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Quais são os sintomas da catapora?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da catapora se iniciam após 10 a 20 dias do contágio, com lesões de pele avermelhadas, que logo se transformam em pequenas bolhas (vesículas) e viram crostas após alguns dias, desaparecendo ao final de uma a duas semanas. Depois que as lesões se resolvem, podem permanecer cicatrizes nos locais.

Além dos sintomas clássicos da catapora (lesões avermelhadas elevadas, vesículas e crostas), também costumam estar presentes: coceira intensa no local das lesões, mal estar, dor de garganta, febre baixa e perda de apetite.

Os sinais e sintomas da varicela, como é chamada a doença, começam após o período de incubação do vírus, que varia entre 10 e 20 dias.

O que é catapora e como ocorre a transmissão?

A catapora é uma doença infecciosa, cujo agente causador é o vírus Varicela-Zoster, da família dos herpes vírus.

A catapora é altamente contagiosa. A transmissão ocorre pela via respiratória, através de gotículas de secreção de uma pessoa infectada, eliminadas pela boca ou nariz.

Veja também: Qual o período de contágio da catapora?

A imunidade depois de um episódio de catapora é permanente e raramente ocorre uma segunda infecção. Contudo, apesar da cura, o vírus permanece no corpo até o fim da vida.

Catapora pode causar complicações?

Nas crianças, a catapora normalmente não traz complicações e os quadros são autolimitados. Isso significa que a doença cura-se espontaneamente, sem comprometimento de órgãos e tecidos.

Porém, em adultos, adolescentes e pessoas com baixa imunidade, a catapora pode ser mais grave, com taxas de complicações mais elevadas.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Entre as complicações mais comuns da catapora estão: pneumonite, hepatite, encefalite (infecção do cérebro), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e síndrome de Reye. Esta síndrome provoca alteração neurológica e pode ocorrer em pacientes que fazem uso de ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina) enquanto está com varicela.

Qual é o tratamento para catapora?

A catapora é uma doença auto-limitada na imensa maioria dos casos. O tratamento em pessoas saudáveis, sem deficiências do sistema imune, é basicamente de suporte e serve apenas para controlar os sintomas.

Para que não ocorra uma infecção bacteriana secundária, deve-se evitar coçar as lesões. Para isso, as unhas das crianças devem estar bem curtas.

Para reduzir a coceira, também podem ser indicados medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos). A febre deve ser tratada de preferência com paracetamol. Nunca se deve usar aspirina.

Os banhos com permanganato de potássio ou com água boricada podem ser úteis, especialmente naqueles pacientes com muitas lesões bolhosas.

O tratamento com aciclovir é indicado nos pacientes acima de 12 anos ou naqueles com maior risco de complicações. O medicamento não elimina o vírus, mas reduz o tempo de doença, a quantidade de lesões na pele e os riscos de eventuais complicações.

Mesmo após a cura completa da varicela, o vírus ainda permanece no organismo pelo resto da vida, ficando alojado dentro das células do sistema nervoso. Porém, não provoca sintomas e não é contagioso.

Como tratar o herpes zoster causado pela catapora?

Contudo, se a pessoa tiver uma queda nas defesas do organismo, o vírus pode ser reativado, levando ao quadro conhecido como herpes zoster.

O herpes zoster é caracterizado por lesões de pele com características similares à catapora. Porém, elas ficam restritas a uma pequena zona do corpo, geralmente em “faixa”, parando na linha média do corpo.

Nesses casos, deve ser feito tratamento com antivirais (aciclovir, valaciclovir, fanciclovir) para todos os pacientes, durante um período de sete a dez dias.

Como prevenir a catapora?

A prevenção da catapora é feita através da vacinação. Todas as crianças a partir de 1 ano de idade podem ser vacinadas contra a catapora, assim como adultos que ainda não tenham tido a doença.

Para bebês e crianças, são duas doses: a primeira pode ser aplicada a partir dos 12 meses e a segunda já pode ser aplicada após 3 meses, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Imunização.

