O colesterol alto preocupa porque aumenta o risco de infarto do coração e derrame cerebral. Este risco aumenta quando o colesterol elevado é o LDL, também conhecido como colesterol “ruim”.
O excesso de colesterol ruim no sangue, passa a se acumular na parede das artérias, formando placas de gordura que impedem a passagem normal da circulação sanguínea. Dependendo da quantidade de gordura, esse entupimento pode levar a morte de células, que chamamos de isquemia ou infarto.
Quais os valores normais de colesterol no sangue?Os valores de colesterol no sangue considerados normais, variam um pouco com a idade e com o sexo, mas, em geral, atualmente são:
- Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
- Colesterol não HDL: Abaixo de 130 mg/dL;
- Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Abaixo de 100 mg/dL;
- Colesterol HDL (colesterol “bom”): Acima de 40 mg/dL (para homens) e acima de 50 mg/dl (para as mulheres).
Essa é mais uma preocupação, porque o colesterol alto nem sempre causa sintomas até que o entupimento provoque uma obstrução importante. Um exemplo disso é a angina no peito, a dor no tórax que indica que o coração não está recebendo sangue suficiente.
A única forma de saber se o nível de colesterol está elevado é através de um exame de sangue. Sendo assim, é recomendada a realização de um exame de sangue de rotina, com a pesquisa de colesterol, anualmente ou mais frequente, para casos de maior risco.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a pesquisa de colesterol no sangue deve começar desde a infância, de preferência aos 10 anos de idade. Para crianças com história na família de colesterol alto, pode ser iniciado aos 2 anos.
A partir dos 20 anos, a medição deve ser feita a cada 5 anos, reduzindo para uma por ano a partir dos 35 anos de idade. Mas em casos de pessoas que já estejam com colesterol alto, em tratamento, esse exame deve ser mais frequente.
O que aumenta o colesterol?Algumas causas do colesterol elevado podem ser por nós, controladas, como os nossos estilos de vida, outros como os distúrbios hereditários estão fora do nosso controle. Entretanto, diversos fatores ajudam a aumentar os níveis de colesterol LDL no nosso organismo:
Estilos de vida pouco saudáveisO fígado produz colesterol, que também é encontrado em alguns alimentos, como carnes e laticínios. Para muitas pessoas, o colesterol alto é devido a um estilo de vida pouco saudável, o que inclui dieta rica em gorduras, estar acima do peso e falta de exercício físico.
Fumar não aumenta as taxas de colesterol, mas pode reduzir o colesterol HDL (colesterol bom).
Algumas doenças e condições também podem aumentar o colesterol, como diabetes, doença renal, síndrome do ovário policístico, gravidez, condições que elevam os níveis de hormônios femininos e hipotireoidismo.
MedicamentosAlguns medicamentos, como certos anticoncepcionais, diuréticos, betabloqueadores e algumas medicações usadas para tratar a depressão, também podem aumentar os níveis de colesterol.
Distúrbios hereditáriosExistem ainda vários distúrbios transmitidos de pais para filhos que podem deixar o colesterol alto, como hiperlipidemia familiar, hipercolesterolemia familiar e hipertrigliceridemia familiar.
Para baixar o colesterol alto, são indicadas mudanças no estilo de vida, o que inclui dieta pobre em gorduras e rica em fibras, perda de peso e atividade física. Se essas medidas não forem suficientes, é necessário tomar medicamentos.
O que posso comer para ajudar na redução do colesterol ruim?A alimentação para pessoas com colesterol alto, deve ser orientada por um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista. Dessa forma é possível realizar um planejamento alimentar que agrada e com isso fica mais fácil a adesão ao tratamento.
Nenhum nutriente deve ser excluído da dieta, inclusive as gorduras, que são substratos essenciais para a produção de hormônios, membranas celulares e sais biliares, que participam do processo de digestão do organismo.
No planejamento alimentar, será possível incluir todos os nutrientes, com as concentrações adequadas de cada grupo alimentar.
Quais alimentos evitar no caso de colesterol alto?Nenhum alimento deve ser evitado, o mais importante é definir a quantidade de cada alimento semanalmente, para evitar uma carência nutricional.
Sabemos que as carnes com muita gordura, embutidos (linguiça, salsinha), pele de aves, torresmo e frituras, não são hábitos saudáveis e devem ser evitados, mas cada paciente deve ser avaliado de forma individual e personalizada.
Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.
Referências:
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia
Para saber se está com febre a forma mais eficaz é medir a temperatura através de um termômetro.Considera-se febre quando a temperatura atinge um valor maior ou igual a 37,8 °C.
O termômetro geralmente deve ser usado embaixo da axila ou na boca, mas atualmente, existem modelos que medem a febre sem necessidade de encostar o termômetro na pele. Por isso, leia sempre as instruções de uso do seu termômetro.
Alguns sintomas que também podem sugerir que você está com febre são:
- Aumento da frequência dos batimentos cardíacos;
- Suores;
- Calafrios;
- Tremores.
Quando a temperatura não pode ser medida com o termômetro, estes sintomas podem ajudar a identificar se está com febre. No entanto, é sempre importante confirmar a temperatura com um termômetro.
