Perguntar
Fechar
Bolhas na boca, quais as causas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Bolhas na boca e nos lábios podem ser sinal de herpes labial, mucocele, ou ainda de outras doenças como herpes zoster e infecções virais.

O herpes labial é uma causa frequente de bolhas dolorosas na região dos lábios, já a mucocele acomete principalmente a região interna das bochechas, língua e a assoalho da boca. Vejamos em mais detalhes essas duas doenças.

Herpes labial: causa frequente de bolhas nos lábios

O herpes labial caracteriza-se pelo aparecimento de grupos de bolhas dolorosas nos lábios, que podem apresentar líquido no seu interior. Essas bolhas podem também surgir abaixo do nariz e no queixo. As bolhas são causadas pelo vírus Herpes Simples tipo 1, e mais raramente pelo tipo 2.

A infecção pelo vírus Herpes Simples geralmente acontece na infância, mas pode acontecer em qualquer idade, ocorre quando se entra em contato direto com as lesões presentes em outra pessoa, no entanto, há casos em que se ocorre a transmissão do vírus mesmo quando não há bolhas ou lesões visíveis.

Uma vez infectada, a pessoa permanece com o vírus no corpo, nos gânglios nervosos. As crises em que surgem bolhas dolorosas podem ocorrer de tempos em tempos, normalmente quando há uma queda da imunidade.

As bolhas do herpes labial tendem a desaparecer espontaneamente em uma semana. A doença não tem cura e as bolhas podem voltar a aparecer em qualquer situação que provoque uma mudança na imunidade, como estresse físico ou emocional, exposição excessiva ao sol, estado febril, entre outras situações.

O tratamento pode ser feito com medicamentos antivirais específicos, que ajudam a controlar os sintomas e a infecção pelo vírus. Em muitas infecções isoladas não há a necessidade do uso de nenhum medicamento específico, por conta da resolutividade espontânea dos sintomas.

Mucocele: causa frequente de bolhas dentro da boca

Já a mucocele geralmente é causada pelo rompimento do ducto de uma glândula salivar. A saliva fica então acumulada e distende o tecido que reveste a boca, dando origem a uma bolha com água.

Os locais mais afetados são a mucosa da boca, a língua e o assoalho bucal. As glândulas salivares mais propensas a se romperem são as menores, localizadas no lábio inferior, devido à ocorrência de mordidas acidentais na região.

O tratamento da mucocele pode ser feito através da remoção cirúrgica da bolha, bem como de toda a glândula salivar envolvida, mas existem outras técnicas de resolução menos invasivas, além disso, em alguns casos pode ocorrer a ruptura espontânea da mucocele e assim não haver necessidade de nenhuma intervenção.

Outras causas de bolhas nos lábios e na boca

Há ainda outras doenças que podem causar bolhas na boca:

  • Herpes zoster: Pode formar bolhas e lesões apenas em um lado da boca, bochecha, língua, gengivas e céu da boca, geralmente é muito doloroso e acomete principalmente idosos e pessoas com a imunidade comprometida;

  • Herpangina (infecção da garganta causada por vírus): provoca a formação de bolhas na boca e na faringe, sendo mais frequente no verão, em crianças com menos de 4 anos.

  • Doença da mão-pé-boca: surgem bolhas na boca e na garganta, apresenta também lesões bolhosas em mãos e pés, ou mesmo em glúteos e genitais. É mais comum em crianças com menos de 5 anos;

  • Carcinoma mucoepidermoide: Trata-se de uma forma de tumor maligno que acomete as glândulas salivares, podendo levar a formação de bolhas.

Em caso de bolhas na boca, consulte um médico de família, ou clínico geral, ou dentista para receber diagnóstico e orientação adequados.

Também pode lhe interessar:

Como se pega o herpes labial?

Como controlar o herpes labial?

Bolhas na garganta: o que pode ser?

O que são bolinhas na língua, como tratar?

Mucocele: por que aparece e como tratar a bolha na boca?

Tenho feridas na boca, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem várias doenças e condições que causam ferida na boca.

