A maconha produz efeitos físicos e psíquicos no organismo. Os efeitos agudos são aqueles observados logo depois de fazer uso (fumar) e que podem permanecer por algumas horas. Já os efeitos crônicos são uma consequência do uso continuado da maconha durante semanas, meses ou anos.
Os efeitos físicos agudos incluem: olhos avermelhados, boca seca e aumento da frequência cardíaca (taquicardia), podendo ultrapassar os 140 batimentos por minuto.
Já os efeitos psíquicos agudos da maconha dependem da qualidade da erva e da sensibilidade de cada um. Em geral, as pessoas referem uma sensação de bem-estar, calma, relaxamento e vontade de rir. Entretanto, em algumas pessoas os efeitos podem ser menos agradáveis, como angústia, ansiedade, atordoamento, tremores e sudorese (transpiração).
A maconha também altera a percepção de tempo e espaço. Quinze ou vinte minutos parecem ter a duração de uma hora ou mais. A pessoa tem a sensação de que se passou muito mais tempo do que o tempo real. Ainda, as distâncias podem parecer maiores do que realmente são.
Um efeito comum da maconha é a perda da memória de curto prazo, que guarda informações que acabaram de ser apresentadas. Sob efeito da droga, a pessoa se esquece facilmente de algo que acabou de ler ou ouvir, como um número por exemplo.
Dependendo da sensibilidade do organismo à droga ou da quantidade de maconha consumida, pode ocorrer até delírios e alucinações. Os delírios caracterizam-se pela "mania da perseguição", que pode levar ao pânico ou quadros de oscilação de humor. Por exemplo, a pessoa entra num local, vê um policial e quer sair correndo porque acha que a polícia está ali para lhe prender. Já a alucinação é ver ou ouvir algo que não existe.
Enquanto que os efeitos físicos agudos da maconha não passam de pequenas alterações, os seus efeitos crônicos no corpo são muito mais abrangentes. O uso contínuo da maconha afeta consideravelmente os pulmões e a produção do hormônio masculino testosterona.
A irritação causada pela fumaça pode provocar bronquites e problemas respiratórios. A fumaça da maconha contém mais alcatrão que a do cigarro comum, além de ter uma substância altamente cancerígena chamada benzopireno.
O uso crônico de maconha também pode reduzir pela metade a quantidade do hormônio testosterona nos homens, podendo interferir na produção de espermatozoides e causar infertilidade. Contudo, esse efeito desaparece ao deixar de fumar a erva.
Os efeitos psíquicos crônicos da maconha caracterizam-se por prejuízos na aprendizagem e na memorização, além de falta de motivação. Algumas pessoas podem ficar dependentes da maconha ao ponto de organizar a sua rotina em torno do uso da droga e desvalorizar outras coisas que são importantes.
Também já se sabe que fumar maconha pode piorar o quadro da esquizofrenia ou promover o desenvolvimento da doença quando ela ainda não está evidente.
Saiba mais em:
A maconha corta o efeito do anticoncepcional?
Não é possível afirmar com certeza se drogas ilícitas, como cocaína, LSD, maconha, ecstasy ou lança-perfume podem cortar o efeito do anticoncepcional ou diminuir a sua eficácia, pois faltam estudos científicos que comprovem o efeito dessas drogas sobre os anticoncepcionais.
Porém, como são drogas "químicas", apesar de faltar evidências científicas, acredita-se que possa acontecer, uma vez que essas drogas, assim como os medicamentos, incluindo os anticoncepcionais, são metabolizados no fígado. Logo, essas drogas podem competir com a metabolização do anticoncepcional no fígado, reduzindo o seu efeito.
As drogas que de fato podem diminuir a eficácia do anticoncepcional são alguns medicamentos usados para tratar:
- Epilepsia (primidona, fenitoína, barbitúricos, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato);
- Tuberculose (rifampicina);
- AIDS e Hepatite C (antirretrovirais);
- Infecções fúngicas (griseofulvina, antifúngicos azólicos, itraconazol, voriconazol, fluconazol, cetoconazol);
- Infecções bacterianas (antibióticos como claritromicina e eritromicina);
- Certas doenças cardíacas e pressão alta (verapamil, diltiazem);
- Artrites e artroses (etoricoxibe).
