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Inchaço nos pés: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O inchaço nos pés ocorre devido ao acúmulo de líquido nos tecidos abaixo da pele e isso pode ter muitas causas. As mais comuns incluem: permanecer muito tempo em pé ou sentado, excesso de peso, idade avançada, gravidez, período menstrual. Porém, os pés inchados também podem ser sinal de doenças graves, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática.

Quais as causas de inchaço nos pés?Gravidez

Na gravidez, o inchaço nos pés é comum devido à retenção de líquidos que ocorre nesse período. Contudo, se o inchaço for excessivo e vier acompanhado de pressão alta, após a 20ª semana de gestação, pode ser sinal de pré-eclâmpsia e precisa de um acompanhamento cuidadoso durante o pré-natal.

Problemas renais

Pés inchados acompanhados de diminuição do volume de urina pode ser sinal de problemas renais. Nesse caso, o edema também pode afetar a face e a pessoa também pode apresentar fraqueza, náuseas e perda de peso.

Insuficiência cardíaca

Quando o inchaço nos pés tem como causa insuficiência cardíaca, pode haver falta de ar e palpitações. O edema normalmente começa nos tornozelos e pés e surge no final da tarde, progredindo para pernas e coxas, podendo chegar até à região genital.

Insuficiência venosa

Na insuficiência venosa crônica, o inchaço normalmente acomete de forma assimétrica os pés ou pernas, aumenta durante o dia e melhora com a elevação das pernas. Normalmente há presença de varizes e a pele das pernas pode ficar mais escura.

Trombose venosa profunda

Uma causa grave de pés inchados é a trombose venosa profunda, devido ao risco de embolismo pulmonar que podo levar à morte. Costuma atingir apenas um membro inferior e provocar calor e vermelhidão local, além de inchaço. As panturrilhas também podem ficar endurecidas.

Outras possíveis causas de inchaço nos pés:
  • Hipoproteinemia (redução da concentração de proteínas do sangue): O edema pode ser generalizado;
  • Cirrose hepática: Edema generalizado, com início na região abdominal, passando depois para as pernas;
  • Linfedema: Muitas vezes o edema afeta as duas pernas e sua principal característica é ser endurecido e não melhorar com a elevação dos membros;
  • Alergias: O edema também pode afetar a face;
  • Alterações hormonais (ciclo menstrual): Atinge tornozelos, pernas e mãos;
  • Uso de medicamentos anti-inflamatórios.
O que fazer para diminuir o inchaço nos pés?Elevar as pernas

Uma forma de aliviar o edema nos pés é elevar as pernas, pois ajuda o sangue a voltar para o coração. Para isso, a pessoa deve deitar-se de barriga para cima e deixar as pernas apoiadas sobre uma almofada grande, ou em qualquer outro apoio, de maneira que os pés fiquem acima do nível do coração. As pernas devem ficar elevadas durante 15 a 20 minutos.

Usar meias elásticas

Quem fica em pé por longos períodos pode usar meias elásticas, pois favorecem o retorno do sangue para o coração.

Repouso e menos sal

Fazer repouso e diminuir o consumo de sal também pode ajudar a aliviar o inchaço nos pés.

Movimentar pernas e pés

Durante uma viagem prolongada ou no trabalho, é importante levantar-se pelo menos a cada uma hora e movimentar as pernas e os pés. Esses cuidados ajudam a aliviar os pés inchados e previnem também a formação de coágulos.

Em caso de inchaço nos pés, consulte um médico clínico geral ou um médico de família para que a causa do edema seja devidamente diagnosticada e tratada.

Estou com os lábios inchados. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Lábios inchados podem ser um sinal alergia ou ter várias outras causas não alérgicas, como infecções, dermatites, doenças autoimunes e até mesmo câncer.

Quando a boca inchada é o resultado de uma reação alérgica, o inchaço normalmente desaparece depois de algumas horas ou ainda dias, espontaneamente ou após uso de medicamento anti alérgico. Contudo, as reações mais graves podem evoluir com anafilaxia (choque anafilático) e comprometer as vias aéreas, impedindo a respiração.

Nesses casos, além dos lábios inchados, a pessoa também sente coceira na boca, podendo haver dor e vermelhidão local.

