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Suco do melão em jejum é bom para cisto no ovário?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existem estudos científicos que comprovem a ação direta das propriedades do melão como tratamento ou benefícios para portadoras de cisto no ovário. No entanto nutricionistas apontam a fruta como fonte de substâncias que interferem de forma positiva no organismo.

O melão é uma fruta rica em água, cálcio, vitamina C, vitamina A e as vitaminas do Complexo B; responsáveis por aumentar o metabolismo e dar energia para o corpo. Ainda, o melão é rico em bioflavonóides, excelentes fontes de antioxidantes e anti-inflamatórios, e carotenóides, que aumentam a produção de vitamina A. 

Portanto esta fruta faz parte de diversas opções de planos alimentares. O melão pode ser consumido como forma de bebida, em sucos ou vitaminas; em pedaços, na sua forma natural; junto à comida, iogurtes ou como sabor principal de diversas sobremesas.  

Como benefícios, devido suas propriedades, podemos destacar o aumento da hidratação corporal, ação diurética, que auxilia na hipertensão, sensação de saciedade, auxiliando na redução de peso, e prevenção de doenças, pelo alto teor de nutrientes antioxidantes e anti-inflamatórios.

Os cistos ovarianos possuem tratamento bem estabelecido de acordo com tipo e sintomas que apresente. É fundamental que faça um planejamento com nutricionista, além de manter acompanhamento com seu/sua médico/a ginecologista, para esclarecer as dúvidas e traçar um tratamento e orientação dietética adequada a cada caso.

Saiba mais sobre o assunto em:

O que pode ser uma mancha preta na unha?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Mancha preta na unha pode ser sinal de diversos problemas que acometem as unhas das mãos ou dos pés. Os mais comuns são as micoses (infecção por fungo), melanoma, melanoníquia, doenças sistêmicas e traumas físicos ou mecânicos.

Conheça neste artigo a principais causas de mancha pretas nas unhas:

Micoses

Algumas micoses podem causar mancha preta, linhas ou riscos verticais na unha. A onicomicose é uma doença infecciosa causada por fungos que se alimentam da queratina (proteína) da unha. Essa micose pode deixar a unha mais grossa, dura, sem brilho e com linhas verticais.

A onicomicose é mais comum nas unhas dos pés, mas pode acometer as unhas das mãos também. O tratamento da micose na unha é feito com uso de esmaltes e antibióticos orais utilizados por um longo período.

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele que pode acometer as unhas. Nesse caso, a mancha escura na unha aparece de forma inesperada em forma de listra ou como uma pinta preta ou marrom embaixo da unha.

Em geral, é restrita a apenas uma unha. Esse tipo de mancha precisa ser investigada pelo dermatologista e, em alguns casos, é necessária biópsia.

Melanoníquia

A melanoníquia é outro acometimento que produz listras pretas nas unhas. Ela é comum em pessoas negras e pode indicar benignidade. Nesse caso, não há indicação de tratamento uma vez que é algo natural da própria unha.

Doenças sistêmicas

Doenças sistêmicas acometem vários órgãos e sistemas do corpo e também podem provocar manchas e linhas verticais nas unhas. Estas doenças podem ser renais, insuficiência cardíaca, cirrose hepática, doença pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) e doença vascular periférica.

O tratamento de mancha na unha causada por doenças sistêmicas está relacionado à estabilização da doença crônica. Por isso, esse acompanhamento deve ser realizado com o médico especialista que já é de sua referência.

Traumas físicos ou mecânicos

Os traumas físicos ou mecânicos podem ser provocados por queda de objeto sobre o dedo ou compressões como ao fechar o dedo na porta e o uso de calçado apertado e pisão no pé.

O uso de sapatos apertados ou a prática de determinados esportes também podem provocar traumas constantes na unha e, consequentemente, o surgimento de manchas escuras.

Todos esses traumas podem provocar hematoma embaixo da unha e, consequentemente, o aspecto de mancha preta na unha.

Como é feito o tratamento da mancha preta na unha?

