Perguntar
Fechar
Hérnia pode virar câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, hérnia não vira câncer. Porém, a hérnia de hiato pode causar refluxo gastroesofágico, que, com o passar do tempo, pode favorecer o aparecimento de câncer de esôfago.

Pacientes com hérnia de hiato frequentemente apresentam refluxo gastroesofágico, que é a passagem do conteúdo ácido de estômago para o esôfago.

Como o esôfago não está preparado para receber o suco gástrico, suas células sofrem uma transformação e ficam parecidas com as do estômago, como forma de defesa. Essa alteração é chamada de esôfago de Barrett e surge em casos crônicos de refluxo.

O esôfago de Barrett é encontrado em cerca de 10% dos pacientes com refluxo e pode evoluir para câncer em até 1% dos casos.

Sabe-se que pacientes com alteração na parede do esôfago com mais de 2 cm de espessura apresentam maiores riscos de desenvolverem câncer de esôfago.

Assim, pode-se concluir que a hérnia de hiato em si não se transforma em câncer, mas pode contribuir para o aparecimento do esôfago de Barrett, que pode eventualmente evoluir para câncer de esôfago.

Para maiores esclarecimentos sobre as complicações e tratamento da hérnia de hiato, consulte o seu médico.

Veja também os artigos: Hérnia hiatal tem cura? Qual o tratamento? ; O que é hérnia hiatal e quais os sintomas?

Quais os sintomas do câncer de endométrio?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O principal sintoma do câncer de endométrio é o sangramento vaginal, chamado sangramento uterino anormal, que pode se manifestar na fase inicial da doença e ocorre em mais de 90% dos casos de câncer de endométrio.

Outros sintomas que também podem estar presentes incluem dor, sensação de peso na pelve, corrimento vaginal e emagrecimento.

O sangramento uterino em mulheres na pós-menopausa é um forte indício de câncer de endométrio, uma vez que a maioria das pacientes afetadas pelo tumor encontram-se nessa fase. Nesses casos, é comum ainda a queixa de corrimento vaginal de cor branca ou amarelada, semanas ou meses antes do início do sangramento.

Sangramentos vaginais fora do período menstrual em mulheres na pré-menopausa também devem ser investigados.

Quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo (metástase), podem surgir sinais e sintomas relacionados com os órgãos atingidos pela doença, tais como:

  • Prisão de ventre (intestinos);
  • Dificuldade para urinar (bexiga);
  • Tosse, falta de ar (pulmões);
  • Icterícia (fígado);
  • Presença de nódulos ou "ínguas" (linfonodos);
  • Tumor vaginal.

O câncer de endométrio é o câncer ginecológico mais comum nos países desenvolvidos. Os fatores de risco para desenvolver o tumor incluem terapia com estrógenos, ausência de ovulação crônica, obesidade, hipertensão arterial, idade entre 40 e 50 anos, pré-disposição genética, primeira menstruação precoce e menopausa tardia.

O câncer de endométrio tem tratamento, mas é importante que o mesmo seja iniciado o mais cedo possível. Consulte um médico ginecologista em caso de sangramento uterino anormal, principalmente se você estiver na pós ou pré-menopausa.

Saiba mais em: Câncer de endométrio tem cura?

Mioma pode virar câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, mioma não vira câncer.

O mioma (leiomioma), é um tumor benigno, ou seja, não canceroso.

O mioma precisa ser diferenciado das situações malignas como o leiomiossarcoma, que é um tumor maligno

Outra diferenciação é com o leiomioma atípico, uma variante do mioma comum, que pode evoluir para câncer.Esse mioma atípico tem um comportamento que fica no limite entre um tumor benigno e maligno. Felizmente, os leiomiomas atípicos são raros e representam apenas 0,5% a 1% dos casos de câncer de útero.

Os miomas são muito comuns e representam cerca de 90% dos casos de tumores uterinos benignos e não causam sintomas em aproximadamente 75% dos casos.

Apesar do risco de câncer ser praticamente nulo, os miomas podem crescer muito e necessitam de tratamento quando causam sintomas como sangramentos excessivos, dor abdominal, dor durante as relações sexuais e urgência urinária.

Portanto, uma mulher que tem um mioma no útero não deve se preocupar com a hipótese do mioma "virar" câncer, mas deve fazer um acompanhamento regular com o/a médico/a ginecologista para verificar a sua evolução.

