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A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma infecção muito comum em jovens sexualmente ativos, sobretudo os que têm várias parcerias e praticam relações sexuais sem uso da camisinha.
A clamídia atinge principalmente o canal da urina, causando uretrites, mas também pode causar infecção anal, respiratória e ocular.
A infecção por clamídia pode não causar sintomas, mas pode provocar complicações como: dor pélvica crônica, infertilidade, maior risco para abortamentos e partos prematuros, artrites, doenças urológicas e genitais.
Principais sintomas da clamídiaOs sintomas mais comuns da clamídia incluem dor ou ardência ao urinar, corrimento vaginal e presença de secreção clara saindo do pênis.
A infecção por clamídia muitas vezes não apresenta sintomas ou eles demoram para aparecer. Em outros casos, os sinais e sintomas da clamídia podem ser confundidos com os da candidíase, fazendo com que a infecção não seja tratada adequadamente.
Alguns tipos de clamídia causam infecções genitais e urinárias e, quando transmitida durante a gravidez, podem causar conjuntivite ou pneumonia no bebê.
Outros tipos de clamídia provocam uma lesão genital conhecida como linfogranuloma venéreo. Nesses casos, a lesão aparece no local de contacto com o micro-organismo. Depois de algumas semanas, surge um nódulo inflamado que pode crescer e formar uma placa que geralmente evolui para ferida, podendo cicatrizar e causar inchaço.
Sintomas de clamídia nos homensEm geral, a clamídia não causa sintomas nos homens. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor ou sensação de queimação no períneo (região entre ânus e genitais), nos testículos ou ainda presença de corrimento uretral.
Outros sintomas que podem estar presentes nos homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite ou proctite. Pode ocorrer ainda a chamada síndrome de Reiter, que caracteriza-se pela presença de artrite, conjuntivite e uretrite.
Sintomas de clamídia nas mulheresNas mulheres, é comum a clamídia também não causar sintomas. Numa minoria dos casos, pode haver presença de corrimento, ardência e aumento da frequência urinária. Em outros casos podem estar presentes ainda uretrite ou cervicite.
O atraso no início do tratamento da clamídia pode causar graves problemas nos órgãos reprodutivos das mulheres, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que pode provocar gravidez fora do útero (ectópica), dor crônica no baixo ventre (pélvica) e esterilidade.
Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, está indicado a pesquisa da bactéria de rotina na faixa etária mais prevalente, mulheres entre 25 e 35 anos de idade.
Como é a transmissão da clamídia?A transmissão da clamídia ocorre através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ser transmitida através do canal do parto, da mãe para o bebê.
Qual é o tratamento para clamídia?O tratamento da clamídia é feito com medicamentos antibióticos, preferencialmente doxiciclina ou azitromicina, os quais devem ser prescritos por médicos/as, em média por 1 semana. Já o tratamento do linfogranuloma venéreo é mais prolongado, com duração de pelo menos 3 (três) semanas.
É importante lembrar que o tratamento da clamídia também deve ser realizado pelo/a parceiro/a. Caso contrário, a infecção pode voltar a aparecer.
O tratamento precoce da clamídia é eficaz e a evolução costuma ser boa, desde que a doença seja diagnosticada e tratada no início.
As complicações são raras quando o tratamento for realizado corretamente.
A prevenção da clamídia é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais.
O/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista são indicados/as para diagnosticar e tratar a doença ocasionada pela presença de clamídia.
Clamídia na gravidez pode ser muito perigoso, pois pode provocar diversas complicações durante e depois da gestação, tais como:
Gravidez ectópicaTrata-se de uma gravidez que ocorre fora do útero, na maioria das vezes em uma das trompas de Falópio (gravidez tubária), podendo também acontecer na cavidade abdominal ou no colo do útero. Uma gravidez ectópica não evolui e deve ser tratada com máxima urgência, sob o risco de trazer graves consequência para a mulher.
Aborto espontâneoA infecção por clamídia parece estar relacionada com abortamentos tardios, embora não haja ainda um consenso sobre essa relação.
