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O que é anorexia e quais as suas causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso.

A pessoa com anorexia olha-se ao espelho e vê-se gorda, mesmo que esteja com o peso ideal ou muito magra, o que a leva a fazer dietas extremas, jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes e até tomar laxantes e diuréticos para não "ganhar mais peso".

A anorexia nervosa pode causar desnutrição grave, afetando todos os principais órgãos do corpo. As complicações mais preocupantes estão relacionadas ao coração, aos líquidos corporais e aos sais minerais sódio, potássio e cloro.

Nesses casos, o coração enfraquece e bombeia menos sangue para o resto do corpo. Pode haver desidratação e desmaios. O sangue pode tornar-se ácido e os níveis de potássio no sangue podem baixar. O uso de laxantes ou diuréticos ou ainda os vômitos, podem agravar o quadro. Nos casos mais graves, pode haver morte súbita devido à ocorrência de arritmias cardíacas.

Quais as causas da anorexia?

A anorexia nervosa não tem uma causa específica. Muitas vezes ocorre em pessoas muito perfeccionistas, inflexíveis, ansiosas, depressivas, com tendências suicidas e que têm comportamentos obsessivos.

Contudo, o desenvolvimento desse transtorno alimentar pode estar associado a diversos fatores, tais como predisposição genética, imposições de padrões de beleza que enaltecem a magreza, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ainda abusos sofridos durante a infância.

Quais os sintomas da anorexia?

Um dos principais sinais da anorexia nervosa é a magreza exagerada que esses indivíduos normalmente apresentam. Em alguns casos, podem chegar à desnutrição severa e desenvolver transtornos psiquiátricos e alimentares, como a bulimia, por exemplo.

Indivíduos com anorexia apresentam emagrecimento rápido e acentuado, alimentam-se pouco, evitam comer com outras pessoas, são muito magros mas têm muito medo de engordar, além de terem uma visão distorcida da autoimagem, vendo-se gordos mesmo estando magros e recusando-se em assumir o emagrecimento extremo.

É comum essas pessoas praticarem muito exercício físico, podendo ainda recorrer ao uso de medicamentos laxantes e diuréticos.

Nas mulheres, que são as mais afetadas pela anorexia nervosa, sobretudo na adolescência, pode haver ausência de menstruação durante vários ciclos, além de diminuição da libido e perda das características femininas.

Nos homens, a anorexia pode causar ainda disfunção erétil e atraso na maturidade reprodutiva.

Qual é o tratamento para anorexia?

O tratamento da anorexia nervosa é feito com a recuperação do peso corporal, psicoterapia e medicamentos para controlar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas.

Se o emagrecimento ocorreu muito depressa ou for muito intenso, é fundamental recuperar o peso corporal. Nesses casos, a fase inicial do tratamento normalmente é feita em ambiente hospitalar. Nos quadros mais extremos, a pessoa é alimentada por via endovenosa ou através de uma sonda que vai do nariz ao estômago.

Após a recuperação do estado nutricional, tem início a segunda fase do tratamento da anorexia, que baseia-se sobretudo na psicoterapia. O tratamento pode incluir ainda terapia familiar e medicamentos psiquiátricos para ansiedade, depressão e compulsão.

A anorexia nervosa tem cura em cerca de 50% dos casos. Muitas pessoas com anorexia melhoram temporariamente e depois têm recaídas. Em alguns casos, a pessoa desenvolve uma forma crônica de anorexia. Prever como cada caso vai evoluir é muito difícil.

O tratamento da anorexia nervosa é feito com acompanhamento médico (psiquiatra, endocrinologista), nutricional e psicológico. É muito importante que toda a família esteja envolvida no processo.

A anorexia nervosa pode trazer várias complicações para a saúde, por isso, caso você esteja nessa situação, procure o/a clínico/a geral ou médico/a de família para maiores avaliações.

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Anorexia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia tem cura, porém a recuperação completa pode demorar anos. O tratamento da anorexia, assim como de outros transtornos alimentares, é multidisciplinar e envolve médicos, médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

O tratamento inclui o ganho de peso através de dieta hipercalórica, orientada pelo nutricionista para recuperação e manutenção do peso adequado, psicoterapia realizada com psicólogo ou psicoterapeuta e apoio social-familiar durante todo o processo e, principalmente, nas possíveis recaídas.

Em muitos casos de anorexia, a pessoa precisa ficar internada para que os alimentos sejam reintroduzidos gradualmente na dieta e o coração não entre em sobrecarga. 

Os medicamentos usados para tratar o transtorno servem para controlar e tratar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas, uma vez que não há uma medicação específica para tratar a anorexia.

Contudo, uma vez que alguns medicamentos psiquiátricos podem provocar aumento de peso ou de apetite, muitas pessoas deixar de tomar a medicação, o que dificulta a cura da anorexia.

A psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental e a terapia familiar desempenham um papel muito importante no tratamento da anorexia.

Sem tratamento, a anorexia pode causar diminuição da massa óssea e muscular, desmineralização dos dentes, retardo no crescimento, perda total da gordura corporal, prisão de ventre grave, desnutrição extrema e morte.

