Se o bebê não tem outros sintomas, as fezes não mudaram e esse já é um padrão que ele vem apresentando no decorrer do tempo é normal sim.
É esperado que bebês e crianças tenham alguma variação no hábito intestinal, algumas crianças podem ter um maior número de evacuações do que outras, além disso, mudanças na alimentação e no estilo de vida, como a prática de atividade física também podem interferir no funcionamento do intestino.
No entanto, quando o número de evacuações muda e aparecem alguns sintomas os pais devem ficar mais atentos. Entre esses sintomas podemos destacar:
- Dor abdominal
- Vômitos
- Sangramentos ou muco nas fezes
- Distensão abdominal
- Falta de apetite
- Agitação, choro ou sonolência excessivos
- Fezes líquidas
- Fezes endurecidas
Caso esses sintomas venham acompanhados da mudança de hábito intestinal vale consultar o médico de família ou o pediatra da criança para uma avaliação.
Leia também:
Fezes com muco em e bebês e crianças é grave? O que pode ser?
A diarreia com sangue costuma ocorrer na presença de infecção intestinal (gastroenterite), junto com dor na barriga e febre. No entanto, pode acontecer também na presença de vermes, úlceras, inflamação, diverticulite, nos casos de tumor ou como efeito colateral de certos medicamentos.
O sangramento tem uma coloração mais escura e um cheiro forte, por ser parcialmente digerido na passagem pelo intestino. Já nos casos de sangue vivo, as causas mais comuns são as feridas no ânus e hemorroidas.
O tratamento varia de acordo com a causa e gravidade dos sintomas, mas na maioria das vezes, a presença de sangue nas fezes é um sinal de alerta, por isso deve ser avaliado por um médico.
1. GastroenteriteAs infecções intestinais podem ser causadas por vírus e bactérias por meio da ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Geralmente, as infecções bacterianas são mais intensas e as mais comuns são causadas pela Escherichia coli e Shigella spp.
Os sintomas incluem diarreia sanguinolenta, dor abdominal intensa e febre. No caso da Shigella spp., também vem acompanhada de muco nas fezes. A infecção dura em torno de 5 a 7 dias.
O tratamento é feito com medicamentos para dor e antibióticos. Neste período, você deve ingerir alimentos de fácil digestão, de preferência cozidos, e pode utilizar alimentos ou suplementos probióticos que ajudarão a reequilibrar a sua flora intestinal.
Não utilize medicamentos para evitar a diarreia, pois isto pode piorar o quadro. Apesar de incômoda a diarreia é uma forma de o nosso próprio organismo eliminar as bactérias.
2. Parasitas intestinais (vermes)A presença de parasitas ou vermes intestinais pode provocar diarreia com sangue, especialmente, se existem muitos vermes no intestino (carga parasitária alta). Nestes casos, é comum que você tenha também sensação de inchaço e dor na barriga, náuseas, vômitos, falta de apetite e perda de peso.
O tratamento é simples e feito com medicamentos específicos para o tipo de verme que está causando a infecção. Pode ser necessário realizar um exame de sangue e/ou fezes para verificar o grau da verminose.
Além do uso do medicamento indicado conforme orientação médica, é importante que você se alimente de forma adequada e priorize alimentos que possam recompor a flora intestinal como iogurtes e leites fermentados.
3. Doença de Crohn e colite ulcerativaNas doenças inflamatórias, o intestino fica inflamado e geralmente leva a dor abdominal e diarreias recorrentes (diarreia que cessa, mas volta). Os dois tipos principais de doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.
Embora seja difícil de diferenciar as duas doenças, algumas características são típicas:
- Doença de Crohn: afeta qualquer parte do trato digestivo e o paciente apresenta diarreia crônica e dor abdominal.
- Colite ulcerativa: afeta quase sempre somente o intestino grosso e pessoa sente episódios intermitentes (que vai e volta) de dores abdominais e diarreia sanguinolenta.