O tratamento para mancha preta na unha dependerá da causa que provocou o escurecimento. Pode ser usado desde medicamentos antifúngicos e compressas de gelo até a indicação de biópsia para indicação do melhor tratamento.

Além disso, é preciso observar o tempo em que a unha está dessa forma, a quantidade de unhas afetadas a presença de outros problemas e de doenças sistêmicas.

Caso você esteja com mancha preta ou listas verticais nas unhas, procure um médico de família, clínico geral ou dermatologista para uma avaliação detalhada, identificação da causa e tratamento apropriado para o seu caso.

Para saber mais sobre manchas e problemas nas unhas, você pode ler:

Unha inflamada o que fazer?

Unhas amareladas podem ser sinal de doença?

Mancha branca na unha: quais as causas e como tratar?

Referência

SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para que serve a Biotina? Tem efeitos colaterais?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Biotina é uma vitamina do complexo B denominada tecnicamente como vitamina B7 ou vitamina H. É bastante utilizada em forma de suplemento alimentar para manter a saúde das unhas e dos cabelos. Entretanto, ainda não existem evidências científicas suficientes para comprovar seus benefícios em relação à saúde capilar.

Esta vitamina participa no metabolismo celular dos ácidos graxos, aminoácidos e da formação de novas moléculas de glicose (gliconeogênese).

Para que serve a Biotina?

Embora ainda não seja totalmente esclarecido o mecanismo de ação da Biotina, acredita-se que esta vitamina é importante para a produção de queratina, substância que constitui cabelos, unhas e pele.

Tratamento de unhas frágeis e quebradiças

A biotina é capaz de melhorar a firmeza, dureza e espessura de unhas frágeis e quebradiças. Alguns estudos mostraram também que o uso desta vitamina pode melhorar algumas deformidades das unhas. Os resultados do tratamento de problemas nas unhas com biotina têm sido positivos, entretanto são necessários mais esclarecimentos sobre sua eficácia e dosagem ideal.

A melhora das unhas pode ser observada após 3 a 6 meses de uso da vitamina B7.

Tratamento de queda de cabelos

Embora a deficiência de biotina tenha relação com a queda de cabelo (alopécia), o seu efeito para o tratamento deste problema ainda não possui comprovação científica.

Veja também:

O que é alopécia?

Alopécia tem cura? Qual o tratamento?

Quais são os efeitos colaterais da Biotina?

São raros, porém quando existem são queixas de desconforto gastrointestinal leve ou irritação de pele.

Contra-indicações e cuidados ao uso da Biotina
  • Casos de alergia à vitamina biotina e outros componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas: devem evitar usar biotina sem indicação médica;
  • Pessoas que fazem uso de medicamentos anticonvulsivantes: estes medicamentos podem provocar menor absorção da biotina e reduzir os seus efeitos quando utilizados ao mesmo tempo.
Sinais de deficiência de vitamina B7 (Biotina)
  • Cabelos frágeis ou queda de cabelo;
  • Unhas frágeis e quebradiças;
  • Pele seca e irritada;
  • Fadiga crônica;
  • Dores musculares;
  • Formigamento de pernas e braços;
  • Mudança de humor;
  • Distúrbios digestivos e do trato gastrointestinal.
Alimentos ricos em vitamina B7 (Biotina)

São fontes naturais de biotina:

  • Cebola
  • Cenoura
  • Tomate
  • Alface
  • Couve-flor
  • Banana
  • Amendoim
  • Amêndoa
  • Nozes
  • Cereais
  • Ovos
  • Carnes vermelhas
  • Rins
  • Fígado
  • Leite

Não utilizar suplementos alimentares sem acompanhamento médico ou nutricional.

Leia mais:

Queda de cabelo feminino, o que pode ser? Como tratar?