Por isso, é indicado consultar o clínico geral ou médico de família que coordenará esse cuidado global do paciente.

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Resultado do Exame de Gravidez - Beta-HCG
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Testes de gravidez caseiros ou de farmácia possuem alta taxa de confiabilidade, sendo o de maior eficácia, o exame de sangue, realizado em laboratório, o Beta-HCG.

O resultado do beta-HCG descreve o seu valor quantitativo e após, é considerado como "positivo" ou "negativo".

Tabela de interpretação de valores de Beta-HCG

Os valores de referência do Beta-HCG podem variar de acordo com o laboratório e fatores individuais da pessoa. Contudo, de um modo geral, os resultados seguem os seguintes valores:

  • Valores entre 0 e 25

Indica resultado negativo. Porém, gestantes na primeira ou segunda semana de gravidez podem apresentar valores ainda inferiores a 25. Por isso, recomenda-se esperar por mais 10 a 15 dias e, se o atraso menstrual persistir, repetir o exame.

  • Valores entre 25 e 100

Resultados do exame beta-HCG com valores entre 25 e 100 são considerados positivos ou indeterminados, dependendo do laboratório. Mas na maioria das vezes são considerados positivos.

Se ainda assim houver dúvidas quanto à gravidez, deve-se esperar por mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, a mulher deve repetir o exame.

  • Valores acima de 100

Se os valores estiverem acima de 100, o resultado do exame é positivo e a gravidez é determinada.

1 - Quando devo fazer o exame?

O exame de gravidez beta-HCG deve ser feito sempre que a menstruação atrasar por mais de 15 dias. Vale lembrar que os métodos contraceptivos podem não ser eficazes para evitar a gravidez se não forem utilizados corretamente.

2 - O exame pode dar resultado errado?

Sim, o exame de gravidez Beta-HCG pode ter erro no resultado, embora seja raro. Em geral, o resultado deve sempre ser considerado certo: se der negativo, significa que você não está grávida; se der positivo, significa que está grávida.

Porém, cabe ao médico interpretar o resultado do exame baseado nos seus sintomas. Se for necessário conduzir uma investigação mais apurada, consulte um ginecologista.

3 - Posso fazer exame de gravidez antes mesmo da menstruação atrasar?

Sim. O exame de sangue Beta-HCG já dá positivo logo na 1ª semana após ter ocorrido a gravidez, mesmo que a menstruação ainda não esteja atrasada.

4 - O resultado do Beta-HCG deu positivo. Estou grávida?

Provavelmente sim. Apesar que existem outras situações que podem dar Beta-HCG positivo, além da gravidez. Como, por exemplo tumores ovarianos e gravidez ectópica.

5 - O exame deu negativo, não estou grávida?

Provavelmente não. O exame de gravidez Beta-HCG feito depois de 1 semana após a relação que resultou em uma possível gravidez, já costuma dar positivo, mesmo antes da menstruação atrasar.

Contudo, é importante ressaltar que é preciso esperar pelo menos 7 dias após a relação para fazer qualquer tipo de teste de gravidez, mesmo o exame de sangue Beta-HCG. Exames feitos poucos dias após a relação não apresentam resultados confiáveis.Saiba mais em: 6 - O exame deu negativo e a menstruação ainda não veio. Quando devo repetir o Beta-HCG?

Se fez logo no início pode repetir após 10 ou 15 dias. Se fez após esse período não precisa mais repetir. Se a menstruação não desceu e o seu exame é negativo, deve ir ao médico para uma avaliação mais cuidadosa.

7 - Com quantas semanas de gravidez estou pelo valor do Beta-HCG?

O exame de gravidez Beta-HCG não é o mais adequado para determinar a idade gestacional. O médico faz esse cálculo através da menstruação ou pelo exame de ultrassom. Porém, existem gráficos de estimativas de semanas através desse exame, principalmente no primeiro trimestre.

8 - Fiz o exame, deu negativo, mas a menstruação não veio ainda. O que pode ser?

O atraso da menstruação é considerado o primeiro e mais evidente sinal de gravidez, desde que o atraso seja de pelo menos duas semanas. Atrasos menstruais de até 7 dias são muito frequentes e nem sempre indicam que a mulher está grávida.

A menstruação também pode atrasar devido a estresse, ansiedade, interrupção do uso de pílula anticoncepcional, doenças, infecções, uso de certos medicamentos, ganhos ou perdas de peso muito grandes em pouco tempo, obesidade, magreza extrema, anorexia, excesso de exercícios físicos, alterações na tireoide, ovários policísticos, aproximação da menopausa, entre outras causas.

Uma vez que existem muitas causas para o atraso menstrual, além de gravidez, é necessário consultar um médico ginecologista para, talvez, realizar mais exames.

9 - Anticoncepcional altera o resultado do exame de Beta-HCG?

Não. O uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, como analgésicos e antibióticos, não alteram o resultado do exame Beta-HCG.

10 - Pílula do dia seguinte altera o resultado do exame de gravidez?

