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Que exames devem ser feitos durante a gravidez?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os exames que devem ser feitos durante o pré-natal, idealmente, em grávidas sem fatores de risco, são os seguintes:

1º mês:
  • Tipagem de sangue (ABO e Rh): É importante para identificar o tipo de sangue, o que é essencial, especialmente quando a gestante é Rh negativo e o pai é Rh positivo. Quando isso acontece, é preciso fazer exames de controle durante a gravidez, para verificar se ocorreu a isoimunização - passagem do sangue fetal Rh positivo para mãe e consequente produção de anticorpos, principalmente depois do segundo filho do casal. Atualmente o Rh negativo não representa riscos, se houver um controle adequado através do exame de sangue Coombs indireto. É importante se lembrar que uma "vacina" deve ser aplicada na 28ª semana de gestação e outra logo depois do parto, para inibir a criação do fator anti-Rh);
  • Hemograma completo: Revela se a gestante tem anemia, ou revela sinais de infecção bacteriana ou viral; pode ser repetido durante o decorrer do pré-natal, caso seja necessário. Durante a gravidez é normal a gestante ser um pouco anêmica em relação a padrões normais. No entanto, é preciso estar atento a baixas acentuadas da hemoglobina no sangue periférico​);
  • Glicemia de jejum (Para pesquisa de diabetes. Em casos específicos, deve ser repetida durante a gestação e acompanhado da glicemia pós prandial ou curva glicêmica);
  • Sorologias para Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Hepatite B e C e HIV (pesquisa de infecções congênitas capazes de causar dano fetal);
  • Urina I: Pesquisa de infecção urinária, que é bastante frequente durante a gravidez, porque ocorrem alterações hormonais e crescimento do útero. Sempre que houver suspeita de infecção, o exame deve ser repetido; 
  • Protoparasitológico de fezes: Pesquisa de verminoses que podem causar anemia ou outros problemas nas gestantes. Apesar de não causarem problemas nos fetos, os problemas devem ser identificados e tratados na altura certa da gravidez para não prejudicarem a mãe.
2º mês (7-8 semanas):
  • Ultra-som transvaginal (avaliação da correta localização da gestação; cálculo mais preciso da idade gestacional; diagnóstico de gestação múltipla e sua viabilidade).
4º mês (11-14 semanas):
  • Translucência nucal (TN) (também chamado de Ultrassom gestacional morfológico de 1º trimestre - rastreio de alterações que possam sugerir anormalidades cromossômicas);
  • Amniocentese e/ou biópsia de vilo corial (para pesquisa de anormalidades cromossômicas. É realizado com base em solicitação dos pais, idade materna avançada, TN alterada no USG ou mulheres que já tiveram um filho com problemas congênitos, que possuem histórico de doenças genéticas na família e querem saber o quanto antes se o bebê foi afetado);
  • Doppler do ducto venoso (verifica, com mais precisão, riscos de má-formação. O doppler é um ultra-som sofisticado, que analisa o ducto venoso, um vaso sanguíneo do feto. Alterações cardíacas ali podem sinalizar problemas congênitos).
5º mês (20-24 semanas):
  • Ultra-som morfológico de 2º trimestre (avaliação de crescimento fetal, malformações anatômicas fetais);
  • Ecocardiografia fetal (pesquisa de cardiopatias fetais, principalmente em mães diabéticas, com cardiopatias ou históricos familiares destas doenças);
  • Teste triplo (quando indicado e/ou amniocentese para avaliação das anomalias fetais);
  • Fibronectina fetal (identifica precocemente a gestante com risco de parto prematuro).
6º mês:
  • Pesquisa de diabetes gestacional; além de algumas sorologias realizadas que deverão ser repetidas como, HIV, sífilis, toxoplasmose; pesquisa de anemia e infecção urinária;
7º e 8º mês
  • Ultrassom (só se houver alguma necessidade específica); 
  • Pesquisa de estreptococos (embora o corrimento vaginal, sem odor e de cor clara seja normal, a pesquisa de estreptococos beta hemolíticos na "secreção" vaginal, na 37ª semana de gestação, é muito importante. A presença desta bactéria pode levar a complicações para mãe e para o bebê no pós-parto).
9º mês
  • Ultrassom morfológico de 3º trimestre (avaliação crescimento e desenvolvimento fetal; posição fetal; peso estimado para a época do parto; quantidade de líquido amniótico; amadurecimento placentário). 