Quais os valores anormais na sedimentoscopia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sedimentoscopia é uma das etapas do exame de urina. Analisa células e outros elementos na amostra de urina, através de um microscópio. Os resultados/valores considerados anormais são:

  • Células epiteliais: numerosas
  • Cilindros na urina: presentes
  • Hemácias: várias ou numerosas
  • Cristais na urina: vários ou numerosos
  • Bactérias: presentes
  • Parasitas: presentes

O exame de urina é dividido em três etapas (análise física, química e a sedimentoscopia) e é amplamente utilizado para diagnosticar e/ou acompanhar as doenças renais e do sistema urinário.

Entenda o que significa cada um destes resultados, no exame de sedimentoscopia:

1. Células epiteliais
  • Resultado normal: raras ou algumas
  • Resultado anormal: numerosas

Quando os resultados da sedimentoscopia de urina mostram algumas células epiteliais ou raras células epiteliais, o exame pode ser considerado normal. A presença de poucas células podem ser resultado de uma descamação normal da uretra, ou de contaminação da amostra de urina analisada.

Entretanto, quando as células epiteliais estão presentes em grande número sugere um problema no trato urinário, ou seja, no trajeto pelo qual a urina passa. Deste modo, a lesão pode ocorrer nos rins, ureter, bexiga ou uretra.

2. Cilindros na urina
  • Resultado normal: ausentes
  • Resultado anormal: presentes

Quando existem cilindros na urina, pode indicar problemas renais como uma inflamação renal. A glomerulonefrite, inflamação nos glomérulos, local onde ocorre a filtração do sangue e formação da urina, é um exemplo de presença de cilindros na urina.

3. Hemácias na urina
  • Resultado normal: ausentes ou raras
  • Resultado anormal: várias ou numerosas

A presença de várias ou numerosas hemácias no exame de urina não é considerada normal e pode ser um sinal de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas nas vias urinárias.

O número aumentado de hemácias (células do sangue) na urina é chamado de hematúria. Dependendo da intensidade, pode ser observada diretamente na urina pela coloração avermelhada, que indica a presença de sangue, ou apenas com uso de microscópio por meio da sedimentoscopia.

4. Cristais na urina
  • Resultado normal: ausentes
  • Resultado anormal: vários ou numerosos

O resultado se refere à análise de cristais anormais na sedimentoscocpia, como cristais de cistina, leucina, tirosina, colesterol e sulfonamidas.

A presença de cristais de carbonato de cálcio, oxalato de cálcio e poucos cristais de ácido úrico é considerado normal. Pode ocorrer devido à pouca ingestão de água, hábitos alimentares ou mudanças na temperatura corporal, acumulando esses cristais.

No entanto, alguns cristais são considerados patológicos (cistina, leucina, tirosina, colesterol e sulfonamidas) e quando presentes na urina podem indicar doenças metabólicas e/ou infecciosas.

5. Leucócitos, piócitos ou glóbulos brancos
  • Resultado normal: raros ou ausentes
  • Resultado anormal: vários ou numerosos

Quando encontrados em pequena quantidade na urina, a presença de piócitos, também chamados de leucócitos ou glóbulos brancos, é considerada normal e sugere uma infecção urinária.

A piúria, como é denominada a urina com grande quantidade de piócitos na urina, indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins, ou de qualquer outra estrutura do sistema urinário.

6. Bactérias
  • Resultado normal: ausentes
  • Resultado anormal: presentes

A presença de bactérias na urina é um achado anormal. Pode ocorrer por contaminação da amostra de urina analisada, em infecções do trato urinário com envolvimento dos rins ou em infecções urinárias simples.

No caso de infecção urinária, além das bactérias, é comum a presença de leucócitos aumentados e presença de cilindros, na sedimentoscopia.

7. Parasitas
  • Resultado normal: ausentes
  • Resultado anormal: presentes

Alguns parasitas podem ser encontrados na sedimentoscopia de urina e o mais comum é o Trichomonas vaginalis. Quando este parasita é encontrado no exame, pode indicar vaginites (infecções vaginais) ou uretrites (infecção da uretra).

Como devo coletar a urina para exame?