Não. Pílula do dia seguinte não interfere no resultado do exame de gravidez. Apesar de conter muitos hormônios, eles não alteram o resultado do exame de Beta-HCG.

11 - Mioma altera o resultado do exame de Beta-HCG?

Não, mioma não altera o resultado do exame Beta-HCG. Portanto, se a mulher tem mioma e apresenta resultado positivo, provavelmente está mesmo grávida; se for negativo (desde que tenha esperado pelo menos 7 dias para fazer o exame), é bem provável que não exista uma gravidez.

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Quantos dias de atraso são considerados como atraso menstrual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para ser considerado atraso menstrual, a menstruação deve estar com pelo menos 15 dias de atraso. Atrasos menstruais de até 7 ou 8 dias são muito comuns e nem sempre indicam gravidez.

No entanto, mulheres com ciclos menstruais bastante regulares podem desconfiar de gravidez a partir do 5º dia de atraso menstrual.

A ausência de menstruação é o primeiro e mais importante sinal de gravidez. Em geral, esse atraso pode vir acompanhado por pequenos sangramentos, diferentes do sangramento menstrual habitual.

Em caso de gravidez, os primeiros sintomas costumam a aparecer a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, quando a menstruação já está com uma a duas semanas de atraso.

Além do atraso menstrual, é comum a mulher apresentar também náuseas, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, aumento do número de micções e cansaço.

Algumas mulheres podem apresentar náuseas e vômitos logo no início da gestação, embora esses sintomas sejam mais comuns no 1º ou 2º mês de gravidez e nem sempre estão presentes.

À medida que a gravidez avança, surgem outras manifestações, como inchaço abdominal, prisão de ventre, azia, desconforto no baixo ventre, variações de humor, falta de ar e tontura.

Além da gravidez, quais as outras causas de atraso menstrual?

Atraso na menstruação nem sempre indica uma gravidez. Outras causas de atraso menstrual incluem: estresse, ansiedade, interrupção da pílula anticoncepcional, ganhar ou perder muito peso num curto espaço de tempo, obesidade, magreza extrema, distúrbios alimentares, como anorexia, hipo ou hipertireoidismo, ovários policísticos e menopausa.

O atraso menstrual também pode ser provocado por doenças ou infecções, mesmo que sejam simples e corriqueiras, uso de medicamentos como antipsicóticos, corticoides, antidepressivos, quimioterapia, imunossupressores e anti-hipertensivos, e até mesmo pela prática de atividade física em excesso.

Em caso de atraso menstrual, a mulher deve consultar o/a médico/a ginecologista ou médico/a de família, que poderá pedir um teste de gravidez para descartar esta possibilidade ou investigar outras possíveis causas do atraso menstrual.

Conheça mais sobre esse assunto no artigo: Posso estar grávida? Quantos dias de atraso menstrual é considerado gravidez?

O que fazer para parar de vomitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para parar de vomitar é importante saber o que está provocando o vômito ou a náusea. Isso pode envolver a mudança na alimentação e o uso de medicamentos indicados.

O que fazer quando está vomitando?

O mais importante a se fazer quando está vomitando é preocupar-se com a hidratação. Quando a pessoa vomita, ela perde muito líquido e pode piorar o quadro caso não haja uma reposição adequada.

Tomar água com frequência e fazer uso do soro de reposição oral ou soro caseiro são medidas essenciais para evitar a desidratação.

O que fazer depois de vomitar?

Depois de vomitar é importante enxaguar a boca com água para limpar os resíduos que ficaram na boca. Com o vômito, ocorre a saída de conteúdo ácido do estômago e isso pode causar aftas e gengivite. Enxaguar a boca ou escovar os dentes pode ajudar a eliminar esse conteúdo e proteger a mucosa bucal.

Além disso, é recomendado manter o repouso para evitar tonturas e dar um tempo para o corpo se recuperar.

Imediatamente após o vômito, é necessário aguardar alguns minutos para ingerir alimentos sólidos.

Quando após o vômito ocorre um alívio do mal estar anterior (por exemplo nos casos de enxaqueca), a pessoa pode voltar a estabelecer suas atividades de rotina.

Medidas dietéticas para parar de vomitar

Algumas atitudes podem ajudar a pessoa no controle das náuseas e vômitos:

  • Fracionar a dieta em pequenas refeições com intervalos menores;
  • Realizar as refeições em ambiente tranquilo e arejado;
  • Manutenção de horários estabelecidos para as refeições;
  • Comer pequenas quantidades de carboidratos;
  • Dar preferência a alimentos que sejam da sua preferência;
  • Evitar deitar-se logo após as refeições, mantendo a cabeça elevada em relação ao estômago por até uma a duas horas após a ingestão de alimentos;
  • Evitar preparações de alimentos em temperaturas extremas, preferindo preparações a temperatura ambiente ou alimentos frios;
  • Evitar ficar próximo à cozinha na hora da preparação da refeição, para impedir que os cheiros dos alimentos durante o cozimento acentuem as náuseas;
  • Evitar frituras, alimentos gordurosos, condimentados, salgados, ácidos, açucarados e com odor forte;
  • Evitar alimentos azedos, como limão, picles ou balas duras, bem como a oferta de líquidos durante às refeições;
  • Procurar fazer refeições com alto teor proteico ao invés daquelas ricas em carboidratos e gordura.
Quando devo usar medicamento para parar de vomitar?

