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Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios podem não estar diretamente relacionados. As dores no pescoço e ombros podem ser causadas por traumatismos, por tensão crônica sobre os músculos dessas regiões ou por má postura. Já a sensação de dormência pode ser um sintoma causado por estados de ansiedade.

A ansiedade é uma reação normal frente à situações de incerteza, estresse ou perigo. Porém quando essa reação tem uma intensidade ou duração anormal e exagerada para determinada situação, pode ser o resultado de um transtorno de ansiedade. Alguns sinais e sintomas do transtorno de ansiedade são: boca seca, inquietação, tremores, sudorese, dormências ou formigamentos, cansaço, tensão muscular, tontura, taquicardia, sensação de sufocamento, distúrbios gastrointestinais.

O clínico geral deve ser consultado para uma avaliação inicial e para encaminhamentos à outros profissionais da saúde, se necessário.

Estou com o pé direito inchado e o outro não, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O inchaço em apenas um dos pés, pode significar um problema grave de circulação no sangue, como a presença de um coágulo interrompendo o fluxo sanguíneo em uma das pernas.

Pode ser também uma infecção de pele, um trauma, falta de atividades físicas, uso crônico de certos medicamentos ou mesmo o uso de roupas muito apertadas.

1. Trombose venosa profunda (TVP)

A TVP é a causa mais comum de inchaço em apenas um dos pés ou uma perna.

O seu aparecimento é súbito, ou seja, acontece de repente. Exemplos típicos dessa doença são: sentir subitamente uma dor forte na panturrilha de um lado apenas enquanto caminha ou dormir bem e acordar com edema em um dos pés. Associado ao edema sempre tem a dor, endurecimento da panturrilha ("batata da perna"), calor e vermelhidão.

A questão é que a TVP é uma situação de urgência, porque esse coágulo pode se soltar da parede do vaso que obstruiu a qualquer momento, seguir para os pulmões, e causar um quadro grave de tromboembolismo pulmonar (obstrução de uma artéria do pulmão), com consequente parada respiratória e risco de morte.

Por isso, na suspeita de uma TVP procure um serviço de urgência médica imediatamente.

Saiba mais sobre o assunto no link: Quais as causas e os fatores de risco para a trombose venosa profunda (TVP)?

2. Infecção de pele (Erisipela)

A erisipela é uma causa frequente de edema no pé apenas de um lado, causada por um machucado mau cuidado, picada de inseto ou manipulação inadequada das unhas, que permitiu a entrada de uma bactéria e infectou a camada mais superficial da pele.

A infecção é caracterizada por inchaço, vermelhidão, dor e calor local, em apenas um membro. Atinge um pé, ou toda a perna de um lado só.

Pessoas obesas, diabéticas, idosas ou com comprometimento do sistema linfático, têm mais riscos de desenvolver a doença.

A celulite é uma forma mais grave e profunda de infecção de pele, atingindo até o subcutâneo. O quadro é semelhante à erisipela, com edema, dor, calor e vermelhidão local, porém associado a outros sintomas sistêmicos, como febre alta, mal-estar e indisposição.

O tratamento é feito com antibióticos, oral ou venoso, dependendo da gravidade e extensão da ferida, e quando preciso, pode ser indicada drenagem cirúrgica.

Portadores de diabetes devem procurar feridas ou machucados nos pés constantemente, já que a sua sensibilidade nas extremidades, é menor, dificultando identificar uma ferida pequena nos estágios iniciais.

3. Trauma

O trauma local também é uma causa bastante comum.

Algumas vezes damos "topadas" com os pés, porque estão constantemente expostos a traumas, mesmo com o uso de sapatos, e podemos não perceber inicialmente que foi um trauma importante.

Nesse caso, o inchaço pode ter marcas avermelhadas do pequeno trauma, dor local, principalmente quando toca na região ou movimenta o pé. Não é comum o calor local ou dor na panturrilha do mesmo lado.

Se houver edema com manchas roxas, calor local e muita dificuldade em realizar os movimentos simples do pé, como levantar os dedos ou fazer o movimento de ponta do pé, pode sinalizar uma fratura ou fissura nessa região. Devendo procurar uma emergência para avaliação do ortopedista.

