A presença de cisto no ovário não necessariamente necessita da retirada do ovário ou do útero. Em alguns casos, em que o cisto no ovário é grande, com presença de dor e suspeita de malignidade, pode haver indicação de cirurgia para retirada do cisto ou do ovário inteiro acometido.
Na cirurgia, tenta-se preservar sempre o ovário e retirar apenas o cisto. Contudo, há casos raros em que é necessário remover totalmente o ovário. Porém, mesmo com a retirada de 1 ovário, as funções reprodutivas e de produção de hormônios ficam preservadas, já que o outro ovário é capaz de exercer essas funções.
Alguns dos critérios usados para determinar se um cisto deve ou não ser removido cirurgicamente incluem o tamanho do cisto, a presença de material sólido dentro dele, a presença de líquido no abdômen, além de sintomas como dor e aumento do sangramento. Também são realizados alguns exames de sangue específicos para determinar se o cisto tem ou não malignidade.
Qual é o tratamento para cisto no ovário?O tratamento para cisto no ovário dependerá da idade da mulher, do tipo de cisto, da presença de dor, do tamanho do cisto e da suspeita de câncer. Na maioria das vezes, o cisto de ovário pode se resolver sem nenhum tratamento.
Há cistos no ovário que regridem espontaneamente. Dependendo de cada caso, o tratamento pode incluir terapia hormonal ou a remoção cirúrgica. Se o cisto no ovário for maligno, o tratamento pode incluir ainda quimioterapia.
Alguns cistos ovarianos podem ser tratados com o uso de pílula anticoncepcional, durante um período de até 3 meses. Após esse período, deve-se repetir o exame de ultrassonografia para avaliar novamente o cisto.
A cirurgia para retirar o cisto no ovário muitas vezes é feita por laparoscopia. O procedimento é realizado através de pequenos cortes de cerca de 1 cm, feitos no abdômen. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva e é a mais indicada para tratar cisto no ovário.
Mesmo após a remoção cirúrgica do cisto, se o ovário for preservado, outros cistos podem aparecer. O uso de anticoncepcionais pode prevenir o reaparecimento de cistos, dependendo do seu tipo.
Vale lembrar que qualquer mulher pode desenvolver cisto de ovário, dependendo da fase em que está do ciclo menstrual. Existem cistos benignos, que surgem normalmente até 14 dias antes da menstruação, mas que desaparecem após o período menstrual.
O importante é seguir o aconselhamento dado pelo/a médico/a que está acompanhando o caso.
Os remédios para enxaqueca que você deve fazer uso será baseado no seu tipo de dor, frequência e intensidade, fatores que devem ser analisados junto com um diário da dor e com a avaliação médica. Essas medicações servem não apenas para aliviar a dor de cabeça, mas também para prevenir novas crises de enxaqueca.
Os medicamentos para enxaqueca mais usados no alívio da dor (durante a crise de dor) são:
- Analgésicos (Paracetamol, Dipirona);
- Anti-inflamatórios (Ibuprofeno, Diclofenaco, Indometacina, Naproxeno, entre outros);
- Ergotaminas (Cefaliv, Ormigrein, Tonopan);
- Triptanos (Sumatriptano, Naratriptano, Zolmitriptano, Almotriptan, Eletriptan, Rizatriptan).
Já os remédios mais utilizados para prevenção de crises de enxaqueca variam de acordo com os hábitos de vida, com a tolerabilidade, com os efeitos colaterais conhecidos de cada medicamento e com as comorbidades ou uso de medicamentos de cada paciente.
Segundo os especialistas na área, as medicações de primeira linha são:
- Antidepressivos tricíclicos (Amitriptilina, Nortriptilina);
- Inibidores de recaptação de serotonina (Venlafaxina ER);
- Anticonvulsivantes (Ácido Valproico, Topiramato, Carbamazepina);
- Betabloqueadores (Propranolol e atenolol);
- Bloqueadores do canal de cálcio (Flunarizina, Verapamil);
- Toxina botulínica tipo A (botox).
No entanto, o tratamento da enxaqueca não é feito apenas com medicamentos. É muito importante identificar os fatores desencadeantes da enxaqueca e evitá-los.