O uso de remédios para cortar o vômito e a náusea deve ser feito caso a pessoa esteja com muito incômodo.

Isso se deve pois os remédios que cortam o vômito podem causar efeitos colaterais indesejáveis como tontura, tremores, sedação e queda.

Quando o vômito está muito forte e contínuo, o mais recomendado é procurar um serviço de saúde para avaliação médica detalhada.

Os remédios que ajudam no controle da náusea e vômitos podem ser:

  • Metoclopramida (Plasil®)
  • Ondansetrona (Vonau®)
  • Dimenidrinato (Dramin®)
  • Bromoprida ((Digesan®)

As doses e a frequência indicadas dependerão do caso clínico da pessoa. É importante buscar uma ajuda médica em casos de vômitos contínuos e incontroláveis.

Por que estou vomitando?

Vômitos e náuseas repentinas podem ser provocados por fatores diversos. As principais causas são:

  • Gastroenterite viral aguda
  • Intoxicação alimentar

Nesses casos mais comuns, a náusea e os vômitos geralmente se resolvem em até 48 horas.

Outras causas podem explicar vômitos e náuseas como por exemplo:

  • Gravidez
  • Ingestão de bebidas alcoólicas
  • Enxaqueca
  • Instabilidade emocional
  • Estresse
  • Pielonefrite
  • Bulimia nervosa
  • Anorexia nervosa
  • Exposição à agrotóxico

O uso de alguns medicamentos também podem provocar náuseas e vômitos, como:

  • Antibióticos
  • Digoxina
  • Anticonvulsivante
  • Quimioterápicos
  • Remédios para o controle do diabetes (como a Metformina)
  • Anticoncepcional
  • Opioides
  • Vitaminas em doses altas
Bebi muito, o que fazer para parar de vomitar?

Após ingestão de bebidas alcoólicas, é comum a pessoa apresentar episódios de vômitos. Nesse caso, é indicado que a pessoa pare de ingerir mais bebidas alcoólicas naquele momento, tome líquidos para reposição e se alimente. Além disso, a pessoa pode tomar um analgésico que ajudará na ressaca no dia seguinte.

Como a indicação exata do que fazer para parar de vomitar dependerá do fator que está causando, você pode procurar um médico de família ou clínico geral para uma consulta detalhada e investigação da causa da náusea e vômito.

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Referências:

Academia Americana de Médicos de Família

Pode-se estar grávida sem sintoma algum, só atraso menstrual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível estar grávida sem sintoma algum, apenas atraso menstrual. Os primeiros sintomas de gravidez começam a surgir a partir da ou 6ª semana de gestação. Portanto, antes disso, a mulher não apresenta nenhum sintoma da gravidez.

Vale lembrar que atrasos menstruais de 7 ou 8 dias são bastante frequentes e muitas vezes não são sinal de gravidez. Para suspeitar de gravidez, a menstruação deve estar atrasada pelo menos 15 dias, que é o seu caso (22 dias).

Contudo, se a mulher tiver o ciclo menstrual bem regular, 5 dias de atraso da menstruação já podem ser suficientes para se desconfiar de gravidez.

Quais são os primeiros sintomas de gravidez?

Em geral, o primeiro sintoma da gravidez é a ausência de menstruação ou atraso menstrual detectado quando a menstruação não vem no período esperado. Durante o período em que a menstruação não vem, podem ocorrer pequenos sangramentos, porém diferentes do sangramento normal da menstruação.

Após esse sintoma, outros podem ser percebidos no início da gestação, como: náuseas, vômitos, aumento da sensibilidade nas mamas, aumento da frequência urinária e cansaço.

Esses sintomas de gravidez aparecem a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, ou seja, aproximadamente entre 7 a 14 dias após o dia esperado de vir a menstruação.

Algumas mulheres podem não sentir sintoma algum mesmo após esse período.

Outros sintomas menos frequentes também podem estar presentes no início da gravidez, como cólicas e sangramentos, sobretudo quando ocorre a implantação do óvulo fecundado no útero.

Também pode haver desejo por determinados alimentos, sonolência durante o dia e alterações no paladar e no olfato.

Os enjoos geralmente começam a surgir no 1º ou 2º mês de gravidez e nem todas as gestantes apresentam esse sintoma. Porém, algumas mulheres podem ter enjoos e vômitos logo no início da gestação.

Conforme a gravidez evolui, outros sinais e sintomas vão aparecendo, como inchaço abdominal, constipação intestinal, azia, desconforto na região inferior do abdômen, alterações de humor, falta de ar e tonturas.

Atraso menstrual é sempre sinal de gravidez?

Não, o atraso menstrual nem sempre é sinal de gravidez. Existem diversas causas para o atraso da menstruação, como ansiedade, estresse, suspensão do uso da pílula anticoncepcional, emagrecer ou engordar muito em pouco tempo, obesidade, magreza extrema, anorexia, hipo ou hipertireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e menopausa.