A vacina está disponível gratuitamente no SUS, sendo que no sistema público a primeira dose é aplicada aos 15 meses, junto com a tríplice viral e depois aos quatro anos.

Também estão indicadas duas doses para os adultos, sendo a segunda dose administrada com intervalo de 1 mês após a primeira.

A vacina contra catapora é contraindicada nas grávidas, imunossuprimidos e pessoas que tenham recebido outra vacina de vírus vivo nas últimas 4 semanas.

Saiba mais em: Tomei vacina contra catapora, ainda corro o risco de pegar catapora?

Se você apresentar sintomas semelhantes aos citados acima, deverá procurar um pronto atendimento e evitar contato com outras pessoas, em especial grávidas e imunossuprimidos. As crianças devem ser afastadas das escolas e creches até a resolução de todas as lesões bolhosas.

Também pode lhe interessar: Quem tem catapora deve evitar o sol por quanto tempo?

O que é clamídia, quais os sintomas e como é a transmissão?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma infecção muito comum em jovens sexualmente ativos, sobretudo os que têm várias parcerias e praticam relações sexuais sem uso da camisinha.

A clamídia atinge principalmente o canal da urina, causando uretrites, mas também pode causar infecção anal, respiratória e ocular.

A infecção por clamídia pode não causar sintomas, mas pode provocar complicações como: dor pélvica crônica, infertilidade, maior risco para abortamentos e partos prematuros, artrites, doenças urológicas e genitais.

Principais sintomas da clamídia

Os sintomas mais comuns da clamídia incluem dor ou ardência ao urinar, corrimento vaginal e presença de secreção clara saindo do pênis.

A infecção por clamídia muitas vezes não apresenta sintomas ou eles demoram para aparecer. Em outros casos, os sinais e sintomas da clamídia podem ser confundidos com os da candidíase, fazendo com que a infecção não seja tratada adequadamente.

Alguns tipos de clamídia causam infecções genitais e urinárias e, quando transmitida durante a gravidez, podem causar conjuntivite ou pneumonia no bebê.

Outros tipos de clamídia provocam uma lesão genital conhecida como linfogranuloma venéreo. Nesses casos, a lesão aparece no local de contacto com o micro-organismo. Depois de algumas semanas, surge um nódulo inflamado que pode crescer e formar uma placa que geralmente evolui para ferida, podendo cicatrizar e causar inchaço.

Sintomas de clamídia nos homens

Em geral, a clamídia não causa sintomas nos homens. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor ou sensação de queimação no períneo (região entre ânus e genitais), nos testículos ou ainda presença de corrimento uretral.

Outros sintomas que podem estar presentes nos homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite ou proctite. Pode ocorrer ainda a chamada síndrome de Reiter, que caracteriza-se pela presença de artrite, conjuntivite e uretrite.

Sintomas de clamídia nas mulheres

Nas mulheres, é comum a clamídia também não causar sintomas. Numa minoria dos casos, pode haver presença de corrimento, ardência e aumento da frequência urinária. Em outros casos podem estar presentes ainda uretrite ou cervicite.

O atraso no início do tratamento da clamídia pode causar graves problemas nos órgãos reprodutivos das mulheres, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que pode provocar gravidez fora do útero (ectópica), dor crônica no baixo ventre (pélvica) e esterilidade.

Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, está indicado a pesquisa da bactéria de rotina na faixa etária mais prevalente, mulheres entre 25 e 35 anos de idade.

Como é a transmissão da clamídia?

A transmissão da clamídia ocorre através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ser transmitida através do canal do parto, da mãe para o bebê.

Qual é o tratamento para clamídia?

O tratamento da clamídia é feito com medicamentos antibióticos, preferencialmente doxiciclina ou azitromicina, os quais devem ser prescritos por médicos/as, em média por 1 semana. Já o tratamento do linfogranuloma venéreo é mais prolongado, com duração de pelo menos 3 (três) semanas.

