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Estou com a amígdala direita maior que a esquerda...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quase todos temos amígdalas de tamanhos diferentes, se está preocupada vá ao médico para ser examinada, mas provavelmente essa assimetria não corresponde a nenhuma doença, principalmente se não está a sentir nenhum outro sintoma.

A maioria das pessoas possuem tamanhos diferentes entre uma amígdala e outra, além disso, pode haver modificação do tamanho desses pequenos órgãos com o decorrer do tempo, que se deve a hiperplasia benigna de amígdalas.

A presença de alguns sintomas que ocorrem paralelamente ao crescimento assimétrico das amígdalas requerem de fato uma avaliação por um médico, já que podem indicar a presença de outras doenças como o linfoma ou tumores, esses sintomas são: emagrecimento, febre, fraqueza, ínguas cervicais ou em outras áreas do corpo, alterações da estrutura amigdaliana.

O que são as amígdalas palatinas e para que servem?

As amígdalas palatinas ou tonsilas palatinas são duas estruturas pertencentes ao sistema imunitário localizados na parte posterior da garganta. São importante para a produção de células de defesa que combatem bactérias e vírus causadores de infecções.

As amígdalas podem aumentar de tamanho principalmente quando acometidas por um processo inflamatório ou infeccioso, mas podem também aumentar sem razão aparente.

O que é a hipertrofia das amígdalas?

A hipertrofia das amígdalas é quando elas estão demasiado grandes, nessa situação podem ocorrer sintomas como:

  • Obstrução nasal (nariz entupido);
  • Respiração pela boca;
  • Voz “anasalada”;
  • Respiração ruidosa durante o dia;
  • Roncos noturnos;
  • Paragens na respiração durante a noite.
O que é a amigdalite?

É a inflamação das amígdalas decorrentes de infecção viral ou bacteriana. A grande maioria das amigdalites é de causa viral, resolvendo-se espontaneamente em alguns dias.

No entanto, há um tipo de amigdalite bacteriana causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, que exige tratamento com antibiótico. A infecção estreptocóccica acomete principalmente duas faixas etárias dos 5 aos 7 anos, e dos 12 aos 13 anos.

São sintomas de amigdalite:

  • Febre;
  • Vermelhidão e inchaço das amígdalas;
  • Presença de pontos brancos nas amígdalas;
  • Dor de garganta;
  • Dificuldade para engolir;
  • Inchaço dos gânglios do pescoço;
  • Rouquidão.

Caso apresente sintomas sugestivos de aumento das amígdalas ou amigdalite consulte um médico de família, clínico geral ou otorrinolaringologista para uma avaliação.

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem dezenas de distúrbios do sono. Os principais tipos de transtorno são classificados nos seguintes grupos: Insônia, distúrbios respiratórios do sono, narcolepsia, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias, manifestações motoras noturnas e sintomas noturnos isolados.

Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. A falta de uma ou várias noites de sono reparador pode trazer prejuízos na qualidade de vida e até na saúde da pessoa.

As insônias podem causar alterações de humor, irritabilidade, sonolência durante o dia, cansaço, dificuldade de concentração, prejuízos na memória, falta de motivação, aumento do risco de acidentes automobilísticos ou de trabalho, aumento da tensão muscular, dor de cabeça, entre outras consequências.

Insônias crônicas, ou seja, que duram mais de 3 meses, também aumentam o risco de depressão. Por outro lado, já se sabe que boa parte dos casos de insônia estão também relacionados a estados de ansiedade ou depressão.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Distúrbios Respiratórios do Sono

Esse grupo de transtornos do sono engloba os distúrbios que provocam alterações no padrão normal da respiração. O mais frequente é a síndrome da apneia obstrutiva do sono, mais conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio do sono causa obstrução das vias aéreas, podendo diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Os principais sintomas da apneia do sono incluem ronco, interrupções da respiração (apneias) durante o sono, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração e prejuízos na memória.

