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Dor de cabeça na nuca durante a gravidez, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor de cabeça durante a gravidez é um sintoma comum, e pode ser normal, quando causada pela ação dos hormônios da gravidez. Nesse caso é chamada de cefaleia fisiológica da gravidez.

Entretanto, outras situações podem levar a dores na nuca, e devem ser investigadas, especialmente a hipertensão arterial. Causa comum de dor de cabeça nessa região, além de ser um fator de risco para complicações na gestação.

A alimentação inadequada, desidratação, mudanças de hábitos de vida, cheiros fortes, problemas de visão, distúrbios do sono e transtornos de humor, também são causas comuns de cefaleia nessa fase.

Causas de dor de cabeça na gravidez1. Cefaleia fisiológica da gestação

A dor de cabeça pode ser localizada em qualquer região, mas é mais comum a dor por toda a cabeça, e é causada pelo aumento do hormônio estrogênio.

O hormônio estrogênio, tem como uma das suas funções, o aumento dos vasos sanguíneos, que apesar de ser benéfico e necessário para a evolução da gravidez, pode trazer efeitos indesejados como a cefaleia e o inchaço.

2. Aumento da pressão arterial

O aumento da pressão arterial é uma causa preocupante de dor de cabeça na gestação, e a localização mais comum para essa causa é a nuca.

Sendo assim, sempre que uma gestante apresenta esse tipo de dor, é importante que seja aferida a sua pressão e se estiver alta, entrar em contato imediatamente com o seu médico obstetra.

O pico hipertensivo é muito perigoso em qualquer fase da gestação.

3. Mudança de hábitos de vida

As mudanças de hábitos de vida, como alterações alimentares, tomar menos café e bebidas estimulantes, pode causar dores de cabeça.

As náuseas e vômitos tão comuns no início da gravidez, também pela ação dos hormônios, reduz consideravelmente o apetite, levando a quadro de dor de cabeça, fraqueza e mal-estar.

A desidratação, seja pelo descuido, ou pelos sintomas de náuseas, é mais uma causa de cefaleia.

Também é importante não ficar mais de 3 horas sem comer, já que o jejum prolongado reduz o aporte de glicose para o cérebro, causando ainda mais dores de cabeça.

4. Cheiros fortes

Usar perfumes muito fortes ou odores intensos podem causar dor de cabeça, porque durante a gravidez, a mulher tem os sentidos mais apurados, devido também à ação dos hormônios.

5. Problemas de visão

Os problemas de visão, estando ou não grávida, é uma causa frequente de dores de cabeça. Devendo ser investigada principalmente nos casos de dor na nuca, que pioram com o decorrer do dia, e de manhã está melhor.

Provavelmente pelo esforço feito durante todo o dia.

6. Distúrbios do sono

As alterações de sono, seja a insônia ou o hábito de dormir demais, são fatores desencadeantes de dores de cabeça.

Atualmente, é recomendado dormir de 7 a 8 horas por dia. A

7. Transtornos de humor

O estresse, a ansiedade e preocupações comuns nessa fase da vida da mulher, a ansiedade e a depressão, favorecem o aparecimento de dor de cabeça com mais frequência e intensidade.

Mais raramente, condições muito mais graves, como pré-eclâmpsia, meningite, aneurismas e tumores cerebrais, devem ser investigados se houver sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, como: febre, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental ou mudança de comportamento.

Dicas para evitar as dores de cabeça na gravidez
  • Manter-se hidratada;
  • Se alimentar regularmente e de maneira saudável. Não passar mais de 3h em jejum, e comer frutas e legumes diariamente;
  • Evitar alimentos gordurosos, queijos amarelos, alimentos cítricos e embutidos;
  • Evitar o estresse;
  • Tente fazer drenagem linfática para gestantes ou experimente fazer massagens com um profissional; ajudam a diminuir a ansiedade e estimulam a circulação sanguínea;
  • Procurar fazer atividades físicas próprias para gestantes. Hidroginástica ou ioga são práticas recomendadas, mas sempre com orientação de um profissional;
  • Pratique outros exercícios de relaxamento ou acupuntura;
  • Evite ficar exposta à luz muito intensa, como ficar na praia, ao sol, especialmente sem usar proteção para a cabeça e olhos;
  • Evite cheiros fortes, exposição à fumaça de cigarro, perfumes fortes, cheiro de tinta, entre outros odores intensos;
  • Evite locais barulhentos;
  • Evite viajar para locais de grande altitude, devido a menor concentração de oxigênio, mais um fator que precipita dores de cabeça;
  • Tente manter um horário de sono regular;
  • Certas dores aliviam bastante após repouso, ou se a pessoa conseguir pelo menos relaxar. Compressas de água morna ao redor dos olhos ou mesmo na nuca ser úteis.
Tratamento da dor de cabeça na gestação

O tratamento deve ser baseado na causa do problema, e sempre buscar opções não medicamentosas inicialmente, para não fazer mal ao bebê.

No caso de dor de cabeça na nuca durante a gravidez, informe o seu médico obstetra e siga rigorosamente as suas orientações.

Nunca se auto medique, especialmente grávida.

Para saber mais sobre este tema, você pode ler:

Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?

Quais remédios posso tomar na gravidez?

Referência

Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Dor no peito do lado direito: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito ou dor torácica, localizada no lado direto, pode representar diversas situações, sendo as mais comuns:

  • Problemas pulmonares à direita,
  • Excesso de gases,
  • Dor muscular,
  • Inflamação na vesícula e
  • Problemas psicológicos.

Outras doenças como doenças na mama (à direita), herpes zoster, infarto do coração, embolia pulmonar e aneurisma de aorta, também podem causar sintomas no lado direito do peito, embora seja menos frequente.

Portanto, na presença de dor no peito, mesmo que a direita, é importante procurar um atendimento médico, para a correta avaliação e orientações.

