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O que posso tomar para que a menstruação não desça?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O uso de medicamentos hormonais é o modo mais seguro de evitar que a sua menstruação aconteça. Podem ser utilizados Primosiston®, anticoncepcionais orais e o dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona.

A indicação de qualquer um destes medicamentos deve ser feita por uma ginecologista após avaliação do seu estado de saúde.

Que remédios posso usar para que a menstruação não ocorra?1. Primosiston®

O Primosiston® é um medicamento a base de hormônios que, dependendo do modo de utilização, pode ser administrado para retardar ou antecipar a menstruação. Ele pode ser útil se você quer atrasar ou adiantar a menstruação em 1 ou 2 dias.

Entretanto, este medicamento somente pode ser consumido após um exame clínico e ginecológico detalhado, pois há possibilidade de efeitos colaterais graves como inchaço (edema) da face e garganta, trombose, hepatite e aumento da pressão arterial.

Além disso, o Primosiston® é contraindicado em caso de suspeita de gravidez.

2. Anticoncepcionais orais combinados

Os anticoncepcionais combinados de uso oral podem ser utilizados para atrasar a menstruação. Para isto basta usar os comprimidos de forma ininterrupta, ou seja, emende uma cartela na outra sem aguardar a pausa de sete dias entre as cartelas.

Deste modo as taxas de hormônio no sangue permanecem estáveis e a menstruação não acontece.

Se você deseja permanecer sem menstruar durante um mês, o método mais seguro é emendar as cartelas do anticoncepcional que você já utiliza.

3. Anticoncepcionais de uso contínuo e dispositivo intrauterino (DIU)

As mulheres que não desejam menstruar durante alguns meses podem optar pelos anticoncepcionais de uso contínuo. Estes medicamentos podem ser utilizados em forma de pílulas orais ou do dispositivo intrauterino de progesterona.

Os anticoncepcionais orais de uso contínuo trazem uma dosagem baixa de hormônio específica para que possa ser tomada diariamente sem a necessidade da pausa de 7 dias, na qual ocorreria a menstruação.

Já o dispositivo intrauterino (DIU) de progesterona é um dispositivo de plástico em formato de T que é colocado dentro do útero. A progesterona presente no DIU é liberada lenta e continuamente e impede a menstruação. O procedimento para colocar o DIU é feito em consultório pelo ginecologista.

Apesar de provocarem a ausência da menstruação, as mulheres que usam os anticoncepcionais de uso contínuo ou o dispositivo intrauterino podem apresentar pequenos sangramentos em qualquer período do mês. Estes sangramentos são considerados normais.

É possível parar a menstruação imediatamente?

Não. Não existem métodos seguros e eficazes com a capacidade de fazer com que a sua menstruação pare imediatamente de descer. Por este motivo, é importante que você conheça o seu ciclo e se planeje, caso queira atrasar a sua menstruação por causa de um compromisso que terá na próxima semana ou no próximo mês.

Outro passo importante é conversar com o seu médico de família ou ginecologista para juntos, decidirem a melhor forma de retardar a chegada da sua menstruação.

Não uso anticoncepcional e não quero menstruar, o que posso fazer?

As mulheres que não utilizam nenhum método anticoncepcional e não desejam menstruar podem iniciar o uso de um anticoncepcional ou usar Primosiston®.

Entretanto, esta escolha deve ser efetuada com orientação de um ginecologista ou médico de família.

Posso utilizar alguma receita caseira para atrasar a menstruação?

Não. As receitas caseiras que prometem retardar a menstruação não são seguras, não são comprovadas cientificamente e podem trazer danos à saúde.

Existem contraindicações para o uso de anticoncepcional?

Sim. Existem diversas contraindicações para o uso de anticoncepcionais. Você não deve usar anticoncepcionais em caso de:

  • Gravidez ou qualquer possibilidade de estar grávida
  • Tabagismo (o hábito de fumar aumenta o risco de trombose)
  • Obesidade (o sobrepeso também eleva o risco de trombose)
  • História de trombose
  • Doenças no fígado
  • História de derrame cerebral ou infarto agudo do miocárdio
  • Diabetes sem controle adequado da doença
  • História de câncer
  • Se for diabética e estiver sem controle adequado da doença.

