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Fungos na pele: Como identificar e tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sinais e sintomas de fungos na pele que causam micoses variam conforme o tipo de infecção. As manifestações podem incluir a presença de manchas brancas, escuras ou vermelhas na pele, descamação ou coceira nas regiões afetadas, formação de crostas ou fissuras, entre outras.

Dentre os principais tipos de micose de pele estão as tineas, a pitiríase versicolor (pano branco) e a candidíase. Os fungos causadores dessas infecções podem estar presentes no solo, em animais ou ainda em outras pessoas.

SintomasTineas

Essa micose pode afetar a pele, o cabelo e as unhas. Os seus principais sintomas são o aparecimento de manchas vermelhas que apresentam bolhas ou crostas e a coceira.

Pitiríase versicolor (pano branco)

Provoca o aparecimento de manchas brancas na pele que podem surgir em grupos ou isoladas. As manchas podem descamar e tendem a se manifestar no tronco, nos braços, no rosto e no pescoço. As manchas também podem ser escuras ou avermelhadas e ficar mais evidentes com a exposição ao sol.

O seu nome popular "pano branco" é devido a um sinal comum desse tipo de fungo, que normalmente deixa a pele ao redor da área afetada mais clara.

Candidíase

A candidíase pode acometer qualquer parte do corpo, principalmente quando a imunidade se encontra diminuída; causando lesões como fissuras nos cantos da boca e nas regiões de dobras da pele, como axilas, virilha e embaixo das mamas.

Na região genital, esse fungo manifesta sintomas que incluem manchas avermelhadas, coceira e presença de secreção vaginal de coloração esbranquiçada. Na mucosa da boda se manifesta com placas esbranquiçadas.

Tratamento

Pitiríase versicolor: Medicamentos antifúngicos aplicados diretamente no local ou administrados via oral;

⇒ Tineas: Antifúngicos tópicos ou orais;

⇒ Candidíase: Medicamentos antifúngicos de aplicação local ou tomados por via oral.

Em caso de sintomas de fungos na pele que causam micoses, consulte um médico dermatologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Saiba mais em: Fungos na pele podem causar micose?

Quanto tempo devo repousar depois da cauterização no útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O período exato de repouso após a cauterização do útero pode variar de mulher para mulher dependendo de como foi o procedimento.

No dia da cauterização, a mulher deve realizar repouso das atividades laborais e evitar movimentos constantes.

No dia seguinte à cauterização, a mulher pode voltar às atividades de rotina caso se sinta bem e caso não apresente sangramento em moderada ou grande quantidade.

A paciente pode continuar suas atividades cotidianas normalmente, devendo evitar relações sexuais, duchas vaginais e uso de tampões por algumas semanas após a cauterização. Esse tempo é necessário para haver a cicatrização do tecido.

A depender de como foi o procedimento e da extensão das lesões, esse repouso pode ser mais prolongado. Porém, isso será informado pelo/a ginecologista. Quando for necessário, o/a profissional pode passar atestado médico para que o repouso seja garantido.

Após o procedimento, pergunte ao/à ginecologista sobre o repouso necessário a ser realizado no seu caso. 

O que fazer no caso de superdosagem de remédio?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Em caso de superdosagem (overdose) de remédio, siga os seguintes procedimentos de primeiros socorros:

1) Não provoque vômitos, pois o medicamento pode se espalhar pelo tubo digestivo e piorar ainda mais a situação.

2) Não ofereça nada para a vítima beber, nem mesmo água ou leite.

3) Não tente manter a vítima acordada com café ou fazendo-a caminhar. Qualquer esforço físico irá acelerar a absorção do medicamento pelo corpo;

4) Procure saber qual foi o remédio que a vítima ingeriu;

5) Se a pessoa perder a consciência e você ainda não sabe qual o medicamento que ela tomou, recolha os frascos de remédios que encontrar e até mesmo amostras de vômito, se houver;

6) Se a vítima desmaiar, deite-a de lado;

7) Ligue para o Disque Intoxicação da ANVISA através do 0800 722 6001 ou para o CEATOX-SP (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas através do 0800 014 8110.