Endometrite e Doença Inflamatória PélvicaA inflamação da camada interna do útero (endometrite) e a doença inflamatória pélvica (DIP) pós-abortamento ou parto são outras possíveis complicações da clamídia. A forma grave de DIP necessita de internamento e tratamento com antibióticos por via venosa.
Infecção interna do útero e morte do feto (natimorto)A infecção intrauterina pode disseminar e atingir os pulmões e o fígado do feto, provocando a sua morte.
Rompimento da bolsa e parto precoceO risco de parto pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez) pode ser 4 vezes maior em grávidas com clamídia.
Infecção pós-partoSe a clamídia for contraída durante a gestação, a infecção pode se desenvolver depois do parto e causar inflamação no útero (endometrite) e nas trompas, podendo provocar infertilidade. A infecção pode atingir ainda a cavidade abdominal e provocar hepatite, peritonite entre outras infecções graves.
Clamídia na gravidez pode ser perigoso para o bebê?Sim, além de morte fetal, abortamento, baixo peso ao nascer e prematuridade, a clamídia pode ser transmitida da mãe para o bebê e provocar diversas doenças no recém nascido.
Dentre as doenças que a clamídia pode causar no bebê estão conjuntivite e pneumonia neonatal, otite média, síndrome da morte súbita, apneia, asma e doença pulmonar obstrutiva.
Qual é o tratamento para clamídia na gravidez?O tratamento da clamídia durante a gestação é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios usados para tratar grávidas com clamídia são: azitromicina, amoxacilina e eritromicina.
Os antibióticos podem ser indicados em dose única ou por um período de 7 a 14 dias a depender da escolha medicamentosa.
O linfogranuloma venéreo, causado por uma infecção crônica por clamídia, necessita de um tempo de tratamento mais prolongado, durante pelo menos 3 semanas.
Tratar a clamídia na gravidez reduz o risco de transmissão para o feto, além de diminuir as chances de endometrite e doença inflamatória pélvica depois do parto. O tratamento da clamídia também deve ser feito pelos parceiros para impedir recidivas e a perpetuação da infecção.
O tratamento, desde que feito corretamente, é eficaz contra a clamídia. Quando iniciado precocemente, as complicações são raras.
No entanto, como 75% dos casos de clamídia não manifestam sintomas, boa parte das grávidas infectadas fica sem tratamento.
Como resultado, elas podem desenvolver doença inflamatória pélvica e sofrer sequelas, como dor pélvica crônica, gravidez ectópica e infertilidade, além dos riscos para a gestação e para o feto.
O que é clamídia?A clamídia é uma infeção sexualmente transmissível, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.
Além de trazer complicações durante a gravidez, a clamídia pode causar complicações urológicas e genitais, infertilidade, artrite e aumenta o risco de transmissão do vírus HIV.
Quais são os sintomas de clamídia?Nos homens, a clamídia geralmente não manifesta sintomas. Quando presentes, os sinais e sintomas incluem dor ou sensação de queimação na região entre o genital e o ânus, dor nos testículos e corrimento pela uretra.
Outros sintomas e complicações de clamídia em homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite, artrite, conjuntivite e uretrite.
Nas mulheres, a clamídia também não costuma manifestar sintomas. Em alguns casos, podem estar presentes algumas manifestações como corrimento, ardência e aumento da frequência urinária.
A clamídia pode causar ainda nas mulheres: uretrite, cervicite, doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e obstrução das trompas.
No caso do linfogranuloma venéreo, a lesão surge no local em que houve contato com a bactéria. Após algumas semanas, aparece um gânglio aumentado e inflamado, geralmente em apenas um lado do corpo. Esse gânglio pode crescer e formar uma placa que evolui para ferida e depois cicatrizar, causando inchaço no membro afetado.
O tratamento da clamídia durante a gravidez pode ser realizado pelo médico de família, clínico geral, obstetra ou infectologista.
Ateromatose da aorta é uma doença caracterizada pelo depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede da artéria aorta, que diminui o seu calibre e como consequência reduz também a chegada de sangue aos tecidos irrigados por ela.