A doença de Crohn e a colite ulcerativa ainda não têm cura, mas medicamentos como anti-inflamatórios, corticoides e antibióticos são utilizados, de acordo com a avaliação médica, para aliviar os sintomas.
A alimentação saudável rica em fibras e com baixo teor de gordura ajudam a reduzir as crises de dor e diarreia. Além disso, controlar o estresse, praticar atividade física regularmente, exercícios de respiração e a meditação podem ser importantes aliados.
4. DiverticuliteA diverticulite é uma inflamação ou infecção dos divertículos, bolsas em formato de balão que se localizam no intestino e que retém pequenas quantidades de fezes.
Os sintomas variam de acordo com a gravidade da doença e incluem: diarreia com sangue, dor abaixo do umbigo (principalmente do lado esquerdo do abdome), febre, náuseas e vômitos. Mais raramente pode apresentar também certa dificuldade de urinar.
Nos casos mais leves, a diverticulite pode ser tratada com analgésicos, antibióticos e alimentação leve. Entretanto, nos casos mais graves pode ser necessário uma cirurgia de urgência. Por este motivo, se você perceber sintomas de diverticulite, procure uma emergência hospitalar.
5. Úlcera gástricaA úlcera gástrica é uma ferida no revestimento do estômago ou na parte inicial do intestino que provoca sensação de dor e queimação na região superior do abdome, que corresponde à localização do estômago.
Quando não tratadas, as úlceras podem se agravar e causar sangramento volumoso, com risco de complicações como óbito, devido à hemorragia. A diarreia é caracterizada por fezes pastosas, de cor muito escura, quase negras, cheiro forte e aspecto brilhoso. Pode haver ainda, vômitos com sinais de sangue.
Trata-se de uma emergência médica, na suspeita de úlcera gástrica procure um serviço de emergência. O tratamento é feito por endoscopia e quando não for possível, cirurgia de urgência.
6. Câncer de intestinoA presença de um câncer de intestino pode provocar sangramento e, por vezes, diarreia com sangue. Entretanto, é possível que o sangramento ocorra em pouca quantidade e não seja percebido.
Por este motivo, fique também atento aos seguintes sintomas: fezes em fita (fezes finas), constipação, dor abdominal, anemia e emagrecimento.
Nestes casos, é importante procurar atendimento de um médico de família, clínico geral ou proctologista. Provavelmente será solicitada uma colonoscopia para avaliar o seu intestino, efetuar o diagnóstico e definir o melhor tratamento.
7. Uso de medicamentosMedicamentos como anti-inflamatórios e antibióticos podem desencadear diarreia sanguinolenta, como efeito colateral. Os antiinflamatórios estão ainda relacionados com formação de úlceras ou piora dessas feridas.
Sendo assim, não deve ser usado em pacientes sabidamente portadores de feridas no estômago.
Neste caso, na presença de diarreia sanguinolenta após o início de um novo tratamento, entre em contato imediatamente com o médico que o prescrever a medicação, para avaliar a suspensão ou troca da medicação
8. HemorroidasA hemorroida não é exatamente uma causa de diarreia com sangue, mas é uma causa comum de sangue vivo nas fezes, em casos de diarreia frequente.
Neste caso, o sangue é vermelho vivo, visto que o problema está bem próximo da saída das fezes, e por isso não passou por processo de digestão. O sangramento costuma ser em pequena quantidade e está presente quando a higiene é feita com papel higiênico.
O tratamento pode ser local, através de banho de assento, pomadas cicatrizantes e supositórios, ou cirúrgica, nos casos de hemorroida volumosa ou sangramento frequente. O proctologista é responsável por avaliar e definir o melhor tratamento.
Em todos os casos de diarreia com sangue. Na presença desse sintomas, entre em contato imediatamente com um médico de família, clínico geral ou gastroenterologista, especialmente os casos associados aos seguintes sinais:
- 3 ou mais episódios de diarreia com sangue (no mesmo dia ou mesma semana)
- Vômito com sangue vivo ou escuro
- Febre acima de 38,0oC
- Calafrios
- Suor frio
- Pele pálida
- Rigidez no abdome
- Dificuldade de respirar
- Desmaio
Estes sinais indicam sangramento intenso que coloca a sua vida em risco. Por este motivo, procure o mais rapidamente possível uma emergência hospitalar.