Leia também:

Quais são os sintomas de mioma?

Ovário policístico e mioma podem dificultar engravidar?

Mama densa é câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, mama densa não é câncer, é uma característica normal da mama. Mamas densas são comuns em mulheres mais jovens e podem muitas vezes dificultar a realização do diagnóstico mamográfico.

As mamas densas são mamas que possuem uma grande quantidade de tecido glandular, que é o tecido responsável pela produção do leite materno. Na mamografia, a gordura aparece escura, enquanto que o tecido denso é branco. Os tumores, quando estão presentes, também aparecem em branco e podem assim passar despercebidos pelo médico.

Assim, a mama densa pode favorecer um resultado falso-negativo, ou seja, pode haver alguma lesão na mama e o exame dar normal. Quanto mais gordura tem o seio, mais escura é a imagem e mais fácil é visualizar o tumor. 

Por isso na situação de mama densa é comum o médico solicitar outros exames complementares para uma avaliação diagnóstica mais precisa.  Além da mamografia, o médico  poderá solicitar ultrassonografia mamária, ressonância magnética das mamas ou ainda mamografia com contraste a depender do caso a ser investigado.

Há algumas estudam que apontam que as mamas densas são um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Esse risco está associado a uma maior predisposição biológica e também à dificuldade de visualizar o tumor durante o exame de mamografia.

Além das mamas densas, outros fatores de risco para desenvolver câncer de mama incluem:

  • Envelhecimento;
  • Casos de câncer de mama na família;
  • História anterior de câncer de mama ou ovário;
  • Menopausa depois dos 55 anos;
  • Não ter filhos ou ter o primeiro filho com mais de 35 anos;
  • Ganhar peso depois da menopausa ou engordar na idade adulta;
  • Consumir mais de uma dose de bebida alcoólica por dia;
  • Terapia de reposição hormonal após a menopausa;
  • Primeira menstruação antes dos 12 anos;
  • Tomar pílula anticoncepcional (com estrogênio e progesterona).

Vale ressaltar que a presença de um ou mais fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente câncer de mama.

As mamas densas são uma característica genética da mama, comum em mulheres jovens e detectada pela mamografia. Não é possível avaliar a densidade da mama pelo toque.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico mastologista.

Leia também:

O que é mama densa?

Mama densa tem cura? Qual o tratamento?

Linfoma tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, linfoma tem cura. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. As chances de cura e a escolha do tratamento dependem principalmente do estágio do câncer e do tipo de linfoma (Hodgkin ou não-Hodgkin).

Alguns linfomas não-Hodgkin podem ser tratados apenas com radioterapia, embora a quimioterapia seja a grande responsável pela eliminação completa da maioria dos tumores.

A quimioterapia é feita com medicamentos específicos que matam as células doentes. Contudo, muitas vezes, o tratamento acaba por destruir também células saudáveis.

A radioterapia consiste na aplicação localizada de radiação para matar as células cancerígenas. Esse tratamento é útil para amenizar os sintomas do linfoma e potencializar o efeito da quimioterapia, reduzindo as chances de recidivas do tumor.

Já o transplante de medula óssea consiste na substituição das células doentes e mortas por células normais de medula óssea. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).

Alguns tipos específicos de linfoma precisam de tratamento imediato, enquanto outros, que crescem lentamente e não provocam sintomas, nem sempre precisam ser tratados com tanta brevidade. O acompanhamento da evolução do tumor pode ser suficiente nesses casos.

Após o tratamento, o paciente é acompanhado periodicamente para verificar se o linfoma voltou. Os intervalos entre as consultas vão aumentando com o passar do tempo.

O reaparecimento dos sintomas deve ser comunicado imediatamente ao médico hematologista, o especialista responsável pelo tratamento do linfoma.

Saiba mais em:

O que é linfoma?

Quais são os sinais e sintomas do linfoma?

Linfoma de Hodgkin é câncer?

Câncer no sangue tem cura? Qual é o tratamento?

O que é carcinoma epidermoide? Tem cura?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Carcinoma epidermóide é o tumor maligno originado nas células epiteliais presentes na pele e na camada escamosa das mucosas (esôfago, laringe, boca, canal anal, pulmões, colo uterino, etc).