Algumas são condições agudas, como pequenos traumas, aftas e infecção local, outras são relacionadas a doenças sistêmicas, como doenças autoimunes, reumáticas ou pode ainda representar um problema mais grave, como o câncer de boca.

Causas de ferida na boca
  • Aftas,
  • Herpes labial,
  • Estomatite,
  • Câncer de boca,
  • Doenças sistêmicas,
  • Leucoplasia e
  • Infecções.
Aftas

As aftas são feridas comumente encontradas na gengiva ou mucosa interna da boca. Trata-se de uma lesão de origem inflamatória, superficial, bastante dolorosa, de bordos elevados, coloração avermelhada com a região do centro mais pálida (esbranquiçada) e tamanhos variados.

Pode ser causada por pequenos traumas, mordeduras, consumo de alimentos ácidos, uso de medicamentos, infecções e viroses.

A afta não é contagiosa e costuma desaparecer espontaneamente. Pode surgir devido à falta de nutrientes na alimentação, baixa imunidade, estresse, infecções ou ainda doenças autoimunes.

Veja também: Quais são as principais causas de aftas e o que fazer para evitá-las?

Herpes labial

O herpes labial, outra doença comum na população, se apresenta inicialmente com coceira e sensação de queimação na região da boca, até que surgem as vesículas (pequenas bolhas), que se rompem no decorrer de poucos dias, dando lugar a uma ferida.

O lábio é a região mais acometida.

O herpes é altamente contagioso, principalmente na fase em que a lesão está liberando a secreção (líquido do interior das bolhas).

Leia também: Como controlar Herpes Labial?

Estomatite

A estomatite, é uma inflamação ou infecção na boca secundária a traumas, vírus ou fungos. Pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, embora seja mais frequente em crianças, visto que estão mais expostos a essas situações, além disso, possui um sistema imunológico em amadurecimento.

As feridas e irritação na boca, melhoram espontaneamente após a cicatrização ou término do ciclo normal da virose.

Câncer de boca

As feridas na boca causadas pelo câncer de boca, se caracterizam pela dificuldade na cicatrização e normalmente aumentam de tamanho com o tempo. Ao contrário dos outros machucados na boca, o câncer bucal geralmente não provoca dor ou qualquer outro sintoma.

Também pode lhe interessar: Caroço no céu da boca: o que pode ser?

Doenças sistêmicas

Algumas doenças sistêmicas, como doenças reumáticas, hematológicas ou autoimunes, podem apresentar como um dos seus sinais e sintomas, as feridas ou machucados frequentes dentro da boca. Como o pênfigo, o lúpus, a Doença de Behçet, entre outras.

O pênfigo é uma doença autoimune que provoca lesões dolorosas na boca, podendo se manifestar também na pele. No início, surgem pequenas bolhas que rapidamente se rompem, transformando-se em feridas. A deglutição dos alimentos pode inclusive ser prejudicada, conforme o tamanho das lesões.

Veja também: O que é pênfigo?

Leucoplasia

A leucoplasia é uma ferida encontrada na região interna da boca, acometendo também a língua, de coloração esbranquiçada, associada ao tabagismo, mordeduras na parte interna da boca, ou problemas nas próteses dentárias.

Importante identificar essas feridas, porque uma porcentagem delas pode evoluir para o câncer de boca. Sendo assim, o quanto antes for detectado e tratado, evita uma evolução desfavorável.

As feridas costumam desaparecer quando o hábito de fumar é interrompido, ou a causa resolvida, seja ajuste de próteses ou tratamento das feridas por mordedura.

Infecções

Há ainda o "sapinho", ou candidíase na boca. Uma infecção causada pelo fungo Candida Albicans. Os sintomas são de lesões esbranquiçadas, amareladas ou mesmo avermelhadas, superficiais, na mucosa interna da boca.

As crianças, pessoas imunodeprimidas ou em uso de certos medicamentos, como corticoides e antibióticos, são mais propensos a essa infecção. Por isso devem ter ainda maior cuidado com a higiene bucal durante esse período.