Trata-se de um processo difuso, que acomete simultaneamente várias artérias do corpo, inclusive a aorta.
Apesar do desenvolvimento da ateromatose ser lento e progressivo, a doença pode tornar-se grave se o processo não for interrompido, uma vez que a obstrução da artéria pode provocar a morte dos tecidos alimentados por ela.
Além disso, a ateromatose deixa a superfície interna da artéria irregular, o que facilita a coagulação sanguínea nesse local.
Esse coágulo pode se desprender e provocar uma trombose, levando ao entupimento agudo da artéria, com isquemia (sofrimento) ou necrose (morte) dos tecidos.
Infarto do miocárdio (ataque cardíaco), embolia pulmonar, acidente vascular cerebral ("derrame"), são algumas dessas consequências.
Os fatores de risco para o desenvolvimento da ateromatose são:
- Idade entre 50 e 70 anos;
- Sexo masculino;
- Dislipidemia (níveis elevados de colesterol e triglicerídeos);
- Tabagismo;
- Hipertensão arterial;
- Sedentarismo;
- História familiar.
É importante lembrar que para que os primeiros sintomas causados pela falta de sangue apareçam, é preciso que cerca de 75% do calibre da artéria seja obstruído. Portanto, quanto antes a ateromatose for diagnosticada, melhor o prognóstico.
O que se deve fazer, uma vez detectado o problema, é deter a doença para impedir as suas manifestações, através do controle dos fatores de risco, ou seja, deixando de fumar, mantendo o peso dentro da normalidade, controlando os níveis de colesterol e triglicerídeos, a hipertensão, o diabetes, entre outros.
O diagnóstico da ateromatose pode ser feito por qualquer médico/a e, normalmente deve ser acompanhado pelo/a médico/a angiologista ou cirurgião/ã vascular.
O herpes genital é transmitido pela via sexual. Trata-se de uma infecção causada principalmente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que é transmitido pelo contato com uma pessoa que esteja com lesões ativas, isto é, com feridas eliminando secreção.
Portanto, a pessoa pega herpes genital através de relações sexuais sem proteção com uma pessoa infectada. O contato íntimo pode ser vaginal, oral ou anal. Sem uso de preservativo masculino ou feminino, o Herpes simplex pode ser transmitido.
Por ser uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito contagiosa, é importante evitar o contato direto com as bolhas e as feridas, sobretudo se estiverem eliminando secreção, que está repleta de vírus.
A transmissão do herpes genital tem muito mais chances de acontecer durante o aparecimento das bolhas. Contudo, o contágio também pode ocorrer na ausência de sinais e sintomas, ou seja, sem a presença de lesões.
Posso pegar herpes genital no vaso sanitário?O vírus é altamente transmissível e a infecção também pode ocorrer através do contato com objetos contaminados. Contudo, essa forma de contágio é mais rara, já que fora das células, os vírus não sobrevivem.
Por isso, a transmissão do herpes genital através do uso de vasos sanitários, banheiros, toalhas e outros objetos contaminados raramente acontece. Mesmo assim, recomenda-se evitar compartilhar objetos pessoais ou íntimos que possam estar infectados.
Se a mãe tiver herpes genital, o bebê pode pegar herpes na gravidez?Uma outra forma de contágio do vírus do herpes genital é quando a mulher apresenta lesões ativas de herpes durante a gravidez, principalmente no momento do parto. Nesse caso, por contato direto com as lesões, o bebê pode se infectar e desenvolver sequelas graves futuramente uma vez que a sua imunidade ainda não está totalmente desenvolvida.
Se a gestante estiver com lesões ativas de herpes genital próximo ao período do parto, podem ser indicados medicamentos antivirais específicos para combater o vírus ou, dependendo do caso, ser indicado o parto por cesariana para evitar que o bebê seja infectado.
Mulheres portadoras de herpes genital que pretendem engravidar devem sempre informar à/ao médica/o que possuem o vírus, mesmo na ausência de lesões.
Se pegar herpes genital, quanto tempo demora para aparecer os sintomas?O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.
A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.