Dentre as principais causas da apneia obstrutiva do sono estão a obesidade, as anomalias do crânio e da face e os distúrbios hormonais. Esse distúrbio do sono é mais comum em homens, principalmente entre os mais idosos e aqueles que têm história de apneia do sono na família.

Saiba mais em: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Narcolepsia

Esse distúrbio do sono tem como principal sintoma a sonolência excessiva durante o dia. Outras características comuns da narcolepsia incluem cataplexia, paralisia do sono, fragmentação do sono noturno, alucinações, entre outras manifestações.

A narcolepsia geralmente começa a se manifestar entre os 10 e os 20 anos de idade, prejudicando a formação da personalidade, o desempenho escolar e acadêmico, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e trabalho.

A cataplexia, uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, caracteriza-se por episódios repentinos de perda de força muscular durante o dia, muitas vezes causados por alterações emocionais

As alucinações ocorrem quando a pessoa está na transição entre dormir e acordar, manifestando-se normalmente sob a forma de experiências visuais, auditivas ou que envolvem diversos sentidos.

Já a paralisia do sono é a perda dos movimentos que ocorre ao adormecer ou, principalmente, ao acordar. A pessoa está consciente, mas perde temporariamente a capacidade de se movimentar.

Leia também: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?

Parassonias

As parassônias são distúrbios do sono que provocam eventos físicos, experiências desagradáveis e alterações comportamentais quando a pessoa está no ínicio do sono, durante o sono ou ao despertar.

As parassônias geralmente ocorrem durante a fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Dentre os tipos mais comuns de parassônias estão o despertar confusional, o sonambulismo, o terror noturno e as parasssônias relacionadas ao sono REM.

O despertar confusional caracteriza-se por comportamentos confusos ou confusão mental ao acordar. No sonambulismo, o indivíduo desperta durante o sono profundo e caminha enquanto permanece com a consciência alterada durante um espaço de tempo.

Já os terrores noturnos manifestam-se sob a forma de gritos, choro e medo intenso. A pessoa dificilmente acorda durante os episódios, já que esse distúrbio ocorre na fase do sono profundo. Depois, ficam confusos e não se lembram do ocorrido.

As parassônias do sono REM têm como sintomas os comportamentos anormais, os pesadelos e a paralisia do sono frequente.

Os distúrbios comportamentais que ocorrem na fase do sono profundo (REM) podem interromper o sono ou até machucar a pessoa, ou quem estiver dormindo com ela. O transtorno interrompe o relaxamento muscular que ocorre durante o sono REM, o que leva a pessoa a se movimentar de acordo com os sonhos que tem.

Já os pesadelos são sonhos ruins recorrentes, normalmente ligados ao medo e à ansiedade. Esse distúrbio do sono prejudica a qualidade do sono e a execução de tarefas durante o dia.

Veja também: Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Esse distúrbio do sono é causado por alterações no relógio biológico do corpo e prejudica a qualidade de vida e do sono. Sua principal causa é o estilo de vida em que há pouco tempo dedicado ao sono. Tratam-se de pessoas que têm um padrão de sono diferente daquele adotado pela sociedade em geral, dormindo normalmente menos ou com horários de sono diferentes das outras pessoas.

Manifestações Motoras Noturnas

Esses distúrbios do sono têm como sinais e sintomas certos tipos de movimentos que prejudicam o sono. Dentre os mais comuns estão a síndrome das pernas inquietas, os movimentos periódicos dos membros e os bruxismo.

A síndrome das pernas inquietas provoca uma vontade muito forte de mexer as pernas durante o repouso, principalmente ao final do dia e à noite. O desconforto geralmente alivia ao movimentar as pernas ou andar.

Veja também: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?

Os movimentos periódicos dos membros podem ser decorrentes da síndrome das pernas inquietas, embora também possam ocorrer isoladamente. Esse distúrbio do sono caracteriza-se pela realização de movimentos repetitivos de braços ou pernas durante o sono.

