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O que pode causar paralisia facial?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Existem várias doenças e condições que podem causar paralisia facial periférica, embora na grande maioria dos casos ela não tenha uma causa aparente (Paralisia de Bell). Os traumatismos no nervo facial são a segunda causa mais comum de paralisia facial, ficando somente atrás da paralisia de Bell, considerada idiopática (causa desconhecida).

A paralisia de Bell representa entre 60% e 75% dos casos de paralisia facial, enquanto que os traumatismos no nervo craniano podem ser responsáveis por até 40% das paralisias faciais.

A Paralisia de Bell é uma paralisia facial com causa desconhecida. Inicialmente, todos os casos de paralisia do nervo facial eram chamados de Paralisia de Bell.

Porém, com a descoberta das causas da paralisia facial, apenas os quadros idiopáticos, ou seja, sem uma causa aparente, continuaram a ser chamados de Paralisia de Bell.

É importante lembrar que a origem da paralisia facial não está no cérebro mas no nervo facial, que, devido a traumas, infecções, doenças ou outra situação qualquer, deixa de funcionar adequadamente. O resultado é uma paralisia dos movimentos dos músculos da face.

Quais as outras causas de paralisia facial?

Qualquer doença ou condição que provoque algum distúrbio no nervo facial pode causar paralisia facial, tais como:

  • Diabetes, infecção pelo HIV, doença de Lyme;
  • Fraturas do osso temporal, lesões neurológicas durante ou a seguir ao parto;
  • Meningite meningocócica, tumores, traumatismos cranianos;
  • Otite média, herpes zoster, Síndrome de Ramsay Hunt;
  • Sarcoidose, eclâmpsia (neste caso, quem é afetado é o bebê);
  • Amiloidose, hanseníase, Síndrome de Guillain-Barré;
  • Leucemia, inflamações, lesões em vasos sanguíneos;
  • Poliomielite aguda, esclerose múltipla.
Quais os sinais e sintomas da paralisia facial?

A paralisia facial periférica caracteriza-se pelos seguintes sinais e sintomas:

  • Interrupção parcial ou total dos movimentos da face;
  • Alterações na secreção de saliva e lágrima;
  • Incapacidade de fechar completamente o olho do lado afetado;
  • Mudanças no paladar;
  • Alterações na sensibilidade do rosto;
  • Alterações auditivas;
  • Sensibilidade exacerbada aos sons;
  • Dificuldade para falar, mastigar, sugar, soprar, engolir e prender com os lábios;
  • Dor dentro ou ao redor do ouvido.

A paralisia provoca assimetria ou imobilidade da face, alterando a fisionomia da pessoa, com prejuízos funcionais e estéticos. Quando os impulsos nervosos estão completamente paralisados, a pessoa apresenta a boca caída e não consegue fechar o olho do lado afetado.

Nos primeiros dias, sobretudo nas primeiras 48 horas, os sintomas da paralisia facial podem piorar.

Paralisia facial tem cura? Qual é o tratamento?

A paralisia facial periférica (paralisia de Bell) tem cura. Na grande maioria dos casos de paralisia de Bell, a pessoa recupera os movimentos dos músculos faciais em até 3 semanas e fica completamente curada em 6 meses. Quando a cura da paralisia de Bell não ocorre após esse período, é necessário investigar uma possível causa para a paralisia facial.

Cerca de 70% das pessoas com paralisia de Bell recupera-se totalmente e aproximadamente 85% fica quase totalmente curada. Contudo, em 15% dos casos, a paralisia facial pode deixar sequelas, com lesões da córnea e disfunção permanente dos músculos da face.

Nos demais casos de paralisia facial, os sintomas tendem a melhorar depois de 2 a 3 meses.

Qual é o tratamento para paralisia facial?

O tratamento da paralisia facial é feito com medicamentos corticoides, fisioterapia, fonoaudiologia e exercícios específicos para estimular os músculos faciais.