Quando ligar para o serviço de intoxicação, tenha consigo a embalagem do remédio em mãos e as seguintes informações:

⇒ Idade, sexo e peso da vítima;

⇒ Há quanto tempo ocorreu a overdose;

⇒ Presença de sintomas ou não.

Siga as instruções dadas pela assistência toxicológica e leve a pessoa para um hospital com urgência, levando também a embalagem ou a bula do medicamento.

Leia também: O que acontece se alguém tomar vários remédios para dormir?

Quais os sintomas de câncer no colo do útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas do câncer no colo do útero normalmente são observados quando o câncer já está em uma fase mais avançada. Um dos sintomas mais comuns do câncer de colo de útero é o sangramento vaginal ou corrimento vaginal com presença de sangramento logo após a relação sexual, após a menopausa ou de forma espontânea.

Outros sintomas que podem estar incluídos:

  • Sangramento vaginal durante ou após as relações sexuais;
  • Sangramentos vaginais após a menopausa;
  • Sangramento excessivo durante a menstruação;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Sensação de peso na região entre o ânus e a vagina (períneo);
  • Corrimento vaginal mucoso, que pode ser avermelhado e ter mau cheiro;
  • Dor pélvica ou abdominal;
  • Presença de sangue na urina.

Nos casos mais avançados, os sintomas podem vir acompanhados de alterações urinárias ou intestinais.

Porém, vale lembrar que no início, o câncer no colo do útero geralmente não apresenta sintomas. O desenvolvimento desse tipo de câncer é lento e os sinais tendem a surgir com a evolução do quadro.

Quais são os fatores de risco para câncer no colo do útero?

A causa do câncer de colo uterino não está totalmente definida. Porém, sabe-se que o principal fator de risco para o câncer no colo do útero é a infecção pelo vírus HPV, que pode ser transmitido sexualmente e pode ser prevenido. A infecção por HPV provoca modificações nas células do colo do útero que podem evoluir para câncer.

Há ainda outros fatores que podem aumentar as chances da mulher desenvolver esse tipo de câncer, tais como: ter muitos filhos, ter vários parceiros sexuais, início precoce da vida sexual, fumar, história de infecções sexualmente transmissíveis, ter mais de 40 anos de idade e tomar pílula anticoncepcional durante 5 anos ou mais.

Como é feito o diagnóstico do câncer no colo do útero?

O diagnóstico do câncer de colo de útero é feito pelo exame físico e confirmado por uma biópsia. Os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada são importantes para definir o grau de avanço do câncer e detectar possíveis comprometimentos de outros órgãos.

O diagnóstico precoce do câncer de colo de útero pode ser feito através do exame preventivo papanicolau, que detecta o HPV e a presença de células anormais, uma vez que a infecção pelo vírus é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Se o papanicolau detectar a presença de alterações nas células, o tratamento pode incluir crioterapia, procedimentos para queimar a lesão, retirada da lesão e ainda medicamentos.

Câncer no colo do útero tem cura? Como é o tratamento?

Sim, câncer no colo do útero tem cura. Se for diagnosticado precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%. O tratamento depende do grau de avanço da doença.

Se o câncer estiver numa fase inicial, é feita uma cirurgia, que pode ou não ser complementada com radioterapia ou quimioterapia. A associação de radioterapia e quimioterapia permite manter o câncer de colo de útero bem controlado em casos mais avançados.

Nos casos mais graves de câncer de colo uterino, é feito primeiro o tratamento com quimioterapia e radioterapia, que permite depois a realização da cirurgia. O procedimento cirúrgico pode remover o útero, as trompas e o ovário.

