Não adianta fazer o teste de gravidez 1 semana após a relação sexual desprotegida. A maioria dos testes só consegue detectar o hormônio que indica a gravidez a partir do primeiro dia do atraso da menstruação. Por isso, é muito provável que o teste dê negativo, mesmo que a mulher possa estar grávida.
No entanto, existe um tipo de teste que pode ser realizado até 4 dias antes do atraso da menstruação, ou seja, cerca de 10 dias após a relação.
Existem vários tipos de testes de gravidez vendidos nas farmácias. Alguns até indicam o tempo de gestação. Cada um possui características e procedimentos de uso próprios. Assim, é importante ler as instruções de uso contidas na embalagem para que o resultado do teste seja confiável.
Leia também:
Referência:
Confirme. Teste de gravidez de farmácia: quando e como fazer? Acesso em maio de 2022.
Clear Blue. Teste de Gravidez Digital com Indicador de Semanas. Acesso em maio de 2022.
Confirme - Teste De Gravidez Em Tiras. Bula.
Não. O Puran T4® usado de maneira correta, com as doses ajustadas regularmente pelo médico endocrinologista, não costuma causar problemas na menstruação, ao contrário, como atua no equilíbrio hormonal, ajuda a manter o ciclo menstrual regular.
De qualquer forma, deve iniciar a medicação conforme orientação do seu médico assistente, para que seu problema hormonal seja estabilizado. Se houver alterações na menstruação, na próxima consulta de rotina deverá informar ao médico, e cabe a ele ajustar a dose quando necessário.
Não deixe de tomar a sua medicação, ou interromper por conta própria, o hipotireoidismo é uma doença bastante perigosa quando não tratada adequadamente.
Para que serve o Puran T4®?O Puran T4®, ou levotiroxina sódica, é uma medicação indicada para casos de hipotireoidismo, devido a produção insuficiente de hormônio T4 pela tireoide. Esse hormônio tem uma importância fundamental no metabolismo do organismo.
A diminuição dos níveis desse hormônio causam os sintomas do hipotireoidismo, sendo os mais comuns:
- Falta de energia,
- Lentidão nos movimentos e pensamentos,
- Sonolência,
- Cansaço físico,
- Constipação intestinal,
- Pele seca,
- Unhas quebradiças,
- Queda de cabelo,
- Inchaço, ganho de peso,
- Sintomas depressivos,
- Irregularidade menstrual, amenorreia,
- Infertilidade.
A causa mais comum é a Tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, aonde são produzidos anticorpos contra a própria glândula tireoide, desencadeando redução das células e menor produção dos seus hormônios.
Entretanto existem outras causas, como doenças inflamatórias, câncer, ressecção cirúrgica por outros motivos, reação a algum medicamento.
Para mais informações e esclarecimentos quanto à medicação, procure seu médico endocrinologista ou médico da família.
Pode lhe interessar também: Hipotireoidismo tem cura? Qual o tratamento?
Existem algumas estratégias simples que podem ajudar os casais que querem engravidar.
Conhecer o período fértil, evitar hábitos ruins como tabagismo e consumo de álcool, adotar alimentação mais saudável e buscar formas para reduzir a ansiedade, como a prática de atividade física são medidas comprovadamente eficazes.
É também importante consultar o ginecologista para avaliar a saúde reprodutiva do casal.
1. Faça exames laboratoriaisProcure um ginecologista para fazer os seus exames de sangue, já bem definidos como rotina de pré-natal, especialmente a dosagem de hormônios.
É importante dosar hormônios da tireoide, pois eles influenciam na fertilidade. As disfunções da tireoide podem provocar tanto a infertilidade, como o aborto. O hormônio tireoestimulante (TSH) e a tiroxina (T4) são os principais hormônios a serem analisados.
A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite materno, também deve ser avaliada. Se estiver em concentração elevada no sangue, pode provocar o bloqueio da menstruação e, por isto, infertilidade.
Portanto, atualize todos os seus exames ginecológicos.