O exame de urina não requer nenhum preparo, apenas siga as orientações:

  • Utilize um frasco estéril e com tampa, de preferência fornecido pelo laboratório;
  • Lave as mãos;
  • Lave os genitais com água e sabão;
  • Despreze o primeiro jato de urina e colete o jato do meio (jato médio) sem interrupção do fluxo;
  • Leve ao laboratório, no máximo, até 2 horas após a coleta.

Pergunte ao médico que solicitou o exame sobre a necessidade de suspender alguma medicação que você utiliza.

Recomenda-se que as mulheres não coletem urina no período menstrual, devido à presença de hemácias na amostra, prejudicando o resultado. A não ser que seja realmente necessário, e nesses casos não deixe de informar ao laboratório sobre a menstruação, na entrega da amostra.

A sedimentoscopia deve ser analisada com as outras etapas do exame de urina: análise física (cor, aspecto, densidade) e análise química (pH, proteínas totais, glicose, bilirrubinas, urobilinogênio, corpos cetônicos e nitritos).

O exame de urina completo deve ser analisado pelo médico que o solicitou. Este profissional fará a avaliação do exame considerando a entrevista e exame físico do paciente. Isto assegura um diagnóstico correto e um tratamento eficaz, caso alguma anormalidade seja identificada.

Leia mais: Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados

Picolinato de cromo emagrece? Saiba como tomar e quais os seus efeitos colaterais
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O picolinato de cromo é um produto registrado pela ANVISA, na categoria de suplemento vitamínico e mineral, popularmente usado para fins de emagrecimento, porém ainda sem registro ou eficácia comprovada para esse fim.

Picolinato de Cromo x Emagrecimento

Embora ainda não esteja cientificamente comprovado que o produto promove o emagrecimento, alguns estudos evidenciaram esse resultado. Pesquisadores entendem que o produto seja capaz de estimular a redução do apetite e o desejo por comida, além de acelerar o metabolismo e impulsionar a queima de gordura. O que levaria a perda de peso.

O cromo é um mineral essencial que participa no metabolismo dos carboidratos, aumenta a tolerância do organismo à glicose e potencializa a ação da insulina. Além disso, auxilia na redução da formação de colesterol. Este mineral pode ser ingerido em sua forma natural por meio da alimentação.

Como tomar picolinato de cromo

A dose recomendada deve ser de 50 a 300 microgramas (mcg) por dia.

Entretanto, a suplementação com picolinato de cromo deve ser prescrita e orientada por médico/a ou nutrólogo. Seu uso deve ser associado a uma alimentação saudável e à prática de atividade física.

Contraindicações do picolinato de cromo
  • Insônia
  • Alterações de humor
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Perda de minerais (ferro)
  • Vômitos
  • Diarreia
  • Surgimento de úlceras
  • Anemia
  • Problemas de fígado
Fontes naturais de cromo

O cromo pode ser encontrado em grãos integrais, frutas, vegetais, leguminosas alimentos de origem animal e alimentos integrais.

Grão integrais
  • Aveia
  • Linhaça
  • Chia
Frutas
  • Uva
  • Maçã
  • Laranja
  • Açaí
  • Banana
Vegetais
  • Espinafre
  • Brócolis
  • Tomate
  • Alho
  • Cenoura
  • Batata
Leguminosas
  • Soja
  • Milho
  • Feijão
Alimentos de origem animal
  • Frango
  • Carnes
  • Frutos do mar
  • Ovos
  • Leite e derivados
Alimentos integrais
  • Pão integral
  • Arroz integral
  • Massas integrais
  • Açúcar mascavo
  • Farinha de trigo integral
  • Levedura de cerveja

Não utilize suplementos alimentares sem orientação de um/a nutricionista ou nutrólogo/a e adote um estilo de vida que inclua uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.

Leia mais:

7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer

Não consigo emagrecer, o que devo fazer?

Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

De modo geral, não é perigoso, pois as inflamações no útero são provocadas por germes que normalmente habitam essa região, como o fungo Candida sp., ou bactérias como a Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae.