Existem ainda outras condições que podem atrasar a menstruação, como doenças, infecções, uso de certos medicamentos e excesso de exercício físico.

Por isso, no caso de atraso menstrual, procure um serviço de saúde para uma avaliação ou detecção de gravidez.

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Menstruação 4 dias atrasada, posso estar grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode estar grávida sim, espere mais alguns dias e se continuar o atraso faça o exame de gravidez. Se você teve relação sexual desprotegida estando fértil existe a possibilidade de ter engravidado. O atraso menstrual é o principal sintoma do começo de uma gestação.

No entanto, para confirmar a gravidez é essencial a realização de um teste de gravidez. Isto porque atrasos menstruais pequenos de 1 a 8 dias isoladamente não necessariamente são ocasionados por gravidez e é muito comum entre as mulheres.

Pequenas oscilações hormonais durante o ciclo menstrual podem levar a variação de alguns dias na data da menstruação, ocorrer pequenos atrasos menstruais é algo normal para a maioria das mulheres.

Portanto, mesmo a menstruação estando atrasada 4 dias você pode não estar grávida. Por isso, é importante fazer um teste de gravidez para confirmar ou descartar essa hipótese.

Quais outros sintomas indicam o inicio de uma gravidez?

Além do atraso menstrual, alguns sintomas como náuseas, enjoos, dores pélvicas ou cólicas, sensação de inchaço, sensibilidade mamária também podem ser sintomas do começo de uma gestação. Esses sintomas, contudo, costumam aparecer apenas a partir da quinta ou sexta semana de gestação, além disso, nem todas as mulheres os apresentam.

A partir de quantos dias de atraso menstrual posso estar gravida?

São considerados significativos atrasos menstruais com mais de 15 dias de duração ou duas semanas. Atrasos assim persistentes levantam a hipótese de gravidez ou outros problemas de saúde que podem levar a ausência de menstruação.

Quais são as outras causas de atraso menstrual?

Outros problemas que também podem levar a atraso menstrual são: disfunção tireoidiana, síndrome do ovário policístico, hiperprolactinemia, distúrbios de ansiedade ou estresse, anorexia ou obesidade, entre outros problemas. Portanto, após duas ou mais semanas de atraso menstrual é importante procurar um médico para uma avaliação.

Para mais informações consulte o seu médico de família ou ginecologista.

FSH alto ou baixo, o que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Há algumas condições que podem levar à alteração nos níveis de FSH. As doenças que cursam com diminuição nos níveis de FSH podem ser:

  • Congênitas: causadas por deficiência na produção do FSH pela hipófise, como Hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático Isolado, hipogonadismo hipogonadotrófico idiopático associado a retardamento mental, síndrome de Kallman, craniofaringioma, deficiência hipofisária combinada e síndrome do Eunuco Fértil;
  • Adquiridas: quando algum tumor ou condição impede a produção adequada de FSH pela hipófise, como adenomas, cistos e neoplasias metastáticas hipofisários, cirurgias e/ou radioterapia hipotalâmicas / hipofisárias, lesões infiltrativas (hemocromatose, sarcoidose, histiocitose, linfoma), hipofisite linfocítica, meningite, apoplexia pituitária, trauma crânio-encefálico, síndrome de Cushing, hiperprolactinemia, hipotireoidismo primário, pacientes severamente doentes, exercícios extenuantes, tumores secretores de esteróides sexuais, hipogonadismo secundário intencional (iatrogênico),iInfarto hipofisário (p.ex.: Síndrome de Sheehan), doenças sistêmicas crônicas, anorexia nervosa, hiperplasia adrenal congênita e etilismo agudo.

As causas de aumento dos níveis de FSH podem ser:

  • Congênitas: quando as gônadas são disfuncionais e não conseguem produzir os hormônios sexuais ou quando o organismo não consegue absorvê-los, como síndrome de Klinefelter, síndrome de Sertoli, síndrome de Turner, mutação do gene receptor de FSH, criptorquismo, distúrbios da síntese de andrógenos, resistência androgênica e distrofia miotônica;
  • Adquiridas: condições que interferem na produção de hormônios sexuais pela gônadas, como infecções, radioterapia, antineoplásicos, glicocorticóides, cetoconazol, traumas, torção testicular, doenças sistêmicas crônicas, insuficiência ovariana, adenomas gonadotróficos, menopausa.

Nas mulheres, a secreção alterada do FSH levará a alterações no ciclo menstrual e, se presente desde o nascimento, levará a atraso puberal. Nos homens, haverá dificuldade para produzir gametas (alteração na fertilidade) e, se presente desde o nascimento, levará a alterações na aquisição dos caracteres secundários masculinos.

Na presença de alterações do FSH, deverá ser procurado um médico ginecologista, endocrinologista ou urologista.

Qual a causa da dor abaixo da costela do lado esquerdo?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor nas costas do lado esquerdo e abaixo das costelas pode ter várias causas. Observar a intensidade da dor, como e quando dói ou para de doer e se a dor já persiste por muito tempo pode ajudar a perceber qual é a causa.