Em muitas ocasiões, não é necessária a realização de absolutamente todos os exames supracitados. Em caso de gravidez ou suspeita, um médico ginecologista deverá ser consultado para verificar se está grávida ou não e iniciar seu acompanhamento correto.

Absorvente interno faz mal à saúde?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Absorvente interno geralmente não faz mal à saúde, desde que a mulher troque o absorvente com regularidade (de preferência a cada 4 horas), não durma com ele e lave bem as mãos sempre antes da troca.

Uso de absorventes internos é um fator de risco para a síndrome do choque tóxico por estafilococos. Essa síndrome é causada por uma bactéria que normalmente habita a pele e a mucosa vaginal, mas que em algumas condições pode apresentar um crescimento e multiplicação excessiva com liberação de uma toxina que atinge a corrente sanguínea e espalha pelo corpo causando febre, hipotensão (tontura, desmaio), vermelhidão e descamação da pele, dor de cabeça, dor abdominal, vômito, diarreia e dores musculares. Essa síndrome é muito rara mas pode acontecer com os absorventes de alta capacidade de absorção, quando é usado de forma contínua ao longo do ciclo ou quando o intervalo de troca entre absorventes é longo.

Recentemente, foi descoberta a presença de algumas toxinas liberadas no processo de branqueamento dos produtos sintéticos do absorvente com o cloro. Estudos estão tentando comprovar os malefícios dessas toxinas com relação à síndrome do choque tóxico, endometriose e infertilidade.

A possibilidade do absorvente interno causar alergias como irritação vaginal, coceira, vermelhidão e inchaço não é frequente.

Diante dessas preocupações, o absorvente interno deve ser usado com os devidos cuidados e com a troca constante. Outras opções ao absorvente interno são disponíveis como o copo menstrual.

Mulher com útero septado pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mulher com útero septado pode engravidar.

Útero septado é um útero com aparência normal externamente, mas que apresenta duas cavidades endometriais. Isso decorre de uma falha no desenvolvimento do septo durante o período embrionário, ou seja, é uma anormalidade congênita que a pessoa nasce com ela.

Mulheres com útero septado podem engravidar, porém, em geral, podem apresentar uma taxa maior de aborto espontâneo e parto prematuro. Em decorrência disso, mulheres com perda gestacional frequente podem se beneficiar com a cirurgia de ressecção do septo e de restabelecimento dos padrões anatômicos do útero.

Essa avaliação é feita pelo médico ginecologista.

Quando vem a menstruação depois do parto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A volta da menstruação depois do parto dependerá do processo de amamentação que a mulher estabelece com seu/sua bebê.

A mulher que amamenta exclusivamente e em livre demanda (não ultrapassando um intervalo de 3 horas entre cada mamada), geralmente fica sem menstruar durante todo esse período que pode variar de 6 meses a 1 ano após o parto. Quando a mulher que amamenta inicia a introdução dos alimentos sólidos e diminui a oferta da amamentação, ela pode já voltar a ter a menstruação.

A mulher que alimenta seu/sua bebê com fórmula infantil e amamenta pouco ou não amamenta geralmente volta a menstruar a partir do segundo mês pós parto.  

Essa variação ocorre pois os hormônios liberados com o aleitamento materno inibem a ovulação e, consequentemente, a menstruação.

Vale lembrar que a vinda da menstruação ocorre depois da ovulação e, portanto, a mulher pode engravidar no período do pós parto mesmo antes de voltar a primeira menstruação. Por isso, a mulher que desejar prevenir uma nova gravidez deve usar algum método anticoncepcional (pílula, DIU, preservativo, injetáveis) que pode ser indicado pelo/a obstetra ou médico/a de família que a acompanhou durante o pré natal.

