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Qual o tratamento para fungo nas unhas das mãos e pés?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento da micose das unhas (onicomicose) deverá levar em conta alguns fatores:

  • número de unhas acometidas;
  • porcentagem da unha que está acometida;
  • doenças que o paciente possui e medicações que faz uso.

Após esta avaliação e, considerando que foi realizado idealmente exame que comprove a infecção fúngica, ou se a apresentação clínica for típica, deverá ser optado por realizar tratamento com medicação antifúngica, que pode ser tópica ou sistêmica. Se forem poucas as unhas afetadas e em porcentagem de acometimento inferior a 50% da unha, deve ser tentado tratamento tópico. O esmalte deverá ser aplicado de uma a duas vezes por semana e há diversas opções disponíveis atualmente. Se forem muitas unhas acometidas, é necessário o tratamento com antifúngicos de uso oral, como terbinafina, itraconazol e fluconazol. O tratamento sistêmico pode estar associado ao uso de esmaltes. usualmente a dose é de um comprimido por dia e é necessário seguimento periódico com realização de exames laboratoriais de controle.

O tempo mínimo de tratamento é de seis a 12 meses para as unhas da mãos e seis a 18 meses para as unhas dos pés.

Uma opção relativamente recente é o uso de laser. Contudo, esta tecnologia não tem uma aceitação irrestrita na literatura e serve como método auxiliar, sendo necessário o uso de antifúngicos também.

O tratamento da onicomicose deve ser feito pelo médico dermatologista.

Leia também: Quais são os remédios usados para unha inflamada com pus?

Gostaria de saber se tem vermes que andam no nosso corpo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existe um verme que percorre o corpo e deixa o seu rastro na pele, que é o "bicho geográfico", nome popular do Ancylostoma brasiliense ou  Ancylostoma caninum, causadores de uma doença chamada larva migrans cutânea.

A larva migrans cutânea recebe este nome porque as suas larvas penetram na pele e migram por baixo da mesma, deixando rastros pelo corpo.

Esse verme é comum em cães e gatos, podendo se instalar no homem e não chegar a completar o seu ciclo por este não ser um hospedeiro normal.

O bicho geográfico é transmitido pelo contato com o chão ou areia contaminados por fezes de cães ou gatos.

A larva migrans cutânea afeta sobretudo as áreas do corpo que entram em contato com o solo, como coxas, pernas, pés, mãos, antebraços e nádegas, causando erupções avermelhadas que coçam muito e podem também causar dor.

Além disso, o bicho geográfico pode causar distúrbios pulmonares, como tosse, falta de ar, e alergia, devido à liberação de substâncias tóxicas.

O tratamento da larva migrans cutânea é feito com medicamentos vermífugos aplicados no local sob a forma de pomadas ou administrados via oral.

Para saber realmente se existem vermes que andam pelo seu corpo, você deve consultar um/uma médico/a clínico/a geral para avaliação completa, realização de exames e orientação após os resultados. 

Saiba mais em: Quais são as doenças causadas por vermes?

Qual o tratamento para o rash cutâneo?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento do rash cutâneo de qual doença está associada ao seu aparecimento, que nem sempre poderá ser confirmada.

De maneira geral, deve-se evitar o uso de medicações, pelo risco de alergia de pele. Grande parte das infecções virais (sarampo, rubéola, mononucleose, exantema súbito, eritema infeccioso, dengue) não requer tratamento específico, devendo ser prescrito apenas anti-histamínicos, se houver queixa de prurido. Tais doenças são auto-limitadas e o exantema deverá melhorar em até duas semanas.

Se o exantema estiver associado à infecção bacteriana, como no caso da escarlatina e da sífilis, deverá ser feito tratamento com antibiótico da classe da penicilina.

No caso do exantema ser secundário à infecção aguda pelo HIV, ainda não é estabelecido se deverá ser feito tratamento com anti-retrovirais, porém é necessário a comunicação dos parceiros e seguimento com infectologista.

Muitas vezes será necessária a coleta de sorologias para confirmação diagnóstica.

O tratamento do exantema deverá ser prescrito pelo médico clínico geral ou dermatologista.