O bruxismo associado ao sono caracteriza-se pelo ranger dos dentes de forma repetitiva durante o sono. O bruxismo pode fazer a pessoa acordar, prejudicando a qualidade do sono, além de causar dor na articulação da mandíbula e desgaste dos dentes.

Sintomas Noturnos Isolados

O distúrbio do sono mais comum desse grupo é o ronco. Trata-se de um ruído proveniente da via aérea superior, sobretudo durante a inspiração.

Também pode lhe interessar: Ronco tem tratamento?

É importante lembrar que os distúrbios do sono causados por transtornos mentais, doenças neurológicas ou outro tipo de problema de saúde não são considerados distúrbios do sono, mas sintomas da doença de base.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida, entre outras intervenções médicas de diferentes especialidades, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

10 Dicas para Melhorar a Qualidade do Sono

Sono excessivo: o que pode ser?

Predsim serve para tosse?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Predism pode ser indicado em casos graves de tosse alérgica, quando o uso de anti-histamínicos (como a loratadina) não resolveu o problema. Isso porque o Predsim é um corticoide com potente ação anti-inflamatória e antialérgica.

Como outros corticoides, o Predsim pode causar muitas reações adversas, entre elas a diminuição da imunidade, que pode mascarar e agravar infecções. Por isso, o Predsim só deve ser usado com orientação de um médico, respeitando as doses, horários e duração indicados.

Volte a consultar o médico no caso de estar usando Predsim e suspeitar de alguma infecção (febre, dor no peito ou catarro) ou caso a tosse piore. Nesses casos, pode ser necessário usar também um antibiótico.

Você pode querer ler também:

Referência:

Predsim Solução Oral. Bula do medicamento.

O que é rinopatia?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Rinopatia é o conjunto de doenças que podem afetar o nariz e/ou as vias respiratórias superiores. Um exemplo de rinopatia comum é a rinite alérgica, por exemplo.

A rinopatia alérgica é um processo inflamatório da mucosa que recobre a parte interna do nariz, causado por uma alergia. Ela pode ser crônica, quando a exposição ao agente que causa a alergia é contínua. Alguns sintomas comuns são:

  • Nariz entupido;
  • Coriza frequente;
  • Espirros constantes e em sequência.

Outros sintomas possíveis de rinopatia alérgica são a coceira nos olhos, na garganta ou no céu da boca.

Para controlar a alergia, o agente causador da alergia deve ser evitado sempre que for possível. Alimentos probióticos (que contêm Lactobacillus ou Bifidobacterium) podem ajudar a prevenir e aliviar os sintomas da rinite alérgica. Dependendo da intensidade dos sintomas, o médico pode indicar medicamentos, como os anti-histamínicos ou os corticoides. O tratamento cirúrgico pode ser necessário quando a obstrução nasal for importante e não houver melhora ao evitar o que causa a alergia e com o uso dos medicamentos.

Você também pode querer ler:

Referências:

Barbosa AA, Caldas N, Morais AX, Campos AJC, Caldas S, Lessa F. Avaliação da sintomatologia pré e pós-operatória de pacientes submetidos à turbinectomia inferior. Rev. Bras. Otorrinolaringol. 2005; 71(4): 468-71.

Nogueira JCR, Gonçalves MCR. Uso de probióticos na rinite alérgica. Braz J Otorhinolaryngol. 2011;77(1): 129-34

Castro FFM. Rinite Alérgica: modernas abordagens para uma clássica questão. 3ª ed. São Paulo: Vivali; 2003.

Perez VJ, Viladot J. Partial Lower turbinectomy. Indication and technical description. Acta Otorrinolaringol Esp Sep-oct.1995; 46(5): 403-4.

Otacílio e Campos. Tratado de Otorrinolaringologia. Roca; 1994.