4. Falta de atividade física

A falta de atividade física regular, permanecer sentado por muito tempo ou sentar por cima de apenas uma perna, pode comprometer a drenagem linfática e circulação do sangue nesse membro, causando o acumulo de líquido e o inchaço. Nesses casos não é habitual a presença de calor ou vermelhidão local, apenas o edema.

Entretanto, o mais comum é que o edema seja igual em ambos os membros. Mesmo assim, essa causa deve ser pesquisada e se for o caso, procurar se movimentar a cada 1 ou 2 horas, auxiliando na circulação sanguínea e linfática das pernas e pés.

5. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, assim como a alimentação rica em sal, podem levar ao quadro de edemas, mas como a medicação atinge circula por todo o organismo, o inchaço costuma ser também dos dois lados, e de maneira simétrica.

Existe uma grande lista de medicamentos que com o tempo de uso podem causar edema nos pés, como alguns antihipertensivos, antidepressivos, medicamentos para doença de parkinson e anticoncepcionais orais combinados.

Informe sempre ao seu médico sobre as alterações e modificações que encontra no corpo, para que as medicações sejam avaliadas.

6. Uso de roupas apertadas

O uso de roupas apertadas, podem dificultar a circulação do sangue nas pernas, especialmente quando o uso é por tempo prolongado.

Pessoas com maior predisposição para a trombose, deve ter atenção em todos esses fatores. Manter uma atividade física regular, evitar roupas apertadas, evitar o uso de medicamentos como os anticoncepcionais orais combinados e se preciso, fazer uso de meias elásticas de média compressão regularmente.

7. Doenças crônicas

As doenças crônicas como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, artroses e doenças reumáticas também podem causar edema em apenas um dos pés ou uma perna, mas não é comum. O mais frequente é acometer os dois lados.

Sendo assim, na suspeita de trombose venosa profunda, procure uma emergência médica.

No edema em apenas uma das pernas, que dura dias, não causa dor, endurecimento da perna, calor ou vermelhidão local, procure o seu médico de família, para avaliação e tratamento direcionado.

Inchaço em ambos os pés

Quando o inchaço ocorre em ambos os pés ou pernas, as causas mais frequentes são as doenças sistêmicas, como a insuficiência cardíaca, problemas renais, reumáticos ou hepáticos.

Leia também: inchaço nos pés: o que pode ser e o que fazer?

Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no estômago e vômitos podem, sim, fazer parte dos sintomas encontrados durante a gravidez, porém a diarreia não é um sintoma comum dessa fase. Outros sinais e sintomas mais específicos de gravidez podem ser avaliados, como o atraso menstrual, ou alteração nas mamas (mais sensível ou aumento de tamanho). Pode lhe ajudar:

Quantos dias de atraso são considerados como atraso menstrual?

Os sintomas de dor estômago, vômitos e diarreia sugerem quadro de gastrite, gastroenterite (infecção no trato gastrointestinal), ou intoxicação alimentar. O ideal é que busque atendimento médico para uma avaliação adequada e orientação quanto ao tratamento.

Dor no estômago e diarreia: o que eu faço?

Enquanto isso deve ingerir bastante líquido, pelo menos 2 litros de água por dia, evitar alimentos gordurosos, frituras e derivados de leite.

Pode lhe interessar também:

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Qual o tratamento para impetigo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para impetigo, seja ele bolhoso ou não bolhoso consiste em:

  • Higiene local e retirada das crostas na maioria das vezes é o suficiente para alcançar a cura;
  • Evitar coçar ou mexer nas lesões, por isso está indicado fechar com curativos;
  • Afastamento da escola, ou atividade laboral, até a cura completa;
  • Pomada de antibiótico e
  • Antibiótico oral, apenas em algumas situações.

Se o impetigo for localizado, a limpeza com água e sabão e a retirada das crostas em geral é o suficiente. Entretanto algumas vezes passa a ser necessário a introdução de pomadas com antibiótico e até mesmo antibiótico oral, nos casos de impetigo de repetição ou muito extenso.

A higienização consiste na remoção e limpeza das crostas, 2 a 3 vezes por dia, com água e sabão. A seguir, a pele deve ser seca com pano limpo ou gaze, e por fim, aplica-se a pomada ou o creme de antibiótico, se indicado.