No entanto, a inflamação por outros germes como o HPV, pode sim ser grave, porque causa feridas que aumentam o risco de desenvolver o câncer de colo uterino.

Além disso, as infecções por Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, quando não tratadas, podem provocar a Doença Inflamatória pélvica (DIP). Doença que afeta o útero, trompas e ovários, relacionada a casos de infertilidade.

O tratamento das inflamações no útero depende da sua causa e do local acometido. Pode incluir o uso de antibióticos ou antivirais. Cabe ao ginecologista definir a melhor opção para cada caso.

Remédios para inflamação no útero

O tratamento das inflamações que afetam o útero é realizado com medicamentos orais, cremes ou óvulos vaginais de acordo com o agente causador da doença. Os medicamentos mais utilizados são:

Antifúngicos

Os medicamentos antifúngicos são indicados nos casos de candidíase, inflamação causada por Candida albicans. O tratamento tem duração de 3 a 14 dias e pode ser efetuado com:

  • Medicamentos orais: fluconazol, itraconazol ou cetoconazol,
  • Cremes vaginais: nistatina ou miconazol e
  • Óvulos vaginais: miconazol ou clotrimazol.

Quando em uso de óvulos ou cremes vaginais, é importante que você evite as relações sexuais.

Antibióticos

Os antibióticos orais e/ou injetáveis são utilizados nas inflamações uterinas causadas por bactérias como a clamídia e gonorreia. Os mais usados são:

  • Azitromicina: comprimido administrado por via oral em dose única,
  • Doxiciclina, eritromicina, levofloxacino ou ofloxacino: comprimidos administrados por via oral durante 7 dias e
  • Ceftriaxona: medicamento aplicado em dose única através de uma injeção.

Em doenças como clamídia ou gonorreia, os parceiros sexuais também devem ser tratados. Do mesmo modo, as relações sexuais devem ser evitadas até que ambos tenham sido tratados por pelo menos uma semana. As pessoas infectadas e seus parceiros sexuais devem se abster de relações sexuais até que tenham sido tratados por pelo menos uma semana.

Tratamento caseiro para inflamação no útero

Não há comprovação científica de que receitas caseiras como uso de chás são eficazes para o tratamento das inflamações no útero. Inclusive o uso destas receitas pode retardar o tratamento indicado e agravar a doença.

Por este motivo, recomendamos que na suspeita de inflamação uterina, procure um ginecologista ou médico de família, converse sobre as opções de tratamento, antes de tomar qualquer medicação mesmo que a princípio, seja um produto natural.

Sintomas de inflamações uterinas
  • Corrimento amarelado, cinza ou marrom com mau cheiro,
  • Sangramento fora do período menstrual,
  • Sangramento durante ou após as relações sexuais,
  • Dor durante o ato sexual,
  • Dor ao urinar,
  • Sensação de inchaço no baixo ventre ou útero e
  • Dor no baixo ventre.
Quando devo me preocupar?

Alguns sinais servem de alerta e podem ser um sinal de que a inflamação está piorando. Estes sinais incluem:

  • Aumento ou persistência de dor abdominal,
  • Aumento ou permanência do corrimento,
  • Sangramento depois das relações sexuais.

Se você está em tratamento e estes sintomas persistem é importante retornar ao ginecologista para nova avaliação ginecológica.

Para saber mais sobre inflamação no útero, você pode ler:

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Quais são as causas de inflamação no útero?

Qual o tratamento para inflamação do útero?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Pressão 14x8 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 14x8 não é considerada normal, pois é um valor ligeiramente aumentado que está muito próximo de 14x9, valor a partir do qual se começa a suspeitar de hipertensão.

O ideal é que faça medições diárias da pressão para saber se esse valor foi uma situação passageira ou se é recorrente. No caso do valor continuar por volta de 14x8, pode significar que você está desenvolvendo pré-hipertensão e, por isso, deve consultar o seu médico de família ou um cardiologista.