O inchaço nos lábios também pode ser causado por fatores não imunológicos, como dermatites provocadas por agentes irritantes ou traumas, urticárias, radiação, obstrução de veias e linfedema.

Outras causas possíveis são a doença de Crohn, sarcoidose, queilite de Miescher, síndrome de Melkersson-Rosenthal, celulite, impetigo, hanseníase Virchowiana, tuberculose, hepatite B, doenças da glândula parótida, tumores, lúpus eritematoso discoide, esclerodermia, entre outras.

Como existem muitos fatores e causas que podem deixar os lábios inchados, sendo alguns deles bastante graves, é importante verificar quando a boca começou a inchar, o tempo de duração dos sintomas, se o inchaço vai e volta, se existe dor ou ainda outras manifestações.

Para receber um diagnóstico e tratamento adequado, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Também pode lhe interessar: Tenho a língua inchada: o que pode ser?

O que é e quais os sintomas de edema de glote?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O edema de glote é o inchaço desta estrutura, que fica localizada na laringe, e permite a entrada de ar para os pulmões, secundária a uma reação alérgica. Sendo assim, o principal sintoma do edema de glote é a falta de ar, que pode estar associada a edema dos lábios e da face, placas vermelhas e pruriginosas pelo corpo e arroxeamento das extremidades. Na presença destes sintomas, deve ser chamado um serviço de emergência, como o SAMU, telefone 192, ou deve ser procurado um pronto atendimento imediatamente. É uma condição grave, que necessita tratamento imediato, para evitar sequelas potencialmente graves.

No caso de suspeita de edema de glote:

  • chame o atendimento de emergência e monitore os sinais vitais da vítima (frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial, se possível);
  • se a vítima entrar em parada cardiorrespiratória, iniciar a reanimação imediatamente.

Leia também: O que fazer em caso de reação alérgica?

Existem algumas medidas para prevenção das reações alérgicas:

  • se você já teve uma reação alérgica grave (edema de glote, choque anafilático), converse com médico imunologista para carregar consigo um kit com adrenalina para auto-aplicação;
  • investigar as substâncias que podem ter desencadeado a reação alérgica e evitá-las (frutos do mar, picadas de insetos, etc);
  • carregar um cartão com informações sobre as alergias que você possui;
  • se for alérgico a algum alimento, sempre pergunte sobre a presença dele ou traços dele na comida que for ingerir;

O tratamento do edema de glote deve ser feito com administração de adrenalina e necessita monitorização em hospital.

O paciente que já teve reações alérgicas graves, deve fazer seguimento com médico imunologista.

Saiba mais em: Como identificar uma alergia a medicamentos?

Joelho inchado: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Joelho inchado é um sinal de extravasamento ou acúmulo de líquido na articulação. O inchaço pode ser decorrente de lesões no menisco ou ligamentos, tendinite, entorse, derrame articular (água no joelho), pancadas, sobrecarga por excesso de peso ou treino, artrose, entre outras causas.

Quando o joelho está inchado devido a traumas, lesões ou processos inflamatórios, é comum haver também dor, vermelhidão e aumento da temperatura local, que são os sinais clássicos de uma inflamação. 

Se o edema surgir após atividade física, sem um motivo aparente (traumas, entorses), e o joelho não estiver doendo, pode não ter ocorrido nada de grave e o inchaço tende a diminuir com o repouso. O joelho inchado nesses casos pode ser um sinal de uso excessivo da articulação.

Joelho inchado e doendo também pode indicar uma lesão de ligamento. As pancadas são as principais causas de lesões nos ligamentos mais externos; já os mais internos, sobretudo o cruzado anterior, são frequentemente lesionados nas torções de joelho em que o pé fica fixo no chão.

A ruptura parcial ou total de um ligamento dói intensamente e praticamente impede a pessoa de movimentar o joelho devido à dor.

Há também as lesões no menisco, que atua como uma espécie de amortecedor dos impactos entre os ossos do joelho. Esse tipo de lesão normalmente acontece por causas degenerativas relacionadas com a idade ou entorses de joelho durante a prática desportiva.

A tendinite é outra causa comum de inchaço no joelho. Trata-se de uma inflamação no tendão que ocorre principalmente devido ao esforço muscular contínuo e frequente, sobrecarga ou ainda desgaste articular.