Não utilize medicamentos sem orientação médica.
Para saber mais sobre sangue nas fezes, leia também
Referências
- Federação Brasileira de Gastroenterologia
Febre, vômito, cólica e diarreia são os sintomas mais comuns. As infecções intestinais também chamadas de gastroenterites podem causar diferentes tipos de sintomas que podem variar conforme a idade e etiologia da infecção. Ser a gastroenterite for de origem bacteriana também pode aparecer sangue ou muco nas fezes.
As infecções intestinais desencadeadas por parasitas podem se apresentar de uma forma um pouco diferente em quadro mais crônico que se desenvolve no decorrer de meses. Pode haver diarreia que melhora e piora alternadamente, ou diarreia que se alterna com quadros de constipação. Nessa situação também pode haver perda de peso da criança pequena.
Quais os sinais e sintomas da desidratação?A desidratação pode ocasionar outros sintomas além dos já mencionados da gastroenterite, como deixar a criança sonolenta, apática, boca seca, e os olhos encavados, há também redução do volume de urina produzido.
Nos quadros de infecções agudas, ou seja, que se desenvolvem rapidamente em poucos dias, um dos principais riscos é a desidratação, provocada pelo excesso de perdas de líquidos através dos vômitos e da diarreia. Crianças mais novas são mais propensas a desidratação grave, por isso, requerem maior atenção e cuidado.
Qual a causa das infecções intestinais?Grande parte dos casos de gastroenterite aguda se deve a infecções virais. Os principais vírus envolvidos são o Rotavírus e o Adenovírus.
Infecções por bactérias também são frequentes e ocorrem principalmente devido a más condições de higiene e ingesta de alimentos e água contaminadas.
Na presença de sinais e sintomas sugestivos de infecções intestinais consulte um médico de família ou pediatra.
As principais causas da diarreia crônica são as seguintes:
- Síndrome do intestino irritável (SII) - alteração na frequência das evacuações e do aspecto das fezes, associado a um quadro de desconforto abdominal que é reduzido com a evacuação, sem nenhuma doença orgânica que justifique o quadro. Normalmente, o paciente apresenta diarreia e cólicas relacionadas a períodos de estresse emocional. Alguns pacientes alternam diarreia com constipação intestinal, enquanto outros apresentam pequenas quantidade de muco nas fezes. Gases intestinais em excesso também são comuns. A síndrome do intestino irritável é uma doença benigna e pode apresentar melhora com algumas mudanças na dieta e no estilo de vida
- Doenças inflamatórias intestinais (DII), como Retocolite ulcerativa e Doença de Crohn;
- Infecções (por vírus, bactérias, protozoários ou vermes);
- Síndrome de má absorção (Doença celíaca, por exemplo)
- Intolerância e alergia a alimentos (por exemplo a intolerância a lactose, proteína de soja, sorbitol, frutose);
- Causas pancreáticas (pancreatite crônica, deficiências da enzima pancreática, fibrose cística ou endócrinas);
- Causas endócrinas (hipertireoidismo ou diabetes);
- Causas hereditárias (fibrose cística, deficiências enzimáticas).
- Cirurgias do abdome ou trato intestinal;
- Tumores;
- Radioterapia;
- Redução de fluxo sanguíneo intestinal;
- Alterações na função imunológica (deficiências de imunoglobina, AIDS, doença auto-imune);
- Uso de determinados medicamentos (alguns antibióticos, laxantes).
Em caso de diarreia crônica, isto é, aumento no número de evacuações diárias e/ou alteração na consistência das fezes há mais de 30 dias, consulte um médico para avaliação e tratamento.
Também pode lhe interessar: Estou com diarreia amarela, o que pode ser?