A escolha do método e da forma de uso do método para atrasar a menstruação deve ser feita considerando a condição clínica da pessoa, os benefícios, os riscos, a conveniência e os custos financeiros.

Esta decisão deve ser feita pela mulher e pelo médico de família ou ginecologista. Não utilize anticoncepcionais sem orientação médica.

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Inflamação no útero pode atrasar a menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A doença inflamatória pélvica (DIP) por si só, não altera o ciclo menstrual e não atrasa a menstruação. Mas se a inflamação no útero for grave, a ponto de interferir no equilíbrio hormonal, pode alterar o ciclo menstrual.

Portanto, a tricomoníase, a candidíase ou outras inflamações comuns que ocorrem entre as mulheres, geralmente não interferem na menstruação. E uma infecção grave, pode levar a um atraso menstrual.

Os sintomas da inflamação no útero são:

  • Dor pélvica (região inferior da barriga);
  • Corrimento de cor branca, amarelada, marrom ou cinza;
  • Corrimento de odor desagradável,
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Dispareunia (dor durante a relação sexual);
  • Febre, mal-estar.

É importante notar que nem todas as infecções no útero vão apresentar os sintomas descritos acima. Existe a possibilidade, inclusive, de se estar com uma infecção no útero e não apresentar qualquer tipo de sintoma.

As causas de inflamação no útero, mais frequentes, responsáveis por 85% dos casos, são as infecções sexualmente transmissíveis. São elas: a clamídia, a tricomoníase e a gonorreia. Contudo, os vírus da herpes, da imunodeficiência humana (HIV) e o papilomavírus humano (HPV), também são possíveis causadores, assim como a candidíase vaginal e má higiene.

O tratamento para infecção uterina são os antibióticos. O remédio deve ser iniciado assim que for feito o diagnóstico e com duas ou três classes de antibióticos, ao mesmo tempo.

Os esquemas indicados atualmente são: ceftriaxone + doxiciclina + metronidazol ou clindamicina + gentamicina, mas existem muitas outras opções. A escolha depende das características clínicas, condições de saúde da mulher, alergias e condições financeiras.

O mais importante é que o tratamento seja precoce, para evitar complicações graves, como a cicatriz nas trompas e a infertilidade.

Portanto, na suspeita de DIP, procure o quanto antes um ginecologista, para confirmar o diagnóstico, receitar os medicamentos adequados.

Causas de atraso menstrual

Outros fatores que podem levar ao atraso menstrual são:

  • Ovários policísticos: causa comum de atrasos nos ciclos menstruais;
  • Uso de determinados medicamentos como: anticoncepcionais orais, anticoagulantes, antidepressivos, corticoides, antipsicóticos e anticonvulsivantes;
  • Distúrbios hormonais: hipotireoidismo e alterações nos níveis de prolactina também podem causar irregularidades no ciclo menstrual;
  • Gestação: No período pós-gestacional (durante a amamentação), é normal haver atraso no ciclo menstrual por meses, além de alterações psicológicas e físicas;
  • Prática excessiva de exercícios físicos: a atividade em excesso pode atrasar e até interromper a menstruação. Pode ser agravado se associado a perda de peso rápida, dieta inadequada e quantidade insuficiente de gordura corporal para produção dos hormônios;
  • Cisto ovariano: um único cisto pode influenciar no ciclo;
  • Cirurgias: Determinados tipos de cirurgias, tais como a laqueadura e as cirurgias ovarianas, também podem ocasionar atrasos no ciclo menstrual.

Em caso de atraso menstrual ou suspeita de infecção vaginal, ou uterina, por qualquer motivo, um ginecologista deverá ser consultado para avaliação, determinação da causa e tratamento, se necessário.

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Referências:

Jonathan Ross; Mariam R Chacko. Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Jan 09, 2020.