2. Suspenda os contraceptivosPare de usar o anticoncepcional assim que decidir engravidar. Independente de quanto tempo você usou contraceptivos, o corpo leva um período para se ajustar a ausência de hormônios sintéticos. Ele precisará voltar a produzir os seus hormônios novamente, sem interferência do anticoncepcional.
O organismo pode levar semanas ou meses para regularizar a produção natural dos hormônios e a ovulação. Não existe uma regra ou prazo comprovado.
Quem utiliza anticoncepcionais não tem período fértil e, por este motivo você ainda não sabe quando vai ovular. A presença de cólicas e atrasos menstruais são comuns e significam que o corpo está se reajustando.
3. Conheça o seu ciclo menstrualConhecer o ciclo menstrual é importante para identificar o período fértil, no qual as chances de engravidar são maiores.
Alguns estudos mostraram que a possibilidade de gravidez aumenta se a relação sexual ocorrer dois dias antes da ovulação, pois os espermatozoides sobrevivem dentro do corpo da mulher por até 5 dias. Já o óvulo, quando sai dos ovários para as trompas de Falópio, local onde ocorre a fecundação, somente pode ser fecundado entre 12 e 24 horas.
Conhecendo o ciclo é possível calcular o dia da sua ovulação, sem esquecer que organismo não é um relógio perfeito, e que alterações podem ocorrer: a ovulação pode adiantar ou atrasar um pouco. Mesmo assim, sabendo o provável dia da ovulação, aumenta a chance da gravidez.
Veja também: Como calcular o seu período fértil?
4. Cuide da sua alimentaçãoConsumir fast food, cafeína, álcool ou drogas pode atrapalhar a sua fertilidade. Se você está se preparando para engravidar, adote uma alimentação saudável com menos alimentos industrializados, menos gorduras, mais carnes magras, frutas, verduras e legumes, ricas em minerais e vitaminas.
Ovos e grão-de -bico são exemplos de alimentos que atuam no sistema hormonal e parecem ajudar a engravidar mais rápido.
Hábitos alimentares saudáveis fazem com que o organismo funcione melhor e promova ovulações mais efetivas com óvulos de melhor qualidade, o que favorece a fecundação e a gestação sadia.
5. Tenha relações sexuais em dias alternadosTer relações sexuais em dias alternados, dia sim e dia não, disponibiliza um maior número de espermatozoides de qualidade para que a fecundação aconteça.
Este intervalo de um dia sem relação sexual é indicado para que a produção de espermatozoides se dê no tempo adequado, para que eles ganhem mobilidade, motilidade e estejam mais fortes e aptos à fecundação do óvulo.
Alguns estudos descrevem que, as relações sexuais em dias alternados durante o período fértil, aumentam as chances de gravidez. Se o casal tiver relações com esta frequência durante todo o ciclo menstrual e não somente durante o período fértil, a probabilidade de ocorrer a gestação aumenta ainda mais.
6. Pratique atividade físicaA prática de atividade física é benéfica para o estado de saúde geral e melhora o funcionamento de todo o organismo.
Entretanto, o excesso de exercícios físicos interfere na fertilidade da mulher e pode até levar à amenorreia (suspensão da menstruação por tempo superior a 3 meses), comum em mulheres atletas. Para quem deseja engravidar o recomendado é que a atividade física seja incorporada na sua rotina de forma moderada.
Além de ajudar na manutenção da saúde, os exercícios físicos ajudam a reduzir a ansiedade, um evento comum em mulheres que desejam engravidar, que pode levar a alterações do ciclo menstrual, interferindo no processo da gravidez.
7. Evite as infecçõesO casal que deseja engravidar deve redobrar os cuidados para não adquirir infecções. Algumas bactérias podem alcançar o colo do útero, entrar na cavidade uterina e atingir as trompas, provocando uma doença inflamatória pélvica, causa frequentes de infertilidade na mulher.
Se após um ano (12 meses) de consecutivas tentativas, o casal não conseguir engravidar, se faz necessário buscar um médico especializado para uma avaliação mais profunda e detalhada. Nesta avaliação, são analisadas as possibilidades de tratamentos para a gravidez, como a indução da ovulação ou fertilização in vitro.
O homem também deve ser examinado, pois, 50% dos casos de dificuldade para engravidar estão relacionados à problemas masculinos.