No caso do joelho, os tendões mais afetados são o patelar, localizado logo abaixo da patela, na parte anterior do joelho, o quadricipital, que fica logo acima da patela, e o tendão da pata de ganso, localizado na parte medial anterior da tíbia (osso da canela).  

Os principais sintomas de tendinite no joelho incluem dor, inchaço, espessamento do tendão afetado, vermelhidão, aumento da temperatura local, dificuldade em movimentar a articulação e diminuição da força.

Veja também: Quais são os sintomas da tendinite?

O derrame articular, também conhecido como "água no joelho", deixa o joelho inchado devido ao acúmulo de líquido sinovial no interior da articulação. Esse líquido, semelhante a um gel, é produzido pelo organismo e serve para lubrificar, proteger e fornecer nutrientes à cartilagem.

Contudo, quando o líquido sinovial é produzido em excesso ou deixa de ser reabsorvido pela articulação, ele fica acumulado, causando inchaço no joelho. Dentre as principais causas de derrame articular no joelho estão as pancadas, sobrecargas articulares por uso excessivo, infecções e sinovite (inflamação da membrana que produz e absorve o líquido sinovial na articulação).

Leia também: Derrame articular, o que é?

Por fim, a artrose também pode ser colocada entre as principais causas de edema no joelho. Trata-se de uma doença que provoca uma perda progressiva da cartilagem da articulação, o que aumenta o atrito direto e o impacto entre os ossos. Os principais sintomas de artrose no joelho são dor, inchaço, rigidez, dificuldade em movimentar e deformidades articulares.

Em caso de joelho inchado, consulte o/a médico/a ortopedista para investigar a causa do inchaço e indicar o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?

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Meus lábios incharam de repente o que isso poderia ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A causa mais comum de edema no lábio é a reação alérgica. Outras causas possíveis são: infecções, dermatites, doenças autoimunes e até mesmo câncer.

Reação alérgica

O edema no lábio geralmente é originado por uma reação alérgica, que pode ser associada a algum alimento, bebida, picada de insetos, contato com substâncias irritantes e ainda, traumatismo ou exposição ao frio.

A reação alérgica costuma vir acompanhada de coceira local. A grande preocupação é que essa reação alérgica progrida e leve ao edema das estruturas internas da boca, o que poderia dificultar a respiração e causar risco de morte, o Angioedema ou edema de glote.

Por isso, se além do edema labial perceber edema na língua, coceira na garganta, tosse ou alteração no tom da voz, deve procurar imediatamente m serviço de emergência médica.

Entretanto, felizmente, a maioria dos casos de reação alérgica, evolui com melhora espontânea dentro de poucas horas.

Outras causas de edema labial

Nos casos de infecção, é normal que tenha se iniciado por uma ferida, e apresente além do edema sinais como coloração avermelhada, calor local, dor e pontos amarelados ou esbranquiçados (coleção de pus). Nessa situação deve procurar atendimento médico para iniciar tratamento com antibioticoterapia, evitando uma complicação grave de infecção na face, a celulite de face.

As dermatites e doenças autoimunes são situações menos preocupantes, mas que merecem toda atenção para que a causa seja definida e o tratamento possa ser iniciado. E o câncer, uma doença grave, mas lentamente progressiva, não costuma se apresentar de forma abrupta, geralmente uma lesão aparece pequena e vai aumentando gradativamente e não causa dor.

Procure um médico clínico geral, médico de família ou dermatologista para avaliação, diagnóstico e tratamentos adequados para cada caso.

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Alergia na pele: o que causa, tipos de alergia e como tratar.

Estou com o pé direito inchado e o outro não, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O inchaço em apenas um dos pés, pode significar um problema grave de circulação no sangue, como a presença de um coágulo interrompendo o fluxo sanguíneo em uma das pernas.

Pode ser também uma infecção de pele, um trauma, falta de atividades físicas, uso crônico de certos medicamentos ou mesmo o uso de roupas muito apertadas.

1. Trombose venosa profunda (TVP)

A TVP é a causa mais comum de inchaço em apenas um dos pés ou uma perna.