Em geral, a infecção se limita aos sintomas de pele, mas pode haver complicações graves. Uma delas é a encefalite herpética, que é a infecção cerebral pelo vírus do herpes. Ela pode ocorrer nas pessoas com imunodeficiências, como por exemplo em portadores do vírus HIV/AIDS com doença ativa.
Quanto tempo os sintomas do herpes genital levam para aparecer?O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.
A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.
Como prevenir o herpes genital?A forma mais eficaz de prevenir o herpes genital é não ter relações sexuais com pessoas infectadas. O uso de preservativo diminui o risco de infecção, mas ainda assim não é totalmente eficaz para proteger a transmissão da doença, já que as lesões podem surgir em locais próximos aos órgãos genitais e pode haver o contágio.
A infecção não tem cura, e o tratamento com pomada ou comprimidos antivirais serve somente para acabar com as lesões visíveis e os sintomas. Porém, o vírus continua para sempre alojado nas células nervosas do indivíduo, e os sintomas podem reaparecer em momentos de estresse ou baixa imunidade. A cada nova recorrência, é preciso repetir o tratamento.
Para saber qual é o melhor método de tratamento em cada caso, é necessário consultar o/a clínico/a geral, médico/a de família, urologista ou ginecologista.
Para saber mais sobre herpes, você pode ler:
Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar
Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?
Quem tem herpes pode engravidar?
Referências
Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.
Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
Sociedade Brasileira de Infectologia.
Não, herpes genital não tem cura. Embora os sintomas do herpes possam desaparecer de forma espontânea ou com tratamento medicamentoso, o vírus permanece para sempre alojado em algumas células do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de baixa imunidade ou estresse.
O herpes genital é uma doença infectocontagiosa, causada mais frequentemente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, podendo também ocorrer pelo tipo 1, principalmente na faixa etária mais jovem. A via de transmissão predominante é o contato sexual, ou transmissão materno-fetal durante o parto, pelo contato direto com a lesão infectada.
Quando a pessoa se contamina com o vírus, dias depois podem surgir os sintomas mais comuns, como vermelhidão, dor, coceira e bolhas no local de contato. Depois essas lesões desaparecem sem deixar marcas. Em alguns casos, pode ser necessário usar uma pomada ou comprimidos antivirais.
O vírus entra então numa fase de latência, ou seja, como se mantivesse inativo, até que alguma situação de estresse ou que leva a baixa imunidade, ele seja reativado e volte a se multiplicar dentro das células, resultando em um novo episódio de lesões, com sintomas que precisarão ser novamente tratados.
O tratamento específico para cada caso deve ser indicado por um clínico geral, dermatologista ou ginecologista.
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Herpes genital na gravidez é perigoso, pois existe o risco do bebê ser contaminado no momento do parto e desenvolver herpes neonatal, que pode causar encefalite (infecção no cérebro) e provocar sérios danos no sistema nervoso do bebê, com retardo mental e até levar à morte. Além de herpes neonatal, há ainda um risco maior de aborto espontâneo, nascimento prematuro e herpes congênito.
Herpes Labial Quando o herpes genital na gravidez é perigoso? Mãe infectada pelo herpes na fase inicial da gestação.Qualquer infecção no início da gravidez pode provocar abortamentos, pois o corpo libera substâncias (prostaglandinas) que podem provocar contrações uterinas.
Contudo, se a mulher contraiu o vírus Herpes simplex antes de engravidar, o seu organismo já teve tempo para desenvolver anticorpos contra a doença e, consequentemente, o bebê ficará naturalmente protegido.
Leia também: Quem tem herpes pode engravidar?
Mãe infectada pelo vírus no último trimestre de gravidezÉ provável que não tenha tempo para desenvolver anticorpos antes do parto. O risco de herpes neonatal é maior quando a mãe adquire herpes genital no final da gravidez. Isso porque o seu corpo ainda não produziu anticorpos suficientes e o bebê deixa de ter a sua proteção natural ao nascer.
Nascimento muito prematuro do bebê (antes de 32 semanas)Os bebês que nascem muito antes do tempo ainda não possuem todos os anticorpos e podem ser contaminados no momento do parto se a mãe estiver com uma crise de herpes genital.