É importante lembrar que o tratamento da clamídia também deve ser realizado pelo/a parceiro/a. Caso contrário, a infecção pode voltar a aparecer.

O tratamento precoce da clamídia é eficaz e a evolução costuma ser boa, desde que a doença seja diagnosticada e tratada no início.

As complicações são raras quando o tratamento for realizado corretamente.

A prevenção da clamídia é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais.

O/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista são indicados/as para diagnosticar e tratar a doença ocasionada pela presença de clamídia.

É possível ter meningite mais que uma vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, é possível ter meningite mais do que uma vez, principalmente crianças com menos de 5 anos, pois ainda não têm o sistema imunológico completamente desenvolvido.

Com o tempo, grande parte das pessoas desenvolve anticorpos e fica imune à maioria dos vírus e bactérias que causam meningite, porém a imunidade adquirida é específica para cada tipo de vírus e bactéria.

Isso significa que uma pessoa que teve meningite viral e ficou imune àquele vírus, pode contrair outros tipos de meningites (bacteriana, fúngica) ou ainda novo episódio de meningite viral, causada por um vírus que não teve contato prévio.

Além de vírus, bactérias, fungos e parasitas, a meningite também pode ser causada por lesões físicas, inflamações, doenças vasculares, câncer ou uso de medicamentos - meningite asséptica. Pois existe a reação inflamatória, sem a presença de um agente infeccioso.

Leia também: Uma otite pode virar meningite?

Como ocorre a transmissão da meningite viral e bacteriana?

As meningites virais e bacterianas são transmitidas através do contato direto com pessoas infectadas, que transmitem o micróbio ao falar, tossir, espirrar ou beijar.

No caso da meningite viral causada por vírus que habitam o intestino (enterovírus), a transmissão ocorre também pelo contato acidental, com fezes de pessoas contaminadas, como no uso de objetos contaminados.

Vale lembrar que a doença nem sempre é transmitida por pessoas que estão com meningite. A meningite meningocócica, por exemplo, pode ser transmitida por indivíduos que abrigam a bactéria meningococo na garganta e não estão doentes.

Como prevenir a meningite?

A melhor forma de se prevenir contra a meningite meningocócica é através das vacinas, que protege contra os tipos A, B, C, W e Y. Outras formas de prevenção incluem:

  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Lavar as mãos depois de ir ao banheiro;
  • Limpar e higienizar adequadamente os ambientes.

O tratamento, na maioria dos serviços, se baseia no início precoce da antibioticoterapia, devido ao alto risco de morbidade e mortalidade, e deve ser reavaliado após os resultados de exames.

A resposta ao tratamento depende basicamente do início precoce do tratamento, quanto antes for diagnosticado e tratado, menor a chance de complicações e sequelas.

Na suspeita de meningite, procure imediatamente um serviço de emergência médica!

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Como saber se tenho meningite?

Para que serve e como usar clotrimazol (creme vaginal)? Pode usado pelos homens?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Clotrimazol® é um creme vaginal antifúngico, indicado para o tratamento de infecções vaginais (vaginites) provocadas por fungos. É bastante utilizado para o tratamento de candidíase e outras vaginites que tenham corrimento como sintoma.

Pode ser também usado para o tratamento local de vulvite (inflamação na área genital externa da mulher e regiões próximas) e balanite (inflamação na glande e prepúcio do pênis) do parceiro sexual.

Como usar clotrimazol® Infecções vaginais

Introduza o aplicador cheio de creme vaginal (cerca de 5 g) o mais profundamente possível na vagina, uma vez por dia, à noite, ao deitar, durante 6 dias consecutivos.

Figura 1: Adaptação do aplicador ao bico do creme vaginal. Figura 2: Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo, preenchendo-o completamente. Figura 3: Deitada de costas, introduza o aplicador na vagina suavemente e empurre o êmbolo do aplicador com o indicador depositando todo o creme no interior da vagina.

