uma causa grave de pés inchados é a trombose venosa profunda, devido ao risco de embolismo pulmonar que podo levar à morte. Costuma atingir apenas um membro inferior e provocar calor e vermelhidão local, além de inchaço. As panturrilhas também podem ficar endurecidas.

Outras possíveis causas de inchaço nos pés:
  • Hipoproteinemia (redução da concentração de proteínas do sangue): O edema pode ser generalizado;
  • Cirrose hepática: Edema generalizado, com início na região abdominal, passando depois para as pernas;
  • Linfedema: Muitas vezes o edema afeta as duas pernas e sua principal característica é ser endurecido e não melhorar com a elevação dos membros;
  • Alergias: O edema também pode afetar a face;
  • Alterações hormonais (ciclo menstrual): Atinge tornozelos, pernas e mãos;
  • Uso de medicamentos anti-inflamatórios.
O que fazer para diminuir o inchaço nos pés? Elevar as pernas

Uma forma de aliviar o edema nos pés é elevar as pernas, pois ajuda o sangue a voltar para o coração. Para isso, a pessoa deve deitar-se de barriga para cima e deixar as pernas apoiadas sobre uma almofada grande, ou em qualquer outro apoio, de maneira que os pés fiquem acima do nível do coração. As pernas devem ficar elevadas durante 15 a 20 minutos.

Usar meias elásticas

Quem fica em pé por longos períodos pode usar meias elásticas, pois favorecem o retorno do sangue para o coração.

Repouso e menos sal

Fazer repouso e diminuir o consumo de sal também pode ajudar a aliviar o inchaço nos pés.

Movimentar pernas e pés

Durante uma viagem prolongada ou no trabalho, é importante levantar-se pelo menos a cada uma hora e movimentar as pernas e os pés. Esses cuidados ajudam a aliviar os pés inchados e previnem também a formação de coágulos.

Em caso de inchaço nos pés, consulte um médico clínico geral ou um médico de família para que a causa do edema seja devidamente diagnosticada e tratada.

Qual é o tratamento para esporão de calcâneo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para esporão de calcâneo inclui várias medidas que podem ser feitas pela própria pessoa, como: repouso, elevação das pernas, compressa gelada por 20 minutos pelo menos 4 vezes ao dia, exercícios de alongamento do tendão, massagem nos pés e uso de sapatos apropriados, bem almofadados, que se encaixam na curvatura do pé, apoiando o calcanhar e o tornozelo.

Quem tem esporão de calcâneo também deve evitar usar chinelos, sandálias com solado reto e rasteirinhas, evitar andar descalço, usar talas e adesivos e controlar o peso. O calor pode aliviar a dor em algumas situações.

Além disso, em alguns casos, o tratamento do esporão de calcâneo pode incluir o uso de analgésicos e anti-inflamatórios, aplicação de corticoide ou ainda cirurgia de correção.

O tratamento do esporão de calcâneo pode ser difícil. Porém, em muitos casos, as alterações são ligeiras e se recuperam com o tempo.

Para controlar a dor e a inflamação, são usados medicamentos anti-inflamatórios. Em alguns casos, pode ser necessário aplicar uma injeção com corticoide no local.

O uso de palmilhas especiais, prescritas pelo médico, também pode ser útil para aliviar os sintomas, assim como o tratamento com diatermia e ultrassom.

A cirurgia remove o esporão de calcâneo e é indicada quando os outros tratamentos não produzem resposta satisfatória.

O que é esporão de calcâneo e quais são as causas?

O esporão de calcâneo é uma pequena saliência óssea que surge no osso do calcanhar (calcâneo). O esporão é causado por pressão intensa no calcanhar por períodos prolongados de tempo.

Quando caminhamos, os calcanhares suportam o peso do corpo alternadamente. A pressão é aliviada por tecidos localizados abaixo do osso do calcanhar.

A prática de esportes pode levar a uma sobrecarga dos músculos da panturrilha e do tendão de Aquiles, que se insere no osso do calcanhar (calcâneo).

O tensão no tendão de Aquiles é transmitida para a planta do pé, gerando inflamação ou pequenas rupturas nos tecidos. Quando a pessoa está em repouso, os músculos da planta do pé se contraem para tentar proteger o local afetado e a dor diminui. Porém, ao começar a correr ou andar, a dor volta.

Para reparar e tentar compensar essas lesões repetidas, o organismo forma tecido ósseo ao redor da região inflamada, dando origem ao esporão de calcâneo.

O esporão de calcâneo não provoca dor por si só. As dores surgem devido à inflamação das estruturas que estão próximas.