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Os sintomas da ressaca incluem mal-estar, dor de cabeça, fraqueza, boca seca, náuseas, vômitos, diarreia, batimentos cardíacos acelerados, sensibilidade à luz e cansaço. Tratam-se dos efeitos colaterais causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Essas alterações fisiológicas ocorrem depois que o organismo inicia o processo de eliminação do álcool.
Os sintomas da ressaca surgem quando as enzimas responsáveis pelo metabolismo do álcool no fígado não são capazes de realizar esse trabalho devido ao excesso de álcool no sangue.
O que é a ressaca e por quê ela ocorre?Para que o álcool seja metabolizado, o corpo necessita fazer um esforço significativo e, durante esse processo, o fígado e o sistema nervoso são os mais prejudicados.
Quando entra na circulação sanguínea, o álcool dilata os vasos sanguíneos. O fígado que, em geral, é capaz de processar somente uma dose de bebida alcoólica por hora, precisa duplicar o seu trabalho para conseguir metabolizar o álcool presente no sangue.
A seguir, o álcool inibe a ação do hormônio antidiurético, o que faz a pessoa urinar com mais frequência e perder grandes quantidades de líquidos, causando desidratação.
Outra consequência do excesso de álcool é a diminuição da quantidade de glicose (açúcar) que chega ao cérebro. Lembrando que a glicose é a única fonte de energia utilizada pelas células nervosas.
Quando o consumo de álcool é interrompido, começam a surgir os primeiros sintomas da ressaca. A dor de cabeça, o enjoo, os batimentos cardíacos acelerados e a lentidão dos reflexos são causados pela dilatação dos vasos sanguíneos.
A desidratação e a acidez do sangue causadas pelo excesso de álcool provocam vômitos, falta de apetite e boca seca. A desidratação também provoca dores de cabeça.
A fraqueza e o cansaço são decorrentes da redução dos níveis de glicose sanguínea, que pode levar ao coma alcoólico nos casos mais graves.
A sensibilidade à luz é provocada pelo excesso de estímulos dos neurotransmissores que captam as luzes e os sons.
Como curar a ressaca?Para curar a ressaca, recomenda-se fazer repouso e ter uma alimentação leve, evitando frituras, doces e alimentos gordurosos para não sobrecarregar ainda mais o fígado.
A hidratação com água, chá, água de coco e sucos de frutas naturais é fundamental para repor o excesso de líquidos perdidos.
A frutose, açúcar presente nas frutas e no mel, também é excelente para curar a ressaca, pois torna o metabolismo do álcool mais rápido e acelera o seu processamento pelo corpo.
Para combater a azia, recomenda-se beber leite ou tomar um antiácido. Para as náuseas, podem ser usados medicamentos que auxiliam o esvaziamento do estômago.
Os analgésicos usados para aliviar a dor de cabeça, como o ácido acetilsalicílico e o paracetamol devem ser evitados. O ácido acetilsalicílico pode levar à gastrite alcoólica e o paracetamol associado ao álcool pode causar doença grave no fígado.
Como evitar a ressaca?Para evitar a ressaca, o primeiro passo é preparar o fígado e o estômago ainda antes de começar a beber, alimentando-se, especialmente com alimentos com alto teor de gorduras e carboidratos (massa, pão, arroz, batata).
Também é muito importante beber bastante água para combater a desidratação, antes, durante e depois do consumo de bebidas alcoólicas. O ideal é beber 200 ml de líquido não alcoólico a cada 20 minutos enquanto estiver consumindo álcool.
A mesma importância tem a alimentação. A pessoa deve comer com alguma frequência enquanto estiver bebendo, especialmente carboidratos.
Esses cuidados também diminuem a agressão às mucosas do estômago e do esôfago causada pelo álcool, ajudando a reduzir a sensação de queimação e os enjoos.
Os medicamentos usados para prevenir a ressaca devem ser usados com cautela e, mesmo assim, a pessoa não está imune à ressaca se beber sem limites.
Contudo, nem todas as pessoas que bebem em excesso têm ressaca. O aparecimento dos sintomas depende da quantidade ingerida de álcool, da hidratação e da habituação do fígado ao álcool. Vale lembrar que não importa o tipo de bebida alcoólica consumida, mas sim a quantidade.
Também vale ressaltar que, mesmo com todos esses cuidados, a pessoa não está totalmente livre de ter uma ressaca no dia seguinte. Por isso, a melhor forma de evitá-la é beber com moderação.
Sim, a depressão pode causar dor. Isso pode ocorrer devido à falta de substâncias produzidas pelo cérebro que atuam como analgésicos naturais do corpo. A falta dessas substâncias em pessoas deprimidas pode desencadear dores.
Os sintomas físicos da depressão podem incluir ainda:
- Dor de cabeça;
- Dor crônica;
- Problemas digestivos;
- Falta de energia;
- Cansaço;
- Mal-estar geral;
- Dificuldade em adormecer ou dormir demais;
- Diminuição ou aumento do apetite;
- Emagrecimento ou ganho de peso.
A dor pode ainda causar depressão ou piorar a depressão já existente. Por isso, a depressão também é muito comum entre pessoas que têm dor crônica, como aquelas com fibromialgia.
A depressão também pode piorar as dores que a pessoa já costuma ter. Mesmo a depressão leve pode afetar a capacidade do indivíduo deprimido gerenciar efetivamente a dor e permanecer ativo.