Causas de dor no peito do lado direito1. Problemas pulmonaresAsma

A asma é uma doença crônica dos pulmões, que provoca o estreitamento da via respiratória, causando dor ou sensação de aperto no peito, falta de ar, cansaço e sibilos (chiados no peito).

A doença não tem cura, mas tem tratamento com boa resposta, para a fase aguda e ainda, para prevenir as crises. O médico pneumologista é o responsável por esse acompanhamento.

Saiba mais: Existe tratamento para a asma? Tem cura?

Pneumonia à direita

A pneumonia é uma infecção do pulmão, que apresenta como sintomas a dor no peito, do lado direito, nesse caso, associada a tosse seca ou com catarro, febre, mal-estar e indisposição.

A doença deve ser tratada rapidamente com antibióticos, hidratação e repouso, para não evoluir com piora ou complicações, sendo as mais comuns, o derrame pleural e abscesso pulmonar.

Leia também: Pneumonia é contagiosa?

Pneumotórax

O pneumotórax é a presença de ar entre as pleuras do pulmão. As pleuras são duas membranas finas que recobrem e protegem o pulmão. Habitualmente estão "coladas", mas se houver um trauma, inflamação ou infecção local, que permita a entrada de ar entre elas, provoca uma dor intensa, do tipo "pontada ou agulhada", que dificulta a respiração profunda e os movimentos.

O tratamento varia de acordo com o volume de ar encontrado. Nos casos de grande volume de ar, é indicado drenagem cirúrgica de urgência, ou pode ser apenas acompanhado com repouso e orientações.

O cirurgião geral e/ou pneumologista, são os responsáveis pela avaliação desses casos.

Derrame pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras. Assim como no pneumotórax, a separação das pleuras desencadeia uma dor intensa no tórax, do lado acometido, que dificulta a respiração, principalmente a respiração profunda e aumenta a dor em cada movimentação.

O tratamento é quase sempre cirúrgico, mas também deve ser avaliado caso a caso, pelo médico cirurgião geral ou pneumologista.

2. Excesso de gases

O excesso de gases pode ocorrer em qualquer região do abdômen e não é incomum a irradiação para a região torácica. A dor pode ser tão intensa que leva o paciente a um serviço de emergência, acreditando estar sofrendo um infarto agudo do coração.

Os sintomas associados são de dores em pontadas, muito intensas, mas que vão e vem, ainda, inchaço na barriga e dificuldade para respirar.

O tratamento é feito com massagens abdominais, exercícios físicos, alimentação balanceada e se preciso, medicamentos para auxiliar a eliminação dos gases, como o Luftal®.

Leia também: Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?

3. Dor muscular

A dor muscular na região do tórax ou peitoral, é comum em pessoas que frequentam academias, praticam atividades físicas, ou de trabalho, que exigem grande esforço ou ainda, após um trauma local. A história ajuda o médico a definir a causa.

Os sintomas típicos são de dor localizada no músculo afetado, com intensidade variada e piora da dor com o movimento e com a palpação do local.

O tratamento é feito com repouso, compressa morna, e se preciso, o uso de medicamento relaxante muscular. O médico clínico geral poderá orientar a melhor opção para cada caso.

4. Inflamação na vesícula

Embora a vesícula seja um órgão da cavidade abdominal, fica localizada logo abaixo das costelas, por isso biotipo da pessoa, não é incomum a queixa de dor na base do tórax, à direita, nos casos de inflamação (colescistite).

A queixa é de dor intensa do tipo "cólica", associada a náuseas, vômitos e por vezes, febre. A alimentação gordurosa pode precipitar ou piorar de forma importante todos esses sintomas.

O tratamento depende da gravidade da crise e da presença ou não de cálculos na vesícula, podendo ser indicado apenas anti-inflamatórios e antibióticos, até a retirada da vesícula em caráter de urgência.

O médico cirurgião geral ou gastroenterologista é o responsável pela avaliação e tratamento desses casos

Leia também: Quais são os sintomas de pedra na vesícula?

5. Problemas psicológicos

Além das possibilidades descritas, as causas psicológicas devem ser sempre investigadas, a ansiedade e o estresse têm como caraterísticas, a tensão muscular e palpitação, o justifica a dor no peito.

A dor no peito por causas psicológicas não obedece a um padrão típico. Pode se associar a dificuldade respiratória, dificuldade de engolir ("bolo na garganta"), palpitações, sudorese, tontura, náuseas ou vômitos.

Portanto, é um diagnóstico de exclusão. Todos os exames e avaliações devem ser realizadas, para evitar um erro diagnóstico e prejuízos a saúde da pessoa.

No caso de dores no peito à direita, à esquerda ou no meio do peito, procure um médico clínico geral, ou médico da família para avaliação.

Dor do lado direito do peito: quando procurar a emergência?

Procure um serviço de emergência nos casos de:

  • Dor forte no peito que não melhora após 20 minutos,
  • Dor no peito, associada a febre, sudorese, náuseas ou vômitos,
  • Dor no peito de início súbito, com dificuldade para respirar ou
  • História prévia de infarto do coração ou embolia pulmonar.

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Dor no peito: o que pode ser e o que fazer?

Dor torácica: o que pode ser?

Tenho tremor nas mãos, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tremor nas mãos pode ter diversas causas. As mãos trêmulas podem ser causadas por doenças como Parkinson e hipertireoidismo, ou por diferentes situações como ansiedade, efeito colateral de medicamentos, abstinência de álcool, abuso de estimulantes, tremor essencial, e pode também ser uma reação fisiológica e natural do organismo.

Uma das causas mais comuns de tremores nas mãos é o chamado tremor essencial, que geralmente se torna mais evidente no adulto jovem. Esse tipo de tremor não tem uma causa conhecida, mas sabe-se que pode ter origem em fatores hereditários.

O tremor essencial normalmente afeta mãos e braços, mas também pode afetar a cabeça. Geralmente se manifesta quando os braços estão estendidos e parados ou quando a pessoa executa movimentos mais finos como escrever, tomar uma xícara de café ou beber água num copo.