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que é a fase lútea?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A fase lútea ou luteínica é a terceira e última fase do ciclo menstrual (fase estrogênica --> fase da ovulação --> fase lútea), em humanos e alguns animais. Começa com a formação do corpo lúteo (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual (menstruação). Dura aproximadamente 12 a 16 dias, quando o corpo lúteo degrada-se (luteólise), ou mantém-se ativo (quando a mulher engravida), liberando hormônios (grande quantidade de progesterona e moderada quantidade de estrógeno) que mantêm a gestação até que a placenta assuma esse papel, entre a oitava e décima segunda semanas.

O hormônio que predomina neste período é a progesterona (há uma queda nos níveis de estrógeno e um pico de progesterona), o que faz cessar o espessamento da camada mais interna do útero (endométrio), mas mantém a circulação sanguínea e aporte de nutrientes para o caso de uma eventual nidação (quando o óvulo fecundado se fixa ao endométrio). Caso ocorra a nidação, a produção de hCG pelas células do sinciciotrofoblasto mantém o corpo lúteo ativo; caso contrário ele degenera (processo que leva duas semanas a partir da ovulação) e a mulher menstrua, começando um novo ciclo. 

Acontecimentos importantes na fase lútea, em resumo:

  • Ocorre a ovulação (por volta do décimo segundo dia do ciclo menstrual);
  • O corpo lúteo começa a se formar a partir do folículo ovárico;
  • O óvulo é "colhido" pelas fímbrias da porção distal da tuba uterina e "conduzido" em direção ao útero principalmente por movimentos em ondas das paredes da tuba uterina;
  • Os níveis dos hormônios LH e FSH diminuem e retornam a níveis mais baixos e estáveis;
  • Os níveis de estrogênio diminuem e aumentam os níveis de progesterona, produzida pelo corpo lúteo;
  • O revestimento uterino (endométrio) permanece espessa e pronta para hospedar o óvulo fertilizado, ou o embrião em crescimento, se houver nidação;
  • O corpo lúteo encolhe e começa a morrer. Ao degenerar, origina o corpo hemorrágico e posteriormente é substituído por um tecido cicatricial branco (corpo albicans). O corpo lúteo está programado para morrer em 14 dias a partir da ovulação, a menos que receba estímulo (hCG produzido pelas células do sinciciotrofoblasto após nidação do óvulo fecundado no endométrio). Ocorre a menstruação, e um novo ciclo se inicia.
  • Se a fecundação ocorre, e o embrião se implanta no endométrio, o hCG resgata o corpo lúteo e ele continua a secretar estrogênio e principalmente progesterona durante a gravidez, até a 8ª ~ 12ª semana, quando a placenta assume esse papel.

Em caso de suspeita de gestação, um médico ginecologista deverá ser consultado.

O que é FSH e qual a sua função?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O FSH, hormônio foliculotrófico ou folículo-estimulante, é produzido pela hipófise e é uma das gonadotrofinas, juntamente com o LH. Apresenta como funções: regular o desenvolvimento, o crescimento, a maturação puberal, os processos reprodutivos e a secreção de esteróides sexuais, nas gônadas (testículos e ovários).

A secreção das gonadotrofinas é pulsátil, periódica, cíclica e varia com a fase da vida, com diferenças consideráveis entre o sexo feminino e masculino.

No feto, a secreção de LH e FSH torna-se significativa entre o 2º e o 5º meses de gestação, porém, ao nascimento, os níveis de gonadotrofinas são praticamente indetectáveis.

Durante a infância, a secreção das gonadotrofinas permanece suprimida. Na puberdade (entre 10 e 14 anos), é restabelecida a secreção de LH e FSH.

Nos homens, o FSH estimula a espermatogênese pelas células dos túbulos seminíferos, sendo fundamental para a produção dos espermatozoides.

Nas mulheres, o FSH causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, sendo fundamental para a produção dos folículos (óvulos), atuando sempre em conjunto com o LH (hormônio luteinizante).