Quais são os sintomas de depressão?- Sentimentos frequentes de tristeza, raiva, abandono, baixa auto-estima ou desesperança;
- Menos interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
- Dificuldade de concentração;
- Pensamentos de morte, suicídio ou danos a si mesmo;
- Humor irritável ou deprimido;
- Sentimentos de inutilidade, autoaversão e culpa;
- Dificuldade de concentração;
- Movimentos mais lentos ou rápidos que o normal.
A depressão é um distúrbio de humor no qual sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração interferem na vida diária por um período de algumas semanas ou mais. A depressão é uma doença, que afeta o funcionamento do corpo.
Quais as causas da depressão?A depressão é causada por alterações em certas substâncias químicas produzidas no cérebro. O transtorno depressivo é muitas vezes transmitido dos pais para os filhos.
Isso pode ser devido à genética, aos comportamentos aprendidos em casa ou ao ambiente em que a pessoa vive.
A depressão também pode ser desencadeada por um fato estressante ou infeliz na vida. Na maioria dos casos, é uma combinação desses fatores.
Além disso, existem muitos fatores que podem causar depressão, tais como:
- Alcoolismo ou uso de drogas;
- Dor crônica (como em casos de fibromialgia, por exemplo);
- Situações estressantes ou eventos na vida, como perda de trabalho, divórcio ou morte de um cônjuge ou outro membro da família;
- Isolamento social.
Às vezes, a depressão não tem uma causa ou razão clara.
Depressão tem cura? Qual é o tratamento?Depressão tem cura. O tratamento da depressão inclui medicamentos (antidepressivo, estabilizador de humor), mudanças no estilo de vida e psicoterapia.
Os antidepressivos atuam restaurando os níveis adequados das substâncias químicas no cérebro, o que ajuda a aliviar os sintomas.
Algumas pessoas podem se sentir melhor após algumas semanas de uso do antidepressivo. No entanto, na maioria dos casos, é necessário tomar esses medicamentos por pelo menos 4 a 9 meses. Esse tempo é necessário para obter uma resposta completa e impedir que a depressão reapareça.
Os medicamentos antidepressivos devem ser tomados todos os dias. O paciente não deve parar de tomar a medicação por conta própria, mesmo que se sinta melhor ou tenha efeitos colaterais. Quando chegar a hora de interromper o uso do medicamento, a dose deve ser reduzida lentamente ao longo do tempo, conforme orientação médica.
A psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental, ensina a combater pensamentos negativos. A pessoa aprende como estar mais consciente dos seus sintomas e como detectar os fatores que pioram a depressão.
A psicoterapia também pode ajudar a entender os problemas que podem estar por trás dos pensamentos e sentimentos.
A eletroconvulsoterapia pode melhorar o humor das pessoas com depressão grave ou pensamentos suicidas que não melhoram com outros tratamentos.
O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da depressão.
A depressão é um transtorno mental caracterizado pela sensação de tristeza, sentimento de culpa e perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas.
O desânimo perdura pela maior parte do dia e dura muitos meses consecutivos. Tem como causa principal a predisposição genética, mas os fatores ambientais, questões sociais e financeiras também podem precipitar o início da doença.
O médico psiquiatra é o responsável por confirmar o diagnóstico e planejar o tratamento.
Sintomas mentais (psíquicos) da depressãoOs sintomas chamados mentais ou psíquicos, são aqueles que não são visíveis, por isso podem ser menos valorizados, embora sejam os que mais causam sofrimento à pessoa. São eles:
- Sensação de tristeza constante;
- Falta de interesse e prazer;
- Sentimento de culpa;
- Lentificação de movimentos e pensamentos;
- Insônia ou sonolência;
- Mal-estar, cansaço antes não observado;
- Dor crônica (dor que dura mais de 3 meses);
- Alterações do apetite (falta de apetite ou aumento da fome);
- Alterações do interesse sexual (redução da libido, na maioria das vezes).
Os sintomas psíquicos de depressão podem desencadear sintomas físicos, aqueles que podemos observar ou medir no exame físico. Os mais comuns são:
- Azia, eructação frequente (arrotos);
- Distúrbios intestinais (constipação ou diarreia);
- Taquicardia (elevação da frequência cardíaca);
- Aumento da pressão arterial;
- Sudorese (suor aumentado).
O tratamento depende do tipo de depressão, da gravidade dos sintomas e das condições de saúde da pessoa.
A forma mais eficaz de tratar a doença envolve a psicoterapia e atividades físicas associadas ao uso de medicamentos antidepressivos.
Portanto, é preciso passar por uma consulta com psicólogo e médico psiquiatra, que irão definir o tipo de doença e qual a melhor medicação para cada pessoa.
Em conjunto com a psicoterapia e medicação, o médico e/psicólogo poderão orientar aos tratamentos complementares como atividades físicas, de preferência, orientadas por um profissional educador físico, que saberá os limites e tipos de treino para sua recuperação.
É possível prevenir a depressão?A prevenção da depressão está relacionada a adoção de hábitos saudáveis como:
- Ter uma dieta equilibrada e saudável;
- Reduzir o consumo diário de café e/ou outras bebidas que contenham cafeína;
- Praticar regularmente atividade física;
- Estabelecer uma rotina de sono regular;
- Manejar o estresse organizando o tempo para atividades prazerosas;
- Evitar o uso abusivo de álcool e outras drogas.