A pré-hipertensão pode levar à hipertensão e às suas complicações. Alguns dos fatores de risco para desenvolver hipertensão são:

  • Idade (o envelhecimento aumenta o risco de hipertensão);
  • Raça (pessoas negras têm um risco maior de desenvolver hipertensão);
  • Sobrepeso e obesidade;
  • Consumo de alimentos com alto conteúdo de sal;
  • Consumo crônico e aumentado de álcool;
  • Sedentarismo.

Como a maioria destes fatores pode ser modificada, é possível reverter o quadro de pré-hipertensão e evitar a hipertensão. Para isso, é importante adotar cuidados com a alimentação, como reduzir o consumo de sal e de álcool; e fazer exercícios físicos regulares, pelo menos 20 minutos, 3 vezes por semana.

Você pode querer ler também:

Referência:

7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2016; 107(3, Suplemento 3): 1-5

Tipos de fezes: o que o cocô revela sobre a sua saúde?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Observar os tipos de fezes e a sua consistência – forma de fita, em pedaços ou esfarelando, se são grossas ou compridas – pode ajudar você a entender como está a sua saúde gastrointestinal.

Os tipos de fezes indicam se o seu intestino está funcionando de forma lenta ou acelerada, se você está ingerido pouca quantidade de fibras e/ou água na alimentação, presença de carboidratos, gases e gordura.

1. Fezes em fita

Fezes finas e compridas semelhantes à uma fita podem ser um sinal de síndrome do intestino irritável ou de câncer do cólon, especialmente se vierem acompanhadas de sangramento.

No caso da síndrome do intestino irritável, os movimentos intestinais se alteram e o intestino passa a produzir muito muco. Por este motivo, as fezes tomam o formato de fitas semelhantes a serpentina.

As fezes finas e estreitas também podem ser um sinal de câncer de cólon. Entretanto, não é preciso assustar-se de imediato. Além do formato em fita, outros sintomas como coceira anal, sangue nas fezes e perda de peso inexplicável precisam estar associados.

Se você observa que suas fezes têm formato de fita, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista.

2. Fezes em pedaços ou esfarelando

Fezes separadas em pedaços, moles, de bordas bem definidas e fácil evacuação são comuns em pessoas que evacuam de 2 a 3 vezes ao dia, o que geralmente ocorre após a ingestão de grandes refeições.

Nestes casos, este tipo de fezes não necessariamente indicam irregularidade e são consideradas normais.

Entretanto, se as bordas do cocô não forem regulares e bem definidas e se boiarem podem indicar que seu intestino está funcionando de forma muito acelerada e que há gases em excesso no intestino. Além disso, pode indicar a presença de gorduras e carboidratos nas fezes.

Fezes em pedaços podem ser consideradas um tipo de diarreia, entretanto ajustes na alimentação podem normalizar o funcionamento intestinal e o formato das fezes.

O/a médico/a de família e o/a nutricionista são profissionais mais indicados para diagnosticar a causa das fezes em pedaços ou esfarelando e para orientar o melhor tratamento.

3. Fezes líquidas

Evacuações com fezes líquidas e sem nenhum pedaço sólido são chamadas diarreia. Estas evacuações podem ser acompanhadas de dor abdominal (dor de barriga), normalmente em cólicas, e podem provocar desidratação.

As diarreias são bastante comuns em crianças e idosos e são sintomas de doenças como:

Intolerância à lactose

A intolerância à lactose é definida pela incapacidade do organismo de digerir a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e laticínios. Ocorre devido à deficiência de uma enzima digestiva chamada lactase.

Diarreia, cólicas, náuseas, flatulência (aumento na eliminação de gases) e distensão abdominal (inchaço no abdome) são os sintomas principais da intolerância à lactose.

O tratamento consiste na administração suplementos de lactase e em evitar leite e derivados, a exemplo do queijo e das manteigas. É importante consultar seu/sua médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para o tratamento adequado.