O tremor essencial não costuma impedir a realização de tarefas diárias nem evoluir ao ponto de trazer complicações mais graves, mas pode interferir na qualidade de vida se for muito intenso.

No Mal de Parkinson, o tremor nas mãos está presente mesmo em repouso, melhorando quando a pessoa movimenta o membro afetado, o movimento do tremor lembra o de esmagar o pão ou enrolar cigarros, e piora em situações de fadiga, frio ou fortes emoções. Vale lembrar que nem todos os portadores da doença apresentam tremor.

Veja também: Quais os sintomas do Mal de Parkinson?

Outra causa frequente de tremores nas mãos é o chamado tremor fisiológico, que aparece principalmente quando é necessário executar movimentos que exigem precisão, como passar uma linha pelo fundo de uma agulha, por exemplo.

O tremor fisiológico geralmente passa despercebido em situações normais, mas pode ser agravado em algumas situações, tais como:

  • Uso de corticoides e certos medicamentos usados para tratar asma e doenças psiquiátricas e neurológicas;
  • Consumo excessivo de estimulantes como nicotina e cafeína;
  • Medo, ansiedade e emoções fortes;
  • Fadiga muscular;
  • Abstinência de álcool;
  • Hipertireoidismo.

Nesses casos, o tremor normalmente desaparece com a retirada ou tratamento da causa.

Em caso de tremores nas mãos ou em qualquer outra parte do corpo, procure um médico clínico geral, médico de família ou um neurologista.

Saiba mais em: 

Coração acelerado, tremores no corpo e formigamento nas mãos e braços, o que pode ser?

Tenho tremores ou espasmos no pescoço do lado esquerdo. Que médico devo procurar?

7 passos simples para cuidar do piercing inflamado
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os cuidados gerais com o piercing inflamado incluem manter o local limpo e seco. Por isso, evitar atividades físicas nos primeiros dias, para reduzir o suor e preferir tecidos leves que ajudem na transpiração, são úteis para esse cuidado.

Até dois dias após a colocação do piercing no umbigo, orelha, nariz, língua, boca, é normal que ocorra um pequeno inchaço local, dor leve, vermelhidão e a presença de uma secreção transparente. Entretanto, se estes sinais se mantiverem por mais de 3 dias ou se tornarem mais intensos, é preciso procurar um médico de família ou clínico geral para avaliar a ferida.

Para evitar complicações, siga as seguintes recomendações:

1. Lave as mãos antes de tocar no piercing

Você deve lavar as mãos sempre que for tocar no local do piercing para não causar a piora da inflamação. Este cuidado também evita infecções.

2. Lave a área do piercing

Ao lavar o local do piercing, você retira, além da sujeira, secreções ou crostas acumuladas que podem agravar a inflamação e causar infecção. Por este motivo, manter o local do piercing limpo é um cuidado importante no tratamento. Você deve lavar a região com água e sabão neutro ou antibacteriano 3 vezes ao dia. Após lavar, seque a área suavemente com gazes ou toalha limpas.

3. Use soro fisiológico para limpeza local

Após a lavagem com água e sabão, use soro fisiológico para concluir a limpeza do local. O uso do soro fisiológico com ajuda de uma gaze ou algodão, auxilia na retirada de crostas e secreções acumuladas e/ou endurecidas.

4. Mantenha o local do piercing seco

A umidade provocada pela presença de secreções ou mesmo suor provocam a piora do quadro. É importante que você evite deixar a região do piercing úmida secando sempre que perceber umidade.

5. Evite o atrito com o piercing

O atrito com o piercing machuca ainda mais a região e pode contribuir para o agravamento da inflamação. Por isso, prefira usar roupas soltas e evite usar acessórios próximos ao piercing. Procure também não dormir friccionando o local perfurado.

6. Cuide da sua alimentação

O consumo de alimentos fritos, doces e refrigerantes podem atrapalhar ou dificultar o processo de cicatrização. Por este motivo, evite-os e priorize alimentos anti-inflamatórios como alho, gengibre, cebola, brócolis, atum, salmão, laranja e acerola.

7. Não use receitas caseiras, cosméticos ou maquiagens na região

Não utilize receitas caseiras com babosa, mel ou outros ingredientes, pois além de atrapalhar cicatrização também podem provocar contaminação da perfuração. Além disso, evite o uso de cosméticos e maquiagens na região. Estes produtos podem conter substância que causam irritação local.

Se mesmo com todos cuidados a inflamação não melhorar em dois ou três dias, é importante que você procure um médico de família ou clínico geral para que a necessidade de usar antibióticos seja avaliada.

Antibiótico para piercing infeccionado

O antibiótico deverá ser indicado pelo médico, que irá pesquisar o seu histórico de saúde, alergias e uso de medicamentos que possam interagir com esse antibiótico. A forma de uso e tempo necessário vão depender da gravidade da inflamação. Em geral, as orientações são:

  • Pomadas: devem ser aplicadas após a limpeza do local do piercing de acordo com a orientação médica. As mais utilizadas são Diprogenta ou Trok-G.
  • Antibióticos orais: dependendo do grau da infecção e do estado da ferida, pode ser necessário o uso de antibióticos orais como a cefalexina por 7 a 10 dias.
Quando devo me preocupar?

Alguns sinais funcionam como alerta para você saber se a inflamação está se tornando muito intensa ou mesmo se está se transformando em infecção. Estes sinais são:

  • Inchaço (edema) e vermelhidão que já dura mais de 3 dias,
  • Dor intensa no local que impede até mesmo toques leves na região,
  • Febre e sensação de fraqueza ou mal-estar,
  • Aumento da área avermelhada ao redor do piercing,
  • Secreção com pus (purulenta) de cor branca, amarelada ou esverdeada,
  • Presença de sangue no local.

Ao perceber qualquer um destes sintomas, procure um clínico geral ou médico de família para que um tratamento mais eficaz seja iniciado o mais rapidamente possível.