Ao tomar Ibuprofeno, como qualquer outra medicação, a pessoa poderá ter alguns efeitos colaterais. Sangramento e diarreia não são os sintomas adversos mais frequentes do uso do Ibuprofeno.
Tanto diarreia quanto constipação pode acontecer em quem está tomando Ibuprofeno. Em geral, entre 1 a 3 % das pessoas que tomam Ibuprofeno podem apresentar diarreia.
Já o sangramento é um efeito colateral menos frequente e pode ser preocupante. Menos de 1% das pessoas que usam Ibuprofeno podem apresentar algum tipo de sangramento.
Ou seja, esses 2 sintomas são raros enquanto efeito colateral do Ibuprofeno. Porém, na presença de algum deles, principalmente no caso de algum tipo de sangramento, é importante suspender a medicação e procurar o/a médico/a para uma avaliação e troca de medicamento.
O Ibuprofeno é um anti-inflamatório que pode ser indicado para vários tipos de dores, cólica menstrual, febre ou outras condições. Como efeitos colaterais mais comuns têm: coceira na pele, tontura, náusea, dor no estômago, azia e zumbido nos ouvidos. Por isso, efeitos colaterais como diarreia e sangramento são menos comuns mas podem se manifestar.
Se você está tomando a medicação e apresentando esses ou outros sintomas, procure um serviço de saúde para uma avaliação.
A principal medida para tratar uma diarreia, é procurar manter uma alimentação próxima do seu habitual, sem restrições de alimentos, evitando apenas comida gordurosa, frituras ou com grande quantidade de açúcar, e beber pelo menos 2 litros de água por dia.
Isso para garantir uma nutrição e hidratação adequadas. Em paralelo, é preciso investigar a causa da diarreia, que pode ser normal, se for esporádica e ocorrer após uma alimentação com grande quantidade de alimentos verdes e saladas.
Contudo, se a diarreia verde for recorrente ou vier acompanhada de outros sintomas como febre, dores na barriga e mal-estar, não é considerado normal. As causas mais comuns são: gastroenterite, alergias alimentares, doenças inflamatórias do intestino, ou ainda, pelo uso de medicamentos.
Saiba um pouco mais sobre as principais causas e o que fazer, nesse artigo.
Diarreia verde por consumo aumentado de alimentos verde-escuroA alimentação rica em saladas, verduras e legumes, favorecem o equilíbrio do trânsito intestinal, evitando constipação e a diarreia. Mas se o consumo for excessivo, especialmente de folhas cruas, de cor verde-escuro, como agrião, alface, rúcula, espinafre e couve, por exemplo, pode, resultar em fezes amolecidas e até diarreia.
Tratamento: Nesse caso, recomenda-se variar mais a alimentação, inserindo carboidratos, proteínas e, sempre que possível, solicitar a avaliação de um profissional nutricionista, para orientar uma alimentação adequada ao seu organismo e estilo de vida.
Diarreia verde por gastroenteriteAs doenças infecciosas, conhecidas por gastroenterite, causam inflamação e irritação na mucosa do intestino, dificultando a absorção de água e nutrientes, com isso dá origem a diarreia. Certos casos estão mais relacionados com a diarreia esverdeada como a salmonelose e a giardíase, mas qualquer infecção pode se apresentar com quadro de diarreia esverdeada.
Além da diarreia, a infecção intestinal causa dores abdominais, falta de apetite, vômitos e febre.
Tratamento: Se observar um desses sintomas, procure um atendimento médico para dar início ao tratamento correto, com uso de antibióticos e as demais orientações que forem necessárias.
Diarreia verde por doenças inflamatórias intestinaisAs principais doenças que causam inflamação na mucosa do intestino, e dificuldade no processo de digestão, são a doença de Crohn, as intolerâncias alimentares, síndrome do intestino irritável e a doença celíaca. Mas nesse caso, acompanhado a diarreia, existem outros sintomas, dependendo da doença, como cólica, falta de apetite e perda de peso.