Se os sintomas forem ligeiros, a paralisia facial pode não precisar de tratamento. Porém, é comum o uso de medicamentos corticoides para diminuir a inflamação e o inchaço do nervo facial. A fisioterapia também pode ser indicada.

Um dos corticoides usado para tratar a paralisia facial é a prednisolona 25 mg, administrada duas vezes ao dia, durante 10 dias.

O tratamento medicamentoso da paralisia facial periférica deve começar o quanto antes, no máximo 7 dias depois do início dos sintomas.

Também são usados medicamentos em forma de pomada ou gel para serem aplicados no olho e prevenir o ressecamento da córnea, uma vez que a pessoa não consegue fechar o olho completamente e apresenta diminuição da secreção de lágrima.

Dois dias após a ocorrência da paralisia facial, deve-se avaliar a função dos músculos do rosto e o fechamento do olho. A seguir, a pessoa deve ser avaliada uma vez por semana durante o primeiro mês, até que seja observada uma melhora do quadro.

O acompanhamento do paciente é feito com novas avaliações a cada duas a quatro semanas, dependendo da rapidez e do grau de recuperação.

O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da paralisia facial.

Zumbido no ouvido: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Zumbido no ouvido pode ser decorrente de diversas causas. Pode ser um sintoma de perda de audição, problemas no ouvido, doenças cardiovasculares ou endócrinas, como o diabetes, doenças odontológicas ou ainda ter como causa o uso de medicamentos e doenças neurológicas.

O que causa zumbido no ouvido?

As causas do zumbido no ouvido são muitas, mas já se sabe que a maioria dos casos é provocada por algum grau de perda auditiva. Além da perda auditiva, diferentes condições e doenças podem levar ao zumbido, entre as principais destacam-se:

  • Doença de Ménière;
  • Otosclerose;
  • Otite média;
  • Cerume impactado;
  • Traumatismo cervical;
  • Esclerose múltipla;
  • Neurinoma do acústico;
  • Meningite;
  • Sífilis;
  • Disfunção temporomandibular.

Existem vários fatores que contribuem para o aparecimento de zumbido, tais como:

  • Envelhecimento;
  • Estresse, ansiedade ou depressão;
  • Tabagismo ou consumo de bebida alcoólica;
  • Consumo excessivo de cafeína;
  • Uso de medicamentos, como alguns diuréticos e anti-inflamatórios;
  • Exposição constante a ruídos altos ou uso constante de fones de ouvido;
O que é o zumbido?

O zumbido é a sensação de um ruído, barulho ou chiado na cabeça ou nos ouvidos, cuja origem não é uma fonte de som externa. O zumbido é um sintoma e não uma doença em si.

Há casos em que o zumbido é ouvido pelo próprio médico durante o exame físico (zumbido objetivo). Contudo, esses casos são mais raros e têm origem em vasos sanguíneos ou músculos.

Já os zumbidos que são ouvidos apenas pela pessoa, normalmente são sintomas de problemas auditivos. A origem pode estar no ouvido, no nervo coclear ou na parte do cérebro responsável pelo processamento dos sons.

Apesar do zumbido ter diferentes origens, é a maneira como o cérebro o interpreta que torna a sensação incômoda. Toda vez que há alguma desordem na atividade neurológica do sistema auditivo, o que geralmente está associado à lesões no ouvido interno, o próprio sistema detecta um outro estímulo.

O novo estímulo é transmitido através do cérebro, até à região cerebral que interpreta os sons, sendo interpretado como um zumbido. Na maioria das pessoas, há uma habituação à sensação de zumbido.

Recomenda-se procurar um médico quando o zumbido for motivo de preocupação, vier acompanhado de outros sintomas ou ser pulsátil.

Qual é o tratamento para zumbido?