O seu aparecimento é súbito, ou seja, acontece de repente. Exemplos típicos dessa doença são: sentir subitamente uma dor forte na panturrilha de um lado apenas enquanto caminha ou dormir bem e acordar com edema em um dos pés. Associado ao edema sempre tem a dor, endurecimento da panturrilha ("batata da perna"), calor e vermelhidão.

A questão é que a TVP é uma situação de urgência, porque esse coágulo pode se soltar da parede do vaso que obstruiu a qualquer momento, seguir para os pulmões, e causar um quadro grave de tromboembolismo pulmonar (obstrução de uma artéria do pulmão), com consequente parada respiratória e risco de morte.

Por isso, na suspeita de uma TVP procure um serviço de urgência médica imediatamente.

Saiba mais sobre o assunto no link: Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?

2. Infecção de pele (Erisipela)

A erisipela é uma causa frequente de edema no pé apenas de um lado, causada por um machucado mau cuidado, picada de inseto ou manipulação inadequada das unhas, que permitiu a entrada de uma bactéria e infectou a camada mais superficial da pele.

A infecção é caracterizada por inchaço, vermelhidão, dor e calor local, em apenas um membro. Atinge um pé, ou toda a perna de um lado só.

Pessoas obesas, diabéticas, idosas ou com comprometimento do sistema linfático, têm mais riscos de desenvolver a doença.

A celulite é uma forma mais grave e profunda de infecção de pele, atingindo até o subcutâneo. O quadro é semelhante à erisipela, com edema, dor, calor e vermelhidão local, porém associado a outros sintomas sistêmicos, como febre alta, mal-estar e indisposição.

O tratamento é feito com antibióticos, oral ou venoso, dependendo da gravidade e extensão da ferida, e quando preciso, pode ser indicada drenagem cirúrgica.

Portadores de diabetes devem procurar feridas ou machucados nos pés constantemente, já que a sua sensibilidade nas extremidades, é menor, dificultando identificar uma ferida pequena nos estágios iniciais.

3. Trauma

O trauma local também é uma causa bastante comum.

Algumas vezes damos "topadas" com os pés, porque estão constantemente expostos a traumas, mesmo com o uso de sapatos, e podemos não perceber inicialmente que foi um trauma importante.

Nesse caso, o inchaço pode ter marcas avermelhadas do pequeno trauma, dor local, principalmente quando toca na região ou movimenta o pé. Não é comum o calor local ou dor na panturrilha do mesmo lado.

Se houver edema com manchas roxas, calor local e muita dificuldade em realizar os movimentos simples do pé, como levantar os dedos ou fazer o movimento de ponta do pé, pode sinalizar uma fratura ou fissura nessa região. Devendo procurar uma emergência para avaliação do ortopedista.

4. Falta de atividade física

A falta de atividade física regular, permanecer sentado por muito tempo ou sentar por cima de apenas uma perna, pode comprometer a drenagem linfática e circulação do sangue nesse membro, causando o acumulo de líquido e o inchaço. Nesses casos não é habitual a presença de calor ou vermelhidão local, apenas o edema.

Entretanto, o mais comum é que o edema seja igual em ambos os membros. Mesmo assim, essa causa deve ser pesquisada e se for o caso, procurar se movimentar a cada 1 ou 2 horas, auxiliando na circulação sanguínea e linfática das pernas e pés.

5. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, assim como a alimentação rica em sal, podem levar ao quadro de edemas, mas como a medicação atinge circula por todo o organismo, o inchaço costuma ser também dos dois lados, e de maneira simétrica.

Existe uma grande lista de medicamentos que com o tempo de uso podem causar edema nos pés, como alguns antihipertensivos, antidepressivos, medicamentos para doença de parkinson e anticoncepcionais orais combinados.

Informe sempre ao seu médico sobre as alterações e modificações que encontra no corpo, para que as medicações sejam avaliadas.

6. Uso de roupas apertadas

O uso de roupas apertadas, podem dificultar a circulação do sangue nas pernas, especialmente quando o uso é por tempo prolongado.

Pessoas com maior predisposição para a trombose, deve ter atenção em todos esses fatores. Manter uma atividade física regular, evitar roupas apertadas, evitar o uso de medicamentos como os anticoncepcionais orais combinados e se preciso, fazer uso de meias elásticas de média compressão regularmente.