Siga os seguintes passos:

1. Retire a tampa do tubo e perfure completamente o seu lacre usando a parte pontiaguda (externa) da tampa.

2. Adapte o aplicador ao bico do tubo.

3. Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme entre no aplicador, preenchendo-o completamente.

4. Desencaixe um aplicador e tampe o tubo do medicamento imediatamente (para evitar contaminação).

5. Para aplicar o produto:

Deite-se de costas e relaxe um pouco;

Introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto;

Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina;

Retire o aplicador do canal vaginal.

6. Após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

As pacientes que apresentam infecção externa concomitante (nos lábios vaginais e áreas próximas - vulvite por Candida) também devem aplicar o creme vaginal nestas regiões.

Clotrimazol® deve ser aplicado de acordo com a indicação médica. Os sintomas da infecção desaparecem nos primeiros dias de uso do creme. Entretanto, a medicação deve ser mantida até o fim do tratamento que dura em torno de 6 dias. Ao fim deste período, se os sintomas persistirem é necessário buscar novamente o/a médico/a.

Homens podem usar clotrimazol®?

Sim. Clotrimazol® creme vaginal também pode ser usado por homens nos casos de inflamação da glande ou prepúcio penianos (balanite) provocado por candidíase e contraída pelo contato sexual.

Neste caso deve-se aplicar uma camada fina de creme vaginal na glande e prepúcio do pênis friccionando levemente as áreas afetadas para que o medicamento seja absorvido. O indicado é usar o creme de duas a três vezes ao dia. Este tratamento pode durar de uma a duas semanas.

Cuidados quanto ao uso de clotrimazol®
  • O uso de clotrimazol® não é aconselhável durante o período menstrual;
  • Não utilize absorventes internos, duchas intra-vaginais, espermicidas ou outros produtos durante o tratamento com clotrimazol;
  • Evite relações sexuais durante o tratamento, pois além do risco de transmissão para ou parceiro ou parceira, a eficácia do preservativo ou diafragma pode ser reduzida;
  • O uso de clotrimazol® só deve ser feito por mulheres grávidas ou que estão amamentando sob orientação médica, visto que não existem estudos suficientes para comprovar segurança para o bebê;
  • Se você apresentar febre (38°C ou acima), dor no baixo abdômen, dor nas costas, corrimento vaginal mal cheiroso, náusea, hemorragia vaginal e ou dor nos ombros durante o uso do medicamento, consulte o/a médico/a.
Contraindicações do clotrimazol®

Clotrimazol® creme vaginal é contraindicado em casos de alergia ao clotrimazol ou a qualquer outro componente da fórmula.

Não utilize clotrimazol® sem orientação médica.

O médico clínico geral, médico da família, ginecologista (para as mulheres) ou urologista (para os homens), são os profissionais mais indicados para tratar esses sintomas.

Pode lhe interessar também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

Tuberculose miliar é contagiosa? Como se transmite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, a tuberculose miliar não é contagiosa. Trata-se de um tipo de tuberculose extrapulmonar, portanto não é transmitida de pessoa para pessoa através das secreções respiratórias. Pacientes com tuberculose miliar não são capazes de transmitir a bactéria ao falar, tossir ou espirrar, como ocorre nos casos de tuberculose pulmonar.

A tuberculose miliar é um tipo de tuberculose em que as bactérias estão disseminadas na corrente sanguínea, por isso alcançam outros tecidos e órgãos do corpo, causando lesões e sintomas de acordo com a região acometida.

As regiões mais comuns de tuberculose extrapulmonar são os gânglios periféricos, pleura, ossos e meninge. O risco de meningite é elevado, sendo uma das formas mais graves de tuberculose.

Apesar da gravidade, a tuberculose miliar não é transmissível. Os pacientes não precisam ficar em isolamento e podem entrar em contato com outras pessoas pois não existe risco de contágio.

Já a tuberculose pulmonar, que é a forma mais comum da doença, é altamente contagiosa. Quando alguém com tuberculose pulmonar ativa espirra, tosse ou fala, libera gotículas de secreção respiratória contaminadas com o bacilo, que gera a contaminação.

Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Vale lembrar que um paciente com tuberculose miliar pode transmitir a doença se estiver também com a forma pulmonar da tuberculose.

O tratamento da tuberculose miliar pode ser iniciado mesmo que ainda não haja um diagnóstico definitivo, uma vez que a taxa de mortalidade é alta se o tratamento não for iniciado precocemente.

O/A médico/a da família ou infectologista é o responsável pelo tratamento e acompanhamento nesses casos.

Saiba mais em:

O que é tuberculose miliar? Quais os sintomas?

Tuberculose miliar tem cura? Como é o tratamento?

O que é esquistossomose e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", é uma doença infecciosa causada pelo verme Schistosoma mansoni, um parasita que pode habitar os vasos sanguíneos do fígado e do intestino humano.

Os ovos do parasita são eliminados pelas fezes de uma pessoa infectada e, em contato com água, eclodem e libertam as larvas. Essas larvas entram no caramujo e se proliferam. O caramujo secreta as cercárias que vão penetrar na pele da pessoa que entra nessas águas contendo caramujos, transmitindo a esquistossomose.

Schistosoma mansoni Quais são os sintomas da esquistossomose?

Apesar de não apresentar sintomas no início, a esquistossomose pode progredir para para formas muito graves que podem levar à morte.

A fase inicial da esquistossomose é caracterizada pela dermatite cercariana, causada pela penetração das cercárias na pele. Essa fase da esquistossomose pode ser assintomática ou provocar sintomas como erupções com vermelhidão, inchaço e coceira.

Fase aguda da esquistossomose

Esses sintomas iniciais podem permanecer por até duas semanas após a infecção. Cerca de 1 a 2 meses depois, surgem os sintomas que caracterizam a forma aguda da esquistossomose, como febre, dor de cabeça, anorexia, náuseas, redução da força física, dores musculares, tosse e diarreia.

Fase crônica da esquistossomose

A fase crônica da esquistossomose caracteriza-se pelo comprometimento do fígado. A doença pode evoluir para as seguintes formas físicas, de acordo com a suscetibilidade do indivíduo e da intensidade da infecção:

  • Esquistossomose intestinal: É a mais frequente. Pode ser assintomática ou provocar diarreias que podem ter muco e sangue;
  • Esquistossomose hepatointestinal: Apresenta sintomas semelhantes aos da forma intestinal, com maior frequência de diarreia e dores no estômago;
  • Esquistossomose hepatoesplênica: Pode ser compensada, descompensada ou complicada. Há um comprometimento do estado geral do indivíduo e o fígado e o baço ficam palpáveis.
Qual é o tratamento para esquistossomose?

O tratamento da esquistossomose consiste na administração de medicamentos específicos que são capazes de curar a doença ou reduzir a carga parasitária, impedindo também a evolução para as formas mais severas. Pode haver necessidade de internamento ou intervenções cirúrgicas nos casos mais graves.

Caso a pessoa tenha frequentado recentemente "lagoas de coceira", locais já conhecidos por terem caramujos nas águas, é importante haver uma investigação feita inicialmente pelo/a clínico geral, médico/a de família ou infectologista.

O que é tuberculose pleural?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tuberculose pleural é um tipo de tuberculose extrapulmonar que acomete a pleura, uma membrana fina que reveste os pulmões. A tuberculose pleural é a forma de tuberculose extrapulmonar mais observada em pacientes imunocomprometidos, sobretudo com AIDS.

A doença pode ocorrer em qualquer idade, embora seja mais comum em adultos jovens entre os 20 e 40 anos.

O bacilo de Koch, causador da tuberculose, pode atingir a pleura pelo sangue, mas a tuberculose pleural também pode surgir devido à hipersensibilidade à bactéria.

O bacilo pode ainda chegar à pleura pela via direta, ou seja, através do rompimento de algum foco de tuberculose pulmonar na cavidade pleural. Quando isso acontece, o bacilo de Koch pode estar presente no líquido pleural ou nas secreções respiratórias.