Por ser uma lesão altamente contagiosa, é importante não tocar nem coçar as lesões, que podem ser cobertas e protegidas com uma gaze ou um curativo. O manuseio das lesões pode além de perpetuar a contaminação, levando a bactéria de um local para outro, contaminar outras pessoas, quando compartilham objetos, como talheres e toalhas.

Impetigo Qual a pomada usada para tratar impetigo?

A pomada mais indicada para casos de impetigo, quando se faz necessário, é a Pomada ou creme de mupirocina, deve ser aplicada nas lesões, após limpeza e remoção das crostas, pelo menos duas vezes ao dia.

Quais são os antibióticos usados para tratar impetigo?

Em casos de impetigo extenso, refratário ou de repetição, é necessário o uso de antibióticos por via oral. O impetigo é considerado extenso quando a área acometida não permite o uso de pomadas devido à sua extensão ou ao número de lesões.

Os antibióticos normalmente escolhidos nesses casos são: Penicilinas (Benzetacil), Cefalosporinas (Cefalexina), Clindamicina ou Doxiciclina (para alérgicos à penicilina).

Lembrando que os antibióticos são medicações de receita controlada, obrigatória, portanto seu uso deve ser prescrito e devidamente orientado pelo/a médico/a assistente.

O tratamento com antibióticos orais por 7 dias é suficiente, na maioria dos casos de impetigo.

Se ao final do tratamento o paciente não apresentar uma resposta satisfatória, deve-se fazer uma coleta da secreção das feridas, e estudo laboratorial, para identificar o tipo de bactéria e iniciar um novo ciclo de antibiótico desta vez guiado pelos exames.

Existe algum tratamento caseiro para impetigo?

A higiene do local pode ser considerada como um "tratamento caseiro" para impetigo, e é o ponto fundamental do tratamento. Por vezes pode não ser suficiente para acabar com a infecção, necessitando de medicamentos tópicos ou orais, mas deve ser realizado de forma cuidadosa para que alcance seu objetivo.

Como prevenir o impetigo?
  • Ter uma boa higiene pessoal;
  • Lavar as mãos com frequência;
  • Evitar o contato com pessoas que estejam com impetigo;
  • Não usar talheres, roupas ou toalhas de outras pessoas;
  • Manter as unhas bem aparadas e limpas.
O que é impetigo e quais são as causas?

O impetigo é uma infecção de pele comum, que acomete a camada mais superficial da pele e atinge principalmente crianças. Pode ser causado por 2 tipos de bactérias: Staphylococcus aureus (mais comum em crianças de qualquer idade) e Streptococcus do grupo A, (mais frequente em crianças de 3 aos 5 anos).

Essas bactérias estão normalmente presentes no nariz e na pele. Quando alguma porta de entrada surge, como cortes pequenos ou picada de inseto, essas bactérias penetram na pele e causam a infecção. O impetigo pode ser transmitido de pessoa para pessoa e é altamente contagioso.

Quais são os sintomas do impetigo?

Os sinais e sintomas do impetigo podem incluir presença de espinhas, feridas ou bolhas vermelhas no rosto, nos braços, nas pernas ou em outras partes do corpo. Os sintomas costumam se manifestar cerca de 4 a 10 dias depois da infecção.

As lesões podem estar cobertas com uma crosta suave, seca e cor de mel. Em alguns casos, as bolhas podem se romper, dando origem ao impetigo bolhoso.

Na maioria dos casos, o impetigo é leve. Contudo, sem tratamento, pode ocorrer dor, inflamação, disseminação da infecção, presença de pus ou febre. Em casos raros, quando o impetigo é causado por estreptococos do grupo A, podem surgir complicações como: glomerulonefrite, febre escarlate e doença estreptocócica invasiva, que pode ser fatal.

O tratamento do impetigo deve ser realizado pelo médico pediatra ou dermatologista.

Leia também:

Para que serve a Benzetacil e porque a injeção dói tanto?

CKMB elevada: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

CKMB elevada pode ser sinal de lesão no miocárdio (músculo cardíaco) ou insuficiência renal crônica. No infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), os valores sanguíneos de CKMB ficam elevados após 3-6 horas do início dos sintomas, com picos entre 12-24 horas, retornando a valores basais após 24-48 horas.