Garganta e nariz fecham na hora de comer, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

A sensação de fechamento ou entupimento do nariz e garganta, embora pouco frequente, pode ocorrer devido à rinite alérgica, que é uma irritação dentro do nariz (mucosa) provocada por uma reação de sensibilidade exagerada à alguns tipos de alimentos e temperos, causando também espirros, coceira no nariz e coriza (aumento da secreção nasal).

A ansiedade também pode causar sensação de fechamento da garganta e do nariz na hora de comer, estando relacionada à outros distúrbios psicológicos ou alimentares, como a anorexia nervosa ou bulimia.

O otorrinolaringologista é o médico especialista em problemas do nariz e garganta, que poderá realizar o diagnóstico, o tratamento e encaminhamentos que forem necessários.

6 causas do soluço e como parar
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ainda não se sabe ao certo quais são as causas do soluço. Ele pode ocorrer quando comemos em grande quantidade e muito rápido, ao tomar bebidas gaseificadas, ao ingerirmos alimentos quentes e frios em uma mesma refeição ou por doenças do sistema gastrointestinal.

O soluço é um espasmo ou contração involuntária do diafragma (músculo que separa o tórax do abdome), seguido pelo fechamento da glote e das cordas vocais durante a inspiração. Deste modo, a passagem de ar para os pulmões fica prejudicada e produz o som típico do soluço, o “hic”.

Os espasmos ou contrações involuntárias do diafragma causam os soluços. Quais são as causas do soluço?

Na maior parte das vezes, as crises de soluço são passageiras e cessam espontaneamente. As causas mais comuns são:

1. Alimentar-se em grande quantidade e muito rápido

Comer muito e de forma rápida é uma das causas mais comuns de soluço. O excesso de alimentos provoca distensão do estômago. Ao mesmo tempo, se alimentar rapidamente faz com que a pessoa engula mais ar a cada deglutição.

Estes dois hábitos juntos – comer muito e comer rápido – podem gerar movimentos anormais no diafragma e desencadear os soluços.

2. Ingerir bebidas alcoólicas e/ou gaseificadas

O gás presente em bebidas como água com gás, refrigerantes e algumas bebidas alcoólicas causam a distensão do estômago e, por este motivo, podem ocasionar o soluço. Se você tem tendência a soluços, evite estas bebidas.

3. Misturar alimentos em diferentes temperaturas

Ingerir alimentos muito quentes e muito frios em uma mesma refeição podem gerar solução. Este é um hábito muito comum, pois por vezes, costumamos comer comidas muito quentes e ingerir bebidas geladas no almoço ou jantar, por exemplo.

Estas diferenças de temperatura entre os alimentos podem promover espasmos involuntários do diafragma e causar soluço.

4. Deglutição de ar

A deglutição de ar (aerofagia) que ocorre ao fumar cigarros, mascar chicletes ou dar muitas risadas podem levar à distensão do estômago e causar os soluços.

A aerofagia não é um problema grave, mas pode ser bastante desconfortável se tornar-se frequente. Nestes casos, o mais indicado é consultar um gastroenterologista para que ele possa identificar as causas e indicar o melhor tratamento.

5. Doenças gastrointestinais

Algumas doenças como laringite, esofagite e refluxo podem ter o soluço como um sintoma. Estas doenças podem estimular o nervo que controla os movimentos do diafragma e, por este motivo, o soluço pode surgir.

O indicado nestas situações é buscar um médico de família para que ele possa avaliar e tratar adequadamente, de acordo com a causa.

6. Estresse, ansiedade e depressão

O soluço também pode ser provocado por causas emocionais como ansiedade, depressão e estresse. Ainda não está bem esclarecido os motivos pelos quais os distúrbios psicológicos ou emocionais desencadeiam o soluço.

O que fazer para acabar com uma crise de soluço?

Algumas medidas caseiras são bastante utilizadas para fazer com que a crise de solução pare. Estas ações caseiras devem ser efetuadas no início da crise:

Prenda a respiração por alguns segundos

Prender a respiração durante segundos provoca o aumento da quantidade de gás carbônico na corrente sanguínea. Isto faz com que o diafragma se contraia e ajude a cessar a crise de soluço.