Leia também: Quero engravidar:o que devo fazer?
Não, o anticoncepcional não faz desaparecer os cistos nos ovários. Os cistos ovarianos causados por alterações hormonais, chamados cistos funcionais ou fisiológicos, geralmente não necessitam de tratamento e desaparecem sozinhos após 8 a 12 semanas.
O anticoncepcional é indicado quando os cistos provocam forte dor abdominal ou quando aparecem mais de uma vez. Nestes casos, os anticoncepcionais atuam para evitar a formação de novos cistos em mulheres que possuem esta tendência.
Em mulheres com síndrome do ovário policístico, os anticoncepcionais ajudam a reduzir o tamanho cistos e a amenizam os sintomas.
O ginecologista é o responsável por indicar a medicação e avaliar a resposta ao tratamento.
Cisto no ovário esquerdo em lilás. Diferença entre cisto no ovário e síndrome do ovário policísticoA diferença entre o cisto no ovário e a síndrome do ovário policístico está no tamanho e quantidade de cistos presentes no ovário.
1. Cisto no ovárioO cisto é uma pequena bolsa que contém líquido ou material semi-sólido em seu interior. Eles podem se desenvolver no ovário direito ou esquerdo devido a influências hormonais associadas ao período menstrual (cistos funcionais).
Na maior parte dos casos, os cistos funcionais não causam sintomas e desaparecem espontaneamente.
2. Síndrome do ovário policísticoA síndrome do ovário policístico é uma doença crônica, que não tem cura, também provocada por alteração hormonal e se caracteriza pela presença de vários microcistos de diferentes tamanhos no ovário direito ou esquerdo.
Além disso, a mulher pode apresentar alguns sintomas como: menstruação irregular, pelos no rosto, seios e abdome, acne, queda de cabelos, ou outros sinais mais graves como a dificuldade em engravidar (infertilidade), obesidade e depressão.
O tratamento consiste em amenizar os sintomas, evitar o surgimento de novos cistos e controlar o seu tamanho através do uso de anticoncepcionais. Nos casos de infertilidade, o tratamento inclui ainda o uso de medicamentos para a indução da ovulação.
Sintomas de cisto no ovárioOs cistos no ovário podem surgir e desaparecer sem provocar sintomas. Entretanto, quando os cistos aumentam de tamanho, se rompem ou ocorre uma torção do ovário, os sintomas aparecem e podem incluir:
- Dor abdominal intensa, muitas vezes descrita pelas mulheres como dor no ovário direito ou esquerdo (a dor ocorre no ovário que contém o cisto)
- Atraso menstrual
- Fluxo menstrual irregular
- Sensação constante de inchaço na barriga
- Dor durante a ovulação
- Desconforto ou dor durante o ato sexual
- Náuseas e vômitos
- Dificuldade para engravidar
O uso de anticoncepcionais está indicado nos casos de sintomas, que interfiram na qualidade de vida da mulher. A duração do tratamento varia entre 4 a 6 semanas. O uso prolongado de anticoncepcionais reduz o surgimento de novos cistos, mas não promove a diminuição do cisto já existente. Este cisto tende a desaparecer sozinho.
Em alguns casos, mais raros, pode ser necessário procedimento cirúrgico para retirar o cisto, como, por exemplo:
- Cisto de conteúdo sólido ou líquido que não desparece;
- Sintomas que não desparecem;
- Cisto maior que 5 cm;
- Mulheres na pré-menopausa ou menopausa.
Uma avaliação dos sintomas junto com a realização de exames de sangue para verificar a dosagem de hormônios ajudam no diagnóstico. O exame de imagem (ultrassonografia) é importante para determinar o tamanho e número de cistos.
Cisto no ovário é perigoso? Quando devo procurar o médico?De forma geral, a presença de cisto no ovário não oferece riscos à vida e à saúde e raramente estão associados ao câncer. Entretanto, é preciso que você faça os seus exames ginecológicos preventivos de acordo com a orientação do ginecologista.
