Os valores de referência do PSA total variam conforme o laboratório, mas, em média, para homens com até 59 anos de idade, as taxas devem ficar abaixo de 4,0 ng/mL. Indivíduos entre 60 e 69 anos devem estar com um PSA total de no máximo 4,5 ng/mL. Já aqueles com idade igual ou superior a 70 anos, os valores não devem ultrapassar 6,5 ng/mL.
Contudo, é importante frisar que o valor do PSA total pode estar alto devido a outros fatores que não estão relacionados com câncer de próstata, tais como doenças, infecções ou procedimentos aos quais o homem foi submetido recentemente.
O que pode alterar o resultado do exame de PSA?Dentre os fatores que podem alterar o resultado do exame de PSA total estão o toque retal, massagem prostática, prostatite, infecção urinária, hipertrofia benigna da próstata, instrumentações uretrais, biópsia prostática e ejaculação recente.
Por exemplo, quando os valores do PSA total estão entre 4 e 10 ng/mL, pode ser difícil interpretá-los, já que esse aumento pode ter sido causado por uma hipertrofia benigna da próstata (quando a próstata aumenta de tamanho, mas não por câncer). Nesses casos, aconselha-se fazer a associação com o resultado do PSA livre.
A relação PSA livre / PSA total é menor nos pacientes com câncer. Isso significa que quando os valores de PSA livre são divididos pelos de PSA total, o resultado do cálculo costuma ser menor em quem tem câncer de próstata.
Os valores de referência para a relação PSA livre/PSA total não estão bem estabelecidos. Contudo, quando estão abaixo de 0,20, parecem se correlacionar com câncer de próstata, enquanto que valores acima de 0,20 parecem estar associados a doenças benignas.
O PSA, sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico, é uma substância produzida somente pela próstata. O exame de PSA serve para auxiliar o diagnóstico do câncer de próstata, associado ao toque retal e ultrassom, ou acompanhar pacientes com a doença já diagnosticada.
Para que o tratamento do câncer de próstata seja eficaz e capaz de curar o tumor, é necessário que a doença seja diagnosticada precocemente, quando o tumor ainda está localizado na próstata.
Quando a cápsula que envolve a próstata já está comprometida, assim como a área ao redor, os ossos e os gânglios, o tratamento pode não ser capaz de curar o tumor.
Em geral, o aumento do PSA nos casos de câncer de próstata ocorre progressivamente. Na suspeita de malignidade, é solicitada uma biópsia.
Quando realizar o exame de PSA?Caso estejam presentes os sintomas de dificuldade de urinar, diminuição da força do jato urina, aumento da frequência urinária, o PSA deve ser solicitado como exame de investigação inicial do câncer de próstata.
Atualmente, alguns órgãos como a US Preventive Service Task Force e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) não recomendam a realização do exame de PSA como forma de rastreio do câncer de próstata rotineiramente. A recomendação atual é de que o paciente converse com o médico sobre os riscos e benefícios de se submeter ou não ao rastreamento.
Isto porque não há evidência científica até o momento de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos.
A realização do PSA como exame de rastreamento sem critérios leva a um aumento de sobrediagnóstico, induz o excesso de procedimentos terapêuticos. que podem levar a danos e efeitos adversos permanentes. Sendo que alguns tipos de câncer não evoluem de forma agressiva e não colocariam a vida do paciente em risco. Entre os possíveis danos do tratamento estão a disfunção erétil, incontinência urinária e sintomas intestinais.
Portanto, antes de realizar o exame indiscriminadamente é importante consultar um médico para maiores orientações.
A análise isolada do exame de PSA não permite o diagnóstico de doença prostática. É necessária correlação com a história e o exame físico do paciente e muita vezes a realização de outros exames complementares.
Para maiores esclarecimentos consulte um médico de família e comunidade, ou um clínico geral. Em casos de diagnóstico de câncer de próstata o seguimento deve ser realizado por um médico urologista.
Retirar a próstata (prostatectomia total) pode causar impotência. Os riscos variam entre 30 e 100% e dependem da idade, do estágio do câncer de próstata, do tamanho do tumor e também de como estava a função erétil antes da cirurgia.
Na maioria dos casos, a dificuldade de ter uma ereção melhora com o tempo. Homens com mais de 65 anos apresentam cerca de 30% de chance de voltarem a ter o mesmo nível de ereção que possuíam antes de retirar a próstata. Já em indivíduos com menos de 60 anos as chances de recuperação são de 60 a 70%.