7. Doenças crônicas

As doenças crônicas como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, artroses e doenças reumáticas também podem causar edema em apenas um dos pés ou uma perna, mas não é comum. O mais frequente é acometer os dois lados.

Sendo assim, na suspeita de trombose venosa profunda, procure uma emergência médica.

No edema em apenas uma das pernas, que dura dias, não causa dor, endurecimento da perna, calor ou vermelhidão local, procure o seu médico de família, para avaliação e tratamento direcionado.

Inchaço em ambos os pés

Quando o inchaço ocorre em ambos os pés ou pernas, as causas mais frequentes são as doenças sistêmicas, como a insuficiência cardíaca, problemas renais, reumáticos ou hepáticos.

Leia também: inchaço nos pés: o que pode ser e o que fazer?

O que fazer em caso de edema de glote?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

No caso de suspeita de edema de glote:

  • chame o atendimento de emergência e monitore os sinais vitais da vítima (frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial, se possível);
  • se a vítima entrar em parada cardiorrespiratória, iniciar a reanimação imediatamente.

A vítima deve ser levada imediatamente a serviço de emergência, onde será realizado o tratamento do edema de glote, que consiste em:

  • levar a vítima à sala de emergência;
  • monitorizar sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, saturação sanguínea);
  • administrar adrenalina endovenosa;
  • administrar corticoesteróides endovenosos, como hidrocortisona ou metilprednisolona;
  • administrar entihistamínicos endovenosos, como difenidramina;
  • fornecer oxigênio;
  • se houver sibilos associados, administrar inalação com beta-agonistas, como fenoterol;
  • na ausência de melhora com as drogas administradas, considerar intubação orotraqueal.

O tratamento do edema de glote deve ser feito em ambiente hospitalar e deve ser instituído o quanto antes, para evitar sequelas potencialmente graves.

Se o paciente já tiver tido edema de glote, deve procurar um médico imunologista para determinar o que desencadeou a reação alérgica e prevenir novos episódios.

Edema nas pernas: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O edema (inchaço) nas pernas pode ser sinal de muitas coisas diferentes, pois as suas causas são bastante variadas. Algumas delas:

  • Insuficiência cardíaca: Normalmente o edema afeta as duas pernas, tem início nos  tornozelos e surge no final da tarde, progredindo para pernas e coxas, podendo chegar à região genital;
  • Erisipela (infecção do tecido subcutâneo): O edema costuma afetar apenas uma perna e é acompanhado por calor e vermelhidão no local, além de sinais de infecção como febre e mal estar;
  • Insuficiência venosa crônica: Edema com predomínio em uma perna, aumenta durante o dia e melhora com a elevação das pernas. Normalmente há presença de varizes e a pele das pernas pode ficar mais escura;
  • Trombose venosa profunda: Costuma atingir uma das pernas. Calor e vermelhidão local são sintomas que acompanham o edema, podendo haver também um endurecimento das panturrilhas. É um quadro grave devido ao risco de embolismo pulmonar que podo levar à morte;
  • Linfedema: Muitas vezes o edema afeta as duas pernas e sua principal característica é ser endurecido e não melhorar com a elevação dos membros;
  • Doenças renais: O edema neste caso também pode acometer a face e vem acompanhado de fraqueza, náuseas e emagrecimento;
  • Hipoproteinemia (redução da concentração de proteínas do sangue): O edema pode ser generalizado;
  • Cirrose hepática: Edema generalizado, com início na região abdominal, passando depois para as pernas;
  • Medicamentos: Geralmente o edema está localizado no tornozelo e nas pernas, Muitas vezes é causado por medicamentos cardiovasculares;
  • Alergias: O edema também pode afetar a face;
  • Alterações hormonais (ciclo menstrual): Atinge tornozelos, pernas e mãos. 

O diagnóstico da causa exata do edema é feito através de exame clínico associado à história clínica da pessoa como o uso de medicamentos, presença de outros sintomas e doenças. O/a médico/a, se achar necessário, pode solicitar exames complementares como exames de sangue, eletrocardiograma, ultrassom abdominal, entre outros para complementar a avaliação.