O zumbido no ouvido tem tratamento e ele incide sobre a causa do problema, sempre que for possível detectá-la. Se após a exclusão da origem do zumbido ele persistir, o objetivo do tratamento é reduzir a percepção do zumbido pelo sistema nervoso central.

O tratamento nesses casos geralmente é combinado, podendo envolver o médico clínico, otorrinolaringologista, neurologista ou psicólogo em algumas situações. O objetivo é promover uma adaptação neurofisiológica do organismo, de maneira que a pessoa “esqueça” o zumbido. Não se usam medicamentos para tratar o zumbido.

O zumbido no ouvido deve sempre ser avaliado por um médico de família ou clínico geral inicialmente, para que sejam descartadas doenças ou outros fatores que estejam associados a esse sintoma.

Em algumas situações, pode ser necessário fazer uma investigação mais aprofundada, com exames específicos para identificar a origem do zumbido, nesse caso o médico otorrinolaringologista deve ser consultado.

O diagnóstico precoce é muito importante para o sucesso do tratamento, por isso o paciente deve consultar um médico se o zumbido persistir.

CPK elevada: quais as causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

São várias as causas de CPK elevada, estando entre elas:

  • Miopatias (doenças musculares):
    • Esclerose Lateral Amiotrófica: Há um pequeno aumento nos níveis de CPK em pouco mais da metade dos casos;
    • Atrofia Muscular Espinhal: Pequena elevação em cerca de 30% dos casos;
    • Distrofia muscular de Duchenne: Os níveis de CPK podem estar 20 a 200 vezes acima do normal.
  • Exercício físico intenso (atletas, trabalhadores braçais). Após exercício físico, a CPK fica imediatamente elevada, podendo permanecer alterada por até 7 dias;
  •  Injeção intramuscular, acupuntura, eletromiografia de agulha;
  • Alcoolismo Crônico;
  • Traumas musculares;
  • Uso de medicamentos como estatinas, clofibrato;
  • Hipotireoidismo;
  • Hipertermia Maligna;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco);
  • Edema pulmonar;
  • Trabalho de parto.

A CPK (creatinofosfoquinase) é encontrada em concentrações relativamente altas nos tecidos do coração, músculo esquelético e cérebro. Depois de alguma isquemia, lesão ou inflamação muscular, a CPK é liberada na corrente sanguínea, deixando os seus níveis elevados.

O exame de CPK serve principalmente para diagnosticar lesões e doenças da musculatura esquelética, além de infarto agudo do miocárdio​.

O que pode acontecer com quem tem CPK alterado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CPK (creatinofosfoquinase) é uma enzima que desempenha um importante papel na regulação do metabolismo dos tecidos contráteis, como os músculos esquelético e cardíaco, sendo encontrada em elevadas concentrações nesses tecidos, assim como no cérebro.   Em casos de acidente vascular cerebral (AVC), infarto e edema pulmonar, infarto do miocárdio, trabalho de parto, atividade física intensa, acometimentos musculares (miopatias), quadros de hipotireoidismo, paciente em diálise ou na fase avançada da doença renal, a CPK fica com níveis elevados.

Já em situações de perda de massa muscular, doenças hepáticas alcoólicas, hepatites virais, doenças do tecido conjuntivo, artrite reumatoide, pacientes idosos, terapia com esteroides ou tamoxifeno, os níveis de CPK ficam diminuídos

O exame de CPK serve como marcador inicial de lesão cardíaca observada no infarto agudo do miocárdio e em algumas doenças da musculatura esquelética.   

Todo exame deve ser mostrado para o/a profissional que o solicitou para completar a avaliação. Um exame não deve ser interpretado isoladamente, pois sempre deve-se correlacionar com o quadro clínico e os sintoma que a pessoa apresenta.

Dúvidas sobre Amamentação e Anticoncepção. Posso engravidar amamentando?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico
1 - Estou amamentando, corro risco de engravidar?

