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Erupção cutânea pode ser o quê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Erupção cutânea pode ser uma reação alérgica a algum medicamento, a uma picada de inseto, pode ser causada por traumatismos, pode ser sinal de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários, parasitas, como o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", ou ainda por doenças crônicas como o lúpus, dermatomiosite e psoríase.

Em bebês e crianças, as erupções na pele podem estar associadas a sarampo, rubéola, dengue, escarlatina, enteroviroses, exantema súbito, eritema infeccioso, mononucleose Kawasaki, entre outras doenças.

Nos adultos, a erupção cutânea está mais associada a processos alérgicos, dengue, mononucleose, AIDS, sífilis, reação a drogas, toxoplasmose, estresse, doenças crônicas.

As erupções cutâneas caracterizam-se pelo aparecimento de múltiplas manchas ou lesões avermelhadas e elevadas na pele, que por vezes se espalham por todo o corpo.

Para determinar a causa da erupção, é necessário avaliar a lesão e colher outras informações, como o tempo de aparecimento dos sintomas, presença de febre, dores musculares ou articulares, sangramentos, mal-estar, presença de nódulos no corpo, dor de garganta, associados, além de exame clínico e histórico do paciente.

Em caso de erupções na pele, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação. O especialista indicado para diagnosticar e tratar erupções cutâneas é o dermatologista.

Saiba mais em:

Qual o tratamento para o rash cutâneo?

Como tratar erupções na pele causadas por estresse?

Estou com disidrose. Tem cura? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Disidrose não tem cura, mas é possível controlar a doença se o agente que desencadeia as crises for detectado e retirado, quando possível, evitando assim novos surtos.

Como tratar a disidrose?

O tratamento da disidrose visa amenizar os sintomas (principalmente a coceira), acelerar o desaparecimento das lesões já existentes e tratar as suas causas.

A terapêutica vai modificando de acordo com a fase da disidrose, e pode incluir:

  • Compressas de permanganato de potássio ou água boricada 2%;
  • Corticoide (creme ou pomada e oral);
  • Antibiótico tópico;
  • Hidratantes;
  • Toxina botulínica.

Na fase aguda das lesões, quando existem muitas vesículas, coceira e vermelhidão, está indicado o uso de compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das bolhas.

Após a melhora das lesões, ou quando as bolhas demoram a secar apenas com as compressas, pode ser iniciado tratamento conjunto com creme à base de corticoides, para acelerar a cicatrização e evitar novas lesões.

Por fim, na fase de manutenção, ou fase crônica, está indicado manter por um tempo o uso regular de pomadas a base de corticoide, ou imunomoduladores (como o Tacrolimo® e Pimecrolimo®), além de hidratantes, promovendo cuidado com a pele, o que reduz a chance de novas crises.

Nos casos refratários ao tratamento descrito, o médico poderá indicar opções como corticoide por via oral, imunomoduladores e aplicação de toxina botulínica. Porém são raros os casos, e irão depender de uma avaliação clínica criteriosa.

Casos em que se observa sinais de infecção, como secreção purulenta, mau cheiro, febre ou dor local, o tratamento deverá ser complementado com antibioticoterapia.

Na maioria das vezes, as crises de disidrose resolvem-se naturalmente após uma a três semanas. O intervalo entre os surtos é de semanas ou meses.

Veja também: O que é disidrose?

É possível prevenir a disidrose?

Sim. A melhor forma de prevenção da disidrose é conhecer os fatores que mais desencadeiam a disidrose, e detectar a sua causa, removendo sempre que possível, esse agente desencadeante.

Além disso, outros cuidados podem ser tomados, como:

  • Controlar o estresse;
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura;
  • No calor hidratar a pele de forma exagerada e aumentar a ingesta de água;
  • Evitar o contato com produtos ou substâncias irritantes, como detergentes e sabonetes antissépticos;
  • Evitar lavar as mãos muitas vezes ao dia, se preciso fazer uso de luvas para proteger e reduzir as lavagens de mãos (as luvas de vinil parecem ser menos irritantes para a pele do que as de látex).