Nas doenças crônicas do coração e na insuficiência renal crônica, a CKMB não apresenta uma elevação e queda típica, como no infarto do miocárdio, mas mantém-se relativamente estável por vários dias.

Uma outra condição que pode deixar a CKMB elevada é o esforço respiratório agudo devido a agravamento de doença pulmonar, uma vez que os músculos respiratórios possuem mais CKMB do que a maior parte dos músculos.

A CKMB pode estar elevada em até 5% dos pacientes que fazem diálise e não apresentam evidências de infarto (isquemia miocárdica).

A CKMB é encontrada no músculo cardíaco e no músculo estriado esquelético, tendo um papel bem estabelecido na confirmação do infarto agudo do miocárdio e no monitoramento de terapia trombolítica.

Leia também:

O que é CKMB e quais os valores de referência?

O que pode causar a sensação de "útero tremendo"?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O útero é um músculo. Por isso, quando sentir que ele mexe ou treme, isso pode ser sinal de que ele está contraindo e relaxando.

Você pode sentir os movimentos quando:

  • O útero aumenta no início da gestação
  • Devido a movimentos do bebê no interior no útero — mas isso só acontece quando ele já está bem desenvolvido (a partir do terceiro ou quarto mês de gestação)
  • Durante o ciclo menstrual
  • Devido a movimentos em outros órgãos, como os intestinos e a bexiga.

Quando além de sentir o útero tremendo você sentir dor forte ou tiver um fluxo menstrual muito intenso, isso pode ser um sinal de algum problema de saúde. Identifique quando as contrações são normais e quando você precisa buscar ajuda.

Movimentos normais do útero

Os movimentos do útero são fundamentais para garantir a reprodução e na hora do parto.

Durante o ciclo menstrual

O útero tem contrações diferentes dependendo da fase do ciclo menstrual.

Na fase ovulatória, as contrações movimentam o útero para favorecer a entrada dos espermatozoides. São contrações que sentimos mais intensamente na região da vulva e da vagina, durante o ato sexual.

A quantidade e intensidade das contrações diminuem na fase final do ciclo menstrual, para não atrapalhar a fixação do embrião e favorecer a gravidez. Então, provavelmente você não vai sentir seu útero tremer se você estiver com a menstruação atrasada e estiver grávida. Pode sentir algo quando o útero começar a crescer.

Ao final do ciclo, quando não há gravidez, os movimentos uterinos favorecem a saída da menstruação. Às vezes é possível sentir estes movimentos. O movimento do intestino também colabora com a saída da menstruação.

Na gestação

Durante a gestação, é possível sentir o útero mexendo quando o bebê se move na barriga. Ao fim da gravidez, as fortes contrações do útero e a dilatação da abertura final (colo do útero) são os responsáveis pelo nascimento do bebê, no parto normal.

Doenças que alteram os movimentos do útero

Caso você sinta cólicas quando o útero treme ou tenha um fluxo menstrual muito intenso, procure um médico para verificar se está com algum problema.

Saiba os sintomas de algumas doenças associadas aos movimentos uterinos fora de padrão e quais podem dar a impressão de que o útero está tremendo:

Miomas

O mioma é a causa mais comum para as alterações dos padrões de contração uterina. Quem tem mioma pode sentir dor no contato íntimo ou nas relações sexuais, cólica menstrual e dor na parte baixa da barriga quando sente o útero tremer.

Nos casos sintomáticos, os tratamentos podem variar. Alguns exemplos são:

  • Tratamento com medicamentos
  • Tratamentos alternativos e complementares (exercício, dieta, ervas e acupuntura são alguns exemplos)
  • Cirurgias (retirada do mioma, embolização ou ablação do endométrio)
  • Cirurgia para retirada do útero

Os miomas são comuns em mulheres com dificuldade para engravidar. A infertilidade é atribuída ao fato de que os miomas alteram também o formato e a distribuição dos vasos sanguíneos no útero, além de alterarem como ele contrai.

Metade das mulheres com infertilidade sem causa aparente que fazem uma cirurgia para remoção do mioma conseguem engravidar. Por isso, a cirurgia é o tratamento comumente indicado nesses casos.

Quando ele não está causando problemas, pode ser monitorado através da realização periódica de ultrassons. Se o mioma não cresce e não causa sintomas, normalmente não requer nenhum tratamento.

Adenomiose

É um problema de saúde da mulher que geralmente tem como sintomas dor intensa e fluxo menstrual abundante, podendo causar infertilidade e abortamentos. Os movimentos do útero mais fortes, frequentes e fora do padrão normal e a inflamação são os principais fatores responsáveis por estas manifestações.

Se sente o útero tremendo e tem os sintomas descritos durante o período menstrual, procure um médico de família ou um ginecologista. Para a investigação, o médico pode pedir exames de sangue para dosagens hormonais e ultrassom.

Na adenomiose, a produção de um hormônio (prolactina) e o tamanho do útero podem estar aumentados. Algumas mulheres que têm a doença também têm endometriose.

O tratamento indicado pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, hormônios e cirurgias.

Endometriose

A endometriose é uma doença causada quando as células da camada interna do útero estão presentes fora do útero. Ela causa limitação nas contrações uterinas, dor e infertilidade, entre outras coisas.

Quem tem endometriose pode ter problemas em outros órgãos (intestinos e ovários, por exemplo), devido ao processo inflamatório que causa fora do útero. Se você sente o útero tremer, é possível que não seja endometriose — a não ser que os movimentos do intestino sejam responsáveis por isso.

Quando se preocupar?

Quando os movimentos do útero não são normais, com contrações que diferem do padrão, isso pode vir acompanhado de fluxo menstrual intenso, cólicas na parte baixa da barriga e dor em outras regiões da barriga. Nesse caso, os sintomas podem estar associados com problemas de fertilidade, gravidez ectópica, abortos e endometriose.

Quando tiver esses sintomas, procure um médico de família ou ginecologista para saber qual é o problema e qual o tratamento indicado.

Você pode querer ver também:

Causas de barriga tremendo e quando devo me preocupar

Sinto minha barriga mexer: o que pode ser?

Referências

Zhai J, Vannuccini S, Petraglia F, Giudice LC. Adenomyosis: Mechanisms and Pathogenesis. Semin Reprod Med. 2020; 38(2-03): 129-143.

Bulletti C, De Ziegler D, Setti PL, ETTORE Cicinelli E, Polli V, Stefanetti M. Myomas, Pregnancy Outcome, and In Vitro Fertilization. Annals of the New York Academy of Sciences. 2004; 1034(1): 84-92.

Jacoby VL, Jacoby A, Learman LA, Schembri M, Gregorich SE, Jackson R, Kuppermann M. Use of medical, surgical and complementary treatments among women with fibroids. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2014; 182: 220–225.

Harada T, Ohta I, Endo Y, Sunada H, Noma H, Taniguchi F. SR-16234, a Novel Selective Estrogen Receptor Modulator for Pain Symptoms with Endometriosis: An Open-label Clinical Trial. Yonago Acta Med. 2017; 60(4): 227–233.

Caroço no olhos: quais a principais causas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Caroços no olho são frequentes e podem causar intenso desconforto. Os caroços mais frequentes são aqueles que aparecem nas pálpebras. As causas mais comuns incluem o calázio e o hordéolo (terçol).

No entanto, também não é incomum aparecem caroços e nódulos na região mais interna do olho, como na conjuntiva, a fina membrana que recobre o olho. Entre as possíveis causas destacam-se a pinguécula, o pterígio, o cisto dermoide da órbita e o tumor de conjuntiva.

Vejamos as principais causas de caroço no olho:

Calázio

É um cisto que atinge as pálpebras, sendo mais frequente na pálpebra superior. Ocorre quando as glândulas de gordura ficam obstruídas.

O calázio é uma condição muito comum e, em grande parte das vezes, desaparece espontaneamente no decorrer de algum tempo

Qual o tratamento?

O tratamento do calázio envolve a aplicação de compressas quentes, de duas a três vezes ao dia. Em calázios de grandes dimensões que causam prejuízos à visão pode-se realizar aplicação de corticoesteroides, o que leva à sua redução.