Há ainda fatores como diabetes, hipertensão arterial, aterosclerose, taxas de colesterol elevadas, tabagismo e problemas cardíacos que também influenciam a disfunção erétil após a cirurgia. Pacientes que já apresentavam algum tipo de impotência antes de retirar a próstata tendem a ter o quadro agravado.
No entanto, na maioria dos casos, a dificuldade de ereção após a retirada da próstata tende a melhorar com o passar do tempo, embora esse tempo varie bastante, podendo chegar a 18 meses.
Por isso, os urologistas geralmente recomendam o uso de medicamentos via oral, injeções intracavernosas e próteses à vácuo.
Durante esse período, é importante que o paciente procure ter relações frequentemente, pois isso tende a acelerar a melhora da disfunção erétil. Geralmente, se o problema persistir por 1 ano, o médico urologista pode recomendar a cirurgia de implante de prótese peniana.
Normal. Os valores apresentados estão dentro dos limites de normalidade.
O que é importante ressaltar, assim como está descrito nas notas abaixo, é que trata-se de um exame de rastreio, que não é capaz de descartar ou confirmar em 100% uma suspeita diagnóstica, ele deverá ser avaliado pelo médico que o solicitou em conjunto com: exame clínico, exame laboratorial e quando houver necessidade, exames de imagem.
O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é o exame de rastreio utilizado para avaliação da próstata. É um exame simples, realizado através de uma análise de sangue. Quando os valores estão aumentados, sinaliza uma possível anormalidade na próstata.
Mas quando está normal, não descarta totalmente uma doença nesse órgão. Precisa ser realizado todo o protocolo já bem estudado e estipulado de exames, de acordo com a idade, história clínica, hábitos de vida e história familiar do homem.
Veja também: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?
De acordo com a sociedade brasileira de urologia e o Instituto nacional do câncer (INCA), os exames de rastreio para o câncer de próstata atualmente estão recomendados para todos os homens a partir dos 50 anos de idade, e para aqueles considerados de alto risco e muito alto risco, 45 e 40 anos respectivamente.
O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente na população masculina em todo o mundo, e no Brasil. O seu diagnóstico precoce reduz significativamente a mortalidade por essa doença, portanto é de extrema importância manter o acompanhamento com urologista e seguir todas as recomendações oferecidas pelos especialistas.
Os principais sintomas do câncer de próstata são a dificuldade para urinar e o aumento da frequência urinária durante o dia ou durante a noite. Na fase avançada, pode haver ainda dor nos ossos, dor lombar, sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outras manifestações.
Contudo, o câncer de próstata não costuma causar sinais e sintomas na fase inicial, já que, na maioria dos casos, o tumor tem evolução lenta e silenciosa. Grande parte dos tumores malignos de próstata cresce muito lentamente, podendo demorar quinze anos para chegar a 1 centímetro.
Por isso, muitas vezes a doença nem chega a manifestar sintomas ou trazer graves riscos à saúde e o paciente frequentemente vai a óbito por razões não relacionadas ao tumor. Porém, em alguns casos, o câncer pode crescer rapidamente e se disseminar para outros órgãos (metástase), podendo levar à morte.
Dificuldade para urinarA próstata é uma glândula que envolve a porção inicial da uretra, que é o canal da urina. Está localizada em frente ao reto (porção final do intestino grosso) e abaixo da bexiga.
Portanto, com o crescimento do tumor, o jato de urina fica mais fraco, a micção é feita em gotas ou em jatos (dois tempos) e é preciso fazer força para manter o jato de urina. Depois de urinar, o homem fica com a sensação de que a bexiga não esvaziou completamente.
O paciente geralmente apresenta dificuldade para começar e interromper a micção, daí ser frequente o gotejamento após o ato de urinar.
Aumento da frequência urináriaOutro sintoma muito comum do câncer de próstata é o aumento da frequência urinária, sobretudo noturna, levando o paciente a acordar várias vezes para ir ao banheiro durante a noite. Também pode haver urgência urinária, que é a necessidade urgente de urinar.
Quais os outros sinais e sintomas do câncer de próstata?À medida que o tumor continua crescendo, pode ocorrer dor na coluna lombar, dor pélvica, presença de sangue na urina, insuficiência renal, inchaço no saco escrotal e nas pernas.
A dor nos ossos é sentida principalmente no quadril, na coluna e nas costelas e está associada ao alastramento do câncer ao tecido ósseo. Dor durante a passagem da urina, ao ejacular ou nos testículos é rara.
Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?RaçaSabe-se que homens de raça negra têm mais chances de desenvolver câncer de próstata e manifestar as formas mais agressivas da doença. A razão para essa diferença ainda não é conhecida.
IdadeOs riscos de câncer de próstata aumentam com a idade, sendo que a maior parte do homens afetados tem mais de 65 anos de idade.
História de câncer de próstata na famíliaHomens que têm pai ou algum irmão que tem ou já tiveram câncer de próstata possuem mais chances de desenvolver esse tipo de tumor, sobretudo os mais agressivos.
O risco de câncer de próstata para esses homens é ainda maior se o familiar teve a doença antes dos 55 anos ou se vários familiares já tiveram essa forma de câncer.
ObesidadeO excesso de peso é outro fator de risco para desenvolver câncer de próstata, especialmente os que crescem rapidamente.
Sedentarismo e má alimentaçãoA falta de atividade física e de vegetais na alimentação aumenta os riscos de câncer de próstata, mesmo que o peso corporal esteja dentro do normal.
Qual é o tratamento para câncer de próstata?Quando o câncer de próstata está localizado, as chances de cura são maiores. Nesses casos, o tratamento pode ser feito por cirurgia e radioterapia.
Quando o câncer de próstata está localizado, porém avançado, ou seja, já ultrapassou o limite da glândula, o tratamento pode ser feito por meio do bloqueio do hormônio masculino testosterona, associado à cirurgia ou radioterapia.
Em caso de metástase, ou seja, quando o câncer de próstata já se disseminou para outros órgãos e tecidos, o tratamento pode ser feito através do bloqueio do hormônio testosterona. Isso porque as células cancerosas são estimuladas por esse hormônio. Ao bloquear a ação do mesmo, o tumor, esteja ele localizado em qualquer parte do corpo, pode regredir e não evoluir.
Quando a terapia hormonal não produz resultados, o tratamento do câncer de próstata é feito com quimioterapia.
CirurgiaA cirurgia para câncer de próstata consiste na retirada completa da próstata, vesículas seminais e gânglios linfáticos eventualmente afetados. Após a retirada da glândula, a bexiga é ligada à uretra por meio de pontos. Depois, uma sonda que sai pelo canal da uretra drena a urina. A sonda é mantida durante 5 a 14 dias.
Durante o procedimento cirúrgico, os nervos responsáveis pela ereção, que se localizam muito próximos à próstata, podem ou não ser preservados. A preservação dos nervos depende sobretudo do tumor ter ou não invadido os nervos.
A cirurgia para câncer de próstata pode ser feita pela via abdominal convencional (aberta), por laparoscopia ou pela via perineal (região entre ânus e genitais).
Na via abdominal, é feito um corte no abdômen que vai do umbigo ao osso púbico.
A cirurgia por laparoscopia, são feitos 4 ou 5 pequenos cortes de 5 a 10 mm no abdômen. Depois, é injetado gás por esses orifícios para favorecer a visualização da cavidade abdominal. A seguir, o laparoscópio é inserido por um desses furos e fornece imagens através de uma microcâmera.
Já na via perineal, a incisão (corte) é feita entre o saco escrotal e o ânus, fornecendo um acesso direto à próstata. Essa forma de procedimento cirúrgico pode limitar a retirada de gânglios linfáticos que possam estar afetados pelo tumor.
RadioterapiaO tratamento com radioterapia consiste na aplicação de radiação na próstata. A radiação pode ser aplicada externamente ou através do implante de sementes radioativas diretamente na próstata.
No caso de suspeita de câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes. Os exames de rastreamento podem ser realizados a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos para homens histórico familiar de câncer de próstata.
A biópsia da próstata é feita através da retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão, que é então avaliada ao microscópio para detectar doenças. A biópsia da próstata é normalmente indicada quando há suspeita de câncer de próstata após uma avaliação clínica e laboratorial.
O procedimento é geralmente realizado pela via transretal (ânus-reto) e pode ser efetuado no próprio consultório médico, com o paciente acordado e com anestesia local.
Para fazer a biópsia da próstata, o paciente deita-se de lado e é introduzida uma sonda de ultrassom no ânus, semelhante àquelas usadas nas ultrassonografias transretais da próstata, porém, com uma agulha de biópsia acoplada.
Quando o exame é feito com anestesia, praticamente não causa dor, embora possa ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.