Como tratar herpes na gravidez?O tratamento do herpes genital na gravidez pode ser feito com aciclovir em qualquer fase da gestação, mesmo durante a amamentação. O uso de aciclovir também reduz a necessidade de se fazer uma cesariana, já que controla o aparecimento das lesões. No entanto, o medicamento não é capaz de diminuir os riscos de transmissão da mãe para o feto ou bebê. O tratamento com aciclovir está aprovado, desde o primeiro trimestre, embora estudos demonstrem que a partir da 36ª semana de gestação, apresenta melhores resultados na redução de surtos e na necessidade de partos via cesariana. O aciclovir 400 mg ou 5 mg por dia geralmente é a dose recomendada, sendo geralmente administrada de 8 em 8 horas, por via intravenosa durante 7 a 10 dias.
Sem tratamento adequado, o herpes neonatal pode provocar a morte em mais da metade dos casos. Das crianças que sobrevivem, muitas apresentam grandes chances de terem doenças oculares.
É possível curar o herpes genital antes ou durante a gravidez?Herpes genital ou labial não tem cura. O tratamento durante a gravidez depende da avaliação do médico e nem sempre é necessário. Em alguns casos, são indicadas pomadas antivirais para aliviar os sintomas.
Leia também: Herpes genital tem cura?
Existem medicamentos que podem ser usados para tentar diminuir o risco de transmissão do herpes da mãe para o feto, mas não são garantidos.
Veja também:
Quais são os principais sintomas do herpes genital?
Qual o tratamento para herpes genital?
Informe o seu médico obstetra se você tem herpes genital ou contrair o vírus durante a gravidez e nunca tome medicamentos sem orientação médica.
O HPV (Papiloma Vírus Humano) é um vírus capaz de causar infecções na pele e mucosas. Entre elas, as verrugas de pele, verrugas genitais, a papilomatose respiratória e o diferentes tipos de câncer relacionados ao HPV, o principal deles é o câncer de colo de útero, outros também relacionados são o câncer de garganta e de ânus.
Existem centenas de tipos de HPV, e cada grupo deles é responsável por um tipo diferente de manifestação. Cada pessoa pode ser contaminada por diferentes tipos ao longo da vida.
Vale lembrar que as verrugas, que caracterizam o HPV, não são causadas pelos tipos de HPV que provocam câncer, já que existem mais de 150 formas desse vírus. Desses, cerca de 40 tipos costumam causar herpes genital, enquanto outros 12 estão mais relacionados ao desenvolvimento de câncer no local da infecção, ou seja, boca, garganta, colo do útero, vagina, pênis e ânus.
Como ocorre a transmissão do HPV? Relações sexuaisO HPV é transmitido sobretudo pelo contato direto com a pele ou as mucosas de pessoas infectadas pelo vírus. Por isso, sua principal via de transmissão é através de relações sexuais desprotegidas (sem preservativo), seja qual for a forma de contato sexual (oral, genital ou anal).
Até mesmo o contato manual com o local afetado pelo HPV parece ter relação com a transmissão do vírus. Isso significa que não é necessário haver penetração, mesmo com camisinha, para que o HPV seja transmitido.
O HPV é altamente contagioso, por isso entra no corpo através de feridas, mesmo que pequenas, as quais nem sempre são visíveis a olho nu.
GravidezMães portadoras de HPV também podem transmitir o vírus ao bebê no momento do parto.
Uma vez que o HPV não circula na corrente sanguínea, como o HIV, por exemplo, a infecção da mãe para o filho ocorre no momento do parto, nos casos em que esteja com feridas ativas no canal do parto, e não enquanto o bebê ainda está no útero. Portanto, nesses casos está indicada inclusive o parto via cesariana.
Leia também: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
AutoinfecçãoOutra forma de contágio é a autoinfecção, que ocorre quando a pessoa tem ferimentos pequenos na pele ou mucosas, que atuam como porta de entrada para o vírus em outras partes do corpo.