Hordéolo (terçol)

O hordéolo ou terçol, é um nódulo decorrente da obstrução e infecção de glândulas sebáceas presentes nas bordas das pálpebras. Algumas pessoas podem notar ou sentir que tem uma bolinha na pálpebra, que cresce com o decorrer do tempo. Essa bolinha costuma ter um ponto mais amarelado ao centro.

Qual o tratamento?

Também pode desaparecer espontaneamente em alguns dias, a secreção acumulada no seu interior sai sozinha cessando o nódulo e melhorando a inflamação.

A aplicação de compressas quentes durante alguns minutos de duas a três vezes ao dia também facilita a drenagem espontânea do hordéolo. Em algumas situações pode ser indicado o uso de antibióticos, quando há infecção concomitante.

Pinguécula

É uma formação amarelada que aparece na conjuntiva do olho, podendo ser vista apenas como uma mancha, ou ainda formar uma pequena nodulação. É uma condição frequente causada por alterações degenerativas da própria conjuntiva. Um dos fatores de risco para o seu aparecimento é o olho seco.

Qual o tratamento?

A pinguécula é uma alteração benigna, portanto, geralmente não requer nenhum tratamento específico. Caso cause desconforto, podem ser usados colírios lubrificantes ou lágrimas artificiais para alívio dos sintomas.

Pterígio

O pterígio também é uma lesão degenerativa da conjuntiva que cresce em direção a pupila, também pode levar a formação de um pequeno nódulo, como se fosse uma "carne crescida". São fatores de risco para o pterígio o olho seco e a exposição excessiva a luz solar e vento.

Qual o tratamento?

É uma condição benigna, sendo que raramente é necessário algum tratamento. Se causar desconforto ou vermelhidão ocular podem ser usados colírios lubrificantes. Em situações de maior inflamação, anti-inflamatórios ou corticoides tópicos também são utilizados.

Quando o pterígio cresce a ponto de interferir na visão, está indicada a sua retirada através de cirurgia.

Cisto dermoide da órbita

Os cistos dermoides são tumores congênitos, ou seja, estão presentes desde o nascimento e crescem muito lentamente, sendo raros. Podem aparecer em diferentes regiões do corpo, inclusive na órbita ocular. Quando atinge o olho, o cisto dermoide aparece como um nódulo arrendondado, liso e duro.

Qual o tratamento?

O tratamento é feito através da retirada cirúrgica do cisto.

Tumor de conjuntiva

Tumores em forma de caroços ou nódulos, podem surgir na conjuntiva que é a parte branca do olho. Em fases iniciais podem ser confundidos com outras lesões oculares como pinguécula ou pterígio.

Qual o tratamento?

O tratamento dos tumores de conjuntiva é feito através da excisão do tumor.

Na presença de caroços ou nódulos nos olhos, consulte o seu médico de família ou um oftalmologista para uma avaliação e diagnóstico.

Também pode ser do seu interesse:

Pontada no olho: o que pode ser e o que fazer?

Referências bibliográficas:

Chandak et al. Eyelid lesions. Uptodate. 2020

Jacobs D. Pterygium. Uptodate. 2021

O que são restos ovulares e como surgem?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Restos ovulares são pequenas quantidades de material gravídico que permanecem no útero após um aborto espontâneo, sendo detectados pelo exame de ultrassom transvaginal. Os restos ovulares surgem a partir de restos embrionários ou fetais, além de outros materiais relacionados com a gravidez.

Os restos ovulares podem ser expelidos pelo útero durante um aborto incompleto, no qual apenas uma parte do conteúdo uterino é eliminado. Porém, uma parte deles pode ficar retida na cavidade uterina e causar infecções, sangramento, febre e dores abdominais. 

Ao verificar a presença de restos ovulares na ecografia, normalmente realiza-se uma curetagem, que é uma raspagem da camada interna do útero para esvaziar a cavidade uterina.

O procedimento é realizado por via vaginal e com anestesia geral ou raquidiana. Durante a curetagem, o médico ginecologista raspa cuidadosamente a cavidade do útero com um instrumento semelhante a uma colher, chamado cureta.

Para ter acesso à cavidade uterina pelo canal vaginal, é necessário que o colo do útero esteja dilatado. Se estiver em curso algum abortamento, é normal haver uma dilatação espontânea. Se não houver dilatação, o colo uterino precisa ser dilatado através de instrumentos ou medicamentos.