Além disso, outras formas não medicamentosas de prevenir novas crises de enxaqueca incluem:
- Aprender técnicas de relaxamento;
- Não ficar muito tempo sem comer;
- Não fumar;
- Combater o estresse;
- Dormir bem;
- Praticar atividade física regularmente;
- Práticas complementares e alternativas, como psicoterapia, Hipnose e ou Acupuntura.
Praticamente todos os remédios para enxaqueca citados necessitam de receita médica. Consulte um médico neurologista para saber quais medicamentos podem ser usados no seu caso de enxaqueca e siga corretamente todas as suas recomendações.
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RPG é a sigla para Reeducação Postural Global, uma técnica de fisioterapia cujo objetivo é promover o equilíbrio dos músculos responsáveis pela postura. O método consiste de posturas específicas que alongam cadeias musculares inteiras e reorganizam os segmentos do corpo.
A Reeducação Postural Global baseia-se nos princípios de que cada indivíduo reage de maneira diferente ao mesmo problema e de que não se deve tratar apenas o local da dor, mas todo o corpo como um todo.
Assim, a RPG pode ser utilizada no tratamento de dores e problemas na coluna (lombalgia, cervicalgia, escoliose, hérnia de disco), lesões articulares, retrações musculares, limitações articulares, doenças neurológicas que causam rigidez muscular e ainda doenças respiratórias.
É uma técnica que serve ainda para tratar ou aliviar os sintomas de pés planos, joelho valgo ou varo, joanete, artrite, artrose, bursite, tendinite, doenças respiratórias como asma e bronquite, além de estresse, problemas circulatórios e digestivos.
Como funcionaCada sessão de RPG dura cerca de 1 hora ou mais. Durante a sessão, o paciente permanece em determinadas posturas durante 12 a 20 minutos. As posturas são indicadas conforme o problema apresentado e vão evoluindo gradualmente com movimentos lentos e progressivos.
BenefíciosDentre os benefícios da RPG estão o alívio de dores e tensões musculares, aumento da amplitude do movimento, melhora da estabilidade, mobilidade, equilíbrio e consciência corporal.
O profissional responsável pela aplicação do método é o fisioterapeuta, que deve ter uma formação específica em RPG.
Leia também: É normal ter dores nas costas depois de uma sessão de RPG?
Os ovários policísticos não têm cura. No entanto, é possível fazer alguns tratamentos para controlar os seus sintomas.
O tratamento da síndrome dos ovários policísticos irá depender dos sintomas apresentados pela mulher e poderá incluir perda de peso, uso de anticoncepcionais hormonais, uso de metformina, terapia com gonadotrofina, cirurgia bariátrica, controle do colesterol, entre outros.
Em caso que a mulher tenha o desejo de engravidar, é possível tomar medicamentos para estimular a ovulação e regularizar a menstruação.
O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende de cada caso, de acordo com os sintomas apresentados. Muitas vezes, o tratamento tem apenas objetivos estéticos, já que não existe cura para a síndrome dos ovários policísticos.
Apesar de alguns sintomas serem tratados como uma doença isolada, como a acne, por exemplo, essa forma de tratamento não é indicada. Os medicamentos específicos para acne não atuam na origem da síndrome dos ovários policísticos.
Os principais tratamentos para a síndrome dos ovários policísticos incluem:
- Prática regular de atividade física;
- Dieta para perder peso ou para diabéticos;
- Pílula anticoncepcional específica para a síndrome;
- Medicamentos orais para baixar os níveis de glicose no sangue ou outras medicações indicadas para o distúrbio metabólico apresentado;
- Medicamentos para reduzir o excesso de testosterona ou os efeitos da testosterona já existente;
- Medicamentos para estimular a menstruação;
- Psicoterapia para controlar o estresse e a ansiedade provocados pelas mudanças no corpo.
A síndrome dos ovários policísticos é um dos distúrbios endócrinos mais comuns, podendo afetar cerca de 6% das mulheres em idade reprodutiva.
Para que a síndrome dos ovários policísticos seja diagnosticada, a mulher deve apresentar pelo menos 2 dos seguintes conjuntos de sintomas:
1. Menstruações escassas e muito espaçadas, ausência de menstruação ou ausência de ovulação;
2. Excesso de hormônios andrógenos, como a testosterona;
3. Identificação dos ovários policísticos em exames de imagem.
A causa da síndrome dos ovários policísticos ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que a síndrome esteja relacionada com fatores genéticos e hormonais, que podem ser agravados de acordo com o estilo de vida.