Além desses, remédios com Erva-de-São-João, usada sobretudo para o tratamento de estados depressivos, também podem interferir na eficácia dos anticoncepcionais.
Comunique o seu médico ginecologista se usar qualquer tipo de droga, seja medicamentos ou drogas ilícitas, para que ele avalie o risco de interação medicamentosa com o anticoncepcional.
Leia também:
Se tomou um remédio que pode cortar ou diminuir o efeito do anticoncepcional, como antibiótico ou anticonvulsivante, o anticoncepcional pode demorar até uma semana para voltar a fazer efeito.
Portanto, enquanto estiver tomando esse remédio deverá utilizar um outro método anticoncepcional não hormonal, como preservativo, para não correr o risco de engravidar.
No entanto, é importante lembrar que são poucos os medicamentos que cortam o efeito do anticoncepcional, principalmente se for a pílula de uso contínuo. Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Não. Fluconazol não corta o efeito do anticoncepcional.
Os remédios que mais reduzem o efeito dos anticoncepcionais são:
- Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Topiramato, Oxcarbazepina, Fenitoína e Fenobarbital);
- Rifampicina;
-
Rifabutina;
-
Primidona;
-
Anabolizantes;
- Alguns anti retrovirais como o Ritonavir.
Por isso é fundamental informar ao médico, todas as medicações que faça uso, mesmo que de forma irregular, porque diversas substâncias podem interagir e prejudicar no seu tratamento.
Veja também: Interação dos Anticoncepcionais com outros Remédios e 5 Coisas que Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional
Independente dos anticoncepcionais, outras medicações devem ser avaliadas para o uso conjunto de Fluconazol®.
Medicamentos contraindicados para uso conjunto com Fluconazol®- Cisaprida
- Terfenadina
- Astemizol
- Pimozida
- quinidina
- Eritromicina
Outros medicamentos interagem com o antifúngico, por isso, embora não sejam contraindicados para o uso conjunto, devem ser informados ao médico, para o devido ajuste, sempre que necessário.
Listamos como efeitos indesejados, a interação entre Fluconazol® e os medicamentos abaixo:
- Anticoagulantes (varfarina®) - aumento do efeito do anticoagulante, com maior risco de sangramento;
- Hidroclorotiazida® - aumenta a concentração de fluconazol®, podendo sobrecarregar o fígado;
- Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina®, nortriptilina®) - aumento dos efeitos dos antidepressivos, podendo ser necessário o ajuste no período;
- Losartana® - inibição do metabolismo da losartana®, podendo causar aumento da pressão arterial;
- Bloqueadores de canal de cálcio (nifedipina®, anlodipina®, verapamil®) - aumenta a ação sistêmica dos bloqueadores de canal de cálcio, podendo potencializar os efeitos colaterais;
- Carbamazepina® - aumenta a concentração da carbamazepina® no sangue, podendo causar efeitos tóxicos, pode ser necessário ajuste de doses;
- Benzodiazepínicos de curta duração (midazolam®) - aumento dos efeitos colaterais psicomotores do midazolam®, devendo ser reduzida sua dose durante o tratamento.
Para maiores esclarecimentos, converse com seu/sua médico/a clínico geral, médico/a de familia ou ginecologista.
Sibutramina não corta o efeito do anticoncepcional.
Não. Infecção urinária e infecção vaginal não cortam o efeito do anticoncepcional.
A mulher que está com infecção urinária ou vaginal deve continuar tomando o anticoncepcional como habitualmente. A presença dessas infecções não afeta o efeito do anticoncepcional.
O que pode cortar o efeito do anticoncepcional é o uso de alguns medicamentos antibióticos, anticonvulsivantes e anti retrovirais.
Leia também:
5 coisas que podem cortar o efeito do anticoncepcional
Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
Caso apresente infecção urinária ou vaginal procure um serviço de saúde e realize o tratamento completo como indicado pelo/a médico/a.
Não (em teoria). O uso por uns dias (tempo limitado ao tratamento) não interfere com a eficácia do anticoncepcional. Porém isto não é 100% garantido, em casos raros pode acontecer interferência a ponto de haver risco de gravidez.
Não. O uso da maca peruana não corta o efeito do anticoncepcional.
A maca peruana é um vegetal tubérculo da região do Peru e atualmente comercializado sob forma de cápsulas ou em pó.