Em teoria não, amamentar a cada 2 ou 3 horas regularmente confere a mulher um efeito anticoncepcional seguro, porém como as mamadas podem ser em intervalos maiores ou intervalos irregulares o ideal é associar um anticoncepcional especial para a amamentação.

2 - Estou amamentando e tomando anticoncepcional, corro risco de engravidar?

Não. Desde que tome todos os dias (mais ou menos) no mesmo horário e seu bebê está mamando com uma frequência regular (entre 2 ou 3 horas)

3 - Vou começar a tomar anticoncepcional, qual é o dia que devo começar?

Estando amamentando pode começar o anticoncepcional em qualquer dia independente da menstruação. Até porque a menstruação pode não vir ou vir de forma irregular enquanto estiver amamentando.

4 - Estou amamentando bem pouco, meu filho já está comendo e tomo Norestin (ou outro anticoncepcional), corro risco de engravidar?

Talvez. Os anticoncepcionais que as mulheres usam durante a amamentação são eficientes quando o bebê é pequeno e mama regularmente muitas vezes ao dia, precisa conversar com seu ginecologista sobre a sua anticoncepção. Na verdade atualmente alguns ginecologista receitam anticoncepcionais orais a base de progesterona mesmo para mulheres fora do período de amamentação, porém alguns não confiam nessa eficácia, eu sempre preso pela segurança, então todo cuidado é pouco.

5 - Como fica a menstruação amamentando e usando anticoncepcional?

Pode ficar sem menstruação, pode vir regularmente, assim como pode vir de forma irregular (várias vezes por mês ou demorar bem mais de 1 mês para descer.

6 - Posso tomar Contracep amamentando?

Sim. É seguro contra a gravidez e não seca o leite, pode continuar tomando mesmo depois que parar de amamentar.

7 - Estou amamentando, posso tomar a pílula do dia seguinte?

Não. As chances de gravidez na amamentação são pequenas e a pílula do dia seguinte pode até mesmo fazer você parar de produzir leite.

8 - Posso tomar Perlutan amamentando?

Não. Os anticoncepcionais que possuem estradiol na sua fórmula não são indicados para o período de amamentação.

Também pode lhe interessar:

Anticoncepcional durante a amamentação: o que e quando usar em segurança?

Fazer academia pode secar o leite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fazer academia não seca o leite, mas é importante que os exercícios sejam feitos de maneira gradativa, sob orientação e respeitando os limites de adaptação do corpo de cada mulher.

Além disso, é essencial que a mulher mantenha uma alimentação e hidratação adequadas. Isso porque a atividade física aumenta o gasto calórico do corpo, que já está queimando calorias a mais devido à amamentação.

Portanto, a mulher deve alimentar-se adequadamente, de forma balanceada e diversificada e preferir uma dieta fracionada, ou seja, alimentar-se a cada 3 horas em menor quantidade. Desta forma não haverá nenhum prejuízo a produção de leite e amamentação.

Além dos cuidados com a alimentação, é fundamental aumentar a ingestão de água para repor os líquidos perdidos na academia, a mulher deve ingerir de 1 a 2 litros a mais do que costuma, por conta da maior demanda hídrica na amamentação.

É válido lembrar que a atividade física intensa aumenta a concentração de ácido lático no corpo e pode alterar o sabor do leite materno, além disso, pode diminuir a quantidade de imunoglobulinas no leite que são benéficas para o bebê. Por isso, recomenda-se esperar de 30 a 60 minutos após o exercício para amamentar, de formar a manter a composição ideal do leite.

Se você está amamentando e pretende voltar ou começar a fazer academia, fale com o seu médico ou um educador físico.

Leia também: Quando a mulher que está amamentando engravida, o leite seca?

Qual o tratamento no caso de cisto sebáceo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento no caso de cisto sebáceo é cirúrgico e consiste na remoção do cisto e da sua cápsula, sendo a pele suturada a seguir. Se a cápsula ou um fragmento dela permanecer, o cisto sebáceo poderá voltar, daí o tratamento através da remoção cirúrgica do cisto e da sua cápsula ser o mais indicado.