O tratamento e o diagnóstico da disidrose devem ser feitos e acompanhados por um/a médico/a dermatologista.

Existe alguma forma de clarear manchas escuras na pele?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem várias formas de clarear manchas escuras na pele, que variam conforme o local, a profundidade e o tipo de mancha. Alguns dos tratamentos indicados para tirar manchas escuras na pele:

  • Proteção solar: Proteger a pele contra os raios solares é fundamental para o sucesso de qualquer tratamento para remover manchas na pele. Para isso, deve-se aplicar um filtro solar com FPS mínimo de 30 nas áreas expostas do corpo. Recomenda-se usar filtros que protegem contra os raios ultravioleta A (UVA) e B (UVB);
  • Laser: Além de estimular a produção de colágeno na pele, o laser dissolve os pigmentos escuros das manchas;
    • Laser de CO2 fracionado: É indicado para tirar manchas escuras na pelecausadas por envelhecimento, exposição ao sol, entre outros fatores. As células atingidas pelo laser evaporam, pois atingem uma temperatura de 100ºC;
    • Laser Quantum: Muito usado para remover manchas avermelhadas do pescoço, também é útil para clarear manchas escuras causadas pelo sol;
    • Laser de Rubi: Este tipo de laser é bastante usado para tratar sardas escuras;
  • Ácido retinoico e hidroquinona: A combinação dessas duas substâncias é muito usada para tirar manchas na pele. Em alguns casos, são adicionados corticoides para potencializar o efeito das fórmulas. As aplicações devem ser feitas à noite, de preferência no inverno, para evitar qualquer tipo de exposição solar. Provoca descamação e deixa a pele levemente rosada;
  • Isolaz: É um método que associa a luz pulsada com sucção, limpando os poros, reduzindo a inflamação e clareando as manchas. É indicado principalmente para clarear manchas escuras causadas por acne;
  • Peeling de Diamante ou Cristal: Através de agentes químicos ou físicos, o peeling faz uma esfoliação, permitindo a formação de uma nova camada de pele. O método é especialmente indicado para tirar manchas causadas pela acne;
  • Luz Pulsada: A cor escura da mancha atrai a luz, que destrói os seus pigmentos; Trata-se de uma luz de alta energia que atua principalmente em manchas na pele provocadas pelo sol, processos inflamatórios, feridas, picadas de inseto e acne;
  • Microcauterização: É uma forma simples e bastante eficiente de clarear manchas e sardas escuras na pele. O tratamento é feito com um aparelho de ponta muito fina e quente, que é aplicada sobre o local e provoca uma descarga elétrica que destrói a mancha;
  • Neve Carbônica: Trata-se de um aparelho com uma ponta congelada que é aplicada sobre a mancha, provocando a sua destruição devido ao frio intenso;
  • Amelan: Pode ser aplicado sob a forma de creme ou peeling, sendo indicado para tratar manchas escuras no rosto. Como contém ácidos, provoca uma leve descamação e vermelhidão;
  • Cremes despigmentantes: Possuem substâncias clareadoras como hidroquinona, ácido glicólico e ácido azeláico. Os resultados só começam a aparecer depois de cerca de 2 meses.

Veja também:

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Para saber qual é o método mais indicado para clarear as manchas escuras que você tem na pele, consulte um médico dermatologista.

Qual é o tratamento para condiloma acuminado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para condiloma acuminado inclui o uso de remédios com ácidos que são aplicados nas verrugas, cauterização elétrica (queimar as lesões), crioterapia (congelar as lesões), aplicação de laser e cirurgia. Em alguns casos, também podem ser usados medicamentos imunomoduladores, que atuam no sistema imunológico e ajudam a combater o vírus HPV, causador da doença. A modalidade de tratamento escolhida depende do tamanho e da localização das verrugas.

Porém, o condiloma nem sempre tem cura definitiva, uma vez que não existe um medicamento capaz de eliminar completamente o HPV do organismo. Por isso, o objetivo do tratamento é eliminar as verrugas. Mesmo assim, as lesões podem voltar a aparecer em cerca de 25% dos casos, já que o HPV continua circulante.