Existe a possibilidade de remissão completa dos sintomas, entretanto, isto não significa a cura da depressão. De forma geral, a manutenção do tratamento com psicoterapia e uso de antidepressivos é necessária em longo prazo.
A pessoa com depressão deve ser avaliada periodicamente por psicólogo e psiquiatra para analisar o quadro depressivo e o efeito da medicação.
Quando a alta médica e psicológica é dada e a medicação é suspensa, sob orientação médica, a pessoa é considerada curada. No entanto, é preciso orientá-la quanto à possibilidade e sinais de recaídas.
A depressão é um transtorno mental que ocorre frequentemente, tem associação com o suicídio e, por estes motivos, deve ser tratada como qualquer outra doença.
Tipos de depressão Distimia ou Transtorno depressivo persistente (TDP)O termo distimia foi recentemente substituído por Transtorno depressivo persistente (TDP), e caracteriza-se por um quadro de depressivo mais leve e crônico, que deve perdurar por pelo menos 2 anos em adultos, e 1 ano em crianças. As alterações mais comuns são o humor deprimido e as queixas de cansaço e desânimo durante a maior parte do tempo.
Acomete, na maior parte das vezes, pessoas excessiva e persistentemente preocupadas. O seu início se dá no período da adolescência ou início da vida adulta.
Depressão endógenaA depressão endógena indica um transtorno interno, possivelmente, associado à uma diminuição de neurotransmissores como a serotonina. Neste tipo de depressão predominam como sintomas o desinteresse, a falta de prazer em atividades normalmente agradáveis, os distúrbios de sono, a ansiedade e a tristeza.
Depressão AtípicaA depressão atípica se manifesta com aumento do apetite acompanhado ou não de ganho de peso, sensação de corpo pesado, dificuldade para conciliar o sono ou sonolência excessiva, sensibilidade exagerada à rejeição e respostas negativas aos estímulos ambientais.
Depressão sazonalA depressão sazonal normalmente começa no início do outono, persiste durante o inverno e apresenta remissão do quadro com a chegada da primavera. Apatia, isolamento social, diminuição das atividades da vida diária, sonolência, aumento do apetite com preferência para doces e carboidratos e redução da libido, são os sintomas mais frequentes.
Depressão psicóticaA depressão psicótica é um dos casos mais graves de depressão e se caracteriza por sintomas de delírios e alucinações. Os delírios são representados por ideias de pecado, pobreza, desastres iminentes e doenças incuráveis. Já as alucinações estão relacionadas às alucinações auditivas.
Depressão bipolarA maior parte das pessoas com transtorno bipolar iniciam o seu quadro de bipolaridade com um episódio depressivo. Quanto mais precoce for o seu início, maior é a chance de que a pessoa venha a desenvolver transtorno bipolar. Pessoas com histórico familiar de bipolaridade, depressão maior, abuso de substâncias e transtorno de ansiedade são indicativos importantes do desenvolvimento de transtorno bipolar.
Depressão secundáriaSão as síndromes depressivas que podem ser associadas ou provocadas pelo uso de medicamentos.
Para uma avaliação, diagnóstico e indicação de tratamento adequado procure atendimento na Atenção Primária, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nos ambulatórios especializados.
Saiba mais como pode cuidar da depressão no artigo: As 4 Formas para Combater a Depressão
Referências:
- Lawrence T. Park, et al.; Depression in the Primary Care Setting. N Engl J Med. 2019 February 07; 380(6): 559–568.
- ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria
A exposição exagerada ao sol sem proteção pode ser uma das causas de manchas brancas no rosto. A aplicação errada do protetor solar antes de se expor ao sol, assim como o uso de óculos escuros ou outros adereços durante a exposição, podem deixar regiões da pele mais claras.
No entanto, também existem algumas doenças que podem causar manchas brancas no rosto, como:
- Vitiligo: as manchas são bem características e bem delimitadas. Pelos e cabelos também podem perder a coloração. Geralmente há sintomas como dor ou sensibilidade na área afetada;
- Pitiríase: as manchas são descamativas e podem estar agrupadas ou isoladas;
- Hanseníase: as manchas são geralmente pouco visíveis, apresentando limites imprecisos. É comum surgirem outros sintomas como alteração da sensibilidade, perda de pelos e ausência de transpiração.
Qualquer uma destas doenças também pode provocar o aparecimento de manchas brancas em outros locais do corpo.
Se existir suspeita que a mancha está sendo causada por alguma doença, é importante procurar um dermatologista para identificar a causa. Iniciar o tratamento adequado, especialmente nos casos de vitiligo e hanseníase, é fundamental para impedir o avanço dessas doenças.
Leia também:
- Quais as causas mais comuns de manchas brancas na pele e como tratar?
- Tenho algumas manchas brancas no rosto, pode ser verme?
Referência:
Site da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Sou Paciente. Pele. Doenças.
O genérico do Ponstan é o ácido mefenâmico. Há várias opções de marcas de genéricos nas farmácias.