Para detectar as doenças no início, principalmente o câncer bucal, é importante estar atento ao aparecimento de feridas na boca. Lembrando que o câncer geralmente não provoca dor, o que torna esse "autoexame" ainda mais decisivo no diagnóstico precoce da doença.

A presença de qualquer ferida suspeita na boca deve ser avaliada por um médico/a da família ou dentista especialista em estomatologia.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas de câncer de boca?

O que é estomatite e quais as causas?

Bolhas na boca, quais as causas?

Quais são os principais sintomas do herpes genital?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do herpes genital são vermelhidão, dor em ferroada, coceira e bolhas na região genital. Em alguns casos, pode haver febre, dor muscular, dor de cabeça e mal-estar, embora esses sintomas sejam muito menos comuns.

Na fase inicial, o herpes genital se manifesta sob a forma de manchas vermelhas, que depois evoluem para pequenas bolhas dolorosas cheias de líquido, que surgem em grupos, principalmente na vulva (parte externa da vagina), interior da vagina, pênis e ânus.

Antes do aparecimento das bolhas, a pessoa pode sentir outros sintomas nesses locais, como ardência, formigamento e coceira. Também podem surgir nódulos dolorosos nas virilhas ou próximos das lesões, que são os gânglios linfáticos inflamados devido à infecção.

Contudo, nem todas as pessoas infectadas pelo vírus manifestam sinais da doença. Há indivíduos que nunca manifestam sintomas, outros só manifestam uma vez ao longo da vida, enquanto outros apresentam quadros frequentes.

Quando aparecem os primeiros sintomas do herpes genital?

O período de incubação do vírus do herpes genital varia entre 4 e 15 dias após a infecção, que ocorre através de relação sexual com pessoas infectadas. Após esse período, surgem os primeiros sintomas. Em geral, o primeiro surto da doença é mais agressivo, prolongado, generalizado e doloroso que os demais, podendo haver febre e mal-estar nesses casos.

Qual o tempo de duração dos sintomas do herpes genital?

Os sintomas do herpes genital geralmente permanecem durante 5 a 10 dias. Um sinal característico da doença é o desaparecimento e reaparecimento dos sintomas após algum tempo, geralmente no mesmo local.

O que é o herpes genital?

O herpes genital é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que se transmite por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. O vírus então se aloja nos nervos do indivíduo e se manifesta por meio dos sintomas descritos, que podem aparecer em diferentes locais como a vulva e vagina, pênis, ânus ou boca.

Quais são os sintomas do herpes genital feminino e masculino?

O herpes genital feminino e masculino provoca lesões na pele e nas mucosas das regiões dos órgãos genitais e do ânus, podendo causar ainda corrimento, dificuldade para urinar e dor ao andar, dependendo da localização.

Nos homens, as lesões podem se manifestar em qualquer parte do pênis, inclusive no prepúcio (pele que recobre a glande), podendo ainda causar impotência.

Uma vez que causa coceira, as bolhas podem se romper ao coçar, podendo provocar a formação de pequenas feridas que formam casquinhas quando cicatrizam, na maioria das vezes espontaneamente. No entanto, o vírus do herpes genital migra através dos nervos e fica alojado num gânglio nervoso, onde permanece inativo até voltar a se manifestar.

As chances de transmissão são muito maiores nos períodos de manifestação dos sintomas, embora o vírus também possa ser transmitido na ausência de lesões.

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

Normalmente, os sintomas do herpes genital limitam-se aos locais das lesões, que normalmente regridem e cicatrizam espontaneamente, mesmo sem tratamento.

Porém, há casos em que podem ocorrer graves complicações, como quando o vírus atinge o cérebro, causando encefalite herpética. Esse tipo de complicação tende a acontecer em pessoas com o sistema imunológico debilitado, como pacientes com HIV/AIDS, câncer e outras doenças graves.

As lesões em pessoas imunodeprimidas podem ser graves e espalhar-se para outras partes do corpo, como articulações, ou ainda a órgãos como fígado e pulmões. O herpes genital nesses casos pode levar semanas para desaparecer ou ficar resistente ao tratamento.