Objetos contaminadosApesar de mais raro, parece que a transmissão do HPV pode ocorrer por objetos contaminados, como vaso sanitário, toalhas, ou até mesmo pelo uso de piscinas, já que o vírus sobrevive por mais tempo em ambientes externos com secreções.
Quais os sintomas e tratamento para o HPV?Quando transmitido pela via sexual, o HPV normalmente provoca o aparecimento de verrugas na glande (cabeça do pênis), vagina, ânus, colo do útero, boca e garganta.
O tratamento da infecção pelo HPV varia conforme a doença e as respectivas manifestações. No caso das verrugas, o tratamento inclui medicamentos específicos e cauterização das lesões. Já o câncer é tratado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Veja mais sinais e sintomas do HPV nos artigos Quais são os sintomas do HPV? e
HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV para meninas dos 9 aos 14 anos, meninos dos 11 aos 15 anos incompletos, bem como para pessoas entre 9 e 26 anos que foram transplantadas, estão em tratamento para o câncer com quimioterapia e radioterapia ou têm AIDS/HIV.
Sabendo que a previsão do Ministério da Saúde é de ampliar a vacinação nos meninos, tal como nas meninas, a partir dos 9 anos, em breve.
Conheça mais sobre a vacina contra o HPV em:
Quem deve tomar a vacina contra HPV?
A vacina HPV tem efeitos secundários?
A vacinação tem como objetivo prevenir câncer de pênis, boca e garganta, verrugas genitais, lesões pré-cancerosas nas regiões anal e genital, além de reduzir a ocorrência de câncer de colo de útero e vulva.
Na suspeita de infecção por HOV você deve procurar o quanto antes um médico/a ginecologista ou infectologista para avaliação e conduta adequadas.
Saiba mais sobre o assunto em:
Quais são os tratamentos para HPV?
O tratamento para HPV geralmente é feito com medicamentos de uso local, cauterização e cirurgia, com o objetivo de eliminar as células contaminadas pelo vírus. Medicações imunomoduladoras, que agem no sistema de defesa do organismo, também podem ser úteis em alguns casos.
Uma vez que a infecção por HPV não tem cura, o objetivo do tratamento é diminuir, retirar ou destruir as lesões, através de métodos químicos, cirúrgicos e medicamentos que estimulem a imunidade do corpo, conforme os tipos de tratamento citados anteriormente.
Contudo, em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico da pessoa é capaz de combater de forma eficaz o HPV, eliminando o vírus com possibilidade de cura completa, sobretudo em indivíduos mais novos.
Por outro lado, há casos em que as infecções persistem, resultando em lesões. As verrugas podem ser tratadas com aplicação local de creme ou medicamento específico ou ainda removidas através de laser, crioterapia (congelamento) ou cauterização.
O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização da verruga. Dentre os fármacos usados para tratar as verrugas estão alguns tipos de ácidos.
Veja também: HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
Se esses tratamentos não forem eficazes contra as lesões do HPV, as verrugas podem necessitar de serem removidas cirurgicamente. Mesmo após o tratamento, as verrugas podem reaparecer em 1 em cada 4 casos.
Quando atinge o colo do útero, nas fases iniciais, o tratamento da lesão causada por HPV geralmente é feito com cauterização, o que normalmente previne a evolução da lesão para câncer. Daí a importância das mulheres realizarem o exame de rastreamento de câncer de colo (Papanicolau).
Saiba quais os riscos do HPV causar câncer em: HPV tem cura e quando pode levar ao câncer do útero?
No caso do exame detectar lesões mais extensas ou graves, o/a médico/a pode fazer uma raspagem para analisar o tecido ser analisado em laboratório (biópsia).
Apesar do grande número de pessoas infectadas com HPV, apenas uma pequena parte dela irá desenvolver câncer. Lembrando que existem mais de 100 tipos de HPV e menos de 10% deles podem desencadear um câncer.
Como prevenir o HPV?Uma forma de prevenir a infecção pelo HPV é com a utilização de preservativos em todas as relações sexuais. Contudo, vale lembrar que a manipulação do local infectado pelo HPV pode transmitir a doença, mesmo que não haja penetração ou as pessoas usem camisinha.