Impossível saber se tem cura sem saber a localização e o estadiamento do tumor (o quanto é avançado). De maneira geral, tem maiores chances de cura:

  • Os tumores cutâneos,
  • Tumores diagnosticados quando pequenos;
  • Tumores que não invadiram estruturas vizinhas ou geraram metástases.

O tratamento com maiores chances de cura é a excisão cirúrgica. Outras modalidades de tratamento são a quimio e a radioterapia.

O diagnóstico e o tratamento devem ser avaliados pelo médico especialista do local onde se originou. No caso de tumores cutâneos, o médico dermatologista deverá avaliar a melhor modalidade de tratamento.

No caso de tumores de esôfago e canal anal, o médico gastroenterologista; no caso se tumores da laringe e boca, o médico cirurgião de cabeça e pescoço; no caso de tumor de pulmão, o pneumologista, e no caso de câncer de colo uterino, o ginecologista.

Também pode lhe interessar:

O que é melanoma?

Melanoma tem cura? Como é o tratamento?

Quais são os sintomas de tumor no cérebro?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

São muitos os sintomas derivados de um tumor no cérebro, dependendo da localização, do tipo e do tamanho do tumor. Inclusive tumores cerebrais, de crescimento lento principalmente, podem ser "silenciosos", ou seja, levam muito tempo para causar algum sintoma.

Entretanto podemos citar alguns dos possíveis e mais comuns sintomas de um tumor no cérebro, como:

  • Convulsões e desmaios;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Sonolência;
  • Alterações na visão (perdas de visão, visão dupla, pontos luminosos);
  • Alterações na fala (dificuldade de falar, perda da fala);
  • Fraqueza ou dormência em algum membro superior ou inferior;
  • Alteração do estado mental (confusão, agitação, perda de memória);
  • Desequilíbrio, tonturas, quedas frequentes;
  • Alterações nos nervos cranianos;
  • Alterações na deglutição (engasgos);
  • Movimentos involuntários;
  • Alterações do humor (irritabilidade, depressão).

Os sintomas do tumor cerebral estão relacionados com o crescimento e localização do tumor, que pode invadir ou comprimir estruturas do cérebro.

Porém, é importante lembrar que esses sintomas também podem ser causados por várias outras condições, por isso a presença dos mesmos não indica necessariamente um tumor cerebral. 

Por exemplo, uma dor de cabeça pode ter muitas causas e apenas a minoria delas está relacionada com uma doença neurológica grave.

Em geral, quando a dor de cabeça é provocada por um tumor no cérebro, ela tem início recente e piora progressivamente, além de estar frequentemente associada a outros sinais e sintomas.

Os sintomas neurológicos súbitos normalmente estão relacionados a uma doença vascular, como o "derrame". Os tumores cerebrais tendem a causar sintomas com piora progressiva.

O diagnóstico de um tumor no cérebro é feito através da história clínica, exame neurológico e exames complementares, como Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada e Arteriografia dos vasos cerebrais. A biópsia define o diagnóstico.

Na presença de um ou mais dos sintomas citados, deve-se consultar um médico neurologista.

Quais os sintomas de câncer no estômago?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas de câncer no estômago ou câncer gástrico, como também é conhecido, são:

  • Sensação de inchaço no estômago depois das refeições ou sensação de satisfação precoce durante as refeições;
  • Desconforto abdominal;
  • Dor abdominal tipo queimação;
  • Azia, indigestão;
  • Perda do apetite;
  • Perda de peso;
  • Diarreia;
  • Fraqueza e fadiga;
  • Vômitos com sangue (sintoma frequente, ocorre em cerca de 13% dos casos de câncer de estômago);
  • Fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (melena).

Sintomas como os descritos acima não são exclusivos de tumores malignos, também podem estar presentes no casos de um tumor benigno ou outras condições.

Nos casos de tumores em estágios mais avançados, pode ocorrer emagrecimento acentuado, icterícia (olhos amarelos) e palidez da pele.

O câncer de estômago acomete principalmente homens, acima dos 50 anos de idade, outros fatores de risco para o desenvolvimento do tumor são: infecção por Helicobacter pylori, tabagismo, obesidade, cirurgia prévia do estômago, anemia, gastrite crônica, história familiar da doença, certas atividades profissionais e deficiência Imunológica.

O diagnóstico do câncer de estômago deve ser feito pelo médico gastroenterologista ou oncologista.