A radioterapia pode ser aplicada externamente ou internamente:

Na radiação externa, utiliza-se um aparelho que emite um feixe de radiação para a área a ser tratada. Nesses casos, geralmente são feitas 5 sessões de radioterapia, durante um período que varia entre 5 e 7 semanas.

Na radioterapia aplicada internamente, a radiação é administrada pela colocação de implantes com substâncias radioativas na vagina. Os implantes permanecem no corpo durante algumas horas ou até por 3 dias. Essa forma de radioterapia necessita de internamento hospitalar e o tratamento pode precisar ser repetido, às vezes por algumas semanas.

Se o câncer já tiver alcançado outros órgãos, o tratamento com quimioterapia terá como objetivo tentar conter a doença e melhorar os sintomas.

Quanto mais cedo o câncer no colo do útero for detectado, maiores são as chances de cura. Por isso é muito importante visitar regularmente a/o médico/a de família ou ginecologista e fazer o exame preventivo papanicolau com a regularidade indicada pelo/a médico/a.

Qual o tratamento para infecção intestinal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para infecção intestinal consiste em repouso, hidratação e dieta adequada. Quando a perda de líquidos é muito acentuada, são indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, além da administração de soro por via endovenosa para repor os sais e os líquidos. O tratamento da infecção intestinal causada por bactérias inclui também o uso de antibióticos.

Quanto à alimentação, o paciente deve ingerir pelo menos 2 litros de água por dia para prevenir a desidratação e evitar determinados alimentos, dando prioridade a outros. Recomenda-se evitar o leite, por exemplo, pois pode agravar a diarreia.

A dieta deve ser leve, à base de alimentos cozidos e preparados na hora, sem conservantes e gorduras. Também é importante comer em pequenas quantidades (5 a 6 vezes ao dia) e evitar forçar comer quando há dificuldade em engolir.

Alguns alimentos indicados durante o tratamento da infecção intestinal: arroz, legumes (cozidos e sem casca), bolacha de água e sal, gelatina, carne grelhada e sopas.

Se houver presença de sangue na diarreia, o paciente deve procurar um serviço de saúde para melhor avaliação.

O que é infecção intestinal?

A infecção intestinal é uma inflamação ou irritação de órgãos do tubo digestivo, nomeadamente o estômago e o intestino. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, embora seja muito comum na infância.

Quais são os sintomas de infecção intestinal?

Os principais sintomas da infecção intestinal incluem diarreia, dor abdominal, cólicas, náuseas e vômitos. A pessoa pode apresentar ainda febre e dor de cabeça.

Se os vômitos ou a diarreia forem intensos e persistentes, pode haver desidratação. Os sintomas nesses casos podem incluir boca seca, sensação de engrossamento da língua e diminuição do volume de urina, que fica mais escura.

Os sinais e sintomas da infecção intestinal normalmente desaparecem dentro de alguns dias, mas em alguns casos o quadro pode durar até uma semana.

Quais são as causas de infecção intestinal?

As infecções intestinais, ou gastroenterites, são causadas principalmente por vírus, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares. A maioria dos casos de infecção intestinal ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados.

As infecções intestinais também podem ser transmitidas de pessoa para pessoa. Por exemplo, se uma pessoa infectada não lavar bem as mãos depois de evacuar, pode transmitir a infecção.

Para evitar a transmissão da infecção intestinal, o ideal é que a pessoa doente permaneça em casa até o desaparecimento dos sintomas, sobretudo a diarreia e os vômitos. O tempo de repouso normalmente é de 48 horas.

Como prevenir infecção intestinal?

Algumas infecções intestinais podem ser prevenidas com práticas de higiene como lavar as mãos com água e sabão principalmente antes da preparação das refeições e após utilização do banheiro.

Como é a cirurgia de desvio do septo nasal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia de desvio do septo nasal, conhecida por septoplastia, pode ser realizada por anestesia geral ou local, que dura entre uma a duas horas.