Complicações mais comuns do uso de piercing

As complicações mais comuns que ocorrem ao se colocar o piercing são:

1. Infecção

As infecções ocorrem geralmente de três a quatro dias após a colocação do piercing e podem ser tratadas com pomadas com antibióticos ou antibióticos orais de acordo com orientação médica,

2. Alergia

Em alguns casos pode acontecer a alergia ao piercing. Para evitar estas alergias, dê preferência a piercing de aço cirúrgico, prata ou ouro.

3. Queloides

Queloide é crescimento anormal do tecido cicatricial que se forma no local de um traumatismo, corte, perfuração ou cirurgia na pele. Em alguns casos, as pessoas sentem dor, coceira leve e sensação de queimação ao redor da cicatriz.

Para evitar a inflamação e possíveis complicações, escolha um profissional confiável para colocar o seu piercing, observe as condições de higiene do local e exija o uso de produtos descartáveis para efetuar a perfuração.

Se você deseja saber mais sobre piercing, leia:

Referências

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Sinto pontadas do lado esquerdo da cabeça, juntamente com enjoo, visão turva e tonturas. O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor em pontadas apenas num lado da cabeça, enjoo, visão turva e tonturas podem ser sintomas de enxaqueca.

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que normalmente provoca dor latejante em apenas um lado da cabeça, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes.

Essas intolerâncias que podem ser diversas (à luz, ao barulho, etc) nem sempre estão presentes. Em geral, em torno de 25% das pessoas que sofrem de enxaqueca apresentam os sintomas conhecidos como aura. A aura é caracterizada como a presença de sintomas neurológicos focais como por exemplo pequenos distúrbios visuais, sensoriais e da fala. 

As crises de enxaqueca podem durar até 3 dias e podem ser divididas em 4 fases, com sintomas diferentes em cada uma delas:

  1. Fase anterior à dor de cabeça:

    • Desejo de comer determinados alimentos, como chocolate;
    • Alterações de humor;
    • Cansaço;
    • Bocejos;
    • Retenção de líquidos.
  2. Fase que precede ou ocorre junto com a crise:
    • Visão turva;
    • Pontos ou manchas escuras na visão;
    • Linhas e pontos luminosos na visão que duram entre 5 minutos e uma hora;
  3. Fase da dor de cabeça:
    • Dor em pontadas em apenas um dos lados da cabeça, que pioram com qualquer esforço físico;
    • Náuseas;
    • Vômitos;
    • Sensibilidade a barulhos, luz e cheiros.
  4. Fase da resolução (recuperação do organismo após a intensa dor de cabeça);
    • Intolerância a alimentos;
    • Dificuldade de concentração;
    • Dor muscular;
    • Cansaço.

Leia mais sobre o assunto em: Enxaqueca: Sintomas e Tratamento

É importante lembrar que dor de cabeça, náuseas, visão turva e tonturas também podem ser sintomas de diversas doenças e problemas de saúde.

Por isso, o melhor é consultar o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou neurologista para que a origem desses sintomas seja devidamente diagnosticada e tratada.

Exame de sangue Gama GT alterado, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

exame de sangue Gama GT (Gama Glutamil Transferase) mede o nível sanguíneo dessa enzima presente no fígado, pâncreas, rins, baço, coração e cérebro.

Um valor do exame alterado pode indicar algumas doenças do fígado, pâncreas e vias biliares como, por exemplo, alterações hepáticas, hepatite, cirrose,  câncer no fígado e pancreatite.

Outras situações que levam à alteração da gama GT são: consumo de bebidas alcoólicas e uso de alguns medicamentos.

Veja também: Quais são os valores de referência do Gama GT?; Quais os sintomas do Gama-GT alto?

Todo exame de sangue deve ser interpretado pelo/a médico/a responsável pelo cuidado do/a paciente e será correlacionado com a história clínica, pessoal e o exame clínico.

Como saber se tenho uma hérnia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você tiver uma hérnia, irá notar uma protuberância bem localizada e amolecida na pele, que pode surgir na região abdominal, na virilha (inguinal), no umbigo ou na raiz da coxa. Também poderá sentir uma dor aguda em queimação ou contínua, que tende a piorar no fim dia.

Esse sinais e sintomas da hérnia poderão se manifestar principalmente ao levantar objetos pesados, tossir, fazer esforço para urinar ou evacuar e ficar em pé por muito tempo.

Hérnia epigástrica

Procure imediatamente um serviço de urgência se apresentar os seguintes sintomas:

  • Dor forte e contínua no local da hérnia;
  • Aumento do tamanho da hérnia, que não diminui;
  • Vermelhidão local.

Esses sinais podem indicar que a hérnia está estrangulada e pode "estourar". Trata-se de uma situação muito grave que pode levar à morte e só pode ser resolvida com cirurgia.

Quais são os sintomas de hérnia abdominal?

A hérnia abdominal pode ser notada sob a forma de uma saliência por baixo da pele do abdômen. Geralmente não causa dor, mas pode provocar desconforto e tende a ficar mais evidente ao realizar esforço físico ou tossir.

Ao se deitar, a hérnia normalmente fica menos saliente e pode não ser percebida. No início, é possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal. Contudo, se aumentar de tamanho, pode ficar “estrangulada” e isso já não é possível.

Em caso de estrangulamento, a circulação sanguínea pode ficar interrompida. Nesses casos, os sintomas podem incluir dor, náuseas, vômitos e prisão de ventre. A pele no local da hérnia fica vermelha e pode haver febre.

Quais são os sintomas de hérnia inguinal?

Na hérnia inguinal, pode-se ver ou sentir uma saliência na virilha ao ficar em pé, realizar esforço físico ou tossir. Também pode haver dor, ardência, desconforto, sensação de peso ou fraqueza na região da virilha.

No caso dos homens, os testículos podem ficar mais sensíveis e inchados se o intestino descer até ao saco escrotal.