Com o ultrassom, o médico consegue identificar a próstata e localizar o nódulo suspeito, inserindo a agulha no ponto exato para a coleta do material. Além dos locais suspeitos, o urologista também costuma tirar pelo menos mais seis amostras difusas de tecido prostático para aumentar a probabilidade de se obter uma amostra positiva.
Quanto maior o volume da próstata, mais amostras podem ser retiradas. Normalmente, o procedimento não dura mais do que 10 minutos e o paciente pode ir para casa logo após. O resultado normalmente leva uma semana para ficar pronto.
Pode acontecer do paciente ter um câncer de próstata e este não ser identificado pela biópsia. Caso o tumor não seja muito grande, a agulha pode não alcançá-lo, sendo obtidas apenas amostras de tecido sadio. Se o quadro clínico for muito sugestivo de câncer e a biópsia apontar apenas tecido saudável, o urologista pode decidir repeti-la.
Quando a biópsia é repetida, o médico pode optar pela chamada biópsia de saturação, em que são obtidas entre 12 e 24 amostras da próstata. Assim, a chance de se pegar uma área afetada por células malignas aumenta consideravelmente.
A biópsia da próstata também pode ser feita pela via transuretral (pela uretra, canal do pênis) ou transperineal (pelo períneo, região entre o ânus e a bolsa escrotal). No entanto, ambas as vias geralmente só são usadas em casos especiais.
As principais informações que levam o urologista a indicar uma biópsia são: presença de sintomas preocupantes, um exame de PSA aumentado, um toque retal que indique tumoração ou irregularidades da próstata ou uma ultrassonografia que detecte um nódulo suspeito.
Veja também: Como é feito o exame de próstata?
Que cuidados devo ter antes da biópsia de próstata?A biópsia da próstata aumenta o risco de infecção urinária, por isso, é comum o urologista solicitar um exame de urina antes da biópsia. Se o paciente apresentar bactérias na urina (urocultura positiva), a biópsia não é realizada e o paciente deve fazer um tratamento com antibióticos durante 5 a 7 dias para esterilizar a urina.
Mesmo com resultado negativo, é recomendado o uso de pelo menos uma dose do antibiótico uma hora antes do procedimento. É comum também a prescrição de antibióticos durante alguns dias após a biópsia.
Alguns urologistas recomendam a lavagem intestinal com um enema, em casa, no dia do procedimento, embora esta conduta não seja essencial e nem todos os médicos a indicam. Também é indicado jejum de pelo menos 4 horas.
A biópsia é um procedimento que sangra, portanto, os pacientes não devem estar tomando medicamentos que inibem a coagulação. O paciente deve informar o médico se estiver usando medicações como Clopidogrel, Ticlopidina, Aspirina, anti-inflamatórios ou Varfarina, pois a maioria dos urologistas prefere suspender esses medicamentos dias antes da biópsia.
Que cuidados devo ter depois da biópsia de próstata?Após a biópsia o paciente pode ir para casa. Deve-se evitar atividades físicas e atividade sexual até o dia seguinte. Como alguns médicos optam por uma sedação leve antes da biópsia, não é indicado dirigir após os procedimentos.
É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias. Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.
Se houver muito sangramento urinário ou retal ou se o mesmo persistir por mais de 3 dias, o médico deve ser consultado. A retenção urinária é outro sinal de complicação. Se depois da biópsia o paciente tiver vontade de urinar, porém não conseguir, deve-se contactar o urologista. Se a dor se agravar com o passar dos dias ou ocorrer febre, podem ser sinais de possíveis complicações.
Saiba mais em: Biópsia de próstata: Quais são os riscos e as complicações?
Consulte regularmente seu médico urologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
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O exame da próstata é realizado através de toque retal e exame de PSA. Para se investigar suspeita de câncer de próstata a combinação do toque retal com o exame de PSA é a forma mais eficaz de avaliar a próstata.
No entanto, esses exames não apresentam uma precisão muito alta, por isso em alguns casos podam ser necessário também a realização do ultrassom ou outros exames complementares.
O exame de toque é feito em consultório pelo médico. O médico insere o dedo indicador, protegido por luva, no ânus e palpa a região posterior da próstata. É um exame indolor, embora possa causar algum desconforto na região.
Esse procedimento demora poucos segundos e serve para detectar alterações na próstata, como endurecimento e forma irregular, que podem indicar a presença de algum tumor.
O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida exclusivamente pela próstata. O seu nível fica consideravelmente alto em casos de câncer, com valores superiores a 2,5 ng/ml.