Saiba mais em: Erupção cutânea pode ser o quê?

O que é um lipoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Lipoma é um tumor benigno do tecido gorduroso, que surge preferencialmente no tecido subcutâneo, localizado logo abaixo da pele, sobretudo na região posterior do pescoço. Os lipomas geralmente são notados quando a pessoa emagrece ou quando começam a crescer, pois ficam mais evidentes.

Os lipomas são firmes, elásticos e macios ao toque, podendo ser palpados sob a forma de um relevo na pele. Quando cresce muito, o lipoma causa um grande desconforto físico e estético, mesmo quando não causa dor.

O lipoma é um tumor relativamente comum, sendo mais frequente em mulheres. Geralmente aparece sozinho, mas também pode ocorrer em forma múltipla. Estima-se que cerca de 1% a 2% da população possui um ou mais lipomas no corpo.

Os lipomas não são comuns em crianças e também não têm relação com obesidade ou excesso de peso.

O crescimento do lipoma geralmente é lento e o tumor não provoca sintomas na maioria dos casos.

O lipoma localizado logo abaixo da pele (lipoma superficial subcutâneo) é o tipo de lipoma mais comum .

Quais os sinais e sintomas do lipoma?

O lipoma normalmente se apresenta como uma protuberância pequena e arredondada que surge logo abaixo da pele, medindo em média 1 e 3 cm de diâmetro. Há casos raros em que o tumor atinge grandes dimensões, formando os chamados lipomas gigantes.

O lipoma pode surgir em qualquer parte do corpo, sendo perceptível sob a forma de nódulos na pele. Os lipomas podem surgir isoladamente ou em grupos.

Os locais que os lipomas tendem a surgir são: tronco, braços, pernas, coxas, costas, ombros, região posterior do pescoço, nádegas e axilas. Já os lipomas profundos podem ocorrer nos músculos ou ainda dentro da articulações.

Os lipomas normalmente não causam dor, mas dependendo da localização podem comprimir órgãos e estruturas vizinhas e provocar uma série de sintomas.

O diagnóstico pode ser feito apenas através da palpação. Em caso de dúvida, o/a médico/a poderá diagnosticar a lesão por ultrassonografia ou biópsia.

O lipoma não deve ser confundido com o lipossarcoma, um tumor de pele maligno e que normalmente não é causado por um lipoma prévio. O lipossarcoma é um câncer que acomete células de gordura da pele e tem altas taxas de metástase (disseminação do câncer para outras partes do corpo).

Qual é o tratamento para lipoma?

A cirurgia para retirar o lipoma só é indicada por razões de estética, incômodo ou pela localização. Se houver dúvidas quanto à benignidade do tumor, o tratamento cirúrgico também é indicado.

O tratamento do lipoma consiste na sua remoção através de cirurgia ou lipossucção (aspiração do conteúdo gorduroso do lipoma). O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização do tumor.

A cirurgia para retirar o lipoma é indicada apenas em casos de desconforto estético ou físico, como ao realizar movimentos, ou ainda na presença de dor.

Durante o procedimento cirúrgico, o lipoma deve ser completamente retirado. A permanência de tecidos do tumor no local pode levar ao crescimento de um novo lipoma.

O tratamento por lipossucção é indicado apenas para lipomas pequenos. Apesar de ser menos invasivo e deixar uma cicatriz menor, o risco do lipoma não ser totalmente retirado é maior, já que durante o procedimento a visualização do interior do tumor é limitada.

O/a médico/a dermatologista é o/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do lipoma.

Bolinhas vermelhas na virilha: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bolinhas vermelhas na virilha podem ser pelos encravados, quase sempre provocados pela depilação. Isso porque a depilação provoca uma irritação na pele, deixando-a mais grossa, o que dificulta a saída normal dos pelos. 

Como consequência, a pele fica inflamada e surgem as bolinhas vermelhas na virilha, uma condição denominada foliculite. Se a inflamação for mais intensa, podem aparecer nódulos maiores e doloridos e as bolinhas podem infeccionar e acumular pus.