O Ponstan é geralmente usado para aliviar cólicas menstruais, mas também pode ser indicado para:
- Dores leves a moderadas;
- Sintomas de artrite reumatoide;
- Sintomas de osteoartrite;
- Em alguns casos de fluxo menstrual muito abundante, como o causado pelo uso do DIU;
- Síndrome pré-menstrual;
- Febre.
O ácido mefenâmico não pode ser usado por menores de 14 anos e pode agravar problemas renais, cardíacos e hepáticos. Só deve ser usado quando indicado por um médico ou dentista.
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- Uso de anti-inflamatórios aumentam a pressão?
Referência:
Ponstan. Bula do medicamento.
A insuficiência hepática é um comprometimento grave das funções do fígado.
O fígado participa de funções vitais como coagulação, eliminação de toxinas do sangue e produção de proteínas. A doença pode ser aguda ou crônica e as principais causas são as infecções e uso abusivo de álcool e medicamentos.
Um médico de família, gastroenterologista ou hepatologista podem identificar a insuficiência hepática por meio de exame físico, avaliação de sintomas e exames de sangue.
Quais são os tipos de insuficiência hepática? 1. Insuficiência hepática agudaA insuficiência hepática aguda se desenvolve rapidamente e as suas causas mais comuns são as infecções por vírus e uso de medicamentos, especialmente, o paracetamol. A infecção viral mais comum é a hepatite B.
Icterícia: coloração amarelada da parte branca dos olhos e da pele.A pessoa com insuficiência hepática aguda apresenta alteração do estado mental (agitação, desorientação), coloração amarelada dos olhos (icterícia) e acúmulo de líquido no abdome (ascite).
O tratamento da insuficiência hepática aguda consiste em tratar os sintomas e, nos casos mais graves, pode ser necessário um transplante de fígado.
2. Insuficiência hepática crônicaA insuficiência hepática crônica se instala de forma gradual e vai comprometendo aos poucos o estado de saúde da pessoa com a doença. Geralmente, a doença no fígado é percebida quando a pessoa apresenta sintomas como a presença de sangue no vômito ou nas fezes.
Estes sangramentos ocorrem devida a ruptura de veias do estômago ou esôfago.
O tratamento é feito com internação hospitalar para tratamento dos sintomas ou transplante de fígado.
Quais os sintomas da insuficiência hepática? Ascite: acúmulo de líquido no abdome.As pessoas com insuficiência hepática podem apresentar os seguintes sintomas:
- Cansaço sem causa aparente,
- Fraqueza,
- Náuseas,
- Perda de apetite,
- Sangramentos (ou coagulação lentificada);
- Icterícia (cor amarelada da parte branca dos olhos e da pele),
- Acúmulo de líquido no abdome fazendo com que ele fique inchado (ascite),
- Confusão mental, desorientação e sonolência, e
- Hálito com cheiro adocicado.
Se você está em tratamento da insuficiência hepática, é importante que você cuide da sua alimentação seguindo algumas orientações:
- Reduza o consumo de proteínas de origem animal, especialmente as carnes vermelhas;
- Limite também o consumo de ovos, peixes e queijos;
- Consuma proteínas de origem vegetal como soja, feijões, lentilha e grão de bico;
- Reduza o consumo de sal;
- Não consuma álcool.
Um nutricionista pode ajudá-lo a definir os melhores alimentos para consumo e um plano alimentar adequado.
Como é feito o tratamento da insuficiência hepática?O tratamento da insuficiência hepática depende da sua causa, dos sintomas que a pessoa apresenta e da gravidade da doença.
Para que o tratamento seja efetuado adequadamente, é preciso que o paciente seja internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
Se a causa da insuficiência hepática for uma infecção, serão utilizados medicamentos antibióticos ou antifúngicos. Seus sinais vitais são constantemente monitorizados e, além disso, é feito um ajuste na dieta do paciente.
Nos casos em que existe o risco iminente de morte, pode ser necessário realizar o transplante de fígado. O transplante tem o objetivo de restaurar a função do fígado, entretanto não é indicado para todas as pessoas.
Quando devo procurar o médico?A insuficiência hepática é uma condição grave e você deve procurar um médico de família, clínico geral ou hepatologista se apresentar:
- Alteração no nível de consciência (confusão mental, desorientação, sonolência);
- Queda de pressão arterial (hipotensão);
- Vômitos com sangue;
- Sangue nas fezes;
- Dificuldade respiratória;
- Redução na quantidade de urina.
A insuficiência hepática é uma doença progressiva, ou seja, vai piorando quando o tratamento não é efetivado e pode ser fatal. Por este motivo, busque o mais rapidamente um médico de família, clínico geral ou hepatologista.
Saiba mais sobre a insuficiência hepática nos artigos:
Referência
Sociedade Brasileira de Hepatologia
A neuropatia diabética é uma das complicações mais comuns da diabetes mellitus, que se caracterizada pelos sintomas de dor e sensibilidade alterada, especialmente nas mãos e nos pés, devido ao comprometimento dos nervos periféricos.
O açúcar elevado no sangue ou o tempo prolongado de doença, são a causa da disfunção dos nervos mais distais, ou nervos periféricos. O tratamento tem como base, controle da alimentação, medicamentos e hábitos de vida saudáveis.
Embora a neuropatia diabética não tenha cura, pode ser controlada com o tratamento adequado e medidas de prevenção da doença.
