Segundo este exame você não tem câncer de mama. Foram encontradas alterações benignas na mama que não sugerem câncer. É importante levar o exame ao médico que o solicitou, que poderá avaliá-la dentro do seu contexto clínico.
Como entender o laudo da mamografia?O exame de mamografia pode encontrar nódulos ou alterações sugestivos ou não de malignidade, ou seja, alterações benignas ou malignas. De modo a melhor agrupar essas alterações usa-se o sistema BIRADS de classificação do resultado. Essa classificação vai de 0 a 6 e mostra as alterações que foram encontradas no exame pelo radiologista.
- BIRADS 0: o resultado do exame não permite conclusões, geralmente é necessário complementar a mamografia com outros exames, como ultrassom.
- BIRADS 1: Não foi encontrada nenhuma alteração no exame, portanto, o resultado é de normalidade.
- BIRADS 2: Foram encontradas alterações, mas todas benignas, resultado também pode ser considerado normal.
- BIRADS 3: Foram encontradas alterações provavelmente benignas, mas é necessário um acompanhamento mais próximo, o médico pode indicar repetir o exame em 6 meses.
- BIRADS 4: Foram encontradas alterações com suspeita de malignidade. Nessa situação está indicada biópsia para esclarecimento do diagnóstico.
- BIRADS 5: Alterações com alta suspeita de malignidade, é essencial a realização de uma biópsia para investigação.
- BIRADS 6: É o resultado em pacientes que já apresentam câncer de mama e necessitam fazer mamografia para acompanhamento.
É válido lembrar que todo e qualquer exame deve ser interpretado pelo médico que o solicitou que irá levar em consideração outros fatores clínicos para o correto diagnóstico.
A mama pode apresentar diferente alterações estruturais benignas no decorrer da vida das mulheres. As mais frequentes são os fibroadenomas, cistos, papiloma intraductal e tumor filoide.
FibroadenomasOs fibroadenomas são as lesões de causas benignas mais frequentes na mama. Geralmente é um nódulo móvel, de consistência elástica, com bordas regulares e lisas, é pouco ou não doloroso. Costumam crescer um pouco mais na gestação. Também oscilam de tamanho conforme o ciclo menstrual.
CistosOs cistos são nódulos regulares e amolecidos por conterem líquido dentro. Podem causar dor se crescerem rapidamente ou atingirem grandes proporções. Além disso, podem crescer ou desaparecer espontaneamente.
Papiloma intraductalO papiloma intraductal é uma alteração benigna dos ductos subareolares da mama, o seu principal sintoma é a saída de secreção mamilar sanguinolenta.
Tumor filoideSão tumores móveis, lobulados e indolores, apresentam semelhanças com os fibroadenomas, mas o seu crescimento é mais rápido e costumam ser maiores. São tumores mais raros.
Na presença de nódulos mamários ou outras alterações da mama consulte sempre o seu médico de família ou ginecologista.
Sim, melanoma tem cura. Apesar de ser o câncer de pele com o pior prognóstico e os maiores índices de mortalidade, o melanoma pode ser curado em mais de 90% dos casos, se for diagnosticado no início.
Na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia. Nas fases mais avançadas, o câncer já está mais profundo, o que aumenta o risco de metástase (disseminação para outros órgãos) e reduz a probabilidade de cura.
O tratamento do melanoma depende sobretudo do tamanho, da localização e da agressividade do tumor, sendo o tratamento cirúrgico o mais utilizado.
A cirurgia excisional consiste na remoção da lesão e de uma borda de pele saudável ao redor do tumor, que serve como margem de segurança. Este procedimento tem altas taxas de cura e pode ser usado quando o melanoma é recorrente.
Enquanto que a cirurgia excisional é feita com um bisturi, a cirurgia micrográfica é realizada com uma cureta, com a qual o cirurgião retira o tumor com um pouco de pele saudável ao redor e faz uma raspagem no local.
Os tecidos removidos são analisados ao microscópio e, se ainda houver vestígios de células cancerosas, o procedimento é repetido sucessivamente até não haver mais nenhum resquício de células doentes.
A cirurgia micrográfica é indicada quando o melanoma está localizado em áreas críticas ou quando o tumor não está bem delimitado.
Já o melanoma metastático tem menos opções de tratamento e não tem cura na maioria dos casos. Contudo, alguns medicamentos administrados por via oral podem aumentar consideravelmente a sobrevida desses pacientes.