Quando atinge as meninges, que são membranas que recobrem o cérebro, provoca meningite, podendo causar vômitos, dor de cabeça e rigidez na nuca. Se o vírus do herpes genital infectar a medula espinhal, pode levar à perda de força, movimentos ou causar outros tipos de debilidades nos membros inferiores.

Contudo, é importante lembrar que essas complicações são raras e tendem a acontecer apenas em situações específicas.

Há ainda um risco maior de contrair outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, já que o herpes genital provoca pequenas lesões no local da infecção, o que aumenta as chances de penetração de vírus e bactérias no organismo.

Herpes genital na gravidez é grave?

Se a mulher estiver com lesões de herpes genital no momento do parto, pode transmitir o vírus ao bebê. A infecção do herpes genital pelo recém-nascido pode levar ao desenvolvimento de sequelas neurológicas extremamente graves ou até mesmo à morte da criança, uma vez que o seu sistema imunológico ainda é bastante frágil.

As mulheres são as mais afetadas pelo herpes genital, uma vez que o vírus é mais facilmente transmitido do sexo masculino para o feminino, do que da mulher para o homem.

É fundamental procurar o/a médico/a o mais rápido possível, para abreviar a duração dos sintomas e evitar a transmissão para outras pessoas, já que as vesículas (pequenas bolhas com líquido dentro) são altamente contaminantes.

Em gestantes, o tratamento deve ser feito com urgência, uma vez que a doença pode passar para o bebê e, nesse caso, pode levar a sequelas relacionadas com o desenvolvimento do cérebro.

Saiba mais em: Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Como se pega herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O herpes genital é transmitido pela via sexual. Trata-se de uma infecção causada principalmente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, que é transmitido pelo contato com uma pessoa que esteja com lesões ativas, isto é, com feridas eliminando secreção.

Portanto, a pessoa pega herpes genital através de relações sexuais sem proteção com uma pessoa infectada. O contato íntimo pode ser vaginal, oral ou anal. Sem uso de preservativo masculino ou feminino, o Herpes simplex pode ser transmitido.

Por ser uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito contagiosa, é importante evitar o contato direto com as bolhas e as feridas, sobretudo se estiverem eliminando secreção, que está repleta de vírus.

A transmissão do herpes genital tem muito mais chances de acontecer durante o aparecimento das bolhas. Contudo, o contágio também pode ocorrer na ausência de sinais e sintomas, ou seja, sem a presença de lesões.

Posso pegar herpes genital no vaso sanitário?

O vírus é altamente transmissível e a infecção também pode ocorrer através do contato com objetos contaminados. Contudo, essa forma de contágio é mais rara, já que fora das células, os vírus não sobrevivem.

Por isso, a transmissão do herpes genital através do uso de vasos sanitários, banheiros, toalhas e outros objetos contaminados raramente acontece. Mesmo assim, recomenda-se evitar compartilhar objetos pessoais ou íntimos que possam estar infectados.

Se a mãe tiver herpes genital, o bebê pode pegar herpes na gravidez?

Uma outra forma de contágio do vírus do herpes genital é quando a mulher apresenta lesões ativas de herpes durante a gravidez, principalmente no momento do parto. Nesse caso, por contato direto com as lesões, o bebê pode se infectar e desenvolver sequelas graves futuramente uma vez que a sua imunidade ainda não está totalmente desenvolvida.

Se a gestante estiver com lesões ativas de herpes genital próximo ao período do parto, podem ser indicados medicamentos antivirais específicos para combater o vírus ou, dependendo do caso, ser indicado o parto por cesariana para evitar que o bebê seja infectado.

Mulheres portadoras de herpes genital que pretendem engravidar devem sempre informar à/ao médica/o que possuem o vírus, mesmo na ausência de lesões.

Se pegar herpes genital, quanto tempo demora para aparecer os sintomas?

O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.

A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.