Busque o médico na presença dos seguintes sintomas:
- Dor abdominal intensa na região do ovário
- Febre
- Vômitos
- Sangramento vaginal abundante
- Desmaios
- Dificuldade respiratória
A presença destes sintomas pode indicar aumento do tamanho, rompimento ou torção do ovário e pode trazer riscos de vida, especialmente se houver sangramento vaginal intenso e dificuldade respiratória. Neste caso, busque atendimento médico o mais rápido possível.
Na ausência de sintomas, siga as orientações do ginecologista. Este mesmo profissional deve acompanhar o cisto para identificar alterações como crescimento e aumento do número de cisto.
Saiba sobre a relação de cistos com a infertilidade no artigo: Cisto no ovário causa infertilidade?
Referência:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Quando ocorre um atraso menstrual e se suspeita de uma possível gravidez, após alguns dias pode vir um sangramento. Muitas mulheres podem ter dúvida se este sangramento após o período de atraso é a própria menstruação ou é ocasionado por um aborto espontâneo, de uma gravidez inicial não diagnosticada.
Para conseguir fazer a diferenciação entre menstruação e aborto, precisamos observar algumas características do sangramento e do contexto:
1º Avalie o seu risco de gravidezPrimeiramente, para saber se o seu sangramento é decorrente da menstruação ou do aborto analise se é possível você ter estado grávida. Isso só é possível caso tenha tido relação sexual, com penetração vaginal, desprotegida, ou seja, sem usar nenhum método contraceptivo, nem camisinha.
2º Observe os seus sintomas anteriores e atuaisObserve outros sintomas existentes. Avalie se você teve nos últimos dias outros sintomas sugestivos de gravidez, como náusea, enjoo, sensibilidade mamária ou sensação de inchaço. Caso você tenha tido um aborto eles tendem a aliviar e sumir rapidamente, logo após o abortamento.
3º Observe o seu sangramentoPor fim, observe as característica do sangramento. Um aborto muito precoce de fato pode apresentar características muito semelhantes a da menstruação, como presença de sangramento moderado a intenso e cólicas menstruais. Quanto mais tardio o aborto maior a diferença com a menstruação.
Características da menstruaçãoA menstruação pode variar de período para período e de pessoa para pessoa, mas costuma apresenta um sangramento que pode variar de vermelho claro a vermelho«escuro, algumas mulheres podem apresentar a formação de coágulos. Também é comum a ocorrência de cólicas menstruais.
Sinais e sintomas do abortoO aborto pode apresentar as mesmas características da menstruação como sangramento de cor vermelho vivo ou vermelho escuro, cólicas menstruais e presença de coágulos.
A diferença é que caso seja um aborto um pouco mais avançado restos embrionários também podem ser visualizados. As cólicas menstruais também podem ser mais fortes, já que correspondem a contrações uterinas mais intensas.
Quando ocorre um aborto pode-se também sentir uma sensação de mal-estar ou fraqueza, que comumente não ocorre na menstruação.
Além disso o aborto pode levar a complicações, em alguns casos levando ao desenvolvimento de quadros infecciosos, nesse caso pode haver febre e mal-estar.
Leia mais sobre sintomas do aborto em: Quais são os sintomas do aborto
Na presença de sintomas sugestivos de aborto procure um serviço de atendimento médico imediatamente.
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Sangramento na gravidez, pode ser normal?
Gravidez ectópica: o que é e quais são os seus sintomas? O feto sobrevive?
Sintomas pré-menstruais e como saber se a menstruação está perto de vir
Não. A mulher que doa sangue não apresentará atraso menstrual justificado por essa prática.
O atraso menstrual pode ter várias causas e deve ser investigado devidamente pelo/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.
Leia algumas causas em:
O que pode atrasar a menstruação?
Em cada doação de sangue são coletados em torno de 450 mL de sangue, o que corresponde a menos de 10% do total de volume sanguíneo. Essas células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou, nem irá induzir ao atraso menstrual.
A doação de sangue não provoca atraso na menstruação. Caso você tenha doado sangue e sua menstruação está atrasada, procure um serviço de saúde para uma avaliação.
A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade, acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.
Sim, existe a chance de engravidar, embora seja pequena.