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, com a taxa de mortalidade mais alta e o pior prognóstico dentre todos os tumores malignos de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), daí o nome "melanoma.
Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele, que é mais frequente em pessoas de pele clara.
Indivíduos com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção. A presença de qualquer pinta ou sinal de pele que muda de cor, formato ou relevo deve ser examinada pelo/a médico/a dermatologista.
Saiba mais em:
Sim, a colonoscopia pode detectar câncer de intestino. Com esse exame, é possível avaliar as estruturas do intestino e coletar amostras via biópsia para análise microscópica.
Na colonoscopia, é possível avaliar a presença de pólipos, vegetações e crescimento anormal de células, como o câncer. Ou seja, a colonoscopia é um ótimo exame para rastreamento de câncer de intestino quando sua solicitação é bem indicada.
Algumas pessoas podem ter mais riscos de ter câncer de intestinos e, nesse caso, devem realizar esse exame com frequência indicada pelo/a médico/a.
Em caso de:
- Presença de sangue nas fezes;
- Mudança de hábito intestinal;
- Dores abdominais;
- Perda de peso;
- Anemia;
- Presença de história familiar de câncer no intestino.
A colonoscopia é um exame realizado com sedação por via retal. Após a sedação, o/a médico/a introduz um fio que possui uma câmera acoplada e transmite as imagens para a tela de um monitor.
Procure uma unidade de saúde para uma avaliação detalhada.
Saiba mais em:
Depende. O câncer de estômago costuma ser "estadiado", ou seja, classificado em graus, de acordo com os fatores abaixo:
- Subtipo do tumor;
- Localização e extensão;
- Acometimento de linfonodos, próximos a lesão;
- Metástases (comprometimento de outros órgãos).
De acordo com o estadiamento, são definidas as taxas de chance de cura completa ou de tempo estimado de sobrevida. Por exemplo, os estágios mais iniciais, classificados como Estádio I, apresentam chance de cura de até 75%, enquanto o estágio mais avançados, considerado Estádio IV, em média não ultrapassa 4% (segundo a American Cancer Society - 2016).
Para alcançar a cura, é muito importante que o tratamento tenha início logo na fase inicial da doença. A remoção cirúrgica de parte ou de todo o estômago (gastrectomia parcial ou total), além dos nódulos linfáticos que estão próximos, e tratamento complementares, como radio e quimioterapia, serão definidos pela equipe médica, de acordo com cada caso.
A remoção dos gânglios linfáticos faz parte da cirurgia de retirada do estômago, pois serve para determinar se há células malignas nestes linfonodos, delimitando a margem de segurança e por vezes, modifica a classificação e ajustes no tratamento.
A radioterapia e a quimioterapia são formas de tratamento secundárias, que complementam o tratamento cirúrgico, seguindo os protocolos estabelecidos para cada tipo de tumor.
Juntos, cirurgia, radioterapia e quimioterapia compõem a terapia curativa do câncer de estômago, podendo alcançar as taxas de cura esperadas.
Contudo e infelizmente, há casos em que o câncer de estômago não tem cura e o tratamento se torna apenas paliativo, através de quimioterapia e radioterapia. Algumas dessas situações são:
- Tumores não passíveis de serem retirados, seja pelo tamanho ou comprometimento de órgãos vitais;
- Condições clínicas que impedem a realização da cirurgia curativa, como cardiopatia grave ou insuficiência renal, por exemplo;
- Presença de metástases.
O tratamento do câncer de estômago deve ser realizado e acompanhado por médico/a oncologista.
Pode lhe interessar també: Quais os sintomas de câncer no estômago?
O excesso de gases normalmente não é um sinal de câncer no intestino ou cólon. Na maioria das vezes este problema é causado apenas por situações mais comuns como prisão de ventre, dieta inadequada, sedentarismo ou hábitos alimentares prejudiciais (como comer rapidamente).
O excesso de gases pode ser causado pelo consumo de certos alimentos que aumentam a produção de gases, como feijões, grãos e vegetais ricos em fibras, como repolho.
Dificilmente o câncer no intestino irá apresentar como sintoma único a flatulência, sendo frequente que surjam outros sintomas como:
- Diarreia frequente;
- Prisão de ventre;
- Sangramento nas fezes;
- Emagrecimento sem causa aparente.
Outras doenças e condições também podem ocasionar excesso de gases. Alguns exemplos são:
- Intolerâncias alimentares (a lactose ou glúten);
- Síndrome do intestino irritável;
- Doença inflamatória intestinal.