Sintomas de neuropatia diabéticaOs sintomas da neuropatia diabética variam de acordo com o nervo ou nervos comprometidos, mas, em geral, incluem:
- Dor contínua
- Dor em "queimação"
- Formigamento
- Disestesia - Sensibilidade anormal ou alterada (dor desproporcional ao estímulo, como dor intensa após o toque de um algodão)
- Menor sensibilidade (dormência em determinadas regiões, os pés são os locais mais acometidos).
O principal tratamento da neuropatia diabética é o controle da glicemia (nível de açúcar no sangue). O tratamento deve ser iniciado ainda na fase de pré-diabetes, com exercício físico, dieta e se preciso, medicamentos.
Para a neuropatia já instalada, existem também opções de medicamentos para alívio dos sintomas, associado ao controle da glicemia. Os medicamentos mais indicados neste caso são:
- Antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina,
- Anticonvulsivantes, como topiramato, carmabamepina e oxcarbazepina;
- Analgésicos, como paracetamol, tramal e
- Tratamentos promissores em estudo (canabidiol, estimulação magnética transcraniana - TMS, entre outros).
A opção de tratamento deve ser analisada individualmente pelo neurologista, para evitar interação medicamentosa ou efeitos colaterais indesejados.
5 maneiras simples de prevenir a neuropatia diabética 1. Manter um estilo de vida saudávelManter estilo de vida saudável é buscar o equilíbrio nos cuidados com a sua saúde.
A alimentação saudável, com a quantidade adequada de açúcar e carboidratos, reduzir a gordura e aumentar a ingesta de água, favorecem o metabolismo celular. Praticar atividade física regular, não fumar e evitar bebidas alcoólicas, também são fundamentais para evitar a agressão ao organismo e evitar as complicações da doença.
2. Usar corretamente as medicaçõesTomar as medicações prescritas para o controle da diabetes, sem esquecimentos e se possível, sempre no mesmo horário, tem um papel importante no controle das funções do organismo, além de evitar a oscilação do açúcar no sangue.
3. Cuidar diariamente dos seus pésUma prática estimulada pelos profissionais de saúde que trabalham com portadores de diabetes, é sempre observar os pés, ao menos uma vez ao dia, para encontrar precocemente feridas nos pés.
Como a sensibilidade nas extremidades dos pés, é quase sempre comprometida, nos portadores de diabetes, não é raro haver machucados nos pés que não causam dor. Por este motivo, demoram a ser percebidos.
Assim, os machucados ficam expostos e devido a sua localização, podem infectar e complicar, rapidamente. Essa é uma das causas mais frequentes de amputações nos pacientes diabéticos.
4. Usar calçados confortáveisFazer uso de calçados adequados é mais um dos cuidados recomendados com os pés, em pessoas com diabetes. Os nossos pés sofrem pressão e pequenos traumas durante todo o dia, pelo uso normal, e pelo uso de calçados. Por isso, se puder reduzir essa agressão diária com o uso de calçados adequados, pode prevenir feridas e complicações típicas da doença.
5. Usar cremes hidratantesUsar cremes hidratantes nos pés, pernas e mãos diariamente. A pele de pessoas com diabetes tem uma maior tendência ao ressecamento, o que favorece a formação de feridas no caso de traumas ou mesmo espontaneamente.
Manter a pele bem hidratada reduz o risco de machucados nessas regiões.
O médico responsável pelo tratamento e acompanhamento de diabetes é o endocrinologista.
Aproveite para entender um pouco mais sobre a alimentação adequada para pessoas com diabetes: Que cuidados com a alimentação deve ter uma pessoa diabética.
Leia também:
Referências:
- Sociedade Brasileira de Diabetes
- Eva L Feldman, et al.; Epidemiology and classification of diabetic neuropathy. UpToDate. Apr 01, 2020.
Os sintomas de dengue duram em média 7 dias. No entanto, adultos saudáveis podem apresentar sintomas por apenas 2 ou 3 dias.
A duração dos sintomas da dengue depende da gravidade da doença e do estado de saúde da pessoa infectada. Idosos, crianças e pessoas mais debilitadas podem ter sintomas mais prolongados, por até 10 dias.
Casos mais graves de dengue podem levar a sintomas de fraqueza e mal-estar que podem durar semanas ou meses.
Na suspeita de dengue consulte um médico de família ou clínico geral.
O tratamento da cefaleia de tensão ou cefaleia tensional pode ser feito com uso de analgésicos, massagens, técnicas de relaxamento e gestão do estresse.
A cefaleia de tensão é um tipo de dor de cabeça semelhante à sensação de pressão na cabeça ou de uma fita apertada em torno da cabeça. Na maior parte das vezes, é provocada por contrações musculares e/ou dor no pescoço e nos maxilares.
O que posso fazer quando estou tendo uma cefaleia tensional?Se você está apresentando cefaleia de tensão, o tratamento inclui a utilização de medicamentos para dor, algumas técnicas de massagem e relaxamento e, às vezes, acompanhamento psicológico. Entretanto, é importante que você busque avaliação de um médico de família, clínico geral ou neurologista
1. Uso de medicamentosMedicamentos analgésicos como o paracetamol podem ajudar a aliviar as cefaleias tensionais. Entretanto, é preciso ter em mente que o uso indiscriminado destes medicamentos repetidas vezes pode piorar as crises.