Assim como na hérnia abdominal, pode ser possível empurrar a hérnia de volta para a cavidade abdominal ao se deitar. Caso a hérnia permaneça saliente, mesmo depois dessa manobra, pode ser que haja um estrangulamento, o que requer cirurgia com urgência.

Em caso de encarceramento da hérnia inguinal, pode haver dor súbita que aumenta rapidamente, náuseas, vômitos e febre. O local da hérnia fica avermelhado ou mais escuro que o normal.

Quais são os tipos de hérnia mais comuns?
  • Hérnia incisional (pode surgir em qualquer local do abdômen que já sofreu uma incisão cirúrgica);
  • Hérnia epigástrica (entre o umbigo e o tórax);
  • Hérnia umbilical (cicatriz do umbigo);
  • Hérnia inguinal (virilha);
  • Hérnia femoral (raiz da coxa).

Saiba mais em: Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?

Como é feito o diagnóstico da hérnia?

O diagnóstico das hérnias abdominais é feito basicamente através do exame físico, em que o/a médico/a pede à/ao paciente para tossir ou soprar a mão sem deixar o ar sair. Essa manobra aumenta a pressão dentro do abdômen e faz a hérnia "sair" pela parede abdominal.

Quando as hérnias são muito pequenas ou a/o paciente é obesa/o pode ser necessário utilizar ultrassom ou tomografia para diagnosticar a hérnia.

O/a gastrocirurgião/a é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento das hérnias.

Qual a diferença entre gastrite e pangastrite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gastrite é um processo inflamatório da mucosa do estômago, geralmente causada por processo autoimune ou infeccioso, uso de medicamentos, reações de sensibilidade ou estresse. A gastrite pode ocorrer em determinadas partes do estômago (corpo, antro, cárdia). Quando ela está presente em todas as áreas do estômago, ela é chamada de pangastrite.

Portanto, a pangastrite é o processo inflamatório (gastrite) que ocorre na mucosa do estômago como um todo. Essa gastrite pode ser aguda, quando aparece de repente e dura um período curto de tempo. Quando a gastrite dura mais de meses, ela é classificada como crônica.

O estômago produz sucos digestivos ácidos e é a mucosa que reveste a sua parte interna que protege o órgão da acidez do suco gástrico. Porém, se a mucosa estiver danificada ou lesionada, o ácido estomacal penetra na mucosa, piorando a lesão.

Por isso, a gastrite e a pangastrite merecem tratamento e dieta adequados para evitar futuras complicações como úlceras, hemorragias, formação de pólipos e câncer de estômago.

Além disso, a mucosa que reveste o estômago produz várias substâncias fundamentais para a digestão. Por isso, em caso de inflamação de parte dela (gastrite) ou dela toda (pangastrite), a produção dessas substâncias fica prejudicada e, como consequência, o processo digestivo.

O risco de gastrite e pangastrite aumenta com a idade, uma vez que a mucosa gástrica vai ficando mais fina e frágil com o passar dos anos.

Qual a diferença entre gastrite ou pangastrite erosiva e enantematosa?

A gastrite ou a pangastrite pode ser erosiva ou enantematosa. Na gastrite ou pangastrite erosiva, ocorrem erosões na mucosa do estômago. Já a enantematosa caracteriza-se pela vermelhidão da mucosa gástrica. Tanto a gastrite como a pangastrite erosiva e enantematosa podem ser leve, moderada ou acentuada.

Quais as causas da gastrite e da pangastrite? Gastrite e pangastrite aguda

A principal causa de gastrite e pangastrite erosiva aguda é o uso prolongado de medicamentos anti-inflamatórios, como aspirina (AAS - ácido acetilsalicílico) ou ibuprofeno. O consumo de bebidas alcoólicas, cocaína ou ainda a exposição à radiação também podem causar gastrite ou pangastrite erosiva.

As gastrites e as pangastrites erosivas também podem ter como causas acidentes, doenças graves, queimaduras extensas ou cirurgias de grande porte.

A gastrite e a pangastrite também podem ser provocadas por doenças autoimunes, doença de Crohn e infecções virais, parasitárias ou bacterianas.

Gastrite e pangastrite crônica

A principal responsável pelos casos de gastrite e pangastrite crônica é a bactéria Helicobacter pylori. A H. pylori está presente no estômago de cerca de 90% das pessoas com mais de 50 anos de idade e a sua transmissão ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados. Porém, a grande maioria dos portadores da bactéria não manifesta sintomas.

Por outro lado, quando ocorre e não recebe tratamento adequado, a gastrite crônica pode durar anos ou permanecer até o fim da vida.

Quais os sintomas de gastrite e pangastrite?

O principal sintoma da gastrite e da pangastrite é a dor ou desconforto na porção superior esquerda do abdômen. Outros sintomas que podem estar presentes incluem náuseas, vômitos e sensação de enfartamento após as refeições. Contudo, em muitos casos, a gastrite e a pangastrite não manifestam sintomas.

Em casos de gastrite ou pangastrite erosiva, pode haver presença de sangue nos vômitos ou nas fezes.

Na gastrite e pangastrite crônica causadas por H. pylori, a mucosa pode ficar atrofiada e as células que produzem substâncias essenciais para a digestão são destruídas, podendo evoluir para câncer.

Gastrite e pangastrite têm cura? Qual é o tratamento?

Gastrite e pangastrite tem cura. O tratamento é feito através de medicamentos que diminuem a quantidade de ácido produzido pelo estômago, para aliviar a dor e o desconforto. Além da medicação, é fundamental ter uma dieta adequada, que deve ser seguida conforme orientação do médico gastroenterologista.

Quando a gastrite ou a pangastrite é provocada pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios, pode ser necessário suspender a medicação, segundo avaliação médica.

Outra medida fundamental é tratar a infecção por H. pylori, mesmo quando a pessoa não manifesta sintomas, já que a infecção pela bactéria pode evoluir para úlceras ou câncer de estômago. O tratamento para erradicar a Helicobacter pylori é feito com a combinação de antibióticos e medicamentos específicos para o estômago.