Tratamento: O tratamento para cada uma dessas doenças é específico, podendo incluir corticoides e imunossupressores. O médico gastroenterologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos casos.
Diarreia verde por uso de medicamentosMedicamentos como os antibióticos e suplemento de ferro oral, podem ter a diarreia verde como um efeito colateral. O que não traz preocupação, é apenas a eliminação do composto do produto.
Tratamento: Nesse caso, é importante ingerir bastante água e alimentar-se bem, para evitar a desidratação e a desnutrição, especialmente em crianças. Após o término do tratamento, se a diarreia ou a coloração anormal permanecerem, procure um médico para avaliação mais detalhada.
Se nenhuma dessas condições se aplicam ao seu caso, deve consultar o médico clínico geral, médico de família ou procurar diretamente o gastroenterologista para uma avaliação mais detalhada.
Conheça mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:
Cocô verde em crianças ou adultos, o que pode ser?
Quando muco nas fezes é preocupante?
Tipos de fezes: o que o cocô revela sobre a sua saúde?
Referências:
- FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
- Anna Nowak-Węgrzyn, et al.; Food protein-induced enterocolitis syndrome (FPIES). UpToDate. Apr 10, 2019.
- Michael Auerbach, et al.; Treatment of iron deficiency anemia in adults. UpToDate. Oct 07, 2020.
A febre, diarreia e fraqueza são sintomas de muitas patologias, fisiológicas ou psicológicas, mas podemos citar como a causa mais comum a infecção intestinal. Outras situações que causam esses sintomas são:
- Dengue,
- Zika,
- Chikungunya,
- Resfriados em geral,
- Certos medicamentos (principalmente em doses elevadas ),
- Crise de ansiedade e ou estresse importante.
As infecções intestinais ou gastroenterites, podem ser causadas por vírus ou bactérias. As virais têm maior prevalência especialmente no verão. Os sintomas são de dor abdominal, febre, náuseas, vômitos, diarreia e fraqueza.
Na gastroenterite de origem bacteriana, as principais causas são a ingesta de alimentos ou água contaminados por bactérias. Os sintomas são mais exuberantes, com fortes dores abdominais, febre alta e prostração.
A duração varia de 3 a 7 dias. E o tratamento deve ser com repouso, hidratação intensificada, medicamentos para aliviar os sintomas, alimentação leve e balanceada, ainda, o afastamento de suas atividades laborativas ou escolares, se for considerada hipótese de origem viral, por ser altamente contagiosa.
De acordo com a história clínica e exame físico, o médico é capaz de orientar quanto a provável origem.
VirosesNos quadros de gastroenterite por viroses como a dengue, chikungunya, entre outras, é comum além dos sintomas citados, a associação com dores nas juntas, dor atrás dos olhos e machas na pele (casos mais graves).
A duração varia também entre 3 a 5 dias, e o tratamento é o mesmo. Repouso, hidratação, alimentação balanceada, medicamentos apenas para melhora dos sintomas e o afastamento de suas atividades pelo alto risco de contaminação.
O médico deverá avaliar os dias necessários de repouso domiciliar.
MedicamentosAlguns medicamentos podem causar esses sintomas, como antibióticos, antidepressivos e analgésicos potentes. Se os sintomas apareceram após o início de algum medicamento, você deve procurar o médico que prescreveu para uma reavaliação.
Pode ser preciso trocar o medicamento ou ajustar a dose.
AnsiedadeAs crises de ansiedade ou medo, situações de exposição a público, entre outras, pode gerar uma liberação exagerada de neurotransmissores, que resultem em quadro de dores abdominais, "bolo na garganta", náuseas, diarreia e fraqueza, entretanto, dificilmente duram três dias ou causam outros sintomas como a febre.