Contudo, os níveis de PSA também podem estar elevados em indivíduos com prostatite (inflamação da próstata), infecção ou crescimento benigno da próstata. Portanto, PSA alto não significa necessariamente presença de câncer na próstata.
Saiba mais em: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?
Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia. O exame de ultrassom é feito através do ânus e permite visualizar lesões cancerosas na próstata.
O diagnóstico do câncer de próstata é confirmado através de biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido do órgão que é avaliada ao microscópio.
Veja também: Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?
Vale ressaltar que nem todos os homens precisam realizar o exame de próstata rotineiramente se não estiver a apresentar sintomas ou pertença a algum grupo de risco para o câncer de próstata.
Por isso, para esclarecer mais dúvidas e avaliar se é ou não necessário realizar o exame de próstata converse com o seu médico de família, ou clínico geral. Em situações de diagnóstico de câncer o segmento é realizado pelo médico urologista.
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Prostatite é uma inflamação ou infecção na próstata. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir líquidos liberados durante a ejaculação. Os principais sintomas da prostatite são a dor e a dificuldade para urinar. Porém, a prostatite pode ser aguda ou crônica e cada uma delas apresenta um conjunto de sintomas diferentes.
Os sintomas da prostatite aguda são intensos e geralmente se manifestam de forma súbita. Por outro lado, na prostatite crônica os sintomas podem ser leves, intermitentes (vão e voltam) e surgir subitamente ou aos poucos, ao longo de semanas ou meses.
Quais são os sintomas da prostatite? Sintomas de prostatite agudaNa prostatite aguda, o paciente pode ter:
- Febre;
- Calafrios;
- Dor ao urinar;
- Urina concentrada e turva;
- Dor muscular;
- Dor na região genital.
Na prostatite crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sintoma, enquanto outros podem ter:
- Dor ou ardência ao urinar;
- Dificuldade para começar a urinar;
- Jato de urina mais fraco que o normal ou com interrupções;
- Aumento do número de micções, inclusive durante a noite;
- Sensação de que a bexiga não esvazia completamente depois da micção;
- Dor ou desconforto na porção inferior da coluna lombar, na região entre o ânus e o saco escrotal, na parte inferior do abdômen ou nas virilhas;
- Urgência para urinar;
- Dor ou leve desconforto ao ejacular ou após a ejaculação;
- Diminuição do volume de urina;
- Dor na região genital ou no pênis;
- Febre baixa.
Na maioria das vezes, a prostatite aguda é causada por bactérias. A infecção pode ter início quando bactérias que estão na urina ou no intestino chegam à próstata. Quando o tratamento com antibióticos não é suficiente para eliminar todas as bactérias e a infecção torna-se recorrente ou difícil de tratar, a prostatite é considerada crônica.
Além das infecções bacterianas, a próstata também pode ficar inflamada em casos de imunidade baixa, distúrbios do sistema nervoso e lesões na próstata ou na área ao redor. A prostatite também pode ter causa desconhecida.
Os fatores de risco para desenvolver prostatite incluem infecção urinária recente, episódio anterior de prostatite, uso de cateter, realização de cistoscopia (exame do interior da bexiga), infecções sexualmente transmissíveis e lesões causadas ao andar de bicicleta ou a cavalo.
Prostatite tem cura? Qual é o tratamento?Prostatite tem cura. Contudo, a prostatite bacteriana crônica pode ser difícil de tratar e, mesmo após o tratamento, o risco da infecção voltar a aparecer é alto. O tratamento da prostatite é feito com medicamentos antibióticos, analgésicos e laxantes.
Os antibióticos normalmente são usados durante 4 semanas e são específicos para a bactéria que causou a infecção. Os analgésicos, como paracetamol, ibuprofeno ou outros de ação mais forte, servem para controlar a dor e a febre. Já os laxantes são usados para amolecer as fezes e aliviar a dor causada pela passagem do bolo fecal pelo intestino.
Os casos de prostatite aguda normalmente são curados com o tratamento adequado com antibióticos. Porém, é muito importante seguir o tratamento até o fim para evitar recaídas e para que a prostatite não se torne crônica.
O médico urologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da prostatite.
As principais complicações resultantes da biópsia de próstata são as infecções e os sangramentos. Os riscos da biópsia prostática incluem ainda dor, febre, desmaio, abscesso, queda de pressão, ardência e retenção urinária.