Quais são os fatores de risco do esporão de calcâneo?

A incidência de esporão de calcâneo é maior em pessoas com mais de 40 anos e com excesso de peso. Indivíduos com artrite, artrite reumatoide, insuficiência circulatória ou outras patologias degenerativas também têm mais chances de desenvolver o esporão. Há ainda fatores genéticos que contribuem para o seu desenvolvimento.

O “pé chato” ou muito arqueado também aumenta as chances de desenvolvimento do esporão de calcâneo.

Nos esportes, a corrida é uma importante causa de esporão de calcâneo, principalmente se a pessoa correr na praia ou em superfícies muito inclinadas.

Quais são os sintomas de esporão de calcâneo?

O principal sintoma do esporão de calcâneo é a dor intensa no calcanhar. Ao andar, a descarga do peso do corpo sobre o calcanhar desencadeia uma dor que é forte o bastante para impedir a pessoa de caminhar.

A dor melhora com o repouso, piora com o esforço e geralmente é mais intensa pela manhã.

Andar sobre superfícies duras ou carregando pesos agrava a dor. Saltar torna a dor ainda mais intensa.

O diagnóstico e tratamento do esporão de calcâneo é da responsabilidade do médico ortopedista ou reumatologista.

Esporão de calcâneo: o que é e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Esporão de calcâneo é uma protuberância óssea que se forma embaixo do calcanhar, no osso calcâneo. O esporão surge devido a pressões intensas e prolongadas na planta do pé, que podem causar lesões e inflamação nos tecidos. Essas lesões repetidas levam o organismo a produzir tecido ósseo ao redor da inflamação para proteger o local, dando origem ao esporão de calcâneo.

Quando caminhamos, os calcanhares suportam o peso do corpo alternadamente e a pressão exercida é amortecida pelas camadas de tecidos localizados no calcanhar.

Esporão de calcâneo

Porém, em algumas situações, o ligamento (fáscia) entre o calcanhar e os ossos dos dedos dos pés sofre uma inflamação crônica (fascite plantar), podendo causar dor.

Se os músculos da panturrilha são sobrecarregados, essa sobrecarga também é transmitida para o tendão de Aquiles, que se insere na região posterior do calcanhar. Como consequência, essa tensão também chega à planta do pé, provocando inflamação ou pequenos rompimentos nos tecidos.

Para compensar essas lesões repetidas, o corpo produz osso em torno da área inflamada como mecanismo de proteção. O resultado é uma protuberância óssea que surge embaixo do calcanhar, conhecida como esporão de calcâneo.

Essa dor no calcanhar causada pela fascite plantar é a principal causa de dor nos pés em adultos. Ela afeta principalmente as pessoas que correm, pulam ou ficam em pé por longos períodos.

Quais são os sintomas do esporão de calcâneo?

O principal sintoma do esporão de calcâneo é a dor intensa embaixo do calcanhar e na planta dos pés. A dor melhora com o repouso e piora quando a pessoa se levanta depois de passar muito tempo sentada ou pela manhã, ao colocar os pés para fora da cama. Saltar ou caminhar sobre superfícies duras ou carregando pesos também aumenta a dor.

Ao descarregar o peso do corpo sobre o calcanhar afetado, a dor pode ser forte o bastante para fazer com que a pessoa pare imediatamente de andar.

A dor no calcanhar é mais intensa quando a pessoa começa a andar. Depois, ao longo da caminhada, os nervos e os vasos sanguíneos vão se adaptando, e a dor tende a diminuir.

Vale lembrar que o esporão de calcâneo por si só não causa dor. As dores são causadas pela inflamação.

Quais as causas do esporão de calcâneo?

Existem diversos fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do esporão de calcâneo. Os principais deles são: correr (sobretudo na areia ou em superfícies muito inclinadas), pular ou ficar em pé por longos períodos de tempo.

Outros fatores que aumentam os riscos de desenvolver esporão de calcâneo incluem:

  • Ter mais de 40 anos de idade;
  • Excesso de peso;
  • Artrose;
  • Artrite reumatoide;
  • Insuficiência circulatória;
  • Predisposição genética;
  • Ter “pé chato” ou o pé muito "arqueado".
Esporão de calcâneo tem cura? Qual é o tratamento?

A única forma de curar o esporão de calcâneo é através de cirurgia. Porém, esse é o último recurso, pois existem outras formas de tratamento que podem controlar a dor e a inflamação. Ainda assim, mesmo com o tratamento cirúrgico e a retirada da saliência óssea, o esporão pode voltar a surgir se as causas não forem devidamente identificadas e tratadas ou afastadas.