Caso considere que está apresentando mais gases do que ou normal ou esteja sentindo outros sintomas como diarreia, prisão de ventre ou sangramento nas fezes, consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em algumas situações pode ser necessário a avaliação por um gastroenterologista.
Referências:
Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa (SRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Escola Bloomberg de Saúde Pública/Centro de Programas de Comunicação (CPC) da Universidade Johns Hopkins, Projeto INFO. Planejamento Familiar: Um Manual Global para Prestadores de Serviços de Saúde. Baltimore e Genebra: CPC e OMS.
O diagnóstico de câncer de ovário não se baseia apenas nesses dois exames. Mas dentre eles o que tem maior sensibilidade, ou seja, mais chance de encontrar o câncer, sem dúvida é o Ultrassom.
O câncer de ovário é um tipo de câncer felizmente pouco comum, porém de difícil diagnóstico, apesar da evolução dos exames e da pesquisa médica nas últimas décadas. Em geral seu diagnóstico se dá pela soma de fatores analisados pelo médico, como sintomas clínicos, presença de massa pélvica na palpação durante o exame ginecológico, associado ao exame de Ultrassonografia, o primeiro a ser solicitado quando suspeita, e marcadores tumorais, como o CA125, CEA, CA 19-9, HCG, entre outros. Já exames como Tomografia e ressonância não acrescentam muito ao diagnóstico, mas são habitualmente utilizadas para pesquisa de metástases e preparo cirúrgico, quando indicado.
Os marcadores tumorais são substâncias produzidas pelos tumores, ou associadas a eles, entretanto existem diversos tipos de tumores, benignos e malignos, que podem elevar o valor dos marcadores da mesma forma, não te permitindo definir um diagnóstico apenas por este exame. Por exemplo, o CA 125 é o marcador mais associado ao câncer de ovário, podendo aumentar em até 80% seus níveis no sangue, mas também pode se apresentar com valores normais, o que não exclui o diagnóstico.
Portanto, na suspeita de câncer de ovário, o médico ginecologista e/ou oncologista, devem ser os médicos responsáveis pelo devido acompanhamento e esclarecimento de todas as dúvidas.
Pode lhe interessa também:
Quais são os sintomas do câncer de ovário?
O carcinoma basocelular caracteriza-se pela presença de um caroço ou nódulo brilhante na pele, de coloração rósea ou translúcida, muitas vezes com pequenos vasos sanguíneos na sua superfície. As lesões podem sangrar e formar feridas difíceis de cicatrizar.
No entanto, os sinais e sintomas do carcinoma basocelular podem variar de acordo com o subtipo dessa forma de câncer de pele. As lesões podem ser planas e avermelhadas, semelhantes a uma reação alérgica, ou serem nodulares, brilhantes, com tons róseos ou avermelhados. É comum formar uma crosta na porção central do tumor.
No caso do carcinoma basocelular pigmentado, pode haver formação de nódulos pontilhados com pigmentos. Já o carcinoma basocelular esclerodermiforme produz lesões semelhantes a cicatrizes com bordas mal definidas na pele, enquanto que no carcinoma basocelular superficial surgem placas vermelhas e descamativas.
Carcinoma basocelularO carcinoma basocelular atinge sobretudo pessoas com mais de 40 anos, de pele e olhos claros, cabelos ruivos e que permanecem expostas ao sol por longos períodos sem proteção.
O tumor pode surgir em qualquer parte do corpo que sofra exposição constante aos raios solares, embora a grande maioria dos tumores apareçam na cabeça ou no pescoço.
De todos os tipos de câncer de pele, os carcinomas basocelulares estão entre os que têm melhor prognóstico, já que crescem lentamente e a disseminação para outros órgãos (metástase) é muito rara.
Porém, o carcinoma basocelular pode ser agressivo e invasivo, destruindo os tecidos ao redor do tumor, inclusive cartilagem e ossos. Se não for diagnosticado e tratado precocemente, pode causar deformidades irreversíveis.
O dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer de pele.
Saiba mais em:
O que é carcinoma basocelular?
O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.
O carcinoma ductal pode ser dividido em:
- In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
- Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:
- nódulo ou caroço palpável na mama;
- derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
- alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:
- nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
- saída espontânea de secreção pelo mamilo;
- alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
- em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.
A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.
Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:
- idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
- etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
- tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
- tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
- acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
- receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
- outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.
O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.
Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:
- mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
- mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
- dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.
Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.