Na fase folicular, o FSH estimula a síntese de estrógenos pelas células da granulosa ovariana. Na fase lútea do ciclo, o LH estimula a produção de progesterona e estrógenos a partir do corpo lúteo; a progesterona, assim produzida, prepara o útero para a implantação do embrião; se houver fecundação, o embrião produz gonadotrofina coriônica, que mantém o corpo lúteo; caso contrário, este acaba por degenerar, ocorrendo a menstruação.

O FSH apresenta secreção pulsátil, sincronizada com a de LH. Os níveis de LH e FSH variam de acordo com a fase do ciclo menstrual, embora o LH seja secretado sempre em maior quantidade.

Na mulher, após a menopausa, a secreção das gonadotrofinas sofre elevações consideráveis, sendo a elevação de FSH muito superior à do LH, sendo que a dosagem sérica destes hormônios pode auxiliar no diagnóstico da falência ovariana, que leva à menopausa.

O médico ginecologista ou endocrinologista pode acrescentar mais informações sobre o FSH e seu papel no organismo.

Estando grávida a menstruação desce na pausa do anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Caso a mulher esteja tomando anticoncepcional e esteja grávida, em geral, não haverá menstruação na pausa da cartela.

Porém, é comum no início da gestação ocorrer sangramento no período em que a menstruação era esperada. Esse sangramento costuma ter um aspecto diferente da menstruação, sendo em menor quantidade e, em geral, com coloração mais perto do marrom do que do vermelho vivo.

A mulher que por algum motivo pode ter falhado no uso da pílula anticoncepcional e que há possibilidade de gravidez deve procurar o serviço de saúde para uma consulta de avaliação. Com essa avaliação, haverá a comprovação ou descarte da gravidez e a mulher deixará de tomar a pílula anticoncepcional ou continuará o uso devidamente orientada.

Não é indicado o uso de anticoncepcional durante a gravidez, portanto, a mulher precisa dessa comprovação para continuar o uso da medicação sem efeitos adversos.

Pode lhe interessar ainda: Corro risco de engravidar menstruada?

O sangramento de escape dura quantos dias?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O sangramento de escape geralmente dura menos dias que o período menstrual habitual da mulher, que varia de 2 a 7 dias.

Ele pode ocorrer em mulheres que usam anticoncepcional ou no início da gravidez (primeiros 3 meses).

Normalmente, o sangramento de escape tem uma coloração diferente do sangue vivo da menstruação.

A frequência do escape é maior nos primeiros meses de uso do anticoncepcional. Fazendo o uso correto, o escape não está associado com a eficácia do anticoncepcional.

Para as mulheres que fumam é recomendado parar de fumar.

Em alguns casos, há necessidade do uso de outras medicações para cessar o sangramento. Por isso, procure seu ginecologista para orientar a melhor escolha.

Menstruação não veio, no lugar dela uma borra marrom...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A menstruação marrom e escura como borra de café é bastante comum no início e, principalmente, no final do ciclo menstrual e nem sempre está associada a doenças.

A menstruação marrom escura em borra pode indicar:

  • Fluxo menstrual reduzido;
  • Escapes;
  • Alterações hormonais;
  • Menopausa;
  • Infecções sexualmente transmissíveis;
  • Endometriose;
  • Lesão no colo do útero.

Este tipo de sangramento dificilmente pode ser considerado um sinal de gravidez. No início da gravidez algumas mulheres podem apresentar um pequeno sangramento, que é geralmente cor rosada e dura de 2 a 3 dias. Rara são as vezes que este sangramento é de cor marrom.

Se você está apresentando um sangramento marrom com duração superior a 7 dias, se for volumoso e se ocorrer dor pélvica, é importante consultar um ginecologista.

Menstruação em borra marrom pode ser um sinal de:

1. Fluxo menstrual reduzido

A redução do fluxo menstrual normalmente ocorre no início e no fim da menstruação. Quando vem em menor quantidade, o sangue demora mais tempo a passar pelo canal vaginal, o que aumenta a sua exposição ao oxigênio e o torna mais escuro. Deste modo, apresenta uma tonalidade marrom semelhante à borra de café.

