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Na consulta de ginecologia, menor pode entrar sozinha?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, menor pode entrar sozinha na consulta de ginecologia. Desde que a adolescente seja capaz de avaliar e expressar o seu problema sozinha, ela tem o direito de ser atendida pelo/a ginecologista sem a presença dos pais ou responsáveis.

Além disso, é dever do/a médico/a garantir a confidencialidade e a realização dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários.

Assim, a menor de idade tem o direito de fazer opções sobre os procedimentos, assumindo integralmente o seu tratamento.

Qualquer informação trocada durante a consulta só será dita aos pais e parentes da adolescente em caso dela autorizar essa revelação. 

O direito à privacidade da menor é superior ao poder que os pais e a família exerce sobre ela. Por isso, o sigilo médico também deve ser preservado nos casos de consultas com menores de 18 anos. 

Leia também: Ginecologista pode passar receita médica de anticoncepcional para menor de idade?

Vale lembrar que a participação da família no processo de atendimento da adolescente é muito desejável, mas os limites desse envolvimento devem ficar bem estabelecidos para a família e para a menor de idade respeitando seu direito ao acesso à saúde. .

Diabetes interfere no ciclo menstrual?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Sim.

O diabetes, principalmente o do tipo 2, está quase sempre relacionado à obesidade e à resistência a insulina, ou seja, a alterações no efeito da insulina sobre as células do corpo.

Esses dois fatores podem levar a irregularidades menstruais e, consequentemente, a algum grau de infertilidade.

Porém, o contrário também é verdade: o ciclo menstrual pode interferir no controle do diabetes. Isso porque, ao longo do ciclo, os níveis de hormônios como estrógeno e progesterona variam. E eles também interferem no funcionamento da insulina.

Sendo assim, pode ocorrer flutuações nos níveis de glicemia, o que pode favorecer ou prejudicar o controle do diabetes ao longo do mês.

Consulte seu endocrinologista e seu ginecologista para saber mais detalhes.

Parei anticoncepcional e quero voltar a tomar há problema?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, não há nenhum problema em voltar a tomar o anticoncepcional. Principalmente se for o anticoncepcional que estava em uso, porque o organismo já estava habituado.

No caso de optar por outra medicação, mesmo que da mesma classe de anticoncepcionais, é necessário que retorne ao se médico para discutir a melhor opção. Nem todas as mulheres podem fazer uso de certos anticoncepcionais.

Saiba mais em: Posso trocar de anticoncepcional sem ir ao ginecologista?

Entretanto é importante lembrar que quando reinicia a medicação, a sua proteção e segurança contra gravidez, deve ser esperada para o mês seguinte. Durante a primeira cartela, o recomendado é que faça uso de mais um contraceptivo, como a camisinha.

Após um mês de uso, o medicamento já tem seu efeito máximo no organismo, e portanto sua proteção ultrapassa 90% de eficácia contra a gravidez. Desde que faça o uso corretamente, tomando um comprimido da medicação por dia, no mesmo horário, sem esquecimentos.

Sabendo que, os anticoncepcionais protegem a mulher apenas quanto ao risco de gravidez. A única maneira de se proteger, e ao parceiro, quanto às doenças sexualmente transmissíveis como a Aids, sífilis, clamídia, entre outras, é com o uso de contraceptivo de barreira, a camisinha.

Leia também: O que é AIDS e quais os seus sintomas?

Infecção urinária é contagiosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser contagioso. O fato de ser ou não contagioso depende muito do tipo de infecção, do patógeno que está causando essa infecção, se o(a) parceiro(a) já está em tratamento, há quanto tempo, entre outros fatores.

Porém, no caso da infecção ser originada por doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia e a clamídia, sim, o risco de contaminação é alto, e deve ser tratado o quanto antes com a medicação específica para essas doenças. Cabe ao seu médico avaliar e prescrever.

Saiba quais os sintomas da gonorreia.

No caso de infecção urinária por outros patógenos, como a E.Coli ou Proteus, embora não sejam patógenos sexualmente transmissíveis, a contaminação pode haver naturalmente pelo ato sexual, simplesmente pela proximidade da região genital com a anal (aonde habitam as bactérias).

De toda forma, não está indicado tratamento por conta própria, principalmente se for com uso de antibióticos, sem uma avaliação médica prévia. Deve ser definido primeiro o agente causador, para a escolha correta do medicamento.

Infecção urinária

A infecção urinária se caracteriza pela presença de bactérias na via urinária e é classificada de acordo com o órgão acometido. A infecção mais prevalente é a cistite (infecção na bexiga), depois a uretrite (infecção na uretra), prostatite (na próstata) e pielonefrite (quando atinge ureteres e rins), condição mais grave, conhecida também por infecção urinária "alta".

A cistite é mais comum nas mulheres, devido a sua anatomia e a bactéria responsável por até 80% dos casos de infecção urinária é a E. coli.

Já nos homens, devido a sua anatomia mais favorável, pela maior distância entre o ânus e uretra, a infecção urinária é menos frequente. Quando ocorre, pode estar associada à presença de cálculos renais, estenose de uretra ou aumento do volume da próstata, especialmente em homens acima dos 50 anos de idade.