O/a médico/a gastroenterologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da gastrite e da pangastrite.

Leia também: O que é gastrite enantematosa leve do antro?

Muita vontade de urinar e pouca urina, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sentir muita vontade de urinar com pouca urina para eliminar são sintomas típicos de cistite e alterações da próstata. A vontade de urinar nesses casos é frequente e muitas vezes urgente, como nas doenças da próstata. Contudo, no momento da micção, a pessoa tem dificuldade em eliminar a urina e o volume é pequeno.

Porém, nem sempre a urgência urinária associada à pouca quantidade de urina é sinal de doença. Na gravidez, por exemplo, é normal que a gestante tenha mais vontade de fazer xixi mesmo que não tenha tanta urina para eliminar, já que o crescimento do útero acaba por pressionar a bexiga.

Cistite

A cistite é uma inflamação da bexiga. Trata-se de um tipo de infecção urinária, assim como a uretrite (inflamação da uretra) e a pielonefrite (inflamação do rim).

As cistites são mais comuns em mulheres e caracterizam-se pela vontade constante de urinar, porém com dificuldade e pouca eliminação de urina. A presença de sangue na urina é outro sinal frequente, bem como a dor ou a sensação de ardência ao urinar.

Veja também: O que é cistite e quais os sintomas?

Hiperplasia benigna de próstata

A hiperplasia benigna de próstata (HBP) é um aumento do número de células que causa crescimento da glândula. A proliferação celular nesses casos não é cancerígena (hiperplasia maligna), mas o aumento de volume da próstata provoca várias alterações urinárias no homem.

Os principais sinais e sintomas da HBP são a vontade frequente de urinar, muitas vezes com urgência e durante a noite, associada à pouca eliminação de urina. O paciente tem dificuldade para urinar, apresentando jato de urina fraco ou interrompido. 

Leia também: O que é hiperplasia prostática?

Câncer de próstata

O câncer de próstata não costuma manifestar sinais e sintomas no início, já que esse tipo de tumor apresenta um crescimento lento. No entanto, nas fases mais avançadas, as manifestações mais comuns são a vontade e a dificuldade de urinar. Dependendo do estágio do câncer, o paciente pode apresentar ainda dores nas costas (coluna lombar), dor nos ossos, sangue na urina, entre outros sintomas.

Saiba mais em: Quais os sintomas de câncer de próstata?

Na presença de alterações urinárias, como aumento do número de micções, pouco volume de urina, dificuldade ou dor ao urinar, procure um serviço de saúde para que a causa seja devidamente diagnosticada e tratada.

Saiba mais em:

Dor ao urinar, o que pode ser?

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Minha menstruação veio só um dia e parou, o que significa e o que posso fazer?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Pequenas alterações no ciclo menstrual como, por exemplo, a menstruação vir por um dia somente e parar, são consideradas normais. Geralmente, ocorrem devido ao início da menstruação, ao uso de anticoncepcionais e outros medicamentos, estresse, ovulação, gravidez.

As mesmas causas também podem explicar o fato de a menstruação descer por 2 ou 3 dias e parar. Entretanto, quando estas alterações ocorrem frequentemente podem ser provocadas por problemas na tireoide, pólipo uterino e Síndrome do Ovário Policístico (SOP).

Vejamos mais sobre as causas de a sua menstruação vir por 1, dois ou três dias somente:

Começo do ciclo menstrual

No início do ciclo menstrual é comum que você perceba pequenos sangramentos, geralmente, descritos por algumas mulheres como “pouca menstruação” ou “menstruação fraca”.

Nos casos em que o endométrio descama lentamente, é normal que a menstruação ocorra por apenas um dia antes de a menstruação ocorrer em seu fluxo habitual.

O que posso fazer: Nestas situações apenas observe a sua menstruarão, pois, o fluxo menstrual se regulariza espontaneamente sem a necessidade de intervenção.

Uso de anticoncepcionais e outros medicamentos

Quando a mulher está começando o tratamento com pílulas anticoncepcionais ou quando há a interrupção abrupta do uso do anticoncepcional pode ocorrer sangramento menstrual em pouca quantidade e este sangramento pode ser confundido com a menstruação.

Este sangramento pode ser confundido com o início da menstruação que ocorre durante apenas um dia e é semelhante à borra de café. Além das pílulas anticoncepcionais, os antibióticos também podem causar alterações no ciclo menstrual.

O que posso fazer: Retome o uso regular da pílula anticoncepcional diariamente e em um mesmo horário, se você esqueceu de tomar ou suspendeu seu uso por conta própria. Se pretende deixar de usar a pílula é importante consultar o médico de família ou ginecologista. No caso de alterações do ciclo devido ao uso de antibióticos, busque orientações com o médico que prescreveu a medicação.

Estresse emocional

Nas situações em que o estresse emocional é muito intenso, podem ocorrer alterações na produção de hormônios como estrogênio e progesterona. As variações hormonais podem levar a mulher a menstruar somente por um dia.

O que posso fazer: Busque formas de reduzir o estresse como a prática de atividade física, adote de hábitos que tragam sensação de satisfação e felicidade, medite, crie momentos de lazer na sua rotina. Tente não se preocupar excessivamente com seu ciclo menstrual, pois esta atitude agrava o estresse e pode prolongar as alterações no seu ciclo.

Ovulação

No período em que ocorre a liberação do óvulo durante a ovulação, em torno do 14o dia do ciclo menstrual, o rompimento do folículo pode provocar um sangramento breve. Este sangramento não indica nenhuma gravidade, dura somente um dia e pode ser confundido com a menstruação.

O que posso fazer: Estes pequenos sangramentos da ovulação são esporádicos e não precisam de intervenção, pois cessam de forma espontânea.

Gravidez

Durante a gravidez a menstruação não ocorre. Entretanto, no início da gestação algumas mulheres apresentam um pequeno sangramento chamado nidação. O sangramento de nidação dura de 1 a 3 dias, apresenta uma coloração rosada e é considerado normal.