Não existe um tempo determinado para prender a respiração. Tente prendê-la por 5 segundos ou o tempo que você conseguir.

Beba água gelada ou coma gelo triturado

Ingerir água gelada ou comer gelo triturado causa uma mudança de temperatura em todo o sistema digestivo e isto estimula o nervo vago. É este o nervo que atua na secreção dos líquidos digestivos e controla o diafragma.

Ao ser estimulado, o nervo vago envia estímulos para regularizar a ação do diafragma e, deste modo, cessar a crise de soluço.

Respire repetidamente dentro de um saco de papel

Respirar algumas vezes dentro de um saco de papel eleva a quantidade de gás carbônico no sangue. Isto provoca contrações no diafragma que faz com que a crise de soluço passe.

Toque a úvula com o dedo ou com um objeto

Utilize um objeto longo ou o seu dedo para tocar a úvula (o “sininho” da garganta), o que provocará reações de arroto e vômito para aliviar a pressão dentro de estômago. Isto faz com os soluços passem.

Se as crises de soluço tiverem duração de mais 24 horas e/ou interferirem no sono é importante buscar a avaliação de um neurologista.

Quando devo procurar um médico?

De forma geral, o soluço não causa problemas de saúde importantes.

Entretanto, você deve procurar um médico se as crises de soluço forem recorrentes (crises que vão e voltam com frequência e duram mais de 24 horas) ou quando se tornarem persistentes com duração de mais de 48 horas.

Quando uma crise de soluço dura mais de 48 horas (soluço persistente) é necessária uma avaliação detalhada para descobrir a sua causa. Neste caso, o neurologista é o profissional mais indicado para efetuar a avaliação.

Você poderá passar por uma entrevista na qual precisará relatar sobre as crises de soluço e, possivelmente, fará alguns exames como exame de sangue (hemograma), endoscopia, ressonância e teste de função pulmonar.

Posso usar algum remédio para soluço?

Não. Você não deve usar remédios para soluço sem indicação médica.

Existem vários medicamentos que podem ajudar a conter as crises de soluço quando estas são longas (entre 24 e 48 horas de duração) ou se repetem por diversas vezes.

O soluço persistente requer acompanhamento de um neurologista para identificar as causas e, deste modo, tratar de forma adequada.

Leia mais

O que é o soluço e quais são as suas causas?

Qual é a melhor forma de parar o soluço?

Soluço constante, o que pode ser?

Otosclerose: cura e tratamento desta doença auditiva
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A única forma de curar a otosclerose é através de cirurgia. No caso da otosclerose do estribo, o tratamento cirúrgico consiste na substituição do estribo defeituoso por uma prótese. Já na otosclerose da cóclea, a operação consiste na colocação de um implante coclear.

Alguns medicamentos podem estabilizar a otosclerose ou diminuir a sua velocidade de progressão. Porém, a medicação não é capaz de melhorar a audição. Para isso, são indicados aparelhos auditivos.

Os aparelhos auditivos podem melhorar muito a audição quando a otosclerose não afeta a cóclea. Porém, a doença é progressiva e a surdez aumenta com o tempo, o que pode fazer com que o aparelho deixe de ser eficaz.

A cura da otosclerose do estribo pode ser conseguida através da cirurgia que substitui o estribo que está fixo ou com pouca mobilidade por uma prótese de teflon, platina ou titânio. A cirurgia, chamada de estapedotomia, é realizada através do canal do ouvido com o auxílio de um microscópio.

O procedimento também pode ser efetuado por meio de uma pequena incisão próxima ao ouvido. A operação pode ser realizada com anestesia local e sedação ou anestesia geral.