Se o condiloma afetar o colo do útero, o tratamento na fase inicial normalmente é feito com cauterização. Além de eliminar as verrugas, o objetivo do tratamento nesses casos é evitar que a infecção pelo HPV evolua para câncer.

No entanto, na maioria dos casos, principalmente em pessoas mais jovens, o sistema imune consegue combater o HPV eficazmente e a infecção não manifesta sintomas. Vale lembrar que o HPV está presente na maioria da população. Quando o organismo não consegue conter o vírus, surgem as verrugas.

O que é condiloma acuminado?

O condiloma acuminado é uma doença sexualmente transmissível, causada pelo vírus HPV. A infecção se caracteriza pela presença de verrugas com aspecto de couve-flor na vulva, vagina, colo do útero, ânus, reto, pênis, boca e garganta.

Como prevenir o condiloma acuminado?

A prevenção da infecção por HPV é feita através do uso de camisinha, realização periódica do Papanicolau e vacinas. Porém, é importante ressaltar que a transmissão do HPV ocorre por meio do contato direto com a pele ou com as mucosas infectadas. Por isso não é necessário a penetração, basta o contato íntimo, manual ou corporal para haver a transmissão da doença.

Além disso, o uso de preservativo nem sempre é eficaz para prevenir o condiloma acuminado, já que existem áreas que não são cobertas pela camisinha e podem entrar em contato com as verrugas, como a região anal.

O exame preventivo ou Papanicolau é fundamental para diagnosticar precocemente a infecção pelo HPV e prevenir o câncer de colo de útero.

A vacina previne a infecção pelo HPV 6 e 11, que são responsáveis pela imensa maioria dos casos de verrugas genitais. No caso das mulheres, a vacinação também previne os principais causadores do câncer de colo do útero, que são o HPV 16 e 18.

Leia também: Como tomar a vacina contra HPV?

O tratamento do condiloma acuminado é da responsabilidade do médico dermatologista, urologista, ginecologista ou infectologista.

Como tirar mancha de limão da pele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para tirar manchas de limão da pele pode ser feito com cremes despigmentantes, laser, peelings, além do uso constante de filtro solar.

É comum o desaparecimento das manchas provocadas pelo limão com o decorrer do tempos aos poucos, para tanto são importantes alguns cuidados como uso de protetor solar.

Para acelerar o tratamento e em casos mais extenso e de difícil resolução os cremes despigmentantes podem ser utilizados. Eles possuem substâncias clareadoras como hidroquinona, ácido glicólico e ácido azeláico. 

Peelings de diamante ou cristal fazem uma esfoliação com agentes físicos ou químicos, permitindo a formação de uma nova camada de pele. São muito usados para remover manchas causadas por espinhas, mas também podem ser úteis para tirar manchas escuras na pele provocadas por queimadura de limão.

O laser estimula a produção de colágeno na pele e dissolve os pigmentos escuros das manchas. O laser de CO2 e o laser quantum são dois exemplos de lasers que podem ser usados para clarear as manchas de limão.

Já o filtro solar é fundamental para o sucesso do tratamento, uma vez que protege a pele contra os raios solares que provocam o escurecimento da lesão. Recomenda-se a aplicação de filtro solar com FPS 30 (no mínimo), e que também protege contra os raios ultravioleta A (UVA) e B (UVB);

O médico dermatologista é o especialista capacitado para tratar e clarear as manchas provocadas por limão.

Também pode lhe interessar: Queimadura de limão: o que fazer e como tratar?

Pele descascando: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pele descascando tem como principais causas o ressecamento, excesso de exposição ao sol sem proteção e reações alérgicas.

A exposição ao frio e os banhos quentes durante os meses de inverno deixam a pele seca, principalmente no corpo. A desidratação da pele é uma das principais causas de ressecamento, por isso é crucial o uso de hidratantes durante todo o ano, em todas as estações, inclusive no inverno.

Já no verão é muito comum o excesso de exposição solar sem proteção solar adequada, o que pode causar queimaduras solares, que levam a pele a descascar. Nesse sentido, é essencial o uso de protetores solares e proteção física como chapéus, camisas de manga comprida e óculos de sol.