O que pode causar edema de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O edema de língua pode ter muitas causas, que vão desde uma simples mordida na língua a doenças ou condições mais graves, como choque anafilático, infecções, entre outras.

Dentre as doenças ou desordens que podem causar edema de língua estão:

  • Alergias:

    • Alergia a picadas de inseto;
    • Alergia a medicamentos;
    • Alergia a alimentos;
    • Reação ou choque anafilático.
  • Fatores irritantes e traumas:
    • Mordedura da língua;
    • Queimaduras causadas por líquidos ou alimentos quentes;
    • Aparelhos dentários;
    • Cigarro ou fumo;
    • Álcool.
  • Doenças:
    • Glossite, uma doença causada por infecções bacterianas, virais e fúngicas, caracterizada por edema de língua e alteração da sua cor;
    • Infecção pelo vírus Herpes simplex;
    • Sífilis;
    • Síndrome de Melkersson-Rosenthal, uma doença neurológica rara cujos principais sintomas são edema orofacial, paralisia facial e língua fissurada;
    • Acromegalia, um tipo de distúrbio hormonal;
    • Síndrome de Beckwith Wiedemann, uma doença genética que provoca crescimento acima do normal, predisposição para tumores e malformações congênitas;
    • Síndrome de Down;
    • Angioedema hereditário, uma grave doença genética que causa inchaço da garganta e outras áreas do corpo;
    • Hipotireoidismo;
    • Linfangioma (malformações dos vasos linfáticos);
    • Neurofibroma oral (tumor benigno);
    • Deficiência de vitamina B3;
    • Anemia perniciosa;
    • Distúrbio da glândula pituitária;
    • Sarcoma (câncer de determinados tecidos do corpo, como ossos e músculos);
    • Câncer de língua.

Leia também: Quais são os sintomas do câncer de língua?

Para ajudar no diagnóstico, é importante verificar quando começa ou começou o edema na língua, o tempo de duração, se vai e volta e se existe também dor ou outros sintomas.

Em caso de edema de língua deve-se consultar o/a médico/a de família, otorrinolaringologista ou clínico/a geral, para que a causa do inchaço seja devidamente diagnosticada e tratada.

Saiba mais em: 

Como identificar uma alergia? Quais são os sintomas?

O que fazer em caso de reação alérgica?

Água no pulmão: quais as causas, sintomas e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O acúmulo de água no pulmão é uma condição conhecida como edema pulmonar.

Esse acúmulo anormal de líquido no pulmão causa dificuldade para respirar, pois, impede que as trocas gasosas sejam devidamente realizadas nos pulmões. A principal causa é o infarto agudo do coração, e os sintomas são de falta de ar e cansaço extremo.

O tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar. Quanto mais cedo for iniciado, maior a chance de recuperação completa do quadro. Se não for rapidamente tratada, a água nos pulmões pode levar ao óbito.

O que causa a água no pulmão?
  • Infarto agudo do miocárdio (IAM);
  • Doenças cardíacas que provoquem o enfraquecimento ou rigidez do miocárdio (músculo do coração), como doença de chagas e a cardiopatia alcoólica;
  • Defeitos nas válvulas cardíacas;
  • Hipertensão arterial (pressão alta);
  • Uso de certos medicamentos;
  • Exposição a grandes altitudes;
  • Insuficiência renal;
  • Danos pulmonares causados por gases tóxicos ou infecções graves.
Quais os sintomas de água no pulmão?

O acúmulo de água nos pulmões pode causar os seguintes sinais e sintomas:

  • Tosse com sangue ou “espuma” sanguinolenta (rosada);
  • Dificuldade para respirar, com piora na posição deitada;
  • Suor frio;
  • Chiado ou sons borbulhantes durante a respiração;
  • Dificuldade para falar frases completas, devido à dificuldade em respirar.

Outros sintomas do edema pulmonar podem incluir:

  • Ansiedade ou inquietação;
  • Diminuição do nível de consciência;
  • Inchaço no abdômen ou nas pernas;
  • Palidez.
Qual é o tratamento para água no pulmão?

O tratamento para casos de água no pulmão é quase sempre realizado em salas de emergência ou em unidade de terapia intensiva (UTI). Local de melhor suporte para esses casos, devido ao elevado risco de morte, se não for tratado imediatamente.