As complicações imediatas mais comuns da biópsia da próstata são o sangramento retal e a presença de sangue na urina. Dentre as possíveis complicações tardias estão febre, presença de sangue no esperma, dor ou ardência ao urinar, infecção urinária e, raramente, infecção generalizada.
É normal o paciente sentir um pouco de dor na região pélvica e haver um pequeno sangramento pelo ânus. Também é comum haver uma pequena quantidade de sangue na urina e no esperma durante alguns dias.
Outro achado não preocupante é uma mudança de cor do esperma por algumas semanas, ficando este geralmente mais claro ou sanguinolento.
A presença de um ou mais dos seguintes sinais pode indicar uma possível complicação:
⇒ Sangramento urinário ou retal abundante ou que persiste por mais de 3 dias;
⇒ Retenção urinária: vontade de urinar e não conseguir (Veja também: O que pode causar retenção urinária?);
⇒ Agravamento da dor ou febre.
Se algum desses sinais e sintomas for observado, o médico urologista deve ser contactado.
Saiba mais em:
A diferença entre HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) e câncer é que a HPB é um aumento de tamanho benigno (não-canceroso) da próstata, enquanto que o câncer de próstata é um tumor maligno que pode se espalhar para outros órgãos.
A HBP é o tumor benigno mais frequente entre os homens, sendo observado em mais de 40% dos indivíduos com idade superior a 50 anos e em cerca de 75% dos homens com mais de 70 anos de idade.
É, portanto, uma condição bastante comum. Não é um tipo de câncer, não apresenta relação com o câncer de próstata, nem aumenta as chances de desenvolvimento do mesmo.
A próstata é uma glândula que envolve a uretra e está presente apenas nos homens. À medida que o homem envelhece, a próstata cresce lentamente (hiperplasia benigna) comprimindo a uretra. Isso provoca dificuldade de urinar além de complicações como infecções e falência da bexiga, se não for tratada.
Por outro lado, o câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens e é uma doença bem diferente da HPB. O tumor desenvolve-se quando as células da próstata multiplicam-se e crescem descontroladamente, podendo invadir órgãos e tecidos vizinhos ou distantes da próstata.
Quais são os sintomas da HPB?A hiperplasia benigna de próstata provoca dificuldade para urinar, deixa o jato de urina mais fraco e aumenta a frequência urinária, com intervalos mais curtos entre as micções e pouco volume de urina. Também é comum acordar várias vezes para urinar à noite.
A HPB geralmente surge em homens com mais de 40 anos. Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem: interrupção do jato de urina, hesitação para urinar, gotejamento, incontinência urinária, esvaziamento da bexiga, urgência para urinar, dor acima do púbis, entre outros.
Quais são os sintomas do câncer de próstata?O câncer de próstata provoca dificuldade para urinar e aumenta a frequência urinária diurna e noturna, ou seja, o paciente sente vontade de urinar com frequência de dia e de noite.
Na fase avançada do câncer de próstata, outros sintomas podem estar presentes, como dor nos ossos, dor na coluna lombar, presença de sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outros sinais e sintomas.
Contudo, a grande maioria dos tumores malignos de próstata cresce de forma tão lenta que não manifestam sinais e sintomas durante a vida. Nas fases iniciais, a doença não manifesta sinais e sintomas.
Alguns tumores malignos de próstata podem levar 15 anos para chegar a ter 1 cm de diâmetro. Por isso, é comum o câncer de próstata não manifestar sintomas no início. Porém, há casos em que o tumor cresce rapidamente e pode se disseminar para outros órgãos (metástase) causando agravamento do quadro.
Uma vez que o homem pode desenvolver HPB e câncer de próstata ao mesmo tempo, é sempre importante consultar o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família para um diagnóstico e tratamento adequado na presença de sintomas.
O repouso é aconselhável após a biópsia. Os primeiros dias após a biópsia da próstata pode haver saída de pequena quantidade de sangue pelo esperma, pela urina ou por via retal. Com o tempo ocorre a cicatrização do local da biópsia e a melhora dos sintomas.
Outros sintomas que podem acontecer após a biópsia prostática são dor na região e eventualmente dificuldade para urinar.
Quando devo procurar um médico após a biópsia de próstata?É muito importante estar atento a sinais de alarme que quando presentes devem levá-lo a procurar um urologista, estes sinais são a incapacidade de urinar, sangramento prolongado que não melhora com o tempo, febre e dor intensa e persistente.