O uso de preservativos, embora seja indicado para prevenir todos os tipos de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HPV, pode não ser totalmente eficaz para evitar o contágio. As áreas da pele que não estão cobertas pelo preservativo podem ser infectadas e mesmo o contato manual com o local pode espalhar o vírus.
Outra possibilidade de prevenir o HPV é com o uso da vacina atualmente disponível no sistema público de saúde.
As mulheres devem realizar o exame de rastreio de câncer de colo de útero quando indicado pelo/a médico/a, mesmo que já tenham tomado a vacina.
Leia também: Quem tem HPV pode engravidar?
A vacina contra o HPV é essencial e deve ser tomada de acordo com as indicações médicas. As vacinas podem prevenir o câncer de colo de útero contra alguns tipos de HPV que podem causar a doença. A vacina protege ainda contra as verrugas genitais em até 90% dos casos.
Cada caso de HPV deve ser acompanhado pelo/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista, dermatologista ou infectologista.
Saiba mais em:
Homem com HPV pode ter filhos?
A vacina contra HPV é indicada para mulheres e homens entre os 9 e 26 anos de idade, além de casos prioritários, desde 2017. A vacina gratuita contra o HPV, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, tem como público alvo:
- Meninas entre os 9 e os 14 anos de idade;
- Meninos entre os 11 e os 14 anos de idade;
- Homens e ou mulheres entre os 9 e os 26 anos de idade, portadores de HIV/Aids;
- Pessoas que passaram por transplantes de órgãos e
- Pacientes oncológicos.
Isso porque a vacina se mostrou altamente eficaz nesse grupo de pessoas, sobretudo nas mulheres com essa faixa etária, uma vez que a maioria delas ainda não iniciou a vida sexual e não foi exposta ao vírus HPV.
O resultado observado pela vacina, foi uma produção de anticorpos 10 vezes superior àquela verificada em mulheres que já tiveram contato com o HPV, e produziram os anticorpos de maneira natural.
Portanto, é muito importante que todas as meninas dos 9 aos 14 anos recebam as 2 doses da vacina quadrivalente, que protege contra o HPV tipo 6, 11, 16 e 18, e previne até 70% dos casos de câncer de colo de útero.
Por que os homens também recebem a vacina contra o HPV, se a campanha tem como objetivo evitar o câncer de colo de útero?A inclusão dos meninos na campanha de vacinação contra HPV, foi implantada em vários países pelo mundo, porque ficou comprovado que o HPV não aumenta só o risco de câncer de colo de útero, mas também tem forte relação com o câncer de boca e orofaringe.
Com a campanha de vacinação contra HPV para as meninas, os países vêm observando queda no número de casos de câncer de colo de útero, entretanto, vem aumentando drasticamente os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados ao HPV positivo, sendo 2 a 3x mais comum em homens do que mulheres.
Estudos recentes comprovaram também, que a vacinação contra o HPV em homens foi associada a uma diminuição de 88% nas taxas de infecção oral pelo vírus.
Por isso, além de reduzir o risco de infecção na mulher, pela via sexualmente transmissível, a campanha visa reduzir o risco direto de câncer de boca e orofaringe na população.
A vacina contra o HPV tem contraindicações ou precações?Sim, a vacina contra o HPV não deve ser administrada nas seguintes situações:
- Hipersensibilidade ao princípio ativo ou qualquer componente da vacina;
- Histórico de doenças neurológicas, como crises convulsivas, Guillain Barré, entre outras (nesses casos é importante que a pessoa passe pelo seu médico assistente para avaliação);
- Reação contra a primeira dose da vacina contra o HPV;
- Gravidez (mesmo que tenha tomado a primeira dose, deve aguardar o parto para avaliar a data da segunda dose)
- Sintomas de gripe, resfriado e febre.
Pode também lhe interessar o artigo: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
Mulheres que estão amamentando podem tomar a vacina quadrivalente contra o HPV.
O/A médico/a de família, infectologista ou o/a médico/a ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.