Dependendo do tamanho, do tipo e da localização do cisto sebáceo, o tratamento pode ser realizado através de uma única incisão, com drenagem do conteúdo do cisto e destruição da sua cápsula com produtos cáusticos.

No entanto, um cisto de sebáceo geralmente não precisa de tratamento, a não ser que esteja infeccionado, inflamado ou causando um problema estético.

Cisto sebáceo

Cistos infectados normalmente são tratados através de drenagem e remoção da cápsula. Antibióticos e anti-inflamatórios podem ser indicados, de acordo com cada caso.

A drenagem do cisto sebáceo também pode ser feita através de laser. Nesse procedimento, é realizado um pequeno “furo” no cisto com o laser e o seu conteúdo é drenado. A cápsula que envolve o cisto geralmente é retirada depois de 1 mês.

Depois do cisto ser retirado, é indicada a aplicação de pomada com antibiótico para evitar infecções no local. A pomada deve ser usada até à completa cicatrização. Em alguns casos, podem ser indicadas pomadas específicas para ajudar na cicatrização.

Existe algum tratamento caseiro para cisto sebáceo?

Se o cisto sebáceo tiver menos de 1 cm, o tratamento pode ser feito através da aplicação de compressas quentes durante 15 a 30 minutos, 2 vezes ao dia, durante 10 dias.

Com isso, o cisto tende a diminuir gradualmente até desaparecer, embora possa retornar em alguns casos. Este método transforma o conteúdo do cisto num fluido oleoso que é mais facilmente reabsorvido pelo organismo.

É importante lembrar que nunca se deve espremer um cisto sebáceo, pois pode romper a sua cápsula e provocar uma infecção, além de abrir mais espaço para o cisto crescer.

O que é um cisto sebáceo?

O cisto sebáceo, também conhecido como cisto epidérmico, é um cisto benigno que surge na pele. Os cistos podem ter material líquido ou semilíquido no seu interior, como pus. Em geral, o cisto sebáceo surge no rosto, no pescoço ou no tronco.

Os cistos sebáceos crescem de forma lenta, mas podem causar incômodo se não receberem o tratamento adequado.

Quais as causas do cisto sebáceo?

O cisto sebáceo surge nas glândulas sebáceas, que produzem sebo, uma espécie de óleo que recobre a pele e os cabelos. Quando, por alguma razão (sobretudo traumas), o canal pelo qual sai o sebo fica obstruído, pode haver formação do cisto.

Os cistos sebáceos também podem ser causados por defeitos no desenvolvimento do canal da glândula sebácea, danos celulares durante cirurgias e problemas genéticos.

Quais os sintomas de um cisto sebáceo?

Em geral, o cisto sebáceo surge na pele do rosto, do pescoço e do tronco. O cisto costuma ser pequeno, mole e não causa dor ao toque. Porém, cistos maiores podem causar desconforto e dor.

O tratamento do cisto sebáceo deve ser efetuado pelo/a médico/a dermatologista.

Mulher com útero septado pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mulher com útero septado pode engravidar.

Útero septado é um útero com aparência normal externamente, mas que apresenta duas cavidades endometriais. Isso decorre de uma falha no desenvolvimento do septo durante o período embrionário, ou seja, é uma anormalidade congênita que a pessoa nasce com ela.

Mulheres com útero septado podem engravidar, porém, em geral, podem apresentar uma taxa maior de aborto espontâneo e parto prematuro. Em decorrência disso, mulheres com perda gestacional frequente podem se beneficiar com a cirurgia de ressecção do septo e de restabelecimento dos padrões anatômicos do útero.

Essa avaliação é feita pelo médico ginecologista.

Que exames devo fazer antes de entrar na academia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem muitas controversas sobre esse assunto, alguns grupos defendem a realização de exames complementares, enquanto outros referem que os benefícios nem sempre justificam os custos elevados, porém ainda não existe um consenso.