Quando deve procurar um atendimento médico?Seja qual for a causa, é importante entender quais são os sinais que indicam a necessidade de procurar atendimento médico. Os chamados sinais de gravidade ou sinais de alerta, que são:
- Sintomas de desidratação (boca seca, muita sede, pouca urina, urina escura),
- Mais de 5 evacuações por dia,
- Diarreia com presença de sangue ou muco,
- Febre alta persistente (acima de 39º),
- Taquicardia (coração acelerado, acima de 100 bpm),
- Piora do quadro após dois dias,
- Incapacidade de se alimentar ou ingerir água.
Na presença de um sinal de alerta, deve procurar imediatamente um pronto socorro para avaliação médica e provavelmente tratamento mais específico. Nos casos mais graves está indicado iniciar antibioticoterapia e hidratação venosa.
A gastroenterite, principalmente em crianças, ainda é uma causa de morte comum na nossa população, devido a desidratação rápida e severa que pode proporcionar. Por isso, no caso de sinais de alarme, não perca tempo e procure um atendimento médico de urgência.
Leia também: Quais os sintomas da gastroenterite viral? Como é o tratamento?
Para parar a diarreia, é preciso beber bastante água e cuidar da alimentação, sem fazer jejum ou dietas restritivas. O uso de zinco, probióticos e antibióticos também podem ser prescritos pelo médico, se achar necessário.
Medicamentos antidiarreicos, nem sempre são indicados, porque podem piorar o quadro da diarreia e impedir que o organismo expulse aquilo que não o está fazendo bem.
Para crianças, esses medicamentos são contraindicados.
Qual o melhor tratamento para diarreia? 1. ÁguaO tratamento se baseia na hidratação e reposição daqueles eletrólitos perdidos nas fezes, como, por exemplo, o sódio e o potássio. Essa reposição é conseguida através do soro de reidratação oral, soro caseiro e aumentando o consumo ingesta de água por dia.
A desidratação é a principal complicação da diarreia, por isso é preciso ter muita atenção aos sinais que indicam a desidratação, especialmente nas crianças. Os sinais mais frequentes são a boca seca, língua e lábios rachados, muita sede e diminuição no volume de urina.
Nos bebês observe a frequência que troca as fraldas e o seu peso. Fralda muito leve indica pouca urina. Outro sintoma de desidratação nos bebês é a irritabilidade e recusa pelo leite materno.
2. Boa alimentaçãoManter a alimentação habitual é muito importante para não prejudicar a sua nutrição. Por muitos anos acreditava-se que uma dieta era necessário para tratar a diarreia, mas os estudos já demonstraram que manter a dieta normal, sem restrição, tem um melhor resultado.
Portanto, não deixe de se alimentar! Apenas procure as melhores opções dentro do que está habituado a consumir e faça pequenas refeições, mais vezes durante o dia.
- Prefira alimentos cozidos, grelhados ou assados.
- Pães, arroz, batata, macarrão e biscoitos de água sal ajudam a reter a água.
- Frutas mais indicadas são a maçã (sem casca) e a banana.
- Nos lacticínios, dê preferência aos desnatados.
- Evite comidas gordurosas e bebidas estimulantes como o mate, bebidas alcoólicas, refrigerante, café e leite integral.
A amamentação também deve ser mantida. O aleitamento materno protege o bebê de desidratação, de infecções e auxilia na recuperação da mucosa intestinal, mais rapidamente.
3. ZincoA reposição de zinco tem mostrado cada vez mais, a recuperação mais rápida da função intestinal. Portanto, é recomendado o uso de Zinco uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.
4. ProbióticosOs medicamentos probióticos podem melhorar os sintomas da diarreia viral, reduzindo o tempo da doença e o risco de internação, através do equilíbrio da flora intestinal.
No entanto, são muitas as opções de probióticos no mercado, o que dificulta essa indicação mais detalhada. Além disso, pesquisas apontam para uma piora da diarreia infecciosa, provavelmente pelo uso conjunto de antibiótico e probióticos.
Portanto, como ainda não existe um consenso sobre as opções e doses mais seguras de probióticos na diarreia, principalmente na infecciosa, recomenda-se uma avaliação médica antes de iniciar o medicamento.