Em geral, a infecção se limita aos sintomas de pele, mas pode haver complicações graves. Uma delas é a encefalite herpética, que é a infecção cerebral pelo vírus do herpes. Ela pode ocorrer nas pessoas com imunodeficiências, como por exemplo em portadores do vírus HIV/AIDS com doença ativa.

Quanto tempo os sintomas do herpes genital levam para aparecer?

O vírus do herpes genital tem um período de incubação de até duas semanas. Depois dessa fase, começam a surgir os primeiros sintomas da doença, como vermelhidão e dor no local de contato, além da famosa lesão em vesículas (bolhas), que são típicas do herpes. Elas podem aparecer na vulva e na vagina, no ânus ou na boca.

A primeira manifestação do herpes genital normalmente é mais agressiva, dolorosa e permanece por mais tempo quando comparada com os surtos seguintes. Nesses casos, os sintomas podem incluir febre e mal estar.

Como prevenir o herpes genital?

A forma mais eficaz de prevenir o herpes genital é não ter relações sexuais com pessoas infectadas. O uso de preservativo diminui o risco de infecção, mas ainda assim não é totalmente eficaz para proteger a transmissão da doença, já que as lesões podem surgir em locais próximos aos órgãos genitais e pode haver o contágio.

A infecção não tem cura, e o tratamento com pomada ou comprimidos antivirais serve somente para acabar com as lesões visíveis e os sintomas. Porém, o vírus continua para sempre alojado nas células nervosas do indivíduo, e os sintomas podem reaparecer em momentos de estresse ou baixa imunidade. A cada nova recorrência, é preciso repetir o tratamento.

Para saber qual é o melhor método de tratamento em cada caso, é necessário consultar o/a clínico/a geral, médico/a de família, urologista ou ginecologista.

Para saber mais sobre herpes, você pode ler:

Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Referências

Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.

Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.

Sociedade Brasileira de Infectologia.

Qual o tratamento para herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.

O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.

Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.

O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.

Veja também: Herpes genital tem cura?

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.

Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.

Leia também:

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Veja também:

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Como se pega herpes genital?

O que é cobreiro e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

"Cobreiro" ou "zona" é o nome popular do Herpes Zoster, uma doença causada pela reativação do vírus da catapora (varicela). Os principais sintomas do cobreiro são a dor e o aparecimento de bolhas pequenas e avermelhadas agrupadas em trajeto linear, seguindo trajeto de um nervo, em uma área específica da pele.

Pessoas que tiveram catapora na infância, mesmo depois de curadas, continuam com o vírus "adormecido" no organismo. Quando o vírus é "reativado", ele migra seguindo o trajeto de um nervo periférico, até alcançar a pele, onde irá se manifestar.

É mais comum em idosos e indivíduos com baixa imunidade devido a doenças autoimunes, uso crônico de medicamentos imunossupressores, portadores de AIDS ou câncer, embora outros fatores possam da mesma forma reativar o vírus, tais como:

  • Estresse emocional importante;
  • Trauma local;
  • Sinusite frontal;
  • Doenças crônicas, diabetes e outras situações que possam comprometer o sistema imunológico;
  • Uso prolongado de corticoides;
  • Quimioterapia e radioterapia.

Os idosos apresentam uma diminuição da imunidade ao vírus, daí a maior ocorrência de cobreiro a partir dos 60 anos de idade.

Veja também: Herpes-zóster está relacionado com esclerose múltipla?

Quais os Sintomas do Cobreiro?
  • Dor e/ou queimação, que geralmente surgem antes das lesões e podem durar semanas ou meses após o desaparecimento das lesões. A dor é de intensidade variável, podendo ir desde uma sensação dolorosa a uma dor intensa e lancinante;
  • 2 a 7 dias antes da eclosão das lesões é comum haver dormência, formigamento, coceira ou ardor na área afetada, além de febre, mal-estar e dor de cabeça;
  • Surgem então manchas avermelhadas que evoluem para pequenas bolhas ou vesículas contendo um líquido claro, localizadas e reunidas em faixa numa área específica da pele;
  • As erupções cutâneas costumam ser do mesmo lado do corpo e acometem principalmente o tronco, embora possam atingir também a face ou os membros.