Por este motivo, procure um médico de família, clínico geral para que o seu caso seja avaliado e seja instituído o melhor tratamento.
2. Alongamento e massagemAlongar a musculatura das costas, ombros e pescoço ajuda a relaxar a musculatura desta região e pode auxiliar a reduzir as dores causadas pela cefaleia de tensão.
Tomar um banho quente antes de efetuar alongamentos e massagens ajuda a soltar a musculatura e a tensão acumulada nos ombros e pescoço, além de facilitar a realização dos exercícios de alongamento.
3. Terapias psicológicasÉ muito comum que as cefaleias tensionais sejam provocadas por estresse e preocupações excessivas. Um acompanhamento psicológico pode ajudar você a lidar com as situações estressantes e com as preocupações, o que acabará por minimizar os episódios de cefaleia tensional.
Primeiros sintomas de cefaleia de tensãoA cefaleia de tensão geralmente se inicia com dor leve ou em pressão na região da frente cabeça, ou em torno dos olhos que vai se espalhando por toda a cabeça. Deste modo, os sintomas mais comuns incluem:
- Dor, sensação de pressão ou de peso na região frontal, nas laterais e no topo da cabeça
- Dor que piora conforme o dia vai passando
- Dores musculares, especialmente, nas regiões do pescoço, ombros e maxilares
- Dificuldade de concentração
- Sensação de cansaço
- Dificuldade de adormecer e manter o sono
- Irritabilidade
As cefaleias de tensão podem ser episódicas ou crônicas.
Cefaleias episódicasAs cefaleias de tensão são consideradas episódicas quando ocorrem menos de 15 dias por mês. A dor pode durar de 30 minutos a vários dias e se iniciam várias horas após a pessoa despertar e vai se agravando na medida em que o dia passa. Raramente a pessoa desperta do sono por causa da dor.
Cefaleias crônicasAs cefaleias tensionais crônicas ocorrem durante 15 dias ou mais ao mês. A dor de cabeça está quase sempre presente e sua intensidade varia ao longo do dia. Assim, há momentos do dia em que a dor está mais leve e momentos que se torna mais forte.
Como evitar que a cefaleia de tensão aconteça?Alguns hábitos simples podem ajudar na prevenção da cefaleia tensional:
1. Pratique atividade físicaA prática de atividade física ajuda a combater o estresse e a reduzir o acúmulo de tensão muscular na região dos ombros e do pescoço.
2. Adote uma alimentação saudávelPriorize alimentos leves como frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras na sua alimentação. Evite bebidas com cafeína (refrigerantes e café), chocolate e alimentos com açúcar branco. Estes alimentos podem agravar a dor de cabeça.
3. Mantenha a regularidade do sonoBusque manter seu sono regular. Tente dormir o mais ou menos no mesmo horário todos os dias e prepare o seu quarto deixando-o escuro e silencioso. A privação de sono pode aumentar a intensidade e a frequência das dores de cabeça.
4. Evite o consumo de álcool e o tabagismoA ingestão de álcool e o hábito de fumar podem piorar as dores de cabeça e por este motivo devem ser evitados.
Existe diferença entre cefaleia tensional e enxaqueca?Sim. As cefaleias de tensão geralmente são de intensidade leve a moderada e não são acompanhadas de vômitos e náuseas. Além disso, a dor de cabeça tensional não piora com a realização de atividade física ou exposição à luz, sons e cheiros.
Ao contrário, as enxaquecas são caracterizadas por dores de cabeça de intensidade moderada a intensa, são acompanhadas por náuseas, vômitos e fotofobia (sensibilidade à luz). Atividade física, sons e cheiros podem agravar a dor.
Vejam também:
Referências bibliográficas:
Tension-type headache in adults: Pathophysiology, clinical features, and diagnosis. Uptodate. 2021
O transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar é caracterizado por alterações graves de humor. O transtorno se caracteriza por períodos alternados de euforia e depressão, sempre com grande intensidade.
É uma condição psiquiátrica bastante complexa porque entre estes períodos de euforia e depressão existem ainda momentos de sintomas leves e momentos em que a pessoa não apresenta nenhum sintoma.
São descritos como fase maníaca (euforia), fase depressiva, hipomania e fase assintomática (sem sintomas).
Quais os sintomas do transtorno bipolar?As pessoas com transtorno bipolar apresentam variações de humor, alterações no padrão de sono, níveis de atividade e comportamentos incomuns. Os sintomas variam de acordo com as diferentes fases em que se encontra: maníaca, depressiva ou hipomaníaca.
Fase maníacaNa fase maníaca o comportamento da pessoa com distúrbio bipolar pode trazer danos para ela mesma e para as pessoas próximas, especialmente familiares (perda de emprego, atividades sexuais aumentadas, gasto de dinheiro excessivo). Os sintomas desta fase incluem:
- Euforia ou exaltação intensa;
- Agitação, sensibilidade ou irritação (nervosismo);
- Excesso de energia com aumento excessivo das atividades do dia a dia;
- Fala rapidamente sobre muitas coisas diferentes;
- Pensamentos rápidos;
- Dificuldade para dormir;
- Comportamentos arriscados como praticar sexo sem prevenção ou gastar muito dinheiro.