Raramente a dor nas costas abaixo das costelas é causada por uma doença grave. A maior parte das pessoas que sentem dor e procuram um médico não tem uma doença que cause a dor. Muitos têm dor muscular aguda, por mau jeito ou esforço. Nesses casos, a dor melhora em pouco tempo.

Quando ela dura mais tempo, pode estar relacionada à postura, à prática de exercícios ou a problemas em algum dos órgãos que se localizam do lado esquerdo do corpo.

Dores relacionadas à postura e ao movimento

A maior parte das dores nas costas abaixo das costelas é causada por postura ou movimentos errados. Nesses casos, normalmente você sente melhora quando descansa ou para de fazer a atividade que causa a dor. Ela pode ser mais suportável ou mais intensa, dependendo da duração e do motivo.

Dores relacionadas ao trabalho

Há dores que podem surgir devido à postura inadequada ao trabalhar. Trabalhar de pé, sentado ou em uma posição estranha por muito tempo aumenta o risco de ter dor. Ela é mais frequente e pode indicar lesões quando o problema persiste por muito tempo. Nesse caso, pode ser necessário tomar medicamentos e fazer fisioterapia, sempre sob a orientação de um médico.

Questões relacionadas a faltar conforto e adequação na posição de trabalho e baixo nível de satisfação ao desempenhar a atividade são outros motivos para a dor nas costas abaixo das costelas, que pode ser apenas de um dos lados. Observe se há algo que possa fazer para melhorar essas questões, como ajustar a cadeira e a disposição do que usa para trabalhar.

Praticar regularmente exercícios pode trazer benefícios, por fortalecer os músculos. Procure orientação de um educador físico ou de um ortopedista para determinar os exercícios adequados para você.

Atividades físicas também podem causar a dor

Nas pessoas que usam a mão direita para as principais tarefas (destras), ter dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo é uma consequência comum à prática de alguns esportes. Esportes como o beisebol, o handebol, o golfe e o tênis são exemplos, devido ao modo como o corpo gira durante a prática.

Exercícios físicos com pesos usando técnicas erradas podem causar lesões e dor. A postura correta durante o treino ajuda a preveni-las.

Procure um médico de família ou um ortopedista para saber o que você pode fazer se percebeu que uma dessas situações é o que causa a sua dor. Não adie, para evitar lesões mais graves. O uso de coletes, fisioterapia ou até cirurgia, dependendo do caso, podem ser necessários para resolver o problema.

Quando a dor parece nas costas, mas não é

Há outras causas, mais raras, para a dor abaixo das costelas, do lado esquerdo. Ela pode ser consequência de dores que irradiam de outro lugar, como o rim, o pâncreas, o baço, o intestino, o pulmão ou o ovário.

Nestes casos, normalmente há outros sinais além da dor nas costas. Observe se há outros sintomas. Para ter um diagnóstico e saber como tratar, procure um médico.

Veja abaixo outros sintomas que podem estar presentes e podem ajudar a distinguir cada caso:

Fraqueza e dormência

Fraqueza, dor ou dormência na perna esquerda associadas à dor nas costas abaixo das costelas podem ser causadas por compressão dos nervos da coluna (compressão medular). Problemas intestinais também podem ser percebidos. A principal causa é a hérnia de disco.

A dor geralmente é o primeiro sintoma de compressão medular. É importante procurar um médico de família ou clínico geral para diagnosticar e iniciar o tratamento quanto antes.

Dor nas costas do lado esquerdo em crianças

A dor abaixo da costela do lado esquerdo pode ser consequência de uma lesão no baço. A lesão do baço é a consequência mais frequente de trauma em crianças. O trauma pode acontecer devido a uma queda, um acidente, um atropelamento, durante uma brincadeira com bola ou bicicleta. Também pode ser resultado de agressão.

Além de sentir dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo, a criança também pode se queixar de dor no ombro e em outras regiões. Ela pode ainda apresentar sonolência. Vá ao pronto-socorro ou procure um médico com urgência nesses casos.

Náusea, vômito e perda de apetite

Esses sintomas podem estar associados à dor nas costas do lado esquerdo quando há algum problema no rim, no baço ou no pâncreas.

Se o problema for no rim, pode ser cálculo renal (ou pedra no rim). Você pode sentir dor intensa nas costas abaixo das costelas, náusea, vômito, dor para urinar e vontade constante de urinar. Os sintomas aparecem quando a pedra sai do rim, obstrui a passagem da urina para a bexiga e deixa o rim “inchado”.

Outro problema no rim que pode causar dor nas costas do lado esquerdo é a pielonefrite. Ela é uma infecção que causa sintomas parecidos aos da pedra no rim, além de calafrios, febre e dor no quadril.

Se você suspeitar que tem um problema no rim, procure com urgência seu médico de família, um urologista ou um nefrologista. Adiar o tratamento pode prejudicar para sempre o funcionamento do seu rim e causar infecção grave.