Existem ainda algumas condições que favorecem o desenvolvimento de infecção urinária, são elas a diabetes, hábitos inadequados de higiene, introdução de objetos ou corpos estranhos, menstruação, doenças neurológicas e DST (doenças sexualmente transmissíveis).

Portanto, recomendamos procurar atendimento médico, que deverá avaliar o seu caso, e definir a melhor opção de tratamento.

Leia também: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Qual o tratamento para fibroadenoma mamário?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento para fibroadenoma mamário pode ser feito através de controle clínico-radiológico ou cirurgia. Nos tumores menores, em pacientes com menos de 25 anos, pode ser efetuado o controle clínico e ecográfico semestral. Se o fibroadenoma apresentar crescimento progressivo, é indicada a sua remoção cirúrgica.

Nos fibroadenomas múltiplos e pequenos, o médico também pode optar pelo seguimento clínico-radiológico como forma de tratamento. A decisão tem como objetivo evitar as múltiplas incisões que seriam necessárias para remover os tumores por meio de cirurgia.

Contudo, mulheres com mais de 35 anos de idade devem ser sempre submetidas ao tratamento cirúrgico. O procedimento pode ser feito por mamotomia (eficaz para tumores de até 1,5 cm), crioablação (promove a morte do tumor por congelamento a temperaturas extremamente baixas) ou remoção do tumor com incisão cirúrgica.

Dependendo da localização e do tamanho do nódulo, a paciente retorna para casa no mesmo dia da cirurgia ou permanece internada após procedimento e volta para casa no dia seguinte.

A cirurgia de fibroadenoma mamário é rápida e a recuperação costuma ser completa, sendo necessários apenas alguns dias de repouso até a retirada dos pontos e cicatrização completa.

O tratamento do fibroadenoma de mama é da responsabilidade do médico mastologista, que deverá orientar a paciente sobre as vantagens e desvantagens de cada modalidade terapêutica.

Saiba mais em:

O que é um fibroadenoma mamário e quais os sintomas?

Fibroadenoma mamário pode virar câncer?

É possível fazer fertilização in vitro depois de ter feito laqueadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é possível fazer fertilização in vitro depois de ter feito laqueadura. Aliás, esta é praticamente a única forma de uma mulher que fez laqueadura engravidar, a menos que ela faça uma cirurgia de reversão da laqueadura.

A fertilização in vitro só é possível após a laqueadura porque, neste procedimento, o óvulo é fecundado pelo espermatozoide fora do corpo da mulher, ao contrário do que acontece na inseminação artificial, em que a fecundação ocorre no útero.

Após a fecundação in vitro, o óvulo fecundado (que agora é um embrião), é introduzido no útero para que se implante e tenha início a gravidez.

A laqueadura é uma cirurgia para esterilização em que as trompas são cortadas ou amarradas, bloqueando o caminho que o óvulo percorre do ovário até o útero, o que não impede a fertilização in vitro.  

Nessa técnica, os óvulos são coletados através de uma agulha e depois são misturados com o esperma do homem. A seguir, são deixados numa incubadora a uma temperatura semelhante àquela encontrada no interior do útero (37ºC) por 24 horas.

Após a fertilização do óvulo pelo espermatozoide, forma-se um embrião, que é então transferido para o útero para se implantar e gerar a gravidez.

A taxa de sucesso da fertilização in vitro depende de fatores como a idade da mulher (quanto mais nova, maior a chance de gravidez), qualidade dos óvulos, espermatozoides e embriões, qualidade do endométrio (camada interna do útero) e da transferência do embriões.

O médico ginecologista deverá alertar a paciente quanto às suas chances de engravidar com a fertilização in vitro, antes ou após uma laqueadura.

Também podem ser do seu interesse:

É possível engravidar após a laqueadura?

Quais as vantagens e desvantagens da laqueadura?

Menstruação sempre foi adiantada, mas agora está atrasada, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Atrasos menstruais são comuns, principalmente de tão poucos dias, a princípio não há necessidade de preocupação, fique tranquila, pois se usou camisinha certinho não existe motivo para já pensar em gravidez, espere mais alguns dias para começar a colocar "caraminholas" na sua cabeça.

O que significa “inflamação - inclui reparo típico” no laudo do papanicolau?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Quando o resultado do papanicolau diz que existe inflamação com reparo típico, isso quer dizer que o processo inflamatório está sendo resolvido pelo corpo. Isso porque geralmente a fase final do processo inflamatório é o reparo. Quando o reparo é típico, quer dizer que ele é normal - as alterações celulares são benignas. Por isso, não existe motivo para se preocupar quando o resultado do papanicolau é esse.

A inflamação identificada no papanicolau pode ser causada por vários fatores, tais como:

  • Agentes físicos - como relações sexuais, traumas e outros agentes mecânicos;
  • Agentes químicos, como medicamentos;
  • Acidez vaginal;
  • Alterações em decorrência do uso do DIU;
  • Alergias.

Caso tenha mais dúvidas sobre o resultado do seu exame, converse com seu ginecologista. Ele é o profissional capaz de dizer o que precisa ser feito em cada caso.

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Referência:

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos cervicais / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância, Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Inca, 2012.