A fase maníaca dura mais de uma semana e o estado de euforia ou irritabilidade estão presentes todos os dias e na maior parte do dia.
É importante que a pessoa ou familiares procurem um psiquiatra para avaliação e tratamento o mais precoce possível.
Fase depressiva- Tristeza profunda, sensação de vazio e desesperança;
- Apatia, falta de interesse;
- Preocupações excessivas;
- Problemas de concentração e esquecimentos;
- Alterações de apetite e/ou perda de peso;
- Dificuldade para dormir, insônia ou hipersonia (dormir excessivamente);
- Cansaço;
- Sensação de não desfrutar de nada;
- Pensamentos recorrentes sobre morte e suicídio;
Esta fase dura pelo menos 4 semanas e precisa de avaliação psiquiátrica também de forma precoce, especialmente pela alta frequência de idéias suicidas.
Fase de hipomania.Na fase de hipomania, a pessoa apresenta sintomas mais leves e com uma duração menor do que na fase maníaca. Esta fase dura em torno de 4 dias e o paciente se torna mais eufórico, fala mais que o habitual e se torna mais ativo e sociável.
Quais os tipos de transtorno bipolar? 1. Transtorno afetivo bipolar tipo IA pessoa com transtorno afetivo bipolar tipo I apresenta pelo menos um episódio maníaco com duração de, no mínimo, 7 dias. Após esta fase de mania o paciente começa a apresentar-se deprimido por duas semanas ou mesmo meses.
Nas duas fases (maníaca e depressiva) os sintomas costumam ser bastante intensos e causam mudanças no comportamento e nas ações da pessoa que podem comprometer a sua vida pessoal, profissional e a sua relação com familiares.
Neste tipo de transtorno, o quadro psiquiátrico pode se tornar bastante grave e a pessoa pode estar em risco para suicídio e outras complicações do seu estado de saúde mental.
É importante buscar apoio profissional nos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS para acompanhamento de um psiquiatra e equipe de saúde mental.
2. Transtorno afetivo bipolar tipo IIO transtorno afetivo bipolar do tipo II se caracteriza pela alternância entre as fases de depressão e as de hipomania.
A pessoa com este tipo de transtorno bipolar apresenta um estado de euforia mais leve, otimismo, excitação e, em alguns momentos, pode se tornar agressiva.
Pelo fato de os sintomas serem mais leves, não há riscos de comprometimento das atividades diárias e relações familiares do paciente.
3. Transtorno afetivo bipolar ciclotímicoO transtorno bipolar ciclotímico é a forma mais leve de bipolaridade e se caracteriza por modificações (flutuações) constantes e crônicas do humor.
Quem desenvolve este tipo de transtorno bipolar alterna os sintomas de hipomania com episódios depressivos leves. Muitas vezes a pessoa é vista por familiares e/ou pessoas próximas como aquela de temperamento instável, ou irresponsável.
Existe algum teste para diagnosticar o transtorno bipolar?Não. Não existem testes capazes de diagnosticar o transtorno afetivo bipolar. Nestes casos, é necessário e importante a realização, o quanto antes, de uma avaliação psiquiátrica.
É bastante comum que o transtorno afetivo bipolar seja confundido com esquizofrenia, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade ou mesmo com a depressão. Além disso, os sintomas podem ser mascarados pelo uso de álcool, medicamentos e outras substâncias ilícitas.
Estas condições dificultam o diagnóstico do transtorno afetivo bipolar. O diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra com base na história clínica e nos sintomas informados pelo próprio paciente e pela sua família.
Como é feito o tratamento do transtorno bipolar?É importante que você saiba que o transtorno afetivo bipolar não tem cura, entretanto é possível controlar a doença. O tratamento envolve:
- Uso de medicamentos: os ansiolíticos, estabilizadores do humor como o carbonato de lítio, antipsicóticos e anticonvulsivantes são alguns dos medicamentos utilizados no tratamento do transtorno bipolar. Os remédios a serem indicados dependem do tipo de transtorno, da sua gravidade e evolução.
- Psicoterapia: a terapia com um psicólogo auxilia o paciente a lidar com as crises e fazer com que elas se tornem menos frequentes. Além disso, ajuda na sua adesão e manutenção do tratamento.
- Mudanças no estilo de vida: a pessoa com transtorno afetivo bipolar deve adotar um estilo de vida saudável que priorize a redução dos níveis de estresse, regulação do sono e hábitos alimentares saudáveis.
- Não consumir álcool e outras substâncias psicoativas como anfetaminas e cafeína, reduzem as crises e intensidade dos sintomas, quando presentes.
Se você identifica alguns destes sintomas em si mesmo ou em um de seus familiares, procure avaliação de um psiquiatra e/ou psicológico, em Centros de Atenção Psicossocial – CAPS da rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Não utilize medicamentos sem orientação de um psiquiatra.
Referências:
- Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM–5). American Psychiatric Association (APA).
- Estric, C. et al. Dissociative symptomatology in bipolar disorders: A systematic qualitative review. French Journal of Psychiatry, March 2020, vol.1, p. 11-24.
- Rosenthal, S.J. et al. Seasonal effects on bipolar disorder: A closer look. Neuroscience & Biobehavioral Reviews, May 2020.