O tratamento deve ser iniciado ao mesmo tempo em que se procura a causa do problema, com suporte de oxigênio e medicamentos para eliminar o excesso de líquido dentro dos pulmões, são eles: oxigênio, respiração mecânica e medicamentos.

Os medicamentos usados no tratamento do edema pulmonar incluem diuréticos, para eliminar o excesso de líquido do corpo, além de medicamentos específicos que fortalecem o miocárdio, controlando os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

O edema pulmonar pode melhorar rapidamente ou lentamente, dependendo da causa. Algumas pessoas podem precisar de ventilação mecânica por um longo tempo. Sem tratamento, o acúmulo de água no pulmão pode levar à morte.

O médico cardiologista ou pneumologista, são especialistas capazes de diagnosticar e conduzir o tratamento do edema pulmonar.

Leia também:

Como identificar um infarto cardíaco? Quais são os sintomas?

Existe tratamento para coração inchado e água no pulmão?

Edema pulmonar: quais as causas e possíveis complicações?

Edema pulmonar: quais as causas e possíveis complicações?

O edema pulmonar é o acúmulo anormal de líquido nos pulmões, sendo o seu principal sintoma a falta de ar. O edema agudo de pulmão ocorre sempre que há extravasamento de líquidos para os alvéolos (pequenos sacos onde ocorrem as trocas gasosas) ou para dentro dos pulmões.

Para entender a formação do edema pulmonar, os seus sintomas e consequências, basta lembrar que muito próximo dos alvéolos pulmonares, que são saquinhos minúsculos onde ocorrem as trocas gasosas, estão vasos sanguíneos muito finos, chamados capilares, que levam e trazem os gases provenientes da respiração.

Quando há um extravasamento de líquido dos capilares para o alvéolo pulmonar ou mesmo para dentro dos tecidos do pulmão, as trocas gasosas ficam prejudicadas, já que o líquido impede a saída do gás carbônico e a entrada de oxigênio nos pulmões.

Por isso os casos de edema pulmonar caracterizam-se sobretudo pela falta de ar e dificuldade respiratória, sendo esses os seus principais sintomas.

Leia também: Quais são os sintomas do edema pulmonar?

Causas

As principais causas do edema pulmonar são as doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, infarto, doenças coronárias ou valvulares e insuficiência cardíaca congestiva. Todas elas podem provocar a saída de líquido dos capilares que resulta no edema.

Contudo, existem diversas doenças e condições que podem ser fatores de risco para o edema agudo de pulmão. Dentre elas estão asma grave e aguda, diabetes, obesidade, praticar atividade física em altitudes elevadas (acima dos 2.500 metros), pneumonia, inalação de produtos tóxicos, traumas no tórax, doenças que afetam o músculo do coração (miocardite, hipertrofia do miocárdio...), alcoolismo, infecções causadas por vírus, efeito secundário a medicamentos, arritmias, aumento súbito do volume sanguíneo, entre outras.

Apesar de poder ocorrer em qualquer idade, o edema pulmonar costuma afetar principalmente idosos, já que essas doenças estão mais presentes em pessoas nessa faixa etária.

Saiba mais em: Edema pulmonar tem cura? Como tratar?

Qual o tratamento para edema de língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para edema de língua depende da sua causa. Se o edema for devido a uma mordida na língua ou a machucados causados por aparelhos de dentes, por exemplo, o inchaço e a dor podem ser aliviados chupando um pedra de gelo ou comendo alimentos gelados, como sorvete.

No entanto, as causas para o edema de língua são muito variadas e podem incluir doenças ou situações graves que necessitam de tratamento médico especializado, como infecções, tumores, hipotireoidismo, choque anafilático, entre outras.

Veja também: O que pode causar edema de língua?

Se não for devidamente tratado, o inchaço na língua pode trazer complicações como:

  • Dificuldade para engolir;
  • Dificuldade para respirar, devido ao bloqueio das vias aéreas;
  • Desconforto.

Para determinar a origem do edema de língua deve-se consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou otorrinolaringologista, que poderão prescrever um tratamento adequando ou encaminhar para outro/a especialista.