A tuberculose pleural pode se manifestar através de sinais e sintomas inespecíficos como febre, prostração, inapetência e emagrecimento. Pode ocorrer ainda tosse seca persistente e falta de ar, especialmente nos casos aonde evolui com derrame pleural.

Saiba mais em: O que é derrame pleural e quais os sintomas?

Contudo, o sintoma respiratório mais característico da tuberculose pleural é a dor torácica do tipo pleurítica. A dor pleurítica começa subitamente, é intensa e em forma de “pontadas”. Geralmente é bem localizada e se manifesta apenas em um lado do tórax. A dor piora com a tosse ou inspiração profunda e melhora se o paciente ficar sem respirar por instantes.

O diagnóstico da tuberculose pleural é confirmado pelo raio-x de tórax, análise do líquido pleural e tecidos da pleura (biópsia).

O/A médico/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose pleural é o/a pneumologista ou infectologista.

Leia também: 

Tuberculose pleural é contagiosa? Como se transmite?

Tuberculose pleural tem cura? Como é o tratamento?

O que é tétano e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tétano é uma doença infecciosa grave, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Essa bactéria está presente no solo, na terra, no esterco, no pó, nas fezes humanas e na superfície de objetos, sendo extremamente resistente.

A Clostridium tetani penetra no organismo através de ferimentos ou lesões na pele, geralmente perfurantes, e não é transmitida de pessoa para pessoa.

Quando contamina ferimentos, a bactéria torna-se capaz de produzir a toxina, que atua sobre terminais nervosos e provoca as fortes contrações musculares que caracterizam o tétano.

No caso do tétano neonatal, a contaminação ocorre através do coto do cordão umbilical do recém-nascido e o sistema nervoso do bebê é afetado.

Quais são os sintomas do tétano?

Geralmente, os primeiros sinais e sintomas do tétano surgem alguns dias após a infecção pela Clostridium tetani. Os sintomas podem incluir: dificuldade de abrir a boca, dificuldade para engolir e contratura dos músculos do pescoço (rigidez na nuca).

Na maioria dos casos, o quadro evolui para contraturas musculares generalizadas, que podem comprometer o músculo diafragma e provocar a morte do paciente por insuficiência respiratória.

Também são observadas crises de contraturas geralmente desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação do paciente.

O tétano neonatal provoca dores fortes e contrações que fazem o bebê chorar muito e tenha dificuldade para mamar.

Qual é o tratamento para o tétano?

O tratamento do tétano é realizado em ambiente hospitalar em regime de internação, é feita uma limpeza profunda e imediata do ferimento, com administração de antibiótico (penicilina) para combate a bactéria e de imunoglobulina antitetânica ou soro antitetânico.

Também são utilizados sedativos de forma a promover o relaxamento muscular, impedindo os espasmos musculares e as contraturas dolorosas. São realizadas ainda medidas gerais de suporte.

Em caso de ferimento, é preciso ter tomado 3 doses da vacina, sendo que a última deve ter sido tomada há menos de 10 anos.

Como prevenir o tétano?

Para prevenir o tétano, é muito importante manter níveis adequados de anticorpos contra a doença no corpo, o que só é possível através da vacinação. Vale lembrar que pessoas que já adquiriram tétano não ficam imunes contra a doença. Por isso, a vacina é fundamental.

Para prevenir o tétano neonatal, a mulher já deve ter tomado pelo menos duas doses da vacina antes do parto. Se a última dose foi há mais de 5 anos, é indicado tomar um reforço.

O esquema de vacinação contra o tétano consiste de 3 doses da vacina, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O primeiro reforço é feito através da vacina tríplice viral, aos 15 meses, e o outro é feito entre os 4 e os 6 anos de idade. Depois, os reforços devem ser feitos a cada 10 anos.

O infectologista é o médico responsável pelo diagnóstico e tratamento do tétano.