Infecções intestinais

Infecções gastrointestinais provocadas por vírus ou bactérias tem como sintoma principal a diarreia. Pode ocorrer também náuseas, vômitos e dor abdominal.

Estes sintomas se manifestam como uma tentativa do organismo de eliminar o vírus ou a bactéria que está causando a infecção.

O tratamento das infecções intestinais consiste em repouso, aumento da ingestão de água ou soro caseiro e alimentação de fácil digestão como arroz, sopas, frutas sem casca. Nos casos de infecção bacteriana, pode ser indicado o uso de antibióticos.

Veja: Quais os sintomas de infecção intestinal?

O que posso fazer em casa para melhorar a diarreia?

Em casos de episódios repetidos de diarreia é indicado utilizar o soro caseiro. A preparação ajuda a melhorar o quadro diarreico e prevenir e/ou reduzir a desidratação. Receita de soro caseiro:

  • 1 copo de água filtrada ou mineral
  • 2 colheres rasas de sopa de açúcar (equivalente a 20 gramas)
  • 1 colher de chá de sal (equivalente a 3,5 gramas)

Atente para a medidas corretas durante o preparo do soro caseiro. Após o preparo, o soro caseiro tem validade de 24 horas e deve ser ingerido em pequenas quantidades.

Veja: Diarreia: o que fazer?

4. Fezes pastosas ou semi-líquidas

Fezes pastosas ou semi-líquidas com alguns pedaços moles misturados indicam que o funcionamento do seu intestino está muito acelerado. Este tipo de fezes é considerado diarreia.

O tempo reduzido de formação das fezes compromete a absorção pelo organismo de nutrientes e água e por este motivo se tornam pastosas ou semi-líquidas.

A ingestão de fibras na alimentação ajuda a regularizar o funcionamento intestinal e a melhorar a consistência das fezes.

5. Fezes com bolas agrupadas

As fezes com bolas agrupadas têm formato cilíndrico, porém são duras, de difícil eliminação e com bolas agrupadas que podem se soltar. Este tipo de cocô é o mais difícil e doloroso de ser eliminado, uma vez que é muito endurecido.

Além disso, são fezes grandes demais ou muito grossas que podem ser maiores do que o canal anal. Normalmente ocorre em pessoas com:

Prisão de ventre crônica

É caracterizada pela persistente dificuldade de evacuar e pela frequência inferior a 3 evacuações por semana. Além disso, a pessoa faz grande esforço para evacuar e se sente incapaz de esvaziar o intestino completamente.

As fezes são duras e de difícil eliminação. As causas mais comuns de prisão de ventre são o sedentarismo, dieta pobre em fibras e consumo de proteína animal em excesso.

A adoção de uma alimentação com alto teor de fibras (legumes, cereais integrais, frutas e verduras), aumento da ingestão de líquidos (em torno de 2 litros ao dia) e a prática de atividade física costumam trazer bons resultados para quem sofre de prisão de ventre.

Atraso ou retenção na evacuação

O hábito de não atender à necessidade de evacuar, quando ela ocorre, pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos. Este hábito promove evacuação com bolas agrupadas, volumosas e de difícil excreção.

Para evitar que isto ocorra é importante não atrasar ou reter a evacuação e ir ao banheiro sempre que sentir vontade.

Fissura anal

A fissura ou úlcera anal consiste em uma laceração (rachadura) na região do ânus. Fezes volumosas, endurecidas e esforço ao evacuar são os sintomas principais de fissura anal. Pode ainda ocorrer sangramento durante ou após as evacuações.

O tratamento consiste na administração de medicamentos emolientes, que tornam as fezes mais macias e fáceis de eliminar, pomadas e banhos de assento.

Hemorroidas

Hemorroidas consistem na presença de veias dilatadas e tortuosas na região inferior do reto e ânus.

O esforço repetitivo durante as evacuações, o trabalho pesado com esforço constante, gravidez e prisão de ventre são as causas mais comuns para o desenvolvimento de hemorroidas.