Estes sinais podem indicar uma possível infecção, por isso, devem ser avaliados por um médico.
Na maioria dos casos pode-se voltar as atividades habituais logo após a biópsia, no entanto, muitos médico recomendam evitar atividade física e esforço físico durante alguns dias
Como é feita a biópsia de próstata?A biópsia de próstata é um procedimento médico caracterizado pela retirada de pequena quantidade de tecido prostático através de uma agulha guiada por ultrassom. O exame é feito sob anestesia e é indolor, embora possa causar algum desconforto.
Esse exame está indicado na situação de suspeita de câncer de próstata, quando por exemplo é encontrado um nódulo ou observa-se alterações na consistência da próstata. Quando o paciente apresenta exames anteriores alterados como um PSA muito elevado e alterações no ultrassom da próstata, também está indicada a realização da biópsia.
Para mais informações consulte o seu médico urologista.
Leia também: 7 causas de esperma grosso e como resolver
Próstata aumentada, na maioria dos casos, é um sinal de hiperplasia benigna da próstata. Essa hiperplasia é um crescimento benigno da glândula, observado em praticamente todos os homens com mais de 40 anos de idade. A hiperplasia benigna não é câncer e não aumenta os riscos de câncer de próstata.
Aos 50 anos, cerca de metade dos homens apresentam próstata aumentada, um índice que atinge os 90% em indivíduos na faixa dos 80 anos. Boa parte desses homens convive com isso sem maiores problemas.
No entanto, em alguns, esse processo gradativo de aumento do tamanho da próstata pode causar obstrução do fluxo urinário, que pode levar à falência da bexiga e retenção da urina, o que aumenta o risco de infecções.
Uma vez que a saída da urina torna-se mais difícil, já que a próstata aumentada pode comprimir a uretra, os músculos da bexiga ficam mais volumosos e fortes para conseguir eliminar a urina.
Quais são as causas da hiperplasia benigna da próstata?As causas da hiperplasia benigna da próstata não estão bem definidas. O aumento de volume da próstata parece estar relacionado com alterações hormonais que ocorrem com o envelhecimento.
Os hormônios envolvidos com esse aumento da próstata são a testosterona, produzida pelos testículos, e a di-hidrotestosterona, produzida pela próstata
Os estrógenos, que são hormônios sexuais femininos, também podem estar envolvidos na hiperplasia benigna de próstata, pois os homens produzem pequenas quantidades desses hormônios.
Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da hiperplasia benigna de próstata incluem história familiar de hiperplasia de próstata, obesidade, sedentarismo, pressão alta, diabetes, taxas baixas de colesterol “bom” (HDL), doença arterial periférica, tabagismo e dieta inadequada.
Contudo, o principal fator de risco para o aumento de tamanho da próstata é a idade, uma vez que mais de 50% dos homens com 60 anos apresenta algum grau de hiperplasia benigna de próstata.
Quais são os sintomas da próstata aumentada?Os sintomas da hiperplasia benigna da próstata são decorrentes da obstrução do fluxo urinário devido ao aumento de volume da glândula e incluem jato de urina mais fraco, vontade de urinar constantemente em intervalos mais curtos (com volumes de urina menores), acordar à noite para urinar várias vezes.
No início, há uma dificuldade de iniciar a micção ou uma sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente depois de urinar.
Uma vez que a bexiga continua com urina após a micção, o homem sente vontade de urinar com mais frequência, principalmente durante a noite e com urgência.
Como esse processo vai acontecendo gradualmente ao longo dos anos, o indivíduo acha que é normal e demora a identificar os sintomas.
À medida que a obstrução vai aumentando, o paciente pode começar a apresentar incontinência urinária e urgência miccional (perda involuntária de urina se não urinar rapidamente).
O volume de urina fica mais reduzido, assim como a força do jato de urina, podendo ficar uma gota ao final das micções. Se a próstata estiver muito aumentada, a bexiga pode ficar cheia para além das suas capacidades, causando incontinência urinária.
Em alguns casos de hiperplasia benigna de próstata, o esforço para urinar é tanto que pode aparecer sangue na urina. Se a obstrução da uretra pelo aumento da próstata for completa, torna-se impossível urinar, o que provoca uma dor aguda muito forte na porção inferior do abdômen.
Se houver sensação de ardência ao urinar ou febre, pode haver uma infecção urinária instalada na bexiga (cistite).
Ao permanecer na bexiga, a urina pode levar à formação de cálculos urinários, que provocam dor ao ser eliminados.