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HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.
Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.
Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.
A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.
Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.
Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.
Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.
Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?
HPV durante a gravidez impede o parto normal?Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.
A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.
Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.
Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.
Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.
Saiba mais em:
Homem com HPV pode ter filhos?
HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?
Sífilis na gravidez é muito perigoso devido ao risco do bebê ser infectado. A transmissão pode ocorrer pela passagem da bactéria pela placenta, contaminado o feto ainda durante a gestação, ou no momento do parto.
A sífilis pode ser transmitida para o bebê se a mulher engravidar com sífilis ou adquirir a doença depois de já estar grávida.
A ocorrência de sífilis durante a gravidez é de grande preocupação devido aos riscos de complicações como aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico
A sífilis congênita pode levar a limitações no crescimento intra-uterino com consequente má-formação fetal, sequelas neurológicas, aborto, parto prematuro e morte neonatal.
O dano ao feto irá depender do estágio em que ocorreu a infecção durante a gestação e do tempo que a gestante ficou sem o devido tratamento.
O tratamento da sífilis é feito com antibiótico, normalmente penicilina. Se o bebê for infectado, deverá permanecer internado durante um tempo para uma investigação sobre eventuais complicações. A criança também deverá ser acompanhada até os 18 meses para garantir a conclusão do tratamento e a ausência de sequelas.
Saiba mais em: Sífilis congênita tem cura? Qual o tratamento?
A sífilis é detectada por exame de sangue solicitado na rotina das consultas do pré-natal. A mulher gestante deve realizar as consultas periodicamente e realizar os exames solicitados pela equipe.
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Sim. O sulfato ferroso pode ser utilizado por pessoas que estejam com dengue ou com suspeita da doença.
O sulfato ferroso é uma medicação utilizada no tratamento e prevenção de anemia por deficiência de ferro. A medicação deve ser utilizada adequadamente seguindo a orientação médica. Na suspeita de dengue, a pessoa pode continuar normalmente seu tratamento com o sulfato ferroso, não havendo necessidade de interrupção.
O sulfato ferroso, ao contrário de outras medicações contendo ácido acetil salicílico, não apresentará prejuízos para a pessoa que está com dengue.
O uso de sulfato ferroso é contraindicado para pessoas alérgicas ao sulfato ferroso e em casos de doenças que provocam acúmulo de ferro no organismo, como inflamações crônicas, insuficiência renal e em certas anemias que não são decorrentes da falta de ferro.
Quais são os sintomas da dengue?A dengue é caracterizada por sintomas como:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares e nas articulações;
- Presença de manchas vermelhas pelo corpo que podem coçar;
- Dores abdominais intensas;
- Vômito;
- Diarreia.
A pessoa que apresenta esses sintomas deve procurar um serviço de saúde para uma avaliação, diagnóstico e orientação de como proceder, bem como de quais medicações tomar ou evitar.
Para que serve o sulfato ferroso?O sulfato ferroso serve para tratar anemias causadas por falta de ferro decorrente de alimentação inadequada, perdas crônicas de ferro ou problemas na absorção de ferro pelo organismo.
O ferro, presente no sulfato ferroso, é essencial no tratamento das anemias provocadas por deficiência desse mineral no organismo. Essas anemias podem ser provocadas por sangramentos agudos ou crônicos, má absorção de ferro pelo organismo ou ainda devido à falta de ferro na alimentação.
Os resultados do tratamento com sulfato ferroso podem ser notados depois de dias ou semanas.
Posso tomar sulfato ferroso na gravidez?O sulfato ferroso também é usado para prevenir e tratar a anemia durante a gravidez, bem como na prevenção da anemia por falta de ferro em recém-nascidos que nasceram abaixo do peso e em bebês que não são amamentados com leite materno.
O sulfato ferroso é ainda utilizado como suplemento alimentar durante a gravidez, amamentação, períodos de rápido crescimento e também em bebês recém-nascidos com baixo peso e naqueles que são amamentados com mamadeiras.
Lembrando que o sulfato ferroso, assim como outros medicamentos, não devem ser usados sem indicação médica.