Atualmente, no Brasil, seguimos as orientações das Sociedades brasileiras de medicina do esporte e de cardiologia, baseados nos seguintes critérios:

1. Qual nível de atividade e intensidade pretende praticar,

2. História clínica (idade, fatores de risco, uso regular de medicamentos)

3. História familiar da pessoa (casos de cardiopatia, morte súbita e doenças cardiovascular).

No caso de adultos, em atividades recreativas, ou de leve a moderada intensidade, sem história de doenças prévias ou uso de medicamentos, sem queixas ou história familiar de cardiopatia, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico.

Nos casos de atividades mais intensas, história de tonteiras, síncope, dor no peito ou história familiar de cardiopatia e morte súbita, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico e 
  • Ecocardiograma com doppler. 

Nos casos de atletas e atividades profissionais, devem ser solicitados os exames:

  • Exame médico clínico
  • Exames laboratoriais (hemograma, glicose, uréia, creatinina, lipidograma, ácido úrico, hepatograma, exame de urina e de fezes)
  • Eletrocardiograma (ECG) 
  • Teste ergométrico
  • Teste Cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE).

O TCPE é o procedimento de escolha para avaliação mais precisa da condição clínica e limites que o atleta poderá alcançar. Auxilia inclusive na prescrição dos exercícios.

No caso de crianças e adolescentes, faixa etária entre 5 e 18 anos de idade, também existem controversas entre os custos e benefícios de realizar tantos exames, entretanto, na maioria dos casos, sem queixas ou história familiar de doença cardiovascular, basta apenas a realização de:

  • Exame médico clínico
  • ECG
  • Exames laboratoriais (Hemograma, eletroforese de hemácias, glicose, sódio, potássio, cloro, ferro, ferritina, perfil lipídico, sorologia para doenças de Chagas e exames de fezes).
  • Apenas no caso de alguma alteração, será recomendado dar seguimento a avaliação junto à equipe de cardiologia.

E nos casos de pacientes cardiopatas, é mandatória a avaliação criteriosa de cardiologista ou médico/a do esporte, para definir os exames que devem ser realizados e de quanto em quanto tempo.

Os exames têm o objetivo minimizar os riscos de complicações cardíacas durante uma atividade física. É fundamental a avaliação e realização dos exames antes de iniciar qualquer atividade.

O médico/a clínico/a geral, médico/a da família ou cardiologista podem realizar tanto a avaliação quanto a definição dos exames a serem solicitados em cada caso.

Gostaria de saber se tem vermes que andam no nosso corpo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existe um verme que percorre o corpo e deixa o seu rastro na pele, que é o "bicho geográfico", nome popular do Ancylostoma brasiliense ou  Ancylostoma caninum, causadores de uma doença chamada larva migrans cutânea.

A larva migrans cutânea recebe este nome porque as suas larvas penetram na pele e migram por baixo da mesma, deixando rastros pelo corpo.

Esse verme é comum em cães e gatos, podendo se instalar no homem e não chegar a completar o seu ciclo por este não ser um hospedeiro normal.

O bicho geográfico é transmitido pelo contato com o chão ou areia contaminados por fezes de cães ou gatos.

A larva migrans cutânea afeta sobretudo as áreas do corpo que entram em contato com o solo, como coxas, pernas, pés, mãos, antebraços e nádegas, causando erupções avermelhadas que coçam muito e podem também causar dor.

Além disso, o bicho geográfico pode causar distúrbios pulmonares, como tosse, falta de ar, e alergia, devido à liberação de substâncias tóxicas.

O tratamento da larva migrans cutânea é feito com medicamentos vermífugos aplicados no local sob a forma de pomadas ou administrados via oral.

Para saber realmente se existem vermes que andam pelo seu corpo, você deve consultar um/uma médico/a clínico/a geral para avaliação completa, realização de exames e orientação após os resultados. 