O tratamento para esporão de calcâneo é feito através de repouso, uso de medicamentos anti-inflamatórios, aplicação de gelo (o calor também pode ajudar a aliviar a dor em alguns casos), fisioterapia e uso de palmilha especial para o calcanhar. Também pode ser indicada a aplicação de injeção com corticoides no local.

Quando esses tratamentos não produzem uma resposta satisfatória, a cirurgia é então indicada.

O médico ortopedista ou reumatologista é o especialista indicado para diagnosticar e orientar o tratamento do esporão de calcâneo.

Como é feita a ressonância magnética com contraste e quais os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A ressonância magnética com contraste é um exame de imagem feito com um aparelho que emite ondas magnéticas para obter imagens do interior do corpo, não possui radiação.

O contraste serve para o médico poder visualizar e diferenciar melhor os tecidos e os vasos sanguíneos, ajudando a detectar lesões de forma mais precoce, principalmente as lesões pequenas, determinando assim o tratamento adequado. É o exame mais indicado para detectar lesão ou anomalia nas estruturas moles do corpo, suspeitadas durante uma consulta médica e exame clínico.  

O contraste geralmente é injetado em uma veia da mão ou do braço através de uma agulha pequena. Essa injeção na maioria das vezes, só é administrada em uma segunda fase do exame; primeiro é realizado o exame produzindo imagens sem contraste, e quando o médico entende ser necessário um complemento, uma melhor visualização dos órgãos, então é solicitado a administração deste meio de contraste, e realizadas novas imagens.

Os riscos e receios da ressonância magnética com contraste estão relacionados a reações alérgicas, o que é raro. A taxa de reação alérgica ao gadolínio, um dos meios de contraste mais utilizados, de acordo com estudos recentes, não chegam a 1%. As reações mais relatadas devido a aplicação intravenosa do contraste são mal-estar e indisposição, que duram poucos minutos.

A preocupação médica quanto ao exame, refere-se aos pacientes portadores de insuficiência renal, nesses casos o exame com contraste deve ser evitado, já que a substância é eliminada pelos rins, podendo causar uma sobrecarga e piora da doença. Os riscos e benefícios para realização deste exame devem ser discutidos com o médico assistente.

O acúmulo da substância no sangue pode provocar esclerose sistêmica, uma doença autoimune que provoca alterações nos vasos sanguíneos, com diminuição do fluxo de oxigênio e nutrientes para os tecidos do corpo.

A maioria das pessoas submetidas a uma ressonância magnética com contraste pode retornar às suas atividades de vida ou laborais no mesmo dia do exame. O contraste normalmente é eliminado pela urina em até 24 horas. O tempo médio para a realização do exame varia entre 20 e 50 minutos.

Para maiores esclarecimentos sobre o procedimento e os riscos da ressonância magnética com contraste, fale com o médico radiologista, que é o responsável pela realização do exame.

Também podem lhe interessar:

Grávida pode fazer ressonância magnética?

Quem usa aparelho ortodôntico pode fazer ressonância magnética?

Bolinhas no braço: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas no braço podem ser sinal de queratose pilar. Trata-se de um problema genético que ocorre devido ao acúmulo de queratina, uma proteína que forma a barreira de defesa da pele. Esse excesso de queratina bloqueia a saída do pelo e forma-se então a "bolinha", chamada pápula.

As pápulas são pequenas e ásperas, sendo muitas vezes confundidas com cravos ou espinhas. As bolinhas podem surgir em qualquer parte do corpo que tenha pelos, mas são mais frequentes no braço.

A queratose pilar é comum em pessoas com síndrome de Down, embora esteja presente em cerca de 30% a 40% da população. Indivíduos com pele seca ou dermatite atópica têm mais risco de ter o problema.

O tratamento da queratose pilar é feito com hidratantes e medicamentos queratolíticos, que amenizam os depósitos de queratina da pele e fazem as bolinhas desaparecer temporariamente. Porém, se a pessoa deixar de usar os produtos, as pápulas voltam a aparecer.

Espremer, cutucar ou mexer nas bolinhas não é indicado, pois pode machucar a pele e causar infecções.

Saiba mais sobre o assunto em:

Estou com manchas vermelhas pelo corpo o que pode ser?

Queratose pilar tem cura? Qual o tratamento?

Consulte o médico de família, ou clínico geral ou dermatologista para avaliar o caso e prescrever o tratamento mais adequado para a queratose pilar.