É ainda importante observar se a descamação ou ressecamento são temporários ou persistem durante mais de uma semana, pois caso haja a persistência podem ser sinal de doenças como infecções de pele, câncer de pele ou  mesmo hipotireoidismo. Em situações em que há uma doença causando o ressecamento, geralmente há a presença de outros sintomas associados. 

Entre as doenças que levam à descamação da pele vale ressaltar as reações de hipersensibilidades, conhecidas como alergias, além de descascar a pele também provocam coceira e vermelhidão.

Várias dermatoses podem se manifestar através da descamação da pele, inclusive as que têm origem genética. Cada um desses casos requer tratamentos e abordagens diferentes, que devem ser orientados por um médico. Portanto caso apresente descamação na pele e deseje uma avaliação procure um médico de família, clinico geral ou dermatologista.

Quais os sintomas e tratamento para micose nos pés?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A micose nos pés, ou pé-de-atleta, é uma doença infecciosa causada por fungos e geralmente cursa com os seguintes sintomas:

  • Lesões avermelhadas, especialmente nas bordas, que ocupam a planta dos pés (em mocassim);
  • Presença de pequenas bolhas que, ao "estourarem", deixam uma descamação delicada, conhecida como "em colarete";
  • Prurido local;
  • Algumas vezes podem apresentar pequenas "bolhas de pus" nas bordas;
  • Crescimento centrífugo;
  • Áreas esbranquiçadas entre os dedos dos pés;
  • Pode acometer apenas um ou ambos os pés.

O tratamento da micose nos pés é simples e consiste na aplicação de antifúngicos tópicos. Quando não há melhora com uso de medicação tópica, é indicado o tratamento sistêmico, com antifúngicos orais.

Saiba mais em: Qual é o tratamento para pé de atleta?

É uma doença que tem cura, porém é comum a ocorrência de recidivas, especialmente se não foram adotadas medidas locais para evitar a proliferação de fungos. Dito isto, cito alguns cuidados que devem ser adotados e as opções de antifúngicos tópicos.

  • Evitar frequentar descalço locais de grande circulação de pessoas, como vestiários, chuveiros e banheiros públicos;
  • Antes de calçar calçados, ou após molhar os pés, certifique-se de que os mesmos estão bem secos, especialmente na região interdigital. Se necessário, pode ser utilizado um secador de cabelos;
  • Tente deixar os pés o maior tempo possível em contato com o ar;
  • Após exercícios ou molhar o calçado, troque as meias e deixe o calçado ao ar livre, por pelo menos 24 horas;
  • Faça higiene local diariamente;
  • Não compartilhe meias e calçados;
  • Use talco para manter os pés secos.

Há diversas opções de antifúngicos tópicos, como cetoconazol, miconazol, clotrimazol, isoconazol, ciclopirox olamina e terbinafina. O tratamento deve ser vendido somente com prescrição médica e mantido por quatro a seis semanas. Duas aplicações diárias são suficientes.

Leia também: Como curar frieiras?

O diagnóstico e a prescrição do tratamento devem ser feitos pelo médico dermatologista.

É possível tirar marcas de catapora?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É muito difícil tirar as marcas da catapora completamente, mas é possível amenizar as cicatrizes com procedimentos cirúrgicos dermatológicos como a dermoabrasão e o laser.

Na dermoabrasão, uma raspagem cirúrgica, as camadas mais superficiais da pele são removidas com um instrumento abrasivo que deixa a sua superfície mais suave, amenizando as irregularidades e dando um contorno mais natural às marcas (cicatrizes) da catapora.

O laser deixa as marcas da catapora menores, menos evidentes e menos profundas. O laser aquece a água da pele a temperaturas elevadas, "quebrando" a cicatriz que será substituída por uma pele mais jovem, além de estimular a produção e reestruturação do colágeno.

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A forma mais eficiente de prevenir as marcas de catapora é evitar coçar e tirar as crostas. O/a dermatologista é o/a profissional indicado para avaliar as marcas deixadas pela catapora e escolher o tratamento mais indicado para suavizá-las.