Toda a relação sem contraceptivos, oferece risco de gravidez. No seu caso, dez dias após a menstruação, estaria próximo ao período fértil, que em média se inicia no 11º dia para ciclo menstrual regular. No caso de ciclo irregular, já não conseguimos calcular com segurança esse período, fato que aumenta esse risco.
Saiba mais sobre o assunto em: Como calcular o Período Fértil? e Ciclo menstrual desregulado: Como calcular o período fértil?
A idade jovem também é um fator que pode aumentar o risco, visto que os jovens costumam apresentar espermatozoides com maior vitalidade, chegando a permanecer no corpo da mulher por até 5 dias, o que possibilitaria alcançar o período fértil e ovulação.
Vale ressaltar ainda, que além da gestação, é sempre importante lembrar do risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) nas relações sem proteção, como por exemplo a gonorreia, clamídia, sífilis e HIV.
Portanto, recomendamos o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha, em todas as relações, por ser a única maneira de se proteger contra as DSTs.
Procure um ginecologista para maiores esclarecimentos.
Pode lhe interessar também: Eu posso fazer um exame de beta-hcg com quantos dias de atraso?
O anticoncepcional pode falhar, mas isso é raro de acontecer para quem toma certo. O mais provável no caso dela é um atraso menstrual devida a alterações hormonais (muito comum) como está para descer e não desce ela acaba sentindo todas essas dores, provavelmente a menstruação deve descer nos próximos dias.
As principais causas de menstruação prolongada são: os miomas, pólipos, distúrbios de coagulação, uso de medicamento, adenomiose e a presença de um tumor.
É considerada menstruação prolongada, a menstruação que dura mais de 8 dias, mesmo que com pouco fluxo, visto que a menstruação considerada normal tem a duração de 4 a 8 dias apenas.
Contudo, a menstruação prolongada também pode ser normal, se acontecer nos extremos da vida reprodutiva da mulher, como na adolescência, ou próximo à menopausa. Nesse caso, a melhora acontece naturalmente, quando os hormônios estabilizarem.
Para definir a causa e o tratamento, é preciso procurar um ginecologista, e por vezes, realizar exames complementares como ultrassonografia ou exames de sangue.
1. PóliposOs pólipos são formações anormais de tecido que se forma dentro do útero. São considerados tumores benignos, que podem não causar sintomas, mas quando apresentam, os sintomas principais são de menstruação prolongada, dolorosa, com ou sem presença de coágulos e também é comum, apresentar eventos de sangramento fora do período menstrual.
O tratamento definitivo dos pólipos é através de pequenas cirurgias, podendo ser realizadas em consultórios, quando pequenos, ou ambiente hospitalar, se o médico entender mais seguro.
2. MiomasOs miomas são tumores benignos, encontrados especialmente nas mulheres em idade reprodutiva, que podem não causar sintomas, ou desencadear sangramento prolongado com presença de coágulos e cólicas durante a menstruação.
A regressão desse tumor pode ser conseguido com uso de medicamentos, como as pílulas anticoncepcionais, ou com cirurgia para a ressecção do tumor. Cabe ao médico, de acordo com as condições de saúde e intensidade dos sintomas, decidir o melhor tratamento.
3. Problemas de coagulaçãoOs distúrbios de coagulação, como a hemofilia, e doença de von willebrand, também têm como sintoma típico, o prolongamento dos dias de menstruação. Além disso, apresenta outros sinais de sangramento espontâneo, como sangramento gengival durante a escovação de dentes e manchas roxas em áreas de protuberância óssea.
Na suspeita de problemas de coagulação, procure um hematologista, para avaliação e planejamento do tratamento mais indicado, o mais rápido possível.
4. Distúrbios hormonaisComo citado no início do artigo, nos primeiros ciclos menstruais, devido a imaturidade e constantes oscilações hormonais, é comum que a menina menstrue por mais dias, e passe um ou dois meses sem menstruar. Após o primeiro ano, as irregularidades não devem mais ser entendidas como algo normal.
Da mesma forma, as mulheres que estão próximas da menopausa, experimentam irregularidades menstruais, principalmente a ausência da menstrual, devido a falência ovariana. Mesmo assim, episódios de menstruação prolongada também podem acontecer, e são eventos normais.