O uso da maca peruana juntamente com o anticoncepcional não diminui seu efeito contraceptivo.
A pílula anticoncepcional precisa ser utilizada de forma correta, tomando 1 comprimido por dia sempre no mesmo horário para evitar falhas na eficácia.
A maca peruana é conhecida pelo seus efeitos de regulação hormonal e melhoria da fertilidade. Ela pode ser usada como um suplemento alimentar, porém, é recomendado acompanhamentos nutricional e médico para evitar dosagens excessivas e o uso inadequado.
Não, o Roacutan não corta o efeito do anticoncepcional. Aliás, é obrigatório que toda mulher em idade fértil que faça uso de Roacutan® (isotretinoína) utilize no mínimo dois métodos anticoncepcionais durante o tratamento. Isso porque essa medicação provoca malformações no bebê, principalmente hidrocefalia e defeitos nos olhos e vasos sanguíneos.
O uso da medicação só pode ser feita com indicação e acompanhamento adequado por um médico.
Não, a maconha não corta o efeito do anticoncepcional.
Ainda se sabe muito pouco sobre as interações medicamentosas da maconha com outros remédios. No entanto, não há estudos que indiquem que a maconha corta o efeito do anticoncepcional.
Alguns dos efeitos da maconha e da sua associação com medicamentos:
- A maconha pode, sim, interagir com alguns medicamentos anestésicos, como halotano e ciclopropano, potencializando os seus efeitos. Isso cria uma condição bastante perigosa para o paciente;
- A droga também pode provocar uma grave depressão do sistema nervoso central, lenificando o raciocínio, e também podendo levar ao suicídio;
- A maconha causa hipotensão arterial (pressão baixa);
- A maconha pode aumentar o efeito da fluoxetina e outros antidepressivos.
Saiba mais em: Quais são os efeitos da maconha?
Para evitar eventuais problemas, informe o/a seu/sua médico/a ginecologista que faz uso de maconha e esclareça as suas dúvidas.
Leia também: Drogas podem cortar o efeito do anticoncepcional?
Não. O consumo de café não corta o efeito dos anticoncepcionais, quando a medicação é utilizada de forma correta, sem interrupção, 1x ao dia, diariamente e sempre que possível no mesmo horário.
Situações que podem alterar ou cortar o efeito dos anticoncepcionais são em geral relacionadas ao uso de medicações como antibióticos, anticonvulsivantes, antirretrovirais e por vezes, situações de saúde como uma infecção ou presença de náuseas com vômitos.
Saiba mais sobre o assunto no link abaixo:
Vômito e Diarreia Podem Cortar o Efeito do Anticoncepcional?
Lembre-se sempre de informar ao médico que esteja lhe prescrevendo qualquer medicação, que faz uso de anticoncepcionais, evitando assim o risco de interação medicamentosa ou efeitos colaterais indesejáveis.
O médico/a ginecologista é o especialista nesta área, nos casos de dúvidas ou maiores esclarecimentos agende uma consulta.
Também pode lhe interessar os links abaixo:
Não, o Primosiston provalmente não corta o efeito do anticoncepcional, seja oral ou injetável, no entanto, não está indicado tomar os dois ao mesmo tempo, isto porque ambos são compostos por associações hormonais muito semelhantes, que podem levar a alterações hormonais e menstruais.
A Mesigyna é um anticoncepcional injetável composto por noretisterona e valerato de estradiol, já o Primosiston é composto também pela noretisterona e pelo etinilestradiol. Não há estudos sobre essa associação, portanto não é possível afirmar com certeza o quanto há segurança na proteção contra a gravidez ou outros efeitos.
O Primosiston é um medicamento usado no tratamento de sangramento disfuncional, contudo o seu uso deve ser prescrito por um médico após uma avaliação da provável causa do sangramento. Existem diferentes motivos que podem levar uma mulher a apresentar sangramentos e muitos podem exigir outra forma de tratamento.
Além disso, o próprio uso do anticoncepcional já tende a regular esse tipo de sangramento se mesmo com o seu uso essa irregularidade persiste ainda é mais importante a avaliação médica.
Portanto, consulte o seu médico ginecologista ou médico de família para uma avaliação e maiores esclarecimentos.
Podem também lhe interessar: