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O que é retocolite ulcerativa? Tem cura?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A retocolite ulcerativa idiopática (RCIU) é uma doença inflamatória que acomete o intestino. Não tem cura definitiva, exceto com cirurgia (retirada do intestino grosso), mas tem tratamento eficaz. Seus sintomas são parecidos com os de outras doenças intestinais. Embora ainda não se conheça a sua causa, sabe-se que fatores genéticos e auto-imunes estão envolvidos no seu aparecimento.

A inflamação da RCIU é superficial e crônica, e acomete predominantemente a camada mucosa do cólon. Esta doença pode não afetar apenas o reto de forma contínua, mas também algumas secções próximas do cólon.

Sintomas principais

Cólicas e diarréia com sangue e eventualmente com pus, se houver infecção. As crises de diarréia são persistentes e ocorrem a qualquer hora do dia ou noite. Há reflexo intenso para evacuar logo após as refeições.

Diagnóstico

Colonoscopia com realização de biópsia. Certos exames de sangue podem detectar alterações decorrentes da doença (anemia e deficiência de ferro, devido ao sangramento, diminuição da albumina, aumento de proteína C-reativa, etc).

Tratamento

Tem como objetivo tirar o paciente da crise e mantê-lo em remissão. O tratamento farmacológico geralmente age com rapidez e eficiência na forma aguda da doença. Nos casos de megacólon tóxico é fundamental a prescrição de antibióticos.

Recomendações

Em caso de crises persistentes de diarréia (7 dias ou mais) com ou sem sangramento, procure assistência médica;

Evite alimentos que contenham fibras insolúveis (cascas de frutas, verduras, etc.), leite ou condimentos picantes para não estimular o intestino e agravar as crises de diarreia. O mesmo vale para bebidas fermentadas.

O que é útero retrovertido (rvf) e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Útero retrovertido (ou útero rvf) é um útero que está fletido para trás, para a região posterior do corpo. Trata-se da posição anatômica do útero na pelve, sendo portanto uma condição considerada normal.

O útero retrovertido passa a ser considerado patológico quando a fixação do útero nessa posição ocorre devido a um processo inflamatório ou a uma infecção genital.

Nesses casos, a retroversão uterina pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos inflamatórios ou infecciosos.  E essas aderências podem obstruir as trompas e o funcionamento normal do útero, podendo dificultar uma gravidez.

Quais os sintomas do útero retrovertido?

O útero retrovertido nem sempre manifesta sintomas. Quando estão presentes, podem incluir:

  • Dor durante a relação sexual;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor ao evacuar e urinar;
  • Dor pélvica;
  • Dor na coluna lombar.

O útero retrovertido ocorre em cerca de 25% a 30% das mulheres sem causar problemas ou sintomas. Muitas vezes a retroversoflexão do útero é diagnosticada em exames ginecológicos de rotina, durante o ultrassom.

Fale com o seu médico ginecologista se manifestar algum dos sintomas apresentados.

Leia também:

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O que significa ter o útero em anteversoflexão?

Como tratar afta na língua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para tratar aftas na língua deve-se aplicar pomada com analgésicos e corticoide para aliviar a dor e controlar a inflamação, além de fazer bochechos com enxaguantes antissépticos bucais para diminuir a irritação no local.

Em alguns casos, podem ser prescritos medicamentos antibióticos para curar a infecção secundária que pode estar causando a afta na língua. Para tratar as aftas maiores, que apresentam sintomas intensos e duração prolongada, pode ser indicado também o uso de corticoide por via oral.

O uso de pomadas só é possível quando a afta está localizada em locais de fácil acesso, como língua, boca (lábios), gengiva e parte interna da bochecha. A aplicação de medicamentos tópicos em aftas na garganta, por exemplo, é inviável. Nesses casos, o tratamento é feito com gargarejos e medicamentos por via oral, quando necessários.

A utilização de produtos e terapias que agridem a base da afta, como bicarbonato de sódio, nitrato de prata e laser, não tem comprovação científica de que reduz o tempo de cicatrização da ferida. Porém, pode aliviar os sintomas em algumas pessoas.

Durante o tratamento da afta na língua ou em qualquer outro local da boca, também deve-se evitar alimentos quentes, ácidos ou apimentados, que podem irritar ainda mais a lesão.

As aftas menores, com menos de 1 cm, tendem a desaparecer espontaneamente em 7 a 10 dias sem deixar cicatriz. Já as maiores, com mais de 1 cm, podem durar até 6 semanas e deixar cicatriz.

Se as aftas não cicatrizarem dentro de um período máximo de 10 dias, você pode consultar o/a dentista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Saiba mais em: Quais são as principais causas de aftas e o que fazer para evitá-las?

Qual a diferença entre adenomiose e endometriose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre adenomiose e endometriose é que a adenomiose caracteriza-se pela invasão do endométrio (tecido que reveste a parte mais interna do útero) no miométrio (parte muscular do útero, enquanto que na endometriose o endométrio cresce fora da cavidade uterina.

A endometriose é a presença de endométrio em outros locais que não o útero, tais como ovários, peritônio (tecido que recobre os órgãos), intestino, ligamentos localizados atrás do útero, região atrás do colo uterino.

Na adenomiose o tecido endometrial cresce por dentro da parede uterina (miométrio), desenvolvendo também glândulas do endométrio na mesmo local.

Portanto, adenomiose e endometriose não são a mesma coisa. As doenças são diferentes, apesar de ambas serem dependentes do hormônio estrogênio, o que significa que quanto maior é a exposição ao estrogênio, maior é o crescimento da doença.

Leia também: O que é endometriose?; O que é adenomiose e quais os sintomas?

Outra semelhança entre adenomiose e endometriose, é que as duas estão relacionadas com infertilidade. Sabe-se que a endometriose está presente em até 50% das mulheres inférteis e a adenomiose em até 14% dos casos.

A endometriose pode surgir junto com a adenomiose, o que eleva ainda mais os riscos de infertilidade.

Por outro lado, a adenomiose acomete com mais frequência mulheres que já engravidaram ou que já foram submetidas a curetagem, miomectomia ou parto cesárea, ao contrário do que ocorre com a endometriose.

Tanto na endometriose como na adenomiose, o objetivo do tratamento é combater o endométrio que está presente onde não deveria estar. O tratamento pode incluir medicamentos hormonais e não hormonais, além de cirurgias.

Também pode lhe interessar: Endometriose pode virar câncer?

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da adenomiose e endometriose.

Meningite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, meningite tem cura na maioria dos casos e o tratamento depende do agente causador (vírus, bactéria, fungo).

As meningites bacterianas são mais graves, tratadas com antibiótico venoso e o paciente precisa ficar internado em isolamento. O tratamento das meningites virais inclui repouso, cuidados gerais e medicamentos para aliviar os sintomas, podendo haver necessidade de internação, dependendo do caso.

Já as meningites fúngicas nem sempre têm cura e podem necessitar de tratamento por toda a vida. A terapia é feita com medicamentos antifúngicos.

No caso da meningite bacteriana, o tratamento com antibiótico deve começar o quanto antes. O medicamento é escolhido de forma padronizada inicialmente, e após resultados de exames colhido (sangue e líquido cefalorraquidiano) o medicamento pode ser substituído ou incluído mais algum, de acordo com o tipo de bactéria que for detectada.

Em geral, os antibióticos são administrados por via venosa durante um período mínimo de 7 a 14 dias. Dependendo da evolução do quadro e do agente causador, a antibioticoterapia pode ser prolongada.

O uso de corticoide pode ajudar a prevenir sequelas em casos de meningite bacteriana.

Já a meningite viral não necessita de tratamento com antibióticos, uma vez que é causada por vírus. Normalmente é utilizado o tratamento de suporte, com repouso e medicamentos que se façam necessários, de acordo como o quadro clínico, como os antitérmicos e analgésicos para amenizar os sintomas, podendo ou não haver necessidade de internação.

Uma exceção é a meningite herpética, causada pelo vírus do herpes, cujo tratamento é feito com a administração endovenosa de aciclovir.

Lembrando que a meningite é uma doença grave, por isso o diagnóstico e o tratamento devem ser precoces, pois são os fatores fundamentais para alcançar a cura e a prevenção de sequelas, comuns a essa doença.

Por isso, em caso de suspeita de meningite, não se automedique e procure atendimento médico imediatamente.

Saiba mais em:

Meningite fúngica tem cura? Qual o tratamento?

Como saber se tenho meningite?

Após a cirurgia de apêndice tenho dificuldade de evacuar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Após a cirurgia de apendicite é normal apresentar dificuldade para evacuar. Durante a cirurgia há manipulação das vísceras abdominais e, em consequência, isso pode afetar o trânsito intestinal no período pós cirúrgico.

Além disso, o processo de cicatrização pode formar cicatrizes internas que unem partes diferentes do intestino (bridas intestinais), causando desconforto, dores e dificuldade para evacuar.

Contudo, sintomas como diarreia, dor para evacuar e urinar, além da dor nas pernas, por um tempo longo após a cirurgia de apendicite, devem ser avaliados por um/a médico/a da urgência, pois podem indicar alguma infecção ou complicação decorrente da operação.

Quais as possíveis complicações da cirurgia de apendicite?

Algumas das complicações que podem ocorrer durante ou após uma apendicectomia incluem hemorragia, infecção no local do corte ou no abdômen, lesões na bexiga, no intestino, em vasos sanguíneos ou nos nervos próximos ao local da cirurgia.

Qual é o tempo de recuperação da cirurgia de apendicite?

O tempo de recuperação total da cirurgia de apendicite varia entre 15 e 40 dias, conforme o tipo de cirurgia. Se a operação for feita por laparoscopia, o retorno às atividades diárias pode ocorrer dentro de 15 a 20 dias. Quando a cirurgia é feita por laparotomia, o tempo de recuperação pode ser de mais de 40 dias.

Em geral, depois da consulta de retorno, o paciente já pode retornar ao trabalho e às suas atividades diárias, mas sem realizar esforços. Atividades que necessitam de esforços geralmente só são permitidas depois de 1 mês.

O que pode interferir na recuperação da cirurgia de apendicite?

Dentre os fatores que podem influenciar a recuperação após a cirurgia de apendicite estão a idade, a complexidade da cirurgia, a técnica cirúrgica, a presença de doenças associadas (diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares), entre outros.

Se as dores abdominais forem muito fortes e não houver alívio com os medicamentos prescritos, procure o/a seu/sua médico/a ou vá a um serviço de urgência.

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Tuberculose ganglionar é contagiosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, a tuberculose ganglionar não é contagiosa. Este é um tipo de tuberculose extrapulmonar, ou seja, que não afeta os pulmões, portanto não é transmitida de pessoa para pessoa através das secreções respiratórias.

A tuberculose ganglionar acomete os gânglios linfáticos (linfonodos), que são pequenos órgãos de defesa localizados em várias partes do corpo.

Pessoas com tuberculose ganglionar não são capazes de transmitir a bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch, causadora da doença. Esses indivíduos não precisam ficar em isolamento e podem entrar em contato com outras pessoas pois não existe risco de contágio.

Já a tuberculose pulmonar, que é a forma mais comum da doença, é contagiosa. Quando alguém com tuberculose espirra ou tosse, elimina gotículas de secreção respiratória contaminadas com a bactéria. A transmissão para outras pessoas ocorre pelas vias respiratórias, através da inalação dessas gotículas de secreção suspensas no ar.

Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Por isso, um paciente com tuberculose ganglionar pode transmitir a doença se estiver também com a forma pulmonar da tuberculose, o que geralmente ocorre em pacientes com imunodeficiência relacionada à AIDS.

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O que é sífilis?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sífilis ou cancro duro é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível (DST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua evolução é lenta, com períodos de manifestação aguda e outros de latência (sem sintomas). Sem o tratamento adequado na fase inicial, a sífilis pode comprometer todo o organismo.

A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez (sífilis congênita).

Os sintomas iniciais da sífilis caracterizam-se por pequenas feridas que aparecem nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas. Esses sinais normalmente se manifestam entre 7 e 20 dias depois da relação sexual (vaginal, oral, anal) sem proteção.

A sífilis pode ser classificada como primária, secundária, terciária e congênita, conforme o seu estágio e forma de transmissão.

A sífilis primária caracteriza-se por uma lesão ulcerada de base endurecida, lisa, brilhante, com secreção líquida, transparente e escassa, que provoca pouca ou nenhuma dor. Nas mulheres, pode aparecer nos grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero; nos homens pode ocorrer na glande e no prepúcio.

Juntamente com a lesão, surgem ínguas nas virilhas que não causam dor e aparecem duas ou três semanas depois da relação sexual desprotegida com uma pessoa infectada. Depois de 3 a 4 semanas, a úlcera desaparece sozinha, sem deixar cicatriz, o que dá a ideia de cura.

A sífilis secundária é a fase que se caracteriza pela disseminação da bactéria pelo organismo, 4 a 8 semanas após o aparecimento da primeira lesão. Aparecem manchas avermelhadas na pele, principalmente no tronco e extremidades (palmas das mãos e solas dos pés), febre, dor de cabeça, mal estar, perda de peso, dor de garganta, falta de apetite, queda de cabelo e ínguas.

Os sintomas da sífilis secundária também desaparecem espontaneamente, dando novamente ao paciente a falsa ideia de que está curado. A partir da fase secundária, a sífilis pode ficar latente no organismo, ou seja, não manifesta sintomas por um longo período, evoluindo para a fase terciária.

A sífilis terciária é marcada por manifestações severas nos órgãos acometidos. Pode haver meningite, paralisia de nervos e obstrução de vasos sanguíneos no cérebro, com risco de cegueira e acidente vascular cerebral ("derrame"). Afeta também a medula espinhal, levando à perda de reflexos e sensibilidade dos membros, podendo chegar à paralisia.

A sífilis também compromete o funcionamento das válvulas cardíacas e pode provocar lesões em grandes artérias, como a aorta.

Já a sífilis congênita é a sífilis que é transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez, podendo provocar aborto ou má formação fetal. Grande parte dos sintomas manifestam-se nos primeiros meses de vida, como pneumonia, feridas no corpo, perda da audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.

A sífilis pode ser prevenida com o uso de preservativos em todas as relações sexuais. O diagnóstico é feito com exame de sangue e o tratamento é realizado com antibióticos, geralmente penicilina.

A doença tem cura e é facilmente tratável, sobretudo na fase inicial. Contudo, sem tratamento, pode provocar danos irreversíveis aos órgãos.

Saiba mais em:

Quem tem hipotireoidismo pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mulheres com hipotireoidismo podem engravidar, desde que a doença esteja controlada. O hipotireoidismo, quando não tratado, pode causar problemas de fertilidade e dificultar a gravidez.

Além disso, já se sabe que mulheres com doenças da tireoide de longa duração têm menos chances de engravidar ou, quando conseguem, é mais difícil manter a gestação até o fim.

O hipotireoidismo é responsável por cerca de 2% dos casos de infertilidade feminina, pois provoca disfunções na ovulação. A falta do hormônio T4 da tireoide também diminui as taxas de fertilização e desenvolvimento do embrião.

Porém, mais da metade das mulheres com hipotireoidismo conseguem engravidar depois de manter a doença sob controle. Se a doença estiver sendo controlada, as chances de engravidar e de ter uma gestação sem problemas são as mesmas de uma mulher que não tem hipotireoidismo.

Sem tratamento adequado ou se não for tratado adequadamente, o hipotireoidismo aumenta os riscos de complicações durante a gravidez, como abortamento, hipertensão arterial, descolamento de placenta, menor crescimento do feto, nascimento prematuro e morte ao nascimento.

Filhos de mães com hipotireoidismo também podem apresentar uma diminuição do coeficiente cognitivo.

Por isso, o TSH de pacientes com hipotireoidismo deve ser avaliado na primeira consulta pré-natal e novamente a cada 3 meses. Boa parte dessas grávidas precisa receber um aumento da dose diária de T4 para não prejudicar o desenvolvimento do bebê.

Para esclarecer mais dúvidas converse com o seu médico obstetra.

Leia também:

Molusco contagioso: qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do molusco contagioso é feito através da retirada ou destruição cirúrgica das lesões. As técnicas mais usadas são a cauterização, a criocirurgia (destruição pelo frio), a eletrocirurgia e a curetagem (raspagem), esta última tende a ser o método mais escolhido pelos médicos pela sua fácil execução, eficácia e presença de poucos efeitos adversos.

Outra opção de tratamento para o molusco infeccioso é a aplicação local de produtos em forma de cremes ou pomadas. Alguns produtos, como o imiquimode, ajudam a e estimular uma resposta imunológica do organismo da criança ao molusco infeccioso, auxiliando assim a sua eliminação.

Molusco contagioso

Pessoas com o sistema imunológico saudável podem não necessitar de tratamento. Isso porque o molusco contagioso geralmente desaparece espontaneamente depois de um período de tempo, que pode durar meses ou anos.

Crianças com molusco contagioso podem ser tratadas com pomadas, como o imiquimode, hidróxido de potássio, extrato de folha de mirtilo-limão, cantaridina, entre outras, por ser um tratamento menos agressivo e que pode ser feito em casa.

Contudo, o tratamento tópico apresenta ainda eficácia incerta. Por isso, a decisão sobre a necessidade de tratamento ou não e qual a melhor forma de se realizar o tratamento deve ser discutido com o médico.

Em algumas situações, como de crianças que convivem em creches, o tratamento pode ser importante para evitar a proliferação da doença.

Em casa, é importante ter alguns cuidados, como evitar coçar, espremer ou tocar nas lesões.

O que é molusco contagioso?

O molusco contagioso é uma infecção causada por um vírus. É mais comum em crianças, mas também pode surgir em adultos.

Quais os sinais e sintomas do molusco contagioso?

O molusco contagioso caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas bolinhas na pele, que podem ter a cor da pele ou serem um pouco amareladas. As lesões podem ser do tamanho da cabeça de um alfinete ou chegar aos 3 milímetros de diâmetro, podendo surgir em grupos com dezenas de lesões.

Como o molusco infeccioso é transmitido?

A pessoa contrai molusco infeccioso pelo contato direto com o vírus, geralmente em locais úmidos, como piscinas. A umidade facilita a entrada do vírus.

O molusco contagioso não é grave, nem influencia a saúde geral da criança.

O diagnóstico e tratamento do molusco contagioso pode ser realizado por um médico de família, clínico geral ou pediatra capacitados. Em casos de maior gravidade pode ser necessária a avaliação de um dermatologista.

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hiperplasia endometrial é o espessamento do tecido que reveste a camada interna do útero (endométrio). A hiperplasia endometrial ocorre pelo aumento do número de glândulas do endométrio. Essa proliferação glandular é estimulada pela ação prolongada do hormônio estrógeno sem oposição da progesterona.

O principal sintoma da hiperplasia endometrial é o sangramento uterino anormal, que pode se manifestar sob a forma de menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual), metrorragia (sangramento fora do período menstrual) ou sangramentos pós-menopausa. 

As hiperplasias endometriais podem ser classificadas como simples ou complexas, com ou sem atipias. As hiperplasias complexas com atipias podem estar relacionadas com o desenvolvimento de câncer de endométrio. Sabe-se que quanto mais atípica for a hiperplasia, mais chance ela tem de evoluir para câncer.

Apesar da associação com o câncer de endométrio, a hiperplasia endometrial por si só é uma condição benigna. Trata-se de uma resposta natural do endométrio ao estímulo estrogênico.

Porém, quando esse estímulo está aumentado e não é compensado pela ação oposta da progesterona, ocorre um crescimento exagerado do endométrio devido à proliferação das glândulas endometriais.

Portanto, a hiperplasia endometrial é causada pela exposição excessiva e prolongada ao hormônio estrógeno, o que pode ocorrer na perimenopausa, na ausência de ovulação, na síndrome dos ovários policísticos, na terapia de reposição hormonal exclusiva com estrógeno ou ainda em casos de tumor de ovário.

O tratamento da hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso, podendo incluir curetagem, medicamentos ou cirurgia para retirar o útero.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hiperplasia do endométrio.

Saiba mais em:

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Como é o tratamento para hiperplasia endometrial?

Hérnia inguinal durante a gravidez é perigoso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Hérnia inguinal na gravidez pode ser perigoso devido ao risco de aumento ou estrangulamento da hérnia, uma vez que na gestação o crescimento da barriga aumenta a pressão intra-abdominal, o que pode agravar ou até causar uma hérnia nesse período.

A hérnia é uma parte da alça intestinal, que passa por dentro de uma abertura anormal da cavidade, mais frequentemente para região inguinal. 

O estrangulamento ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento. Como resultado, a alça intestinal estrangulada sofre uma torção e deixa de receber sangue e oxigênio. A parte afetada então pode evoluir com isquemia (morte das células), ruptura da alça, perfuração dessa parte do intestino, causando extravasamento de fezes e líquido intestinal, o que poderia levar a morte da gestante e ou do bebê, por infecção generalizada.

Grávidas com hérnias inguinais sintomáticas devem se submeter à cirurgia de correção da hérnia durante ou após o 2º trimestre de gravidez para evitar complicações que podem ser fatais. Já as hérnias inguinais que não causam sintomas podem ser tratadas cirurgicamente depois do parto.

Dentre os sintomas da hérnia inguinal estão o abaulamento local, desconforto na região, dores intensas, náuseas, vômitos e mal-estar generalizado.

Saiba mais em: O que é hérnia inguinal e quais os sintomas?

O ideal é que mulheres que têm hérnia inguinal e pretendem engravidar façam a cirurgia de correção pelo menos 6 meses antes da gravidez.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra ou médico de família.

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