5. CâncerO tumor maligno, é uma causa mais rara de menstruação prolongada, porém deverá ser descartada. Principalmente nos casos de mulher com história de falta de apetite, perda de peso ou sangramento espontâneo, sem motivo aparente.
Cabe ao ginecologista analisar todos esses fatores, avaliar a necessidade de pedir exames de sangue e, definindo a causa, planejar junto a paciente o melhor tratamento.
6. Medicamentos que "afinam" o sangueMulheres que usam medicamentos anticoagulantes, aqueles que "afinam" o sangue, podem ter como efeito colateral, o aumento do fluxo da menstruação ou prolonga o tempo de sangramento, semelhante ao que ocorre nas pessoas com doenças hematológicas.
É preciso manter o controle rigoroso das doses dos medicamentos e informar imediatamente ao seu médico, se observar piora ou prolongamento do seu sangramento na menstruação.
7. AdenomioseA adenomiose é a presença de nódulos de endométrio (tecido da camada interior do útero), na camada exterior do útero, o miométrio. Caracterizada por aumento do fluxo menstrual, cólicas e infertilidade.
O tratamento da adenomiose pode ser feito com medicamentos hormonais, cirurgia para retirada dos nódulos (se estiverem localizados) ou ainda cirurgia para remoção total do útero.
8. AbortamentoUm sangramento prolongado, que não é habitual do ciclo da mulher, acompanhado de cólicas intensas e presença de coágulos, pode sinalizar um problema grave, como um abortamento. Por isso, se houver atraso menstrual, possibilidade de gravidez, e iniciar esse tipo de sangramento, procure imediatamente um atendimento médico para avaliação e devido tratamento.
Menstruação prologada pode ser gravidez?Não. No início da gravidez, pode até acontecer um discreto sangramento rosado, de pequeno volume, referente ao momento da implantação do óvulo no útero. Um sangramento que não dura mais de 3 dias e não causa mais sintomas.
Portanto, na suspeita de gravidez e início de sangramento, com presença de coágulos e/ou cólica, entre em contato imediatamente com o seu médico, ou um serviço de emergência, para avaliação médica.
Como parar o sangramento prolongado?Para interromper ou reduzir o sangramento de uma menstruação prolongada, pode ser indicado é preciso procurar um ginecologista para definir o motivo desse sangramento, e assim, planejar a melhor opção de tratamento.
Os medicamentos frequentemente usados são:
- Pílulas anticoncepcionais,
- Dispositivo intrauterino (DIU),
- Ácido Tranexâmico,
- Anti-inflamatórios não esteroidais (como o ibuprofeno),
- Cirurgia, em casos que não respondem ao tratamento.
O mais importante, é procurar um ginecologista para diagnosticar e tratar o problema de forma correta e segura.
Quando procurar uma emergência?Alguns sinais e sintomas são sugestivos de problemas mais graves, que devem ser avaliados rapidamente, em serviço de urgência médica. São eles:
- dor abdominal,
- febre alta,
- sangramento com mau cheiro ou
- suspeita de gravidez.
No entanto, se não houver sinais de alarme, mas a menstruação prolongada permanecer, procure um ginecologista para dar início a investigação do seu caso e oferecer as devidas orientações.
Conheça um pouco mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:
Tenho menstruação abundante: posso fazer alguma coisa para diminuir?
Existe um remédio para diminuir a menstruação?
O que fazer para parar a menstruação?
Referência:
- FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
- Andrew M Kaunitz, e cols.; Approach to abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients. UpToDate; Oct 29, 2020.
- Elizabeth A Stewart, et al.; Uterine fibroids (leiomyomas): Treatment overview. UpToDate; Jun 11, 2020.
A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.
Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.
Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.
Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer? 1. DiverticuliteA diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.
A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.
O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.
O que fazer?
Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.
2. Problemas no baçoO baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).
Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.
O que fazer?
Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.
3. Gases em excessoO acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.
Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.
O que fazer?
A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.
Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).
4. Pedras nos rinsO cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.
A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).
O que fazer?
O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.