Quais são os sintomas da síndrome dos ovários policísticos?A síndrome dos ovários policísticos agrega um conjunto de sinais e sintomas que a mulher pode manifestar, provocando alterações nos ciclos menstruais (que podem ficar mais espaçados) e até dificultar a gravidez.
Como exemplo desses sintomas estão aumento de peso, acne, aumento da oleosidade da pele, queda de cabelo, distúrbios no metabolismo da glicose, hipertensão arterial, excesso de pelos no corpo, alteração no humor, crescimento de pelos no rosto, peito e abdômen.
A síndrome dos ovários policísticos é a principal causa de infertilidade por falta de ovulação. A síndrome pode ainda aumentar o risco de doenças como infarto e derrame cerebral, se a mulher tiver excesso de peso, pressão alta e alterações no metabolismo da glicose.
Em caso de suspeita de ovários policísticos, é recomendado consultar o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral. O/a profissional poderá avaliar detalhadamente, com anamnese e exame físico, definir o diagnóstico correto e orientar o melhor tratamento.
Leia também: Ovário policístico e mioma podem dificultar engravidar?
O bicho-de-pé é uma infecção de pele, causada pela pulga Tunga penetrans.
O macho e a fêmea dessa espécie de pulga se alimentam de sangue, contudo, apenas a fêmea penetra na pele dias após a fecundação, para amadurecimento de seus ovos e para depois eliminá-los no ambiente.
A Tunga penetrans mede em torno de 1 milímetro e vive na terra. Depois de penetrar no corpo, o bicho-de-pé começa a crescer, podendo atingir o tamanho de uma ervilha.
Tunga penetrans (bicho-de-pé)O bicho-de-pé pode produzir cerca de 100 a 200 ovos em uma semana, e após depositar os ovos no hospedeiro ou no meio ambiente, a pulga morre.
A Tunga penetrans pode penetrar em qualquer parte do corpo, porém, as regiões mais acometidas são os pés, sobretudo na planta dos pés, entre os dedos, em torno das unhas e no calcanhar, daí o nome popular “bicho-de-pé”.
Quais são os sintomas do bicho-de-pé?O local em que a Tunga penetrans se encontra geralmente apresenta uma lesão arredondada, com círculo claro ao redor de um ponto preto. Essa coloração escura no centro, corresponde ao abdômen da pulga carregado de ovos.
Bicho-de-pé no calcanharO bicho-de-pé pode causar dor, coceira, vermelhidão e desconforto local. A intensidade varia conforme o local afetado e a quantidade de pulgas que causaram a infestação.
Como tirar bicho-de-pé?O bicho-de-pé deve ser retirado com uma agulha esterilizada, que perfura a pele, permitindo a retirada do parasita e seus ovos. Importante ressaltar a necessidade de limpar e desinfetar o local, antes e após o procedimento.
Para ajudar na cicatrização o mais importante será manter a ferida limpa, seca e com curativo orientado pelo profissional de saúde. Contudo, pode ainda ser indicado o uso de pomada com antibiótico, como a neomicina, uso de medicamentos antifúngicos e anti-inflamatórios.
O procedimento deve ser feito sempre por profissionais de saúde, de maneira que são garantidos os cuidados adequados de higiene para evitar infecções e demais complicações.
Quando há muitas pulgas e a infestação é grande, a pessoa pode necessitar ficar hospitalizada. Nesses casos, o procedimento requer intervenção médica e é feito sob anestesia. Além disso, são administrados medicamentos antibióticos e a pessoa recebe um reforço da vacina contra o tétano.
Dependendo da gravidade da infestação, o bicho-de-pé pode causar gangrena, perda de dedos e tétano se não for tratado adequadamente.
Como prevenir bicho-de-pé?- Evite andar descalço ou permanecer em lugares que podem estar infestados pela Tunga penetrans;
- Use botas de cano alto;
- Examine regularmente os animais para prevenir infestações e retire os parasitas que encontrar;
- Evite ir a praias que são frequentadas por animais;
- Evite entrar em casas abandonadas ou que não estão habitadas, pois podem abrigar pessoas ou animais infectados;
- Evite entrar em contato com areia e grama cuja procedência não é conhecida.
Para tirar o bicho-de-pé, procure um serviço de saúde para fazer a remoção correta do parasita, com os devidos cuidados de higiene, e receber orientações adequadas.