Mulheres com pele mais espessa e que tenham pelos com tendência a encravar, apresentam maiores chances de desenvolver foliculite.​

A principal causa do encravamento dos pelos na virilha é o uso de cera quente ou fria na depilação. A utilização de lâminas com cremes deslizantes costuma irritar menos a pele, embora o atrito também possa causar algum encravamento.

Bolinhas vermelhas na virilha associada a um caroço ou uma enduração também podem ser sinais de alguma infecção sexualmente transmissível.

De qualquer forma, é importante consultar um/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada dessas bolinhas vermelhas na virilha, identificação da causa e indicação de algum tratamento, caso seja necessário.

Micose de unha: o que é e como tratar a onicomicose?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A micose de unha, conhecida como onicomicose, é uma infecção causada por um fungo que se prolifera dentro ou ao redor de uma unha, sobretudo nos pés. Os fungos podem viver em tecidos mortos de cabelos, unhas e camadas externas da pele.

A onicomicose geralmente começa após uma micose no pé. Por isso, a micose na unha do pé é mais frequente que a micose na unha da mão. Na maioria dos casos, ocorre em adultos, à medida que envelhecem.

Alguns fatores aumentam o risco de um fungo na unha se proliferar e causar micose, tais como:

  • Diabetes;
  • Doença vascular periférica;
  • Doenças em nervos periféricos;
  • Lesões na pele ou nas unhas;
  • Deformidade ou doença na unha;
  • Manter a pele úmida por muito tempo;
  • Problemas no sistema imunológico;
  • Antecedentes familiares de onicomicose;
  • Uso de calçados que não deixam os pés arejados.
Quais os sintomas da micose de unha?

Os sintomas da micose de unha incluem alterações de uma ou mais unhas, geralmente dos pés, tais como:

  • Fragilidade;
  • Mudança no contorno da unha;
  • Degeneração das bordas externas da unha;
  • Amolecimento ou levantando da unha;
  • Perda de brilho da superfície da unha;
  • Espessamento da unha;
  • Listras amarelas ou brancas na lateral da unha.

O diagnóstico da onicomicose pode ser confirmado examinando ao microscópio amostras da unha obtidas através de raspagem. Isso pode ajudar a determinar o tipo de fungo que está na unha. As amostras também podem ser enviadas a um laboratório. Os resultados do exame podem levar de 4 a 6 semanas para ficarem prontos.

Qual é o tratamento para micose de unha?

O tratamento da onicomicose pode incluir o uso de pomada para micose de unha, esmaltes antifúngicos e remédio antimicótico administrado por via oral. Tanto a pomada como o esmalte e o medicamento oral são fungicidas específicos para tratar fungo nas unhas.

A micose de unha é curada quando ocorre o crescimento de novas unhas que não estão infectadas pelo fungo. As unhas crescem lentamente. Mesmo que o tratamento da onicomicose seja eficaz, pode levar até 1 ano para que uma nova unha cresça.

As infecções causadas por fungo na unha podem ser difíceis de tratar. Os medicamentos eliminam o fungo em cerca de metade das pessoas que aplicam a pomada ou tomam os remédios antimicóticos. Contudo, mesmo quando o tratamento é eficaz, o fungo pode reaparecer.

Esmalte e pomada para micose de unha

Os esmaltes e as pomadas para micose de unha mais usados têm como princípios ativos o ciclopirox ou a amorolfina. O esmalte costuma ser mais eficaz que a pomada, pois penetra melhor na unha.

A amorolfina deve ser aplicada na unha uma vez por semana, enquanto que o ciclopirox deve ser aplicado no começo do tratamento em dias intercalados, depois a aplicação pode ser espaçada no decorrer do mês conforme orientação médica. Essa forma de tratamento é indicada quando a micose afeta poucas unhas e quando as unhas ainda não estão muito acometidas pela onicomicose. A aplicação dos medicamentos deve ser mantida por 6 a 12 meses, no mínimo.

Remédio para micose de unha

Os remédios para micose de unha mais usados são a terbinafina e o itraconazol. Também pode ser indicados o fluconazol e a griseofulvina, embora esses medicamentos sejam menos eficazes para curar a onicomicose.