2. Escapes

Os escapes são pequenos sangramentos que ocorrem entre uma menstruação e outra. Geralmente estes sangramentos são de cor marrom e acontecem em mulheres que estão em uso de Dispositivo Intrauterino (DIU), anticoncepcionais injetáveis e implantes subcutâneos ou pílulas de progestágeno.

3. Alterações hormonais

Algumas alterações hormonais causadas por distúrbios de tireoide e, especialmente a queda dos níveis de progesterona, podem fazer com que a menstruação venha com uma cor marrom ou em borra. Junto com o estrógeno, a progesterona tem como uma de suas funções regular o ciclo menstrual.

É bastante comum que a progesterona fique diminuída quando a mulher troca de pílula anticoncepcional ou quando usa a pílula do dia seguinte. Nestes casos, a mulher pode vir a ter um sangramento amarronzado, escuro e em pouca quantidade.

4. Menopausa

O principal sintoma da menopausa é a irregularidade do ciclo menstrual. A menstruação pode ficar um ou dois meses sem vir ou mesmo descer duas vezes em um mesmo mês. Além disso, alterações no fluxo menstrual como redução da quantidade e cor marrom escura do sangramento também podem ser observadas. Isto se deve às quedas hormonais que as mulheres apresentam neste período da vida.

5. Infecções sexualmente transmissíveis

Infecções sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas causadas por bactérias, como a gonorreia provocam alterações no sangue da menstruação, tornando-o marrom escuro.

Porém, esta alteração da cor da menstruação pode vir acompanhada de um odor fétido, dor na região inferior do abdome e febre. Neste caso, é preciso buscar um ginecologista para realizar o tratamento adequado.

6. Endometriose

A endometriose pode provocar sangramento de cor marrom escuro, semelhante à borra de café e de grande volume. O sangramento com estas características pode acontecer durante ou entre as menstruações e vem acompanhado de cólica abdominal, dor pélvica, dor durante o ato sexual, dificuldade de engravidar e dura mais de 7 dias.

Uma avaliação ginecológica é importante para efetuar o acompanhamento e tratamento da endometriose.

7. Lesão no colo do útero

As lesões no colo do útero podem provocar sangramento marrom. Estas lesões podem ser causadas por bactérias, vírus como o HPV ou por alguns tipos de câncer. Nestes casos, verifique se há presença de odor fétido e se o sangramento ocorre durante ou depois do ato sexual.

O exame ginecológico é importante para identificar a presença da lesão e investigar a sua causa.

Quando devo me preocupar?

Você deve ficar atenta e procurar um ginecologista quando:

  • O sangramento marrom durar mais de 7 dias;
  • Apresentar dor pélvica ou cólica intensa;
  • Tiver febre;
  • O sangramento acontecer em grandes volumes.

Nestes casos, busque atendimento ginecológico para investigação e tratamento adequado. Não utilize medicamentos sem prescrição.

Para saber mais sobre corrimento marrom você pode ler:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

É normal menstruar usando a Contracep trimestral?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento que ocorre no uso do Contracep®, não é uma menstruação, mas um efeito colateral da medicação. O uso de anticoncepcionais impede a ovulação, por isso não é possível menstruar.

A injeção de 3 meses, como os anticoncepcionais Contracep® ou DepoProvera®, libera hormônios durante todo esse período, o que pode alterar o padrão da menstruação. As mudanças mais frequentes são a ausência da menstruação e/ou o sangramento fora do período esperado.

Esse sangramento, que por vezes se confunde com a menstruação, é chamado de spotting. Um sangramento discreto, que apenas suja a roupa íntima, mas pode durar dias e ser recorrente. Por isso é considerado a principal causa de desistência dessa medicação.

Outras causas de sangramento são restos da gravidez, como citado pela médica, e isso pode complicar com infecção uterina.

Retorne a sua médica, para reavaliação desse sangramento. Sendo apenas um efeito colateral, pode optar pela troca da medicação. Se for algo mais grave, é preciso iniciar o quanto antes, um tratamento específico.

Saiba mais sobre anticoncepcionais nos artigos:

Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Injeção trimestral engorda?

Tomei o Contracep pela primeira vez e me arrependi

Referências:

Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.