Hoje um procedimento considerado bastante seguro e descomplicado, corrigindo deformidades que existam no septo nasal da pessoa, auxiliando na sua respiração e resolvendo outros sintomas que geralmente incomodam essas pessoas. Na grande maioria das vezes, não deixa cicatrizes ou marcas.

Cirurgia de desvio de septo

A cirurgia de desvio de septo é realizada da seguinte forma:

Primeiro é feito um pequeno corte por dentro do nariz para "descolar" a mucosa que recobre o septo. Depois, as partes do septo que estão desviadas são removidas e o septo é então centralizado.

A mucosa é posta novamente sobre o septo e o cirurgião pode optar por colocar um molde para reposicionar a mucosa e o septo nasal, além de tampões nasais para evitar sangramentos.O molde (splint nasal) é retirado cerca de uma semana depois da cirurgia, em consultório. Se a septoplastia for feita por videoendoscopia, pode ser que não seja necessário utilizar o tampão nasal.

Como é o pós-operatório da cirurgia de desvio do septo nasal?

No dia da cirurgia pode haver vômitos, geralmente com sangue escuro que foi engolido durante a operação. A ocorrência de vômitos repetidos ou com sangue vermelho vivo deve ser comunicada ao médico.

Nos primeiros dias após a septoplastia pode ocorrer um pouco de sangramento nasal. Também é comum o nariz ficar entupido nos primeiros dias devido às crostas de sangue que se formam e também devido ao inchaço provocado pela cirurgia.

Algumas recomendações para o pós-operatório da cirurgia de desvio do septo nasal:

⇒ Aplicar compressas frias na face se o nariz sangrar;

⇒ Lavar o nariz conforme as orientações do médico;

⇒ A dieta deve ser leve nos primeiros dias; alimentos muito quentes devem ser evitados, pois podem causar sangramentos;

⇒ Evitar banhos muito quentes, pois também podem favorecer sangramentos;

⇒ Ficar em casa, em repouso, nos primeiros dias de pós-operatório;

⇒ Atividades físicas devem ser evitadas durante os primeiros dias.

Quais são os riscos e as possíveis complicações da cirurgia de desvio de septo? Dor

São comuns no pós-operatório, mas geralmente são leves e facilmente controláveis por medicamentos.

Sangramentos

Normalmente são muito ligeiros e melhoram com repouso e compressa fria; sangramentos muito intensos, embora sejam muito raros, podem necessitar novamente de tampões, além de cirurgia para ligar os vasos sanguíneos e transfusão de sangue.

Infecções, abscessos e hematomas

São raros e quando ocorrem são tratados com curativos, drenagem e medicamentos antibióticos.

Perfuração do septo

Raramente ocorre, mas apesar de não causar sintomas, pode precisar de tratamento ou cirurgia.

Aderências entre as paredes do nariz (sinéquias)

São resolvidas com curativos, mas podem precisar de outra cirurgia dependendo do caso.

Retorno do desvio do septo

Dependendo da técnica cirúrgica utilizada, a cartilagem do septo pode voltar um pouco à posição ou ao formato inicial, principalmente em crianças; pode necessitar de uma nova intervenção cirúrgica.

Retorno do aumento das conchas nasais

Pode acontecer em pessoas que sofrem de rinite.

Complicações da anestesia geral

Os riscos relacionados com a anestesia são bastante baixos, mas existem, como em qualquer cirurgia.

Quando a cirurgia de desvio do septo nasal é indicada?

A septoplastia é indicada quando o desvio de septo provoca nariz entupido constantemente, e que não melhoram com tratamentos médicos indicados, sinusites de repetição, dores de cabeça com frequência, com pouca resposta ao tratamento, roncos, apneia do sono, sonolência diurna, ou mesmo a síndrome de apneia obstrutiva do sono confirmada.

Leia também: 

Dor de cabeça frequente: o que pode ser?

O que pode causar nariz entupido?

Atualmente diversos estudos comprovaram que a cirurgia deve ser feita o mais precoce possível, pois os resultados são melhores, principalmente em relação a qualidade de vida desses indivíduos, mesmo que ainda crianças. Não se deve mais aguardar a adolescência para solucionar esse problema. 

A grande maioria das pessoas possui algum grau de desvio de septo, por isso a cirurgia de correção não é indicada em todos casos.

A indicação de septoplastia depende do grau do desvio e dos sintomas, de acordo com a avaliação do médico otorrinolaringologista.

Hemácias na urina: o que isso significa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de hemácias ou eritrócitos na urina significa que tem sangue na urina, a presença de sangue na urina é chamada de hematúria.

As hemácias podem ser percebidas na urina pela cor avermelhada, quando em altas quantidades, ou pode ser identificada no exame de urina de rotina (EAS).

No exame de urina normal, a presença de hemácias é raro. Os valores considerados dentro da normalidade são descritos de 3 formas, dependendo do laboratório:

  • Menos de 10.000 células/mL ou
  • 3 a 5 hemácias por campo ou
  • hemácias ausentes / raras hemácias.

Se no resultado do seu exame o valor das hemácias for superior aos valores descritos, significa que as hemácias estão elevadas na urina. As causas mais comuns de hematúria são a cistite, pedras nos rins, período menstrual, uso de medicamentos e as doenças na próstata.

Hemácias na urina, o que pode ser? 1. Cistite

A cistite é a infecção urinária que se localiza na bexiga. A infecção causa dor, urgência para urinar, ardência, urina muito amarelada com cheiro forte e incômodo constante. A hematúria, embora não seja um dos sintomas mais comuns, pode também estar presente, especialmente nas infecções mais graves.

Se você perceber sangue na urina, ardência e mau cheiro, aumente a ingestão de água por dia enquanto procura o médico de família, clínico geral ou urologista. Pode ser necessário iniciar o tratamento com antibióticos, por 7 a 10 dias.

2. Pedra nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins, é uma condição que nem sempre causa sintomas. A pessoa pode apresentar dor e sangue na urina apenas quando essas pedras passam pelo ureter e provocam machucados.

Se a pedra obstruir completamente o fluxo da urina, a urina fica acumulada no ureter e no rim o que causa a dor intensa, náuseas, vômitos. A dor se inicia nas costas, apenas do lado acometido, depois irradia para o abdome e virilha. Nos homens pode irradiar para os testículos e, nas mulheres, para a vulva. Esse quadro é chamado de cólica renal.

Na imagem II a presença da pedra no ureter esquerdo, impede o fluxo de urina, com consequente dilatação do ureter e do rim do mesmo lado.

Durante uma crise de cálculo renal, evite a ingestão exagerada de líquidos. Beber água e outros líquidos em excesso podem aumentar a pressão da urina no rim e, por este motivo, aumentar a sua dor. Por causa do dor intensa, dirija-se rapidamente à emergência hospitalar.

O tratamento deve ser determinado pelo médico urologista, com o uso de medicamentos para dor, antibióticos, ondas de choque (litotripsia) e/ou cirurgia de urgência.

3. Pielonefrite

A pielonefrite é uma infecção nos rins que, geralmente ocorre devido à infecção urinária. Os sintomas incluem dor, ardência e mau cheiro na urina, associado a hematúria, calafrios, febre alta, dor lombar do lado direito ou esquerdo, náuseas e vômitos.

Nestes casos é preciso procurar uma emergência médica, pois a pielonefrite pode levar à uma infecção generalizada ou doença renal crônica, se não tratada rapidamente.

O tratamento consiste no uso de antibióticos por 14 dias, de preferência por via venosa, em ambiente hospitalar.

4. Período menstrual

Durante o período menstrual, é comum que as mulheres percebam a presença de sangue na urina, porém o sangramento é uterino e não do sistema urinário, por isso não é recomendado colher o exame neste período.

Se for realmente necessário realizar o exame no período menstrual, informe a situação ao laboratório, no momento da coleta e entrega do material.

5. Uso de medicamentos

O uso de medicamentos, especialmente os anticoagulantes como a aspirina, podem causar o surgimento de sangue/hemácias na urina. É mais comum que isto ocorra entre os idosos.

Nestes casos, o mais indicado é procurar o médico que indicou o uso deste remédio para que possa ser feito um ajuste na dosagem ou mesmo a troca da medicação.

6. Doenças na próstata

A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga, com a função de produzir o líquido seminal que compõem parte do sêmen, nutrir e proteger os espermatozoides.

O aumento dessa glândula, a hiperplasia benigna da próstata, é uma doença comum no homem da terceira idade, que devido a sua localização, acaba por comprimir a uretra, causando dor, diminuição do jato de urina e hematúria.

A próstata aumentada comprime a uretra, dificultando a passagem da urina.

Os sintomas ajudam no diagnóstico precoce e acompanhamento da doença, que embora seja benigna, tem um risco baixo de evoluir para um câncer de próstata. Portanto, se sentir esses sintomas, procure um médico de família ou urologista para avaliação.

A sociedade de urologia indica o exame de próstata de rotina, com toque retal e exame de PSA no sangue, para todos os homens a partir dos 50 anos, ou 45 quando houver história da doença na família.

7. Câncer renal

O câncer renal pode causar aumento de hemácias na urina, dor na região entre as costelas e o quadril do lado direito ou esquerdo (flancos), pode levar a episódios de febre baixa sem causa aparente, perda de peso e inchaço abdominal.

Perceba que estes sinais e sintomas podem ser provocados por outras doenças. Por este motivo a mais indicado é procurar um médico de família, clínico geral ou nefrologista o mais rápido possível.

Além da história clínica, podem ser necessários exames como tomografia ou ressonância magnética. O tratamento pode consistir no uso radioterapia e/ou quimioterapia e/ou remoção do rim. Somente em uma consulta médica com avaliação de exames é possível definir o melhor tratamento.

Como tratar hemácias altas na urina?

O tratamento da hematúria (hemácias altas na urina) depende da sua causa. Por exemplo: se as hemácias na sua urina estão elevadas por causa de uma cistite, o tratamento será efetuado com uso de antibióticos.

Em alguns casos, como pedra nos rins, alterações na próstata ou mesmo o câncer renal, podem ser necessários tratamento medicamentoso e cirúrgico. O médico urologista é o responsável por tratar e acompanhar esses casos.

Hemácias na urina durante a gravidez é normal?

Não. Se você está grávida, não é normal urinar com sangue e nem apresentar hemácias altas no exame de urina.

As infecções urinárias como a cistite (infecção da bexiga) e uretrite (infecção da uretra) são comuns na gravidez devido ao aumento do trato urinário e ampliação do útero. Quando não são tratadas adequadamente estas infecções podem provocar hemácias altas na urina.

Se durante a gestação você perceber sangue na urina ou sentir sintomas como dor ou ardor ao fazer xixi, dor na virilha, náuseas, vômitos e fraqueza é importante aumentar a ingestão de água e procurar o seu ginecologista ou obstetra.

O médico avaliará se estes são sintomas da própria gravidez, como náuseas vômitos e fraqueza, ou se estão relacionados a doenças. É possível que você precise fazer exame de urina para identificar a causa da presença de hemácias.

Quando devo me preocupar?

É importante você buscar rapidamente um médico de família, clínico geral, urologista (para os homens), ginecologista (para as mulheres) ou nefrologista, se você sentir ou perceber:

  • Dificuldade para urinar
  • Dor ao urinar
  • Urina com odor desagradável
  • Incontinência urinária
  • Dor no baixo ventre
  • Suspensão ou redução da quantidade de urina
  • Dor lombar do lado direito ou esquerdo
  • Urina com sangue persistente, por mais de 48 horas
  • Febre
  • Vômito
  • Edema (inchaço) nas pernas
  • Pressão alta
  • Edema (inchaço) no abdome
  • Perda de peso

Estes sintomas indicam problemas das vias urinárias e/ou renais que precisam ser devidamente investigados e adequadamente tratados.