O tratamento da vaginose por Gardnerella vaginalis e Mobiluncus sp é feito principalmente com medicamentos derivados imidazólicos, como o metronidazol, e visa restabelecer o equilíbrio da flora vaginal através da redução do número de bactérias anaeróbias e um possível aumento dos Lactobacillus.
O medicamento mais indicado para tratar a gardnerella é o metronidazol administrado em doses de 500 mg - 2x ao dia ou 250 mg - 3x ao dia, durante 7 dias. A clindamicina na dose de 300mg 2x ao dia por 7 dias é outra opção de tratamento.
Outros antibióticos são menos efetivos e podem não resolver a infecção.
Em geral, o tratamento da vaginose por gardnerella em mulheres não atinge 100% de eficácia e mais de 50% das pacientes tratadas podem apresentar um novo caso, dentro de um ano.
O tratamento da gardnerella pode ser prescrito pelo/a médico/a clínico geral, médico/a de família ou ginecologista.
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A diferença entre meningite viral e bacteriana é que as virais são provocadas por vírus e normalmente apresentam sintomas mais brandos que as bacterianas, que são mais graves e provocadas por bactérias.
Os sintomas da meningite viral são parecidos com os da gripe, com febre e dor de cabeça, e a nuca fica pouco rígida e dolorida.
A maioria dos casos de meningite viral evoluem sem complicações e o tratamento visa apenas controlar os sintomas através de medicamentos para dor e febre.
Streptococcus-pneumoniae, uma das bactérias causadoras de meningite bacterianaJá a meningite bacteriana é bem mais perigosa que a meningite viral, podendo levar à morte se não for diagnosticada precocemente. O tratamento é feito com medicamentos antibióticos específicos para o tipo de bactéria.
Os tipos de meningites bacterianas mais comuns são causados pelas bactérias meningococo, pneumococos e haemophylus. Dentre os 3 tipos, a meningite meningocócica é a que se transmite mais facilmente pela via respiratória e também a mais temível das meningites bacterianas, pois apresenta um quadro clínico mais grave e de evolução mais rápida.
Já a pneumocócica e a haemophylus são menos frequentes, uma vez que as vacinas disponíveis são bastante eficazes na prevenção desses dois tipos de meningite.
Quais os sintomas da meningite viral e bacteriana? Sintomas de meningite viralA meningite viral caracteriza-se pelo aparecimento súbito de dor de cabeça, fotofobia (sensibilidade à luz), rigidez de nuca, náuseas, vômitos e febre.
Na meningite causada por enterovírus, a pessoa também pode apresentar sinais e sintomas gastrointestinais e respiratórios, dores musculares e erupções cutâneas.
Em geral, as meningites virais apresentam evolução rápida, benigna e sem complicações, com exceção das pessoas com a imunidade baixa.
Dentre os principais vírus causadores de meningites estão o enterovírus, arbovírus, vírus do sarampo, vírus da caxumba, vírus da coriomeningite linfocítica, HIV-1, adenovírus, vírus do grupo do herpes simples tipo 1 e 2, varicela zoster, Epstein-Barr e citomegalovírus.
A meningite viral pode ser transmitida pela saliva de uma pessoa infectada ao tossir, espirrar, beijar ou falar. No caso do enterovírus, que habita o intestino, a transmissão pode ocorrer através das fezes.
Sintomas de meningite bacterianaA meningite bacteriana, em crianças com mais de 1 ano de idade e adultos, apresenta como principais sinais e sintomas: febre alta com início súbito, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos em jato, náuseas, rigidez de nuca, dor no pescoço, pequenas manchas vermelhas na pele (meningite meningocócica).
Em bebês com menos de 1 ano de idade, os sintomas da meningite bacteriana incluem moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação, choro agudo e persistente, rigidez corporal com ou sem convulsões.
As principais bactérias causadoras de meningite são o meningococo (meningite meningocócica), pneumococo (meningite pneumocócica) e haemophilus influenzae. A transmissão ocorre através da eliminação de gotículas de secreção eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.
Qual é o tratamento para meningite viral e bacteriana?Geralmente, as meningites virais não necessitam de um tratamento específico. Nesses casos, o tratamento é feito com medicamentos para aliviar a dor e a febre, além de um acompanhamento rígido para identificar precocemente qualquer eventual complicação.
O tratamento da meningite bacteriana é feito com medicamentos antibióticos específicos para a bactéria causadora da infecção.