Se a dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo for intensa, persistir por várias horas ou por dias e se você sentir que ela diminui ao sentar-se ou ao inclinar-se para a frente, isso pode indicar um problema de pâncreas. Você também pode ter náuseas, vômitos, dor abdominal, perda de peso ou de apetite. Os sintomas podem ser causados por uma pancreatite, pela presença de cisto ou por câncer.

Anorexia, comer pouco e já se sentir satisfeito, febre, perda de peso, vômitos, inchaço na barriga, intestino muito preso, não conseguir controlar a saída das fezes e cansaço podem estar associados à dor nas costas abaixo das costelas do lado esquerdo. Nesse caso, a dor é causada por alterações no baço comuns nas pessoas com linfoma ou leucemia. Os outros sintomas aparecem devido a alterações causadas pelas doenças em outros órgãos.

Procure um médico de família com urgência se suspeitar que tem um desses problemas. Exames de sangue, de imagem e biópsias podem ser necessários para o diagnóstico das doenças do baço e do pâncreas. O tratamento dependerá do diagnóstico.

Outras causas de dor abaixo da costela do lado esquerdo

Outras causas de dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo que podem ser confundidas entre si são:

  • Gases
  • Diverticulite e outros problemas no intestino
  • Infarto
  • Hérnias estranguladas
  • Rompimento de aneurisma de aorta

Se sentir queimação, dor latejante ou em pontada e tiver manchas vermelhas e bolhas na pele, pode estar com uma infecção pelo mesmo vírus da catapora (herpes zoster).

Problemas no ovário esquerdo e endometriose também podem causar dor nas costas abaixo da costela do lado esquerdo.

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Referências

Up To Date

Arslan SA, Hadian MR, Olyaei G, Talebian S, Yekaninejad MS, Hussain MA. Comparative effect of driving side on low back pain due to Repetitive Ipsilateral Rotation. Pak J Med Sci. 2019; 35(4): 1018-1023

Ye S, Jing Q, Wei C, Lu J. Risk factors of non-specific neck pain and low back pain in computer-using office workers in China: a cross-sectional study. BMJ Open. 2017; 7(4):e014914.

Oshikawa T, Morimoto Y, Kaneoka K. Unilateral rotation in baseball fielder causes low back pain contralateral to the hitting side. J Med Invest. 2018; 65(1.2): 56-59

Fares MY, Fares J, Salhab HA, Khachfe HH, Bdeir A, Fares Y. Low Back Pain Among Weightlifting Adolescents and Young Adults. Cureus. 2020; 12(7):e9127

Primeiros dias tomando sertralina: o que esperar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos primeiros dias tomando sertralina é comum o aparecimento de alguns efeitos colaterais, principalmente náuseas, falta de apetite e tristeza.

Outros efeitos comuns do uso de sertralina incluem:

  • Diarreia
  • Agitação e ansiedade
  • Insônia
  • Náusea
  • Perda de apetite / anorexia
  • Problemas sexuais
  • Dores de cabeça

Efeitos menos frequentes são boca seca, intestino preso, hipotensão (pressão baixa), sonolência, problemas urinários e vômitos. O aumento dos sintomas relacionados à depressão pode acontecer no início do tratamento com a sertralina (tenha atenção e informe seu médico se tiver pensamentos sobre suicídio).

Os efeitos da sertralina podem surgir até 7 dias depois que você começou a tomar o medicamento, mas normalmente são necessárias algumas semanas.

O uso do alprazolam associado à sertralina ajuda a reduzir a ansiedade mais rápido. Entretanto, isso pode aumentar os sintomas de depressão, como a tristeza que você está sentindo, e a perda de apetite.

O alprazolam deve ser usado por um período curto a partir do início do tratamento porque pode causar dependência. Além disso, o organismo “se acostuma” com a dose inicial e depois de algum tempo passa a precisar de uma quantidade maior para obter o mesmo efeito. Por isso, nunca aumente a quantidade de medicamento que toma sem a indicação do médico.

Leia também:

Referências:

D S Baldwin DS, Birtwistle J. The side effect burden associated with drug treatment of panic disorder. J Clin Psychiatry. 1998; 59 Suppl 8:39-44; discussion 45-6.

Ait-Daoud N, Hamby AS, Sharma S, Blevins D. A Review of Alprazolam Use, Misuse, and Withdrawal. J Addict Med. 2018; 12(1): 4–10.

Cipriani A, La Ferla T, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, Churchill R, McGuire H, Barbui C. Sertraline versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2014; (4): CD006117.

O que é esquistossomose e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", é uma doença infecciosa causada pelo verme Schistosoma mansoni, um parasita que pode habitar os vasos sanguíneos do fígado e do intestino humano.

Os ovos do parasita são eliminados pelas fezes de uma pessoa infectada e, em contato com água, eclodem e libertam as larvas. Essas larvas entram no caramujo e se proliferam. O caramujo secreta as cercárias que vão penetrar na pele da pessoa que entra nessas águas contendo caramujos, transmitindo a esquistossomose.

Schistosoma mansoni Quais são os sintomas da esquistossomose?

Apesar de não apresentar sintomas no início, a esquistossomose pode progredir para para formas muito graves que podem levar à morte.