Caso as lesões apareçam na face, acometendo nariz e olhos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente para evitar complicações como cegueira ou meningite. 

O tratamento do cobreiro é realizado pelo médico infectologista ou neurologista, sobretudo através da administração de medicamentos antivirais e analgésicos. A prevenção é feita através de vacina.

Veja também Cobreiro é contagioso?

Cobreiro é contagioso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, cobreiro (Herpes Zoster) é contagioso. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa enquanto apresentar lesões com conteúdo líquido em suas vesículas. Após rotura das bolhas e feridas com crostas já não transmite mais.

O contágio pode ser pelo contato direto da pele com as bolhas e conteúdo líquido no interior ou através das secreções respiratórias. A transmissão do cobreiro também pode ocorrer por meio de objetos contaminados.

O vírus Varicela-Zoster é o responsável tanto pelo herpes-zoster quanto pela catapora, por isso quem já foi contaminado uma vez, já apresentou catapora, herpes-zoster ou recebeu vacina para o vírus, não é mais contaminado, está imunizado.

O período de incubação do vírus varia entre 10 e 20 dias após o contato, podendo ser mais curto em pacientes com imunidade baixa.

O período de transmissão do cobreiro é de 1 a 2 dias antes de surgirem as lesões e de até 5 dias após o aparecimento do primeiro grupo de vesículas. Enquanto houver vesículas, a doença pode ser transmitida.

A prevenção do cobreiro é feita através da vacinação: na infância, através da vacina contra a catapora; em adultos, a vacina contra o cobreiro diminui em cerca de 50% os riscos de infecção e é indicada para pessoas com mais de 50 anos.

Também pode lhe interessar: Como identificar e tratar herpes ocular?

Como se pega o herpes labial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O herpes labial se transmite pelo contato direto com a lesão de uma pessoa infectada. Ele é causado pelo vírus Herpes simplex tipo 1 e provoca o aparecimento de vermelhidão, dor em "ferroadas", coceira e formação de vesículas (bolhas), que são as lesões típicas do herpes.

O líquido que está dentro dessas bolhas contêm grande quantidade de vírus vivo, e por isso é altamente contagioso.

Depois de penetrar no corpo, o vírus do herpes labial segue o trajeto de um nervo, onde fica inativo durante a maior parte do tempo. Contudo, quando por alguma razão a imunidade fica baixa, o vírus volta a se multiplicar e a doença se manifesta.

Lesão típica do herpes labial

Dentre os fatores que favorecem o aparecimento do herpes labial estão: cansaço físico, exposição prolongada ao sol, estresse, febre, gripe e infecções.

Vale lembrar que a transmissão do herpes labial só ocorre durante as crises, durante o período de manifestação das lesões. Durante o período de latência, isto é, enquanto não há lesões visíveis, a pessoa portadora do vírus não transmite a doença, e o contato direto não eleva ao risco de contaminação.

Como prevenir o herpes labial?

Para não pegar herpes labial, é importante evitar qualquer tipo de contato com as lesões, inclusive o beijo e a atividade sexual. Portanto, a melhor forma de evitar o contágio do vírus é não beijar e não receber beijos de pessoas que estejam manifestando os sintomas.

Para evitar transmissão do herpes labial, lavar sempre as mãos, após contato com a ferida.

Como é o tratamento do herpes labial?

O tratamento do herpes labial inclui o uso de pomadas e comprimidos antivirais, capaz de reduzir ou eliminar os sintomas. Porém, o vírus continua sempre vivo dentro dos nervos do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de estresse e baixa imunidade.

Isso pode ocorrer em semanas, meses ou anos após a primeira manifestação.

Para saber qual é o tipo de tratamento mais adequado para cada caso, é fundamental procurar o clínico geral, médico de família ou dermatologista.

Para saber mais sobre herpes labial, você pode ler:

Referências

Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.

Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.

Sociedade Brasileira de Infectologia.