5. AntibióticosO antibiótico está indicado nos casos de infecção, febre alta, sangue nas fezes ou diarreia prolongada. O remédio recomendado pelo Ministério da saúde atualmente é a Ciprofloxacina®. A dose e tempo de uso deve ser avaliada caso a caso.
6. AntidiarreicosOs medicamentos antidiarreicos, como a loperamida (Tiorfan®), só está indicado nos casos de diarreia crônica, sem sinais de infecção e na idade adulta.
Remédio caseiro para diarreiaO remédio caseiro mais eficaz para a diarreia é o soro caseiro, ou o soro de reposição oral já preparado e distribuído pelo Governo, nos postos de saúde do SUS. Esse preparado também pode ser encontrado nas farmácias para venda.
Conheça as três formas de preparar o soro caseiro com segurança nesse artigo: Quais os benefícios do soro caseiro?
Outras opções de remédio caseiro são:
- Água de coco
- Soro caseiro
- Chá de casca de maça
- Chá de camomila
- Chá de erva-doce
No preparo do chá, coloque a casca da maçã ou o envelope do chá escolhido na água fervida ainda quente, deixe descansar por alguns minutos e depois de coar, beba em pequenas quantidades durante o dia.
Evite os sabores de chá-preto, menta ou uso de açúcar, porque piora a diarreia.
Quais são as causas de diarreia?As viroses, consumo de água e alimentos contaminados, contato com objetos contaminados, como utensílios de cozinha e banheiro, ou ainda contato com pessoas contaminadas, são as causas mais comuns de diarreia.
Quando procurar um atendimento médico?- Presença de sangue ou muco nas fezes,
- Febre alta e dores abdominais,
- Vômitos repetidos,
- Sinais de desidratação (muita sede, boca seca e menor quantidade de urina),
- Não conseguir se alimentar, especialmente em crianças,
Na presença de diarreia com essas características e outros sintomas associados, procure um médico clínico geral ou médico de família.
Saiba mais sobre a diarreia infecciosa, também conhecida por disenteria:
7 Remédios eficazes e medidas caseiras para dor de barriga
O que é disenteria e quais os sintomas?
Referências:
- Ansari F, e cols. A systematic review and meta-analysis: The Effectiveness of probiotics for viral gastroenteritis. Curr Pharm Biotechnol. 2020 Apr 16.
- Ministério da Saúde do Brasil
A disenteriaé uma infecção intestinal caracterizada pela presença de diarreia com sangue nas fezes. É causada por bactérias (principalmente Shigella) e parasitas (ameba e giárdia) presentes no solo e que entram no aparelho gastrointestinal através da ingestão de água e alimentos contaminados, como verduras, frutas e legumes.
Os sinais e sintomas da disenteria podem incluir diarreia forte com sangue e/ou muco, febre, esforço para defecar, náuseas, vômitos, falta de apetite, fadiga, perda de peso, desidratação e cólicas intestinais. O tempo de duração dos sintomas é de cerca de 10 dias.
Geralmente quando a causa é por ameba, a dor abdominal é maior e as complicações podem ser mais graves, como abscesso no fígado.
A transmissão ocorre com a ingestão de água ou alimentos contaminados com esses parasitas, decorrente de uma má higiene na preparação dos alimentos. Por isso, é fundamental os cuidados de higiene pessoal e com a preparação de alimentos.
O tratamento da disenteria deve começar o quanto antes, já que os micróbios podem atingir outros órgãos, como fígado e pulmões, formando abcessos nos mesmos. A infecção também pode se generalizar pele corpo e causar forte desidratação.
Saiba mais em: Qual o tratamento para disenteria?
Para prevenir a disenteria, é necessário ter cuidados adequados de higiene na preparação e no consumo de alimentos, sobretudo os que são comidos crus, como frutas e hortaliças. A água usada para beber, cozinhar e lavar os alimentos deve ser tratada, fervida ou filtrada. Também é fundamental lavar bem as mãos antes de comer ou manipular alimentos.