Homem que teve caxumba e ficou estéril tem tratamento?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O primeiro passo é fazer o exame de espermograma para verificar "a esterilidade" masculina, confirmada a esterilidade, deve-se procurar um Urologista que vai providenciar o restante da investigação para saber se o homem realmente não pode ter filhos ou se existe algum tratamento para ser feito. Em caso de esterilidade total, não existe tratamento.

Tenho ovários policísticos vou transmitir algo ao parceiro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A presença de cistos nos ovários não apresenta nenhum risco ao parceiro da mulher, uma vez que não é uma condição infecciosa.

Cistos nos ovários é uma situação frequente na maioria das mulheres. Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.

A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher. Isso dependerá de como o cisto se apresenta, se há ruptura ou torção e se, em consequência disso, há algum sintoma preocupante como dores em baixo ventre, sangramento vaginal intenso, febre, etc.

Quando os ovários com policistos são associados a um conjunto de outros sinais e sintomas, a mulher pode manifestar a Síndrome dos Ovários Policísticos. 

Sendo assim, quem tem ovários policísticos não transmite nada ao parceiro.

Leia mais em:

Ovários policísticos têm cura? Qual o tratamento?

Ultrassom transvaginal mostrou cistos nos ovários é grave?

Qual anticoncepcional é mais fraco neovlar ou alexa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Podemos dizer que o Alexa® é o "mais fraco", embora a medicina não seja uma ciência exata.

O fato é que na sua composição, ambos são anticoncepcionais combinados, ou seja, medicamentos compostos por hormônios progesterona e estrogênio, aonde o Neovlar® possui uma concentração maior desses hormônios, quando comparado ao Alexa®, sendo por isso considerado uma "pílula de alta dose".

Por ser considerado uma pílula de alta dose, o Neovlar®, está relacionado a uma menor incidência de certos distúrbios ginecológicos, como: doença benigna de mama, cistos ovarianos, gravidez ectópica, câncer de endométrio e câncer de ovário, além de doenças inflamatórias pélvicas.

Os dois anticoncepcionais, apesar de características farmacológicas diferentes, atuam de maneira semelhante, inibindo a ovulação, entre outros fatores, alcançando o objetivo de prevenção da gravidez.

No entanto, ambas as medicações possuem indicações específicas e da mesma maneira, contraindicações e interações medicamentosas individuais. Portanto, antes de iniciar qualquer medicação, especialmente anticoncepcionais combinados, converse com seu médico.

Leia também: Todas as mulheres podem tomar anticoncepcional?

Vale lembrar que os anticoncepcionais combinados protegem a mulher contra uma gravidez não planejada, porém não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tão frequentes especialmente na população jovem, iniciando a vida sexualmente ativa.

A única maneira de prevenção contra DSTs é com o uso de contraceptivos de barreira, como a camisinha, sendo recomendado o seu uso em todas as relações sexuais.

O médico da família ou ginecologista, são os profissionais responsáveis por esclarecer as dúvidas, indicar a melhor opção e ou formas de prevenção contra a gravidez e as DSTs, como por exemplo, a sífilis, HIV e muitas outras.

Leia também: Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Tenho cistos nos dois ovários é possível eu engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Ter cistos no ovário é bastante comum entre as mulheres, isso não impossibilita a mulher de engravidar.

Os cistos encontrados nos ovários são decorrentes dos folículos que não foram desenvolvidos o suficiente para formar o óvulo. Os folículos são estruturas encontradas nos ovários, que quando estimulados adequadamente, pelos hormônios femininos, se desenvolvem dando origem ao óvulo, que será liberado para as trompas e seguir em direção ao útero para que ocorra a ovulação.

Portanto a presença de cistos no ovário, desde que não alterem o ciclo menstrual, não devem ser motivo de preocupação. Serão apenas acompanhados periodicamente pelo médico/a ginecologista.

O médico/a ginecologista é o responsável pelas alterações de ciclo menstrual e sistema reprodutivo feminino, agende uma consulta para mais esclarecimentos e orientações que se façam necessárias. 

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