Leia também: O que é curetagem e como é feita?

Contudo, nem sempre é necessário fazer uma curetagem para retirar os restos ovulares. A realização do procedimento vai depender de quanto tempo tem o aborto e da quantidade de restos ovulares.

Caso o aborto tenha ocorrido há poucos dias, a mulher ainda pode expelir os restos ovulares naturalmente. Porém, se ao fazer novamente o exame de ultrassom o médico verificar que ainda existem restos ovulares, o mais indicado é fazer uma limpeza do útero através de uma curetagem.

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e retirada dos restos ovulares.

Também pode lhe interessar: Quais são os sintomas de aborto?

Sono excessivo: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sono excessivo durante o dia pode ser causado por privação de sono ou apneia do sono, na maioria dos casos. Porém, o sono em excesso pode ter diversas causas. Algumas delas:

  • Privação crônica de sono: Consiste em dormir menos horas do que é necessário para se sentir restaurado no dia seguinte. Pode ser voluntária (trabalhos noturnos, estudos) ou involuntária (filhos pequenos, ruídos, colchão inadequado);
  • Apneia do sono: Caracteriza-se pela obstrução parcial ou total da passagem do ar pela garganta durante o sono, levando a um esforço respiratório que deixa o sono fragmentado e com má qualidade;
  • Medicamentos ou drogas: Maconha, álcool, tranquilizantes, antialérgicos, anticonvulsivantes e antidepressivos podem provocar sono excessivo;
  • Narcolepsia: Caracteriza-se por ataques de sono durante o dia, perda do controle muscular diante de emoções fortes, acordar à noite e não conseguir se mover e alucinações no início ou fim do sono (saiba mais em: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?);
  • Distúrbios do ritmo circadiano: Alterações dos horários normais de sono que mexem com o relógio biológico, causando insônia, cansaço e sono excessivo durante o dia;
  • Hipersonia idiopática: A pessoa tem sono excessivo durante pelo menos um mês, acompanhado por episódios prolongados de sono noturno ou diurno quase todos os dias.
  • Depressão: 80% das pessoas com depressão apresentam alteração no sono seja o sono excessivo ou o oposto, a insônia.
  • Outras doenças: Anemia e hipotireoidismo também podem causar sonolência e sensação de cansaço e fraqueza.

Também pode lhe interessar: Sonambulismo: como identificar e tratar?

Caso apresente sono excessivo procure um médico de família para uma avaliação inicial, em alguns casos pode ser necessário um médico especializado em medicina do sono, para um correto diagnóstico e tratamento adequando da causa.

Saiba mais em:

Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

Osteofitose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A osteofitose não tem cura, porque o disco intervertebral desgastado não volta a se regenerar, portanto, os osteófitos, chamados popularmente de bicos de papagaio, permanecem. Mas essas alterações degenerativas do disco podem não causar mais sintomas após um tratamento eficaz, que ajuda a controlar a dor e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

Fazem parte do tratamento da osteofitose medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, atividade física e fisioterapia, com terapias que trabalhem a musculatura da coluna. A cirurgia só é indicada nos casos mais graves.

A atividade física, desde de que seja adequada às condições e limitações do paciente, são importantes para prevenir a perda de massa muscular, que causa o aumento da dor.

O RPG (Reeducação Postural Global) e o Pilates são técnicas que podem trazer resultados muito satisfatórios, uma vez que trabalham postura, flexibilidade e tonificação da musculatura da coluna.

A fisioterapia também é essencial no tratamento da osteofitose porque além de utilizar técnicas analgésicas para alivio da dor também ajuda no fortalecimento e alongamento muscular.

Veja também: O que é RPG e para que serve?

A cirurgia somente é indicada nos casos mais graves de osteofitose, quando são observadas alterações significativas no alinhamento da coluna ou lesões nos nervos provocados pelos osteófitos.

Caso apresente osteofitose procure um médico de família ou clínico geral geral para uma avaliação inicial.

Qual é o melhor tratamento para acabar com piolhos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O melhor tratamento para acabar com piolhos é:

  1. A aplicação local de solução com vinagre,
  2. Seguido do medicamento (xampu ou spray) antipiolhos,
  3. Secar os cabelos e
  4. Passar o pente fino até eliminar todos os parasitas e lêndeas.