Saiba mais em: Quais são as doenças causadas por vermes?

Qual o tratamento para quem tem vermes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para quem tem vermes como oxiúros ou lombriga, por exemplo, é feito com medicamentos vermífugos específicos para o tipo de verme, como Albendazol, Tiabendazol, Mebendazol, entre outros.

Esses medicamentos matam os vermes que, na maioria dos casos, são eliminados do corpo juntamente com as fezes. 

Alguns tipos de verminoses com os respectivos medicamentos usados no tratamento:

  • ​Amebíase: Metronidazol, Secnidazol, Tinidazol;
  • Ancilostomose: Albendazol, Mebendazol, Pamoato de Pirantel;
  • Ascaridíase (lombriga): Albendazol, Mebendazol, Levamisol, Pamoato de Pirantel, Citrato de Piperazina, nos casos de obstrução intestinal;
  • Esquistossomose (barrida d'agua): Praziquantel e Oxamniquina;
  • Giardíase: Metronidazol, Secnidazol e Tinidazol;
  • Oxiurose: Pamoato de Pirantel, Mebendazol, Albendazol;
  • Teníase: Praziquantel, Niclosamida, Mebendazol, Albendazol.

Existe uma grande variedade de remédios para vermes, que devem ser administrados de acordo com o quandro clínico e o resultado do exame de fezes, avaliados pelo médico.

Leia também: O que fazer no caso de verme nas fezes?

Em caso de suspeita de verme, deve-se procurar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família.

Veja aqui quais são as doenças causadas por vermes.

O que fazer no caso de verme nas fezes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em caso de verme nas fezes é necessário tomar medicamentos vermífugos específicos para matar o parasita, que pode ser, provavelmente, um oxiúrus ou uma tênia (solitária). Depois de morto, o verme normalmente é eliminado juntamente com as fezes.

O oxiúrus é um verme que mede entre 1 e 2 cm e é semelhante a um pequeno fio de algodão. É mais comum em crianças e os seus principais sintomas são:

  • Coceira na região anal e vaginal;
  • Corrimento;
  • Enjoo;
  • Vômitos;
  • Tonturas;
  • Cólicas;
  • Sono agitado;
  • Pode ser visto nas fezes.

A oxiurose pode ser transmitida de 3 formas:

  • Direta: A pessoa leva o verme do ânus para a boca. Isso ocorre principalmente devido à coceira intensa na região anal, e o paciente, depois de coçar o local, não lava as mãos adequadamente;
  • Indireta: Os ovos do oxiúrus presentes nos alimentos, nas roupas ou ainda na poeira podem infectar uma pessoa;
  • Retroinfestação: Acontece quando as larvas do verme eclodem na região perianal e migram para o intestino grosso, onde se tornam oxiúrus adultos.

Já a teníase, a verminose provocada pela tênia, conhecida popularmente como "solitária", provoca sintomas como:

  • Dores abdominais;
  • Náuseas;
  • Fadiga;
  • Perda de peso;
  • Gases intestinais;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Muita fome ou perda de apetite;
  • Irritação;
  • Insônia;
  • Perda da produtividade no adulto ou atraso no desenvolvimento, no caso de crianças;
  • Pode haver pedaços do verme nas fezes.

Leia também: Quais os sintomas de vermes no corpo?

A solitária é transmitida pela ingestão de carne de porco ou de vaca/boi mal cozida.

O tratamento para verminoses é relativamente simples e inclui o uso de medicamentos orais. É muito importante consultar o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação pormenorizada e indicação do tratamento específico para o tipo de verminose identificada. Com isso, o/a médico/a fará a prescrição do medicamento mais apropriado para a sua situação.

Veja também:

Quais os sintomas de vermes no corpo?

Qual o tratamento para quem tem vermes?

Quais são as doenças causadas por vermes?