Leia também:
Sim, temos a presença de diarreia quando ocorre um aumento do volume das fezes e diminuição da consistência, levando ao aumento no número de evacuações por dia, pode ainda acontecer de aumentar a quantidade de líquido eliminado junto com as fezes, que tornam-se mais aquosas.
Nesse tipo de situação é importante beber bastante líquido para manter-se hidratado e impedir o risco de desidratação, que ocorre mais frequentemente e é mais grave principalmente em crianças pequenas e idosos.
Além disso, é valido comer comidas leves e evitar a ingestão de alimentos que aumentem a motilidade intestinal como comidas gordurosas, leites e derivados. Evitar usar medicações para cessar a diarreia sem supervisão médica, pois podem piorar os sintomas.
Saiba mais em: Diarreia, o que fazer?
No caso de diarreia, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:
- Febre;
- Presença de muco ou sangue nas fezes;
- Diarreia persistente por mais de 7 dias;
- Diarreia ao longo de meses, crônica;
- Sintomas de palpitação, sudorese, dor abdominal intensa.
No caso de algum desses sintomas vale a pena procurar o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação.
Leia também:
A maioria dos casos de disenteria pode ser tratado com hidratação e uso de soro caseiro. Em alguns casos, é preciso usar antibióticos, principalmente se a pessoa apresentar febre e piora do estado geral. Para infecções causadas por parasitas como ameba ou giárdia, são usados medicamentos antiparasitários.
Raramente e apenas em casos de desidratação grave é preciso internação hospitalar para que o paciente receba hidratação venosa e tenha uma recuperação adequada.
A suplementação com zinco também é indicada para diminuir o tempo de duração da diarreia e evitar novos episódios.
Além dos medicamentos, é importante beber bastante líquidos para combater a desidratação, caso o tratamento seja feito em casa. O paciente deve ser visto pelo médico novamente 2 dias após o início da medicação. Se a pessoa continuar a apresentar diarreia com sangue nas fezes depois dessas 48 horas, ela deve ser internada.
O tratamento da disenteria deve começar o quanto antes, já que os micróbios podem atingir outros órgãos, como fígado e pulmões, formando abcessos nos mesmos. A infecção também pode se generalizar pele corpo e causar forte desidratação.
O soro de reidratação é oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) e vendido nas farmácias.
Como a transmissão ocorre com a ingestão de água ou alimentos contaminados com parasitas, as medidas de prevenção são importantes:
- Lavar bem as frutas, legumes e vegetais antes de comer;
- Beber água filtrada ou fervida;
- Lavar as mãos antes das refeições;
- Comer em locais que preparam os alimentos de forma higiênica.
Saiba mais em:
Não, estomatite não dá sono, diarreia e tosse. O principal sintoma da estomatite é o aparecimento de bolhas ou feridas (aftas) na mucosa da boca, podendo afetar ainda gengiva, língua, parte interna das bochechas, céu da boca e garganta.
Essas lesões são muito dolorosas e normalmente têm meio centímetro de diâmetro. Podem ser numerosas ou isoladas, podendo ainda sangrar em alguns casos.
A estomatite pode causar ainda outros sintomas, como:
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dificuldade ou dor para engolir sólidos e líquidos;
- Febre;
- Mau hálito;
- Aumento dos gânglios do pescoço;
- Irritabilidade;
- Insônia.
A criança pode apresentar sono, mas é provável que seja consequência da insônia ou do mal estar, uma vez que não é um sintoma característico da estomatite.
No entanto, diarreia e tosse não são esperados na estomatite e por isso devem ser investigados, principalmente a tosse e a diarreia, que podem indicar problemas mais graves.
Leia também: O que é estomatite e quais as causas?
Portanto, se o/a seu/sua filho/a está com estomatite e apresenta tosse e diarreia, o melhor é levá-lo/a ao/à médico/a pediatra para que seja diagnosticada a origem desses sintomas.