O remédio para micose de unha deve ser tomado por 12 a 24 semanas, quando os fungos afetam as unhas dos pés. Para micose nas unhas das mãos, o tratamento tem um tempo de duração mais curto, de 6 a 12 semanas.

Laser e retirada da unha com micose

O laser também pode ser usado para tratar micose de unha, embora essa forma de tratamento seja menos eficaz que as pomadas e os remédios para curar a micose. Em alguns casos de onicomicose, pode ser necessário remover a unha afetada.

Como prevenir micose de unha?

Ter uma boa higiene e um bom estado de saúde ajudam a prevenir micoses nas unhas. Alguns cuidados são recomendados, como:

  • Não partilhar objetos de manicure ou pedicure;
  • Manter a pele dos pés e das mãos limpa e seca;
  • Cuidar adequadamente das unhas;
  • Lavar e secar bem as mãos após tocar em qualquer tipo de micose.

Procure um médico dermatologista se a micose de unha não desaparecer com o tratamento ou se houver sinais de infecção nos dedos, como dor, vermelhidão e eliminação de pus.

Leia também: Quais são os remédios usados para unha inflamada com pus?

Herpes genital tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, herpes genital não tem cura. Embora os sintomas do herpes possam desaparecer de forma espontânea ou com tratamento medicamentoso, o vírus permanece para sempre alojado em algumas células do indivíduo, e as lesões podem reaparecer em momentos de baixa imunidade ou estresse.

O herpes genital é uma doença infectocontagiosa, causada mais frequentemente pelo vírus Herpes simplex tipo 2, podendo também ocorrer pelo tipo 1, principalmente na faixa etária mais jovem. A via de transmissão predominante é o contato sexual, ou transmissão materno-fetal durante o parto, pelo contato direto com a lesão infectada.

Quando a pessoa se contamina com o vírus, dias depois podem surgir os sintomas mais comuns, como vermelhidão, dor, coceira e bolhas no local de contato. Depois essas lesões desaparecem sem deixar marcas. Em alguns casos, pode ser necessário usar uma pomada ou comprimidos antivirais.

O vírus entra então numa fase de latência, ou seja, como se mantivesse inativo, até que alguma situação de estresse ou que leva a baixa imunidade, ele seja reativado e volte a se multiplicar dentro das células, resultando em um novo episódio de lesões, com sintomas que precisarão ser novamente tratados.

O tratamento específico para cada caso deve ser indicado por um clínico geral, dermatologista ou ginecologista.

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Como tratar assadura em bebê?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A assadura é uma inflamação cutânea causada pelo contato da pele com as fezes e a urina, que deixa a pele vermelha, inchada e pode evoluir para bolhas e feridas, causando desconforto no bebê.

Para prevenir as assaduras, a primeira medida é trocar frequentemente a fralda do bebê. O ideal é usar água e sabonete neutro para lavar a criança. Pode-se passar também algodão com água morna na região, várias vezes, para limpar. Deve-se trocar a fralda sempre que notar a presença de urina ou fezes (ela fica mais pesada).

Pode ser necessário aplicar pomada que forme uma barreira entre a pele do bebê e a fralda, prevenindo a ocorrência de assaduras. Existem várias opções disponíveis. Também é aconselhável deixar as nádegas do bebê arejando por um período, mesmo que curto, para a pele ficar seca e preparada para receber a nova fralda.

Se já houver assadura, limpe bem a região e faça compressas de água morna por 15 minutos, três vezes ao dia. Aplique a pomada que promove a barreira entre as fezes e a urina e a pele do bebê. Se a assadura não melhorar em 24 horas, mesmo aplicando a pomada em cada mudança de fralda, é melhor falar com o pediatra.

Cuidado: se a irritação estiver em “carne viva” ou com bolhas, pus e feridas, deve-se procurar o pediatra rapidamente. Casos em que as lesões foram provocadas por fungos e bactérias, pode ser necessário usar um antimicótico ou até mesmo antibiótico. Só o médico pediatra poderá fazer o diagnóstico e prescrever o tratamento.