Em casos raros, em que o tratamento não é realizado, o resíduo de urina que permanece na bexiga começa a aumentar a pressão sobre os rins, podendo gerar lesões renais.
Qual é o tratamento para a próstata aumentada?A próstata aumentada requer tratamento apenas quando o paciente apresenta dificuldade para urinar. Existem medicamentos que podem diminuir o tamanho da glândula, mas não são capazes de garantir a ausência de futuras complicações. A cirurgia é necessária em cerca de 20% dos casos.
O tratamento da hiperplasia benigna da próstata é feito com medicamentos específicos que atuam sobre o tamanho da próstata. Em alguns casos, pode haver necessidade de cirurgia.
Também podem ser indicados medicamentos que relaxam a musculatura da bexiga, aliviando a obstrução ao fluxo de urina.
Na presença de infecção urinária, são prescritos medicamentos antibióticos.
Quando os sintomas da hiperplasia benigna de próstata interferem na qualidade de vida do paciente e a medicação não é capaz de controlar o quadro, a cirurgia pode ser a melhor opção de tratamento.
O procedimento cirúrgico consiste na retirada de uma boa parte da próstata, sendo feito na maioria das vezes com o uso de um endoscópio pela via retal. Porém, em alguns casos, a cirurgia precisa ser realizada pela via abdominal.
O diagnóstico e o tratamento da próstata aumentada pode ser feito com o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família.
Não. Não existe relação descrita de aumento de PSA pelo uso de antibióticos, entretanto várias outras situações podem prejudicar o exame, vale ressaltar alguns cuidados, como:
- Não andar de bicicleta ou moto dias antes do exame,
- Não ter relação um dia antes do exame,
- Evitar roupas apertadas,
- Jejum de 4h e
- Não usar supositório ou realizar exames como colonoscopia nem sondagem vesical 7 dias antes.
Seguindo todos os cuidados e mesmo assim o valor estiver acima de 4,0 ng/ml, alguns serviços optam por: Repetir o exame, após 4 semanas, sobretudo para valor abaixo de 10 ng/ml, em homens sem queixas e sem fatores de risco e/ou iniciar antibioticoterapia como prova terapêutica, ou seja, tratar como se fosse uma prostatite e reavaliam o exame.
No caso de prostatite, os valores reduzem consideravelmente com o tratamento, já na hiperplasia ou câncer não, os valores se mantém ou aumentam. Porém ainda é uma conduta bastante controversa entre os serviços.
Menos frequentemente, ou para casos de alto risco para câncer de próstata, pode ser indicado exame de biópsia guiada, antes mesmo de repetir o exame de sangue. Cabe ao serviço identificar a melhor opção para cada caso.
Leia mais em: Como é feito o exame PSA livre?
Sendo o tumor de próstata um dos principais tipos de câncer no homem, e com grande potencial de cura, recomendamos que retorne o quanto antes ao urologista, para reavaliação clínica e definição da melhor conduta nesse caso.
Qual o valor normal de PSA?Embora haja discussão quanto ao valor máximo, dentro das sociedades de urologia, os valores de PSA variam com a idade, entre 4,0 e 6,5 ng/ml. Portanto esse valor acima de 9,0, especialmente para homens abaixo dos 50 anos de idade, deve mesmo ser avaliado junto a um urologista, com urgência.
Leia mais em: Quais são os valores de referência do PSA?
Contudo, sabemos que existem outras diversas causas para esse aumento, e que podem ser investigadas por ultrassonografia e biópsia guiada. E lembrar que um câncer de próstata diagnosticado a tempo, tem alta taxa de cura, cura definitiva.
Causas de aumento de PSAAs causas mais comuns para aumento dos níveis séricos de PSA são:
- Inflamação da próstata (prostatite);
- Infecção na próstata,
- Traumatismo (andar de bicicleta ou moto dias antes do exame),
- Hiperplasia prostática benigna.e
- Câncer de próstata.
Outras causas possíveis são: Idade, especialmente após os 75 anos; traumas, pós-operatório ou pós toque retal, atividade sexual no dia anterior ao exame, baixos níveis de testosterona, uso de inibidores da 5 α redutase e outras manipulações hormonais, tumores benignos e malignos.
Apesar de todas essas possibilidade de rastreio da doença, cerca de 17% dos homens com câncer de próstata apresentam PSA normal, o que alerta para o exame conjunto de toque retal, a associação dos exames é a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente o câncer de próstata.
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