Atualmente existem xampus pós tratamento para evitar uma nova contaminação. Vale ressaltar outras medidas preventivas, principalmente para idade escolar, aonde ocorrem com maior frequência essa transmissão.

Os familiares e as pessoas que têm contato direto com o indivíduo que tem piolhos também devem ser tratadas. Cortar ou rapar o cabelo não é necessário.

Tratamento tópico

Um bom tratamento caseiro para acabar com o piolho é aplicar uma solução de vinagre, sal e água morna na cabeça, deixar atuar por um tempo, lavar a seguir com xampu antipiolho e secar com secador de cabelos.

Para preparar a solução, basta misturar:

  • Meio copo de vinagre
  • 1 colher de sopa de sal e
  • 1 copo de água.

Depois, espalhe bem o produto pelo cabelo com algodão e enrole uma toalha na cabeça ou coloque uma touca de banho. Deixe atuar por 5 a 10 minutos, mas se coçar ou arder a cabeça, a solução deve ser retirada imediatamente, pode estar causando alergia.

Em seguida lave a cabeça com o xampu antipiolho indicado pelo médico dermatologista. Aplique também condicionador para ajudar a desembaraçar os fios.

Seque o cabelo com o secador e retire as lêndeas e os piolhos com a ajuda de um pente fino. Não esprema os piolhos e as lêndeas após retirá-los da cabeça. Jogue-os num recipiente com vinagre.

O que são lêndeas?

As lêndeas são os ovos do piolho e precisam ser retiradas para acabar definitivamente com a sua proliferação. Para removê-las, é preciso escorregá-las até o fim do fio de cabelo.

Outra medida importante para acabar com piolhos e lêndeas é lavar as roupas de cama e banho com água quente, fervendo as toalhas, os lençóis e as fronhas ou utilizando o programa de água quente da máquina de lavar.

Como se prevenir de piolhos?
  • Evitar compartilhar roupas, toalhas e acessórios de cabelo
  • Evitar o contato direto com pessoas infectadas
  • Manter o cabelo sempre limpo e seco
  • Manter o cabelo preso em situações com maior risco, como ambientes escolares.

Se os sintomas não melhorarem com as medidas citadas ou se houver dificuldade em eliminar os piolhos, agende uma consulta com médico/a da família ou dermatologista para avaliação e mais esclarecimentos.

Medicamento para pressão alta pode tirar o desejo de fazer sexo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns medicamentos frequentemente usados para controlar a pressão arterial, como os anti-hipertensivos e os diuréticos, apresentam como efeitos colaterais disfunção na atividade sexual, seja reduzindo a libido, causando disfunção erétil ou diminuição na lubrificação vaginal, embora dificilmente representem a única causa desse sintoma.

Contudo não são todos os medicamentos para hipertensão que causam esses efeitos, e as complicações de um quadro de hipertensão arterial são muito mais graves e perigosas. Por exemplo, é a principal causa de Acidente vascular cerebral (AVC), ou "derrame"; também está fortemente associada ao Infarto agudo do miocárdio (IAM), doenças muito prevalentes e motivos de incapacidade e sequelas na nossa população.

Outras causas comuns de redução da libido tanto nos homens quanto nas mulheres atualmente, são o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, ansiedade e depressão. Inclusive os quadros de transtorno de humor, como a ansiedade e depressão, estão entre as causas mais importantes de redução da libido.

Portanto é importante que não interrompa seu tratamento por conta própria antes de conversar com seu médico, responsável pelo tratamento da hipertensão, seja o clínico geral, médico da família ou seu cardiologista. Todos os efeitos colaterais oriundos da medicação podem ser reduzidos ou a medicação substituída, caso seja esse o principal ou único motivo para seus sintomas de redução da libido, evitando assim efeitos colaterais indesejáveis e ao mesmo tempo não colocando sua vida em risco.

Saiba mais sobre o assunto nos links abaixo:

Possíveis causas de diminuição da libido no homem

Qual o melhor remédio para aumentar a libido da mulher?

Falta de libido: o que pode ser e o que fazer?

O que é um AVC e quais os sintomas ou sinais?

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