O que posso fazer: Apenas observe o sangramento. Se ele se tornar intenso e/ou demorar mais de 3 dias, busque o médico de família ou obstetra para avaliar o seu estado de saúde e o do seu bebê.

Menopausa

No período da menopausa, pode ocorrer a redução do ciclo menstrual e a menstruação pode se tornar irregular provocando sangramento de apenas um, dois ou três dias. Isto acontece devido à redução dos níveis de estrogênio do corpo.

O que posso fazer: Por ser uma situação normal que surge com a idade da mulher, não é necessário preocupar-se. Entretanto, se os sintomas da menopausa como presença de ansiedade e depressão, secura vaginal, insônia e fogachos causarem muito incômodo ou comprometerem o desenvolvimento das suas atividade diárias, procure um médico de família ou ginecologista.

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo

O hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da atividade da glândula tireoide que provoca o aumento exagerado da produção de hormônios e, por este motivo, a aceleração de funções vitais do organismo. Já o hipotireoidismo é a redução da atividade da tireoide que, por sua vez, causa a diminuição da produção hormonal.

Entre as alterações causadas pelo hipertireoidismo e pelo hipotireoidismo está a irregularidade menstrual que pode se manifestar com sangramentos que podem durar um, dois ou 3 dias.

O que posso fazer: Nos casos de suspeita de hiper ou hipotireoidismo é preciso procurar o médico de família ou endocrinologista para a realização de exame de sangue e ultrassonografia da tireoide para definir o tratamento adequado.

Pólipo uterino

O pólipo uterino é o crescimento anormal de células na parede interna do útero (endométrio). Este crescimento forma nódulos dentro do útero e são comuns durante a menopausa. Estes pólipos podem causar menstruação que dura apenas um dia.

O que posso fazer: É necessária a avaliação do ginecologista para definir tratamento que pode ser feito com anticoncepcionais em mulheres que apresentam sintomas como, por exemplo, sangramentos intensos ou apenas acompanhamento de 6 em 6 meses para acompanhar se o pólipo cresce ou não.

Síndrome do Ovário Policístico (SOP)

A Síndrome do Ovário Policístico é caracterizada pela presença de vários cistos nos ovários e desequilíbrio dos níveis de hormônios no sangue. Isto pode provocar irregularidade menstrual com menstruações que duram apenas um dia, acne, crescimento de pelos em excesso no corpo, facilidade para ganhar peso, acne e queda de cabelo.

O que posso fazer: Uma avaliação médica com a realização de exames de sangue e ultrassom é a melhor forma de definir o tratamento mais adequado.

Quando devo me preocupar?

A menstruação em pouca quantidade e que dura um dia ou mesmo dois ou três dias não é, por si, um motivo de preocupação. Entretanto, vice deve estar atenta se surgirem os seguintes sintomas:

  • Menstruação que não ocorre por tempo superior a 3 meses,
  • Dor intensa durante as menstruações,
  • Sangramentos frequentes entre as menstruações,
  • Aumento da quantidade do sangramento,
  • Tonturas,
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas, procure a avaliação de um médico de família ou ginecologista. Em caso de sangramento intenso e sensação de desmaios ou tonturas, se dirija à uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:

Dúvidas sobre menstruação, sangramentos e escapes

Durante a pausa desse mês a menstruação veio diferente?

Minha menstruação veio duas vezes este mês, é normal?

Minha menstruação está irregular. O que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

O que fazer para tratamento em caso de mordida de cachorro?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Em caso de mordida de cachorro, as atitudes a serem tomadas imediatamente são as seguintes:

  • Quando ocorre sangramento, lave o ferimento com água ou soro fisiológico e sabão, por 5 a 10 minutos, para limpar ao máximo a saliva e microrganismos presentes na boca do animal.
  • Vá imediatamente a um posto de saúde ou pronto socorro (em caso de lesão com sangramento e necessidade de curativo). É importante não realizar sutura em caso de mordida de animal, pois trata-se de ferida infectada. O que pode ser realizado é curativo ou uma aproximação das margens se o ferimento for muito extenso/profundo. Em seguida, um tratamento com antibióticos de amplo espectro deve ser iniciado (com prescrição médica), profiláticos contra infecções bacterianas secundárias, devido à presença de inúmeras bactérias na boca dos cães.
  • Verifique se o animal é observável (isto é, um animal conhecido, de família, vacinado) ou não (animal de rua, desaparecido ou morto). A informação mais importante é se é observável ou não, mas é fundamental saber se o animal está sadio ou doente. Os sintomas de raiva no cão são agressividade ou paralisia, salivação excessiva, mudanças de comportamento (leia também: Quais os sintomas do vírus da raiva?).
  • No caso de animal observável, sem suspeita de raiva no momento da agressão e acidentes LEVES (lambedura de pele com lesões superficiais e ferimentos superficiais pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros - exceto mãos e polpas digitais e planta dos pés), deve-se observar o animal por dez dias após a mordida. Se o animal continuar sadio, não há perigo. Se o animal morrer, desaparecer ou apresentar sintomas de raiva, devem ser aplicadas cinco doses de vacina (dias 0, 3, 7, 14 e 28).
  • No caso de animal observável, sem suspeita de raiva no momento da agressão e acidentes GRAVES (ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos, polpas digitais e/ou planta do pé; ferimentos profundos, múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo; lambedura de mucosas, lambedura de pele onde já existe lesão grave ou ferimento profundo causado por unha de animal), deve-se iniciar esquema profilático com duas doses de vacina no dia zero e dia 3 da mordida. Após, observar o animal por dez dias após a exposição. Se o animal permanecer sadio, não existe risco. Se o animal morrer, desaparecer ou apresentar sintomas de raiva, iniciar tratamento profilático com soro e terminar as cinco doses de vacina (a terceira entre o dia 7 e o dia 10, 14 e 28).
  • No caso de animal com suspeita de raiva no momento da agressão e acidentes LEVES, deve-se iniciar esquema profilático com duas doses de vacina no dia zero e dia 3 da exposição (mordida). Após, observar o animal por dez dias após a exposição. Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, encerrar o caso. Se o animal morrer, desaparecer ou apresentar sintomas de raiva, iniciar tratamento profilático com soro e terminar as cinco doses de vacina (a terceira entre o dia 7 e o dia 10, 14 e 28).