Apesar do elevado grau de sucesso do tratamento, a estapedotomia tem os seus riscos e complicações, podendo causar tontura, alterações no paladar, perda auditiva, zumbido no ouvido, perfuração de tímpano e fraqueza nos músculos da face.

Nos primeiros dias após a cirurgia, pode ocorrer tontura, que tende a desaparecer depois de algumas semanas. Embora seja raro, a tontura pode permanecer por mais tempo. Neste caso, são indicados medicamentos específicos para controlá-la.

Há casos em que a pessoa pode sentir um sabor desagradável na boca durante alguns dias depois da operação. A permanência definitiva dessa alteração é muito rara.

É normal haver alguma perda auditiva após uma cirurgia no ouvido. Contudo, raramente ocorrem perdas significativas de audição. Em alguns casos pode acontecer da audição não melhorar após a operação.

Outras consequências pouco comuns da cirurgia é a ocorrência de zumbido no ouvido e fraqueza dos músculos faciais durante o pós-operatório, que geralmente desaparecem em alguns dias.

A perfuração do tímpano é uma complicação muito rara e, quando ocorre, a membrana do tímpano é capaz de cicatrizar sozinha. A perfuração também pode ser fechada por meio de cirurgia.

A complicação mais grave da cirurgia para otosclerose é a perda total da audição, que pode acontecer se o nervo responsável pela audição for lesionado durante o procedimento ou se a operação não for bem executada.

Casos de otosclerose coclear são tratados através da colocação de um implante coclear. O implante é um dispositivo eletrônico formado por uma unidade interna e externa.

A primeira é introduzida na cóclea durante a cirurgia, enquanto que a segunda é uma espécie de aparelho auditivo que capta o som e transmite o sinal descodificado à unidade interna. Esta, por sua vez, transmite os impulsos elétricos diretamente para o nervo auditivo.

Enquanto que a substituição do estribo por uma prótese pode fazer a pessoa voltar a ouvir normalmente, o implante coclear não é capaz de devolver completamente a audição em casos graves de surdez.

O tratamento da otosclerose é da responsabilidade do médico otorrinolaringologista.

Loratadina serve para tosse?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A loratadina é um medicamento prescrito com bastante frequência para o tratamento de tosse alérgica, que costuma ser uma tosse seca e sem catarro.

Porém, a loratadina não serve apenas para tratar a tosse alérgica, podendo também ser usada para:

  • Aliviar os sintomas causados pela rinite alérgica, como coceira nasal, espirros, nariz escorrendo ou entupido e coceira nos olhos;
  • Tratar alergias da pele;
  • Aliviar a tosse e outros sintomas em alguns casos de COVID-19.

Quando a tosse tem catarro, geralmente é causada por uma infecção bacteriana. Nesses caos, o ideal é utilizar um antibiótico, que deve ser prescrito por um médico. Nesses casos, além da tosse podem surgir outros sintomas como febre e dor generalizada no corpo (principalmente no alto do peito e nas costas). Outros medicamentos, além do antibiótico, também podem ser indicados para o tratamento da tosse com catarro.

Leia também:

Referências:

Loratadina. Bula do medicamento.

Borges RCSM, Silva LC, Marques LAM. A importância do farmacêutico para o uso racional de medicamentos em crianças e adolescentes. Rev Saúde Com. 2013; 9(4): 253-63.

Morán Blanco JI, Alvarenga Bonilla JA, Homma S, Suzuki K, Fremont-Smith P, Gómez de Las Heras KV. Antihistamines and azithromycin as a treatment for COVID-19 on primary health care - A retrospective observational study in elderly patients. Pulm Pharmacol Ther. 2021; 67:101989.

Santos Júnior JGA, Noronha JWC, Rocha RM, Cunha BRM, Oliveira ECB, Torquarto JEB, Rodrigues JPV, Araujo RTR. Tratamentos farmacológicos em vigor para COVID-19: Revisão de literatura. Rev Interdisc Encontro das Ciências. 2020; 3(3): 1577-84.