5. Cólicas menstruaisAs cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.
Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.
O que fazer?
Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.
6. Cisto no ovárioExistem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).
Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.
O que fazer?
O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.
7. Gravidez ectópicaA gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.
Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.
O que fazer?
O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.
8. Pancreatite agudaA pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".
A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.
O que fazer?
O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.
Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.
Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.
Quando procurar o médico?Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:
- Febre
- Náuseas e vômitos
- Sangue nas fezes
- Perda de peso sem motivo aparente
- Pele amarelada (icterícia)
Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.
Referência:
- Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
- Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
- UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
- FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
Beta-hCG com resultado 2 mUI/ml significa um exame negativo para gravidez.
Para a maioria dos laboratórios, somente são positivos valores superiores a 25.
É recomendado esperar pelo menos 8 dias de atraso menstrual para fazer o exame de sangue beta-hCG. Isso porque só depois de 8 dias após a concepção os níveis do hormônio beta-hCG estão altos o suficiente para serem detectados no sangue.
O beta-hCG só é produzido pela mulher apenas durante a gravidez, por isso, quando o teste dá positivo é bem provável que a mulher esteja grávida. Porém, com um atraso menstrual pequeno, quando o teste dá resultado negativo, não necessariamente a mulher não está grávida. Isso pode ser devido ao fato de não ter elevado os níveis do hormônio beta-hCG ao ponto suficiente de ser detectado no exame. Por isso, nesses casos, é indicada a repetição do teste.
O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação. Por isso, nas primeiras semanas de gestação, ainda não há quantidade suficiente desse hormônio na circulação da mulher capaz de dar positivo o exame. Sendo assim, ela pode estar grávida e o exame beta-hCG ser negativo.
Em geral, valores de Beta-hCG entre 0 e 25 indicam resultado negativo. Porém, mulheres que estão na 1º ou 2º semana de gestação podem apresentar valores menores que 25.
Por isso, se o exame deu negativo, é indicado aguardar mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, recomenda-se repetir o exame.
Resultados com valores entre 25 e 100, na maioria das vezes, são indicativos de gravidez, ou seja, significam “positivo”. Porém, em alguns laboratórios, esses valores podem ser interpretados como indeterminados. Nestes casos, se houver dúvidas em relação à gravidez, espera-se mais 10 a 15 dias. Se o atraso menstrual persistir, deve-se repetir o exame.
Quando o Beta-hCG apresenta valores superiores a 100, o resultado é positivo e é então diagnosticada a gravidez.
Quando há dúvidas quanto a uma possível gravidez, a mulher pode repetir o exame em alguns dias, aguardando um atraso menstrual maior e dando tempo do hormônio ser detectado no sangue ou na urina.
Em caso de atraso menstrual prolongado e teste beta-hCG negativo, a mulher deve procurar o/a médico/a para uma avaliação.
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Não, remédios à base de cafeína e Cataflam não cessam a menstruação e não interferem nos ciclos menstruais, não há relatos de que essa composição interfira no período menstrual.
Os medicamentos que podem eventualmente provocar atrasos na menstruação geralmente interferem na composição hormonal do organismo, por exemplo medicamentos anticonvulsivantes e antipsicóticos que podem aumentar a quantidade de prolactina, hormônio que quando em altos níveis bloqueia o ciclo menstrual.
Além desses, os medicamentos hormonais como as pílulas e injetáveis contraceptivos, ou mesmo a pílula do dia seguinte, também podem interferir na menstruação, podendo inibi-la ou diminuir o fluxo menstrual e os dias de menstruação.
Alguns dos medicamentos que podem cortar ou atrasar a menstruação:
- Neurolépticos, como a Risperidona ou o Haloperidol;
- Tranquilizantes benzodiazepínicos;
- Antidepressivos;
- Antipsicóticos;
- Anticoncepcionais hormonais;
- Contracepção de emergência;
- Corticoides;
- Quimioterapia;
- Imunossupressores;
- Anti-hipertensivos.
Leia mais em: Existem medicamentos que atrasam a menstruação?
Em caso de atraso na menstruação, fale com o médico ginecologista ou médico de família para que a origem do atraso seja devidamente identificada.
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