A fase inicial da esquistossomose é caracterizada pela dermatite cercariana, causada pela penetração das cercárias na pele. Essa fase da esquistossomose pode ser assintomática ou provocar sintomas como erupções com vermelhidão, inchaço e coceira.

Fase aguda da esquistossomose

Esses sintomas iniciais podem permanecer por até duas semanas após a infecção. Cerca de 1 a 2 meses depois, surgem os sintomas que caracterizam a forma aguda da esquistossomose, como febre, dor de cabeça, anorexia, náuseas, redução da força física, dores musculares, tosse e diarreia.

Fase crônica da esquistossomose

A fase crônica da esquistossomose caracteriza-se pelo comprometimento do fígado. A doença pode evoluir para as seguintes formas físicas, de acordo com a suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção:

  • Esquistossomose intestinal: É a mais frequente. Pode ser assintomática ou provocar diarreias que podem ter muco e sangue;
  • Esquistossomose hepatointestinal: Apresenta sintomas semelhantes aos da forma intestinal, com maior frequência de diarreia e dores no estômago;
  • Esquistossomose hepatoesplênica: Pode ser compensada, descompensada ou complicada. Há um comprometimento do estado geral do indivíduo e o fígado e o baço ficam palpáveis.
Qual é o tratamento para esquistossomose?

O tratamento da esquistossomose consiste na administração de medicamentos específicos que são capazes de curar a doença ou reduzir a carga parasitária, impedindo também a evolução para as formas mais severas. Pode haver necessidade de internamento ou intervenções cirúrgicas nos casos mais graves.

Caso a pessoa tenha frequentado recentemente "lagoas de coceira", locais já conhecidos por terem caramujos nas águas, é importante haver uma investigação feita inicialmente pelo/a clínico geral, médico/a de família ou infectologista.

Os 3 tipos de transtornos alimentares
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os transtornos alimentares mais comuns são a bulimia, a anorexia e a própria obesidade, que pode ser considerada um transtorno alimentar quando está relacionada com a compulsão alimentar.

Tratam-se de distúrbios que provocam alterações na alimentação, seja da frequência ou da quantidade de alimentos ingeridos. Além disso, podem estar presentes comportamentos que levam a diminuição da absorção do alimento ingerido como vômitos auto-provocados ou uso de laxantes.

Bulimia

A bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão compulsiva e rápida de grandes quantidades de alimentos, seguida por sentimentos de culpa ou arrependimento que levam a pessoa a induzir o próprio vômito para vomitar o que comeu para não engordar.

Quem sofre desse tipo de distúrbio alimentar, na maioria dos casos, mulheres também pode usar medicamentos laxantes e diuréticos, ficar várias horas sem comer ou praticar atividades físicas intensas para não ganhar peso.

Pessoas com bulimia geralmente não são muito magras e costumam estar no peso considerado normal. Contudo, têm obsessão com a forma física e tendem a fazer dietas muito rígidas.

Quando não suportam mais a fome, comem compulsivamente e em grande quantidade num curto espaço de tempo. A seguir, sentem-se culpadas por comerem tanto e forçam o vômito para não ganhar peso.

Anorexia

Os principais sintomas da anorexia são o excesso de preocupação com o peso e o medo exagerado de engordar. Indivíduos com esse tipo de transtorno alimentar sempre acham que estão gordos quando se olham no espelho, ainda que estejam extremamente magros.

Trata-se de um transtorno alimentar marcado pela distorção da autoimagem e que ocorre sobretudo na adolescência, sendo mais frequente em mulheres.

Essa sensação de estar acima do peso leva a pessoa a fazer dietas extremas, tomar diuréticos e laxantes, fazer exercícios físicos extenuantes, ficar longos períodos em jejum, entre outras medidas extremas para "não engordar mais".

Uma característica marcante de quem sofre desse transtorno alimentar é a magreza acima do normal. Nos casos mais graves, a anorexia pode causar desnutrição severa e levar à morte.

Obesidade e Compulsão alimentar

Enquanto que os sinais e sintomas da bulimia e da anorexia caracterizam-se pelo medo de engordar e da sensação de estar acima do peso, os da obesidade manifestam-se pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, deixando a pessoa com o peso muito acima do recomendado.

A obesidade é um problema causado por múltiplos fatores, genéticos, ambientais e psíquicos. Fatores como sedentarismo e a alimentação pouco balanceada, com ingestão excessiva de carboidratos e gorduras contribui para o seu desenvolvimento.

A obesidade pode ser agravada pelo comportamento de comer compulsivamente quantidades acima do normal, pessoas que tem o transtorno compulsivo alimentar não conseguem controlar o impulso por comer mesmo quando já se está satisfeito.

A obesidade aumenta o risco de infarto e acidente vascular cerebral e favorece o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, hipertensão arterial, diabetes, artroses, entre outras doenças e complicações.

Caso apresente sintomas de transtornos alimentares procure o seu médico de família ou clínico para uma avaliação inicial. Muitas vezes, o tratamento dos transtornos alimentares requer a atuação de uma equipe interprofissional, que inclui médico clínico, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.