Para prevenir complicações e possíveis sequelas, é fundamental consultar o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou infectologista logo no início dos sintomas.
Saiba mais em: O que é meningite?
Não, nem toda hérnia umbilical ou inguinal tem indicação absoluta de cirurgia, embora o único tratamento definitivo seja a cirurgia, alguns casos de hérnia pequenas, sem queixas ou pessoas com contraindicações, pode ser indicado apenas acompanhamento.
O que pode ser feito durante esse acompanhamento é:
- Evitar pegar peso ou fazer força exagerada e
- Fortalecimento muscular
A sociedade brasileira de hérnia e parede abdominal desaconselha o uso de cintos e faixas.
Porém, hérnias grandes ou sintomáticas precisam ser operadas, a não ser que a pessoa tenha alguma contraindicação absoluta para a cirurgia, como doenças graves ou ter menos de 5 anos de idade. Fora esses casos excepcionais, todas essas hérnias devem ser operadas devido ao maior risco de complicação.
O estrangulamento é a complicação mais grave e temida de uma hérnia, com uma frequência estimada de 3%.
Chamamos de estrangulamento quando a parte do intestino que formou a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, e por algum motivo não consegue mais retornar para dentro do abdômen.
Se isso não for tratado com urgência, essa parte do intestino "estrangulada" deixa de receber oxigênio através do sangue. O resultado é uma isquemia (necrose), que provoca a morte dessa parte da alça intestinal, rompimento da sua parede, permitindo a passagem de líquidos e fezes que estavam no interior do órgão para dentro do abdômen. E é esse material intestinal que leva a uma infecção generalizada, muitas vezes fatal.
Saiba mais em: Uma hérnia pode estourar?
Quais os sintomas de estrangulamento da hérnia?Os sinais e sintomas principais são: dor súbita, contínua e intensa durante várias horas no local da hérnia, febre, distensão (estufamento) abdominal, mudança de aparência da hérnia (escurecimento ou vermelhidão), aumento da frequência cardíaca, perda de apetite, náuseas e vômitos.
Na presença desses sintomas, procure atendimento médico com urgência para avaliação e tratamento imediato. É importante lembrar que o estrangulamento pode ocorrer em hérnias pequenas ou grandes.
Como é a cirurgia para hérnia?A cirurgia para hérnia inguinal pode ser feita pelo método convencional (aberta) ou por laparoscopia. A cirurgia aberta é realizada por meio de um corte na região da virilha e a hérnia é recolocada na cavidade abdominal. Depois, a incisão é fechada e a parede abdominal é reforçada com um material sintético.
Depois da cirurgia, a pessoa pode retornar às suas atividades aos poucos. Em geral, são necessárias aproximadamente 6 semanas para uma recuperação completa.
A cirurgia por laparoscopia é realizada através de pequenos “furinhos” feitos no abdômen, por onde serão introduzidos o material cirúrgico, e por onde a hérnia será reparada. O local também é reforçado com o material sintético e o tempo de recuperação desse procedimento é menor e menos incômodo.
Quais as causas de hérnia?As principais causas de hérnia inguinal e umbilical são o aumento da pressão dentro do abdômen e a presença de uma área de fragilidade na parede abdominal.
O aumento de pressão na cavidade abdominal pode ser causado por esforço excessivo para evacuar, levantamento de pesos, gestação, obesidade, tosse crônica, entre outras condições.
Já a fragilidade na parede abdominal costuma estar presente desde que a pessoa nasce. Contudo, também pode surgir posteriormente com a idade, sedentarismo, ou exercícios físicos intensos, tosse crônica, predisposição genética, traumatismos, cirurgias no abdômen, permanecer de pé por períodos prolongados, entre outros fatores.
Em geral, a hérnia pode ser empurrada suavemente para dentro da cavidade abdominal quando a pessoa está deitada. Aplicar gelo sobre a hérnia diminui o inchaço e auxilia essa manobra chamada redução. Quando a redução não for possível, pode ser um sinal de encarceramento.
Uma vez que a hérnia não é um tipo de lesão com cura espontânea e que pode causar complicações graves, a indicação da cirurgia para correção é bastante comum.
Para maiores esclarecimentos e avaliação do seu caso, recomendamos consultar um médico cirurgião geral.
Leia também: Quais são os tipos de hérnia?