Se você perceber que a sua urina está avermelhada (hemácias na urina) ou qualquer outro sinal não se automedique. Procure um médico de família, clínico geral ou urologista.

Veja também:

Referências

Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde; Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

HPV tem cura definitiva?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, HPV não tem cura definitiva, já que não existe tratamento ou medicamento capaz de eliminar completamente o vírus do organismo.

O objetivo do tratamento é destruir as lesões (verrugas) através da aplicação de medicamentos locais, uso de medicação para estimular a imunidade, cauterização, laser, crioterapia (congelamento) ou remoção cirúrgica. Mesmo depois de tratado, o HPV volta a se manifestar em cerca de 25% dos casos.

O HPV é um vírus que se transmite pelo contato com uma pessoa contaminada. Assim que entra no corpo, o vírus se aloja nas várias camadas de células da pele ou mucosa, na região exposta.

Apesar do HPV permanecer no organismo e estar presente na maioria da população, muitas vezes não causa sintomas. Isso porque o sistema imunológico de grande parte das pessoas consegue combater eficazmente o vírus.

Leia também: Quais são os sintomas do HPV?

É importante lembrar que apesar de não ter cura, apenas uma pequena parte dos tipos de HPV (menos de 10%) pode causar câncer. Há centenas de tipos de HPV e somente cerca de 12 deles podem desencadear algum tipo de câncer no colo uterino, na boca, na garganta, no ânus, no pênis ou na vagina.

Existe tratamento para HPV?

O tratamento do HPV depende da localização e da extensão das lesões, podendo envolver uso de cremes e medicamentos à base de ácidos para aplicar no local, crioterapia (congelamento), cauterização (queimar), aplicação de laser ou ainda remoção através de cirurgia.

O tratamento mais comumente utilizado, que envolve a remoção das lesões da pele, não é capaz de eliminar completamente a presença do vírus, uma vez que não é possível detectar a sua presença dentro das células sem lesões.

Sendo assim, é comum que as lesões retornem após algum tempo, com a reativação do vírus causada por fatores emocionais, estresse e quedas de imunidade.

Algumas medicações mais modernas, chamadas de imunomoduladores, têm o objetivo de melhorar a imunidade e tentar eliminar os vírus, porém seu uso é restrito para casos muito específicos e tem uma série de efeitos colaterais.

Veja também: Qual é o tratamento para HPV?

O HPV pode permanecer silencioso, sem manifestar sintomas ou desenvolver câncer durante muitos anos, até décadas. Durante esse período, a infecção passa por diversas fases.

Se o HPV não tem cura, como prevenir?

O uso de preservativo em todo tipo de relação sexual é a melhor forma de prevenir não só a transmissão do HPV como de todas as outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). No entanto, a camisinha não é totalmente eficaz para evitar o contágio por HPV, já que a pele não recoberta pelo preservativo fica exposta.

Além, disso, não é necessário haver penetração para que a pessoa fique infectada pelo vírus. Basta passar a mão sobre o local da lesão já é suficiente para espalhar a doença para outras partes do corpo.

No caso das mulheres, além do uso de preservativos, é importante a realização do exame de rastreamento de câncer de colo de útero, quando indicado pelo/a médico/a. Existe ainda a vacina, que é essencial para proteger contra determinados tipos de HPV responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero e verrugas genitais.

Saiba mais sobre a vacina contra o HPV em: Como tomar a vacina contra HPV?

Mesmo os HPV que causam câncer têm tratamento na maioria dos casos. Contudo, é importante que a infecção seja diagnosticada precocemente para que as lesões pré-cancerígenas sejam tratadas antes de evoluírem para tumores malignos.

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