  • No caso de animal com suspeita de raiva no momento da agressão e acidentes GRAVES, deve-se iniciar esquema profilático com soro e cinco doses de vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28. Observar o animal por dez dias após a exposição. Se o animal permanecer sadio, encerrar o caso. Se a suspeita de raiva for descartada após o 10º dia de observação, suspender o esquema profilático e encerrar o caso.

  • No caso de animal NÃO observável (desaparecido ou morto), deve ser realizado tratamento em CCI local com soro e vacina anti-rábica em cinco doses nos dias 0, 3, 7, 14 e 28 da mordida (acidentes graves) ou apenas vacina em cinco doses nos dias 0, 3, 7, 14 e 28 da mordida (acidentes leves).

Vale a pena lembrar que, se a mordida for de um animal silvestre (morcego, raposa, etc), deve-se obrigatoriamente e imediatamente procurar um pronto socorro pois será imprescindível a administração de soro anti-rábico e posteriormente vacina.

Leia também:

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de dor no peito, a primeira coisa a fazer é observar as características dessa dor. A intensidade, localização, duração, verificar se piora ou melhora com o movimento e se existem outros sintomas associados à dor.

Com esses dados consegue considerar alguns dos motivos mais comuns para dor no peito e buscar a emergência nos casos mais graves.

Deve procurar uma emergência imediatamente quando...

Nos casos de dor no peito com algumas dessas características abaixo, você deve procurar uma emergência imediatamente, as características são:

  1. Dor que não melhora ou piora com nada;
  2. Tipo aperto ou queimação;
  3. Com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula, face ou para as costas;
  4. Com duração de mais de 10 minutos;
  5. Associado a suor frio, mal-estar e/ou tonturas.
Quais são as principais causas de dor no peito? 1. Infarto

Dor no peito, seja qual for a intensidade, que irradia para braço esquerdo, pescoço e queixo, e que não melhora ou piora com o movimento, pode ser sintoma de infarto.

Se a causa da dor no peito for infarto agudo do miocárdio, outros sintomas podem estar presentes, como falta de ar, respiração ofegante, pulsação fraca ou irregular, suor frio, tonteira, mal-estar e dor no estômago.

O que fazer se a dor no peito for sugestiva de infarto?
  • Dirigir-se imediatamente a um serviço de urgência mais próximo ou chamar uma ambulância pelo nº 192;
  • Desapertar a roupa, principalmente no pescoço, peito e cintura;
  • Evitar fazer esforços;
  • Permanecer em local arejado;
  • Respirar profundamente.

Se a pessoa sofrer uma parada cardíaca, o que pode ser verificado pela ausência de pulsação ou respiração, deve ser iniciado imediatamente o que chamamos de reanimação cardiopulmonar, ou a massagem cardíaca.

A realização de massagem cardíaca reduz de forma considerável o risco de morte da pessoa, portanto entenda como realizar uma massagem cardíaca em casos de urgência.

Como fazer massagem cardíaca

1. Deite a pessoa no chão, em local seguro;

2. Fique de joelhos ao lado da vítima;

3. Inicie a massagem com 30 compressões fortes e ritmadas no osso localizado bem no centro do tórax (esterno), afundando o peito pelo menos 5 cm;

Massagem cardíaca

4. Reavalie o paciente, se responde ao chamado ou se já encontra batimentos no pescoço ou no pulso;

Repetir os procedimentos até que chegue auxílio ou a vítima retorne a consciência.

É muito importante pedir ajuda, e sempre que possível revezar com outra pessoa a realização das massagens, para que seja o mais eficaz possível, visto que demanda muito esforço de quem está massageando.

Não pare as compressões até a chegada de ajuda; pois isso possibilitará a manutenção do fluxo de sangue no corpo da vítima, reduzindo a chance de óbito e ou complicações.

2. Angina

Quando a dor no peito aparece após esforço físico intenso, exposição a baixas temperaturas e emoções fortes, a causa provável é a angina, dor causada pela má circulação nas artérias que irrigam o coração. Nesses casos, outros sintomas podem estar associados, como sensação de aperto ou peso no peito, queimação e medo.

O que fazer se a dor no peito for angina?
  • Sentar ou deitar;
  • Descansar (a dor geralmente passa em 10 a 15 minutos);
  • Respirar calmamente;
  • Fazer uso do medicamento vasodilatador, caso tenha sido prescrito pelo médico assistente;
  • No caso de permanência da dor procure um atendimento de urgência imediatamente.

Saiba mais sobre o assunto em: O que é angina e quais os sintomas?

3. Gases

Dor no peito localizada abaixo das costelas pode ser causada por gases. Outros sintomas que costumam estar associados: dor abdominal, barriga dura e inchada, flatulência, cólicas intestinais e piora da dor com o movimento ou respiração profunda.

O que fazer se a dor no peito for gases?
  • Tomar medicamentos para eliminar os gases, como a Dimeticona;
  • Fazer uma massagem na barriga, com movimentos circulares e profundos no sentido dos ponteiros do relógio;
  • Deitar e abraçar os joelhos com as pernas dobradas, puxando contra a barriga.

Além do infarto, da angina e dos gases, a dor no peito pode ter ainda muitas outras causas, como pericardite, pneumonia, câncer no pulmão, embolia pulmonar, herpes-zoster, gastrite, úlcera, lesão em músculos ou costelas, ansiedade, síndrome do pânico, depressão, entre outras.

Nos casos de dor no peito, que sugira problema cardíaco procure imediatamente serviço de emergência; caso contrário, agende uma consulta com Clínico/a Geral, médico/a da família ou Cardiologista.

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