Pode ocorrer presença de nódulo na região anal, sangramento ao evacuar, prurido (coceira anal), dificuldade e dor ao evacuar, dor ao sentar ou andar, presença de secreção esbranquiçada nas fezes.

O tratamento consiste no uso de medicamento para dor, pomadas emolientes e banhos de assento. Em alguns casos é necessário a remoção cirúrgica da hemorroida.

A regulação intestinal para pessoas que eliminam fezes com bolas agrupadas é feita com a adoção de uma alimentação saudável, especialmente rica em fibras e cereais integrais, que estimule o bom funcionamento do intestino.

Pode ser necessário a realização de exames de sangue e/ou fezes, uso de probióticos e medicamentos com orientação nutricional e do/a médico de família, gastroenterologista ou proctologista.

6. Fezes em bolinhas

Cocô em bolinhas separadas, pequenas, duras e difíceis de sair podem indicar:

  • Alterações na flora intestinal (ausência de bactérias boas);
  • Deficiência de fibras na alimentação.

A ausência das bactérias boas e das fibras na sua alimentação reduzem a retenção de água nos intestinos. Isto faz com que a fezes fiquem duras, ressecadas, provoquem dor ao evacuar e podem levar ao sangramento anal.

Nestes casos, se recomenda:

  • aumentar a ingestão de fibras: adotar uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e cereais integrais;
  • ingerir bastante água: para evitar que as fezes fiquem ressecadas pelo aumento da ingestão da quantidade de fibras.
7. Fezes amareladas

As fezes amareladas são bastante comuns e podem ser um sinal de diversos problemas diferentes de saúde. É importante que você perceba também o formato e o cheiro das fezes quando elas apresentam a cor amarelada. Isto pode facilitar o diagnóstico feito pelo/a médico/a.

Uma alimentação rica em gordura, infeções intestinais, problemas no fígado, pâncreas e vesícula, giardíase (verminose) doença celíaca e uso de medicamentos são algumas das causas das fezes amareladas.

Se, junto com as fezes amareladas, você sentir febre, dor de cabeça, perda de peso, dor abdominal, sangue nas fezes ou barriga inchada, é importante buscar o/a clínico/a geral, médico/a de família ou gastroenterologista para efetuar um tratamento adequado.

8. Vermes nas fezes

A presença de vermes nas fezes é um sinal claro de infecção por parasitas. Quando não há vermes visíveis, atente para outros sintomas de infecções por estes parasitas como:

  • Barriga inchada;
  • Dor abdominal;
  • Gases em excesso;
  • Diarreia alternada com constipação (prisão de ventre);
  • Coceira no ânus;
  • Cansaço sem razão aparente.

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Alimentos fibrosos e ricos em celulose como feijão, milho e vegetais são digeridos com mais dificuldade e podem, algumas vezes, ser encontrados nas fezes.

Atente se há perda de muitos pedaços de alimentos no cocô e se há diarreia constante e perda de peso.

Como devem ser as fezes normais?

O cocô normal tem uma consistência mole e macia com um formato definido semelhante a uma salsicha. A superfície pode ser lisa ou conter algumas rachaduras. Pode também se apresentar em pedaços moles.

Estes diferentes aspectos da superfície das fezes não indicam necessariamente que há alterações, uma vez que seu formato depende dos alimentos que você ingere.

A fezes normais não provocam dor ao evacuar e o ideal é que se evacue diariamente, embora a frequência da eliminação de fezes varie de acordo com a idade e hábitos de vida.

Esteja atento as suas fezes

A maior parte das alterações na consistência das fezes indica problemas na alimentação que são facilmente tratados. No entanto, observar as fezes pode ajudar a diagnosticar mais precocemente algumas doenças gastrointestinais.

Observar as fezes diariamente é um hábito que ajuda a acompanhar a sua saúde gastrointestinal e é muito útil para o diagnóstico de doenças do sistema digestivo.

Se você apresentar alterações como diarreia, dor abdominal e sangramentos que duram mais de três dias, busque um serviço de saúde para atendimento médico.

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