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Intolerância à lactose tem cura? Qual médico devo procurar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Intolerância à lactose não é propriamente uma doença, portanto sua cura é possibilitada a partir de uma reorientação alimentar.

A reorientação alimentar consiste na diminuição ou restrição da ingestão de leite e derivados (queijo, manteiga, iogurtes, leite condensado, creme de leite, etc) e alimentos que na sua produção contenha leite (bolo, sorvete, pão de queijo, etc) associada à substituição por alimentos com nutrientes e proteínas necessários no dia a dia.

Outra opção disponível no mercado é a enzima lactase (cápsula ou gotas) capaz de facilitar a absorção da lactose e, dessa forma, reduzir os sintomas provocados pela intolerância. Adicionada ao leite e após 24 horas de refrigeração na geladeira, a mistura pode ser usada para beber ou na fabricação de alimentos que utilizam leite na receita.

A nova dieta deve conter alimentos que ofereçam nutrientes como o cálcio e vitamina D que a pessoa deve ingerir diariamente.

O/a médico/a gastroenterologista bem como o/a clínico/a geral e médico/a de família são capazes de realizar o diagnóstico apropriado da intolerância à lactose e, juntamente com o/a nutricionista, orientar a dieta e alimentos que farão reduzir os sintomas e propiciar uma adequada qualidade de vida ao/a paciente.

Para mais informações:

Qual exame devo fazer para saber se tenho intolerância à lactose? Como é feito?

Qual exame devo fazer para saber se tenho intolerância à lactose? Como é feito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A intolerância à lactose é diagnosticada a partir da correlação dos sintomas e aspectos clínicos do/a paciente com alguns testes disponíveis.

O teste de intolerância à lactose avalia a capacidade de absorção da lactose pelo intestino. O/a paciente ingere, em jejum, um líquido que contém lactose. O nível de glicose no sangue é avaliado antes e depois da ingestão do líquido para comparar. Se não houver elevação da taxa de glicose no sangue, o teste é considerado positivo e a intolerância pode ser comprovada a depender da correlação dos sintomas clínicos.

Outro teste que pode ser feito é o teste do hidrogênio expirado. Nesse teste, o/a paciente também ingere, em jejum, a substância contendo lactose e, após algumas horas, é avaliada a taxa de hidrogênio na expiração. Quando ela é alta, indica que a lactose não está sendo adequadamente absorvida pelo organismo e, então, a possibilidade da intolerância à lactose é elevada.  

Outro teste menos utilizado é a medida da acidez nas fezes. Esse exame é realizado a partir das fezes recém eliminadas pela pessoa. Quando a acidez é elevada, há grande chance de ser devido à intolerância à lactose.

Esses exames podem ser solicitados após a avaliação clínica do/a gastroenterologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

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Quais são os sintomas de intolerância à lactose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas mais comuns da intolerância à lactose são:

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Gazes e flatulência;
  • Inchaço abdominal;
  • Vômitos ocasionalmente.

Os sintomas geralmente surgem após a ingestão de leite e derivados como queijo, sorvete, iogurte, leite condensado, manteiga, creme de leite, ou mesmo alimentos preparados a partir do leite como bolo, pão de queijo, etc.

A dor abdominal é em tipo cólica e geralmente localizada ao redor do umbigo e ou em baixo ventre. As fezes podem ser volumosas, aquosas e espumante. A pessoa pode sentir a barriga estufada e com gazes, aumentando assim a flatulência. Os vômitos são presentes mais na população adolescente.

É importante ressaltar que os sintomas de intolerância à lactose podem variar de pessoa a pessoa, de acordo com a dieta e padrão de funcionamento do intestino de cada indivíduo, além da presença ou ausência de doenças intestinais associadas.

Para mais informações:

Intolerância a lactose tem cura?

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Usar protetor solar vencido faz mal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Usar protetor solar vencido faz mal porque ele deixa de proteger a pele dos raios solares de forma eficaz, além de poder provocar irritações ou reações alérgicas. Recomenda-se não usar protetor solar vencido.

Cosméticos e produtos dermatológicos, como o protetor solar, fora do prazo de validade, perdem a eficácia dos seus componentes, deixando de fazer o efeito desejado de proteção da pele dos raios ultravioleta.

Os compostos presentes na sua formulação estão sujeitos à degradação e ao serem armazenados por um tempo maior do que o indicado na embalagem podem favorecer aparecimento de micro-organismos como fungos e bactérias. Essas substâncias alteradas podem causar dermatite, inchaço, bolhas e vermelhidão, além de lesão na córnea se forem utilizados perto dos olhos.

Esses compostos podem também sofrer oxidação devido ao contato com o ar, temperatura e  luminosidade. Uma vez oxidadas, as moléculas do produto se transformam e tornam-se irritantes e alergênicas.

O próprio fabricante deixa de dar garantias quanto a segurança do protetor solar, se este for utilizado fora do prazo. 

Por todas essas razões, o protetor solar não deve ser usado se estiver fora do prazo porque pode fazer mal a saúde. 

O que pode atrasar a menstruação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Além da gravidez, existem outras causas para um atraso da menstruação, tais como:

  • Exercícios físicos em excesso: A prática muito frequente de atividade física rigorosa pode não só atrasar a menstruação, como também interrompê-la por algum período de tempo. Isso ocorre devido ao elevado gasto energético do corpo com os exercícios.  Enquanto a atividade física moderada estimula a liberação de endorfina, que ajuda a regularizar a menstruação, os exercícios pesados favorecem o aumento da prolactina, um hormônio relacionado com a amamentação, o que provoca atrasos ou falhas na menstruação;
  • Dietas muito restritivas: A falta de ingestão de nutrientes essenciais em dietas muito restritivas levam o corpo a cortar funções que são menos vitais para se preservar, podendo então ir buscar esses nutrientes que estão em falta no sangue. Além disso, dietas muito restritivas podem alterar o sistema que regula o equilíbrio hormonal reprodutivo, provocando uma redução da ovulação e um aumento exagerado na produção de progesterona, inibindo a menstruação;
  • Estresse e ansiedade: Um estresse muito grande, como um acidente, a morte de alguém ou uma notícia muito ruim, pode inibir a ovulação e atrasar a menstruação. Mesmo um simples estresse mais prolongado já pode causar alterações no ciclo menstrual. Tanto o estresse como a ansiedade podem levar à ausência de menstruação causada por alterações hormonais;
  • Obesidade: A grande quantidade de gordura nos tecidos interfere na menstruação. Como os hormônios femininos são metabolizados e armazenados no tecido gorduroso do corpo, o excesso de gordura pode interferir no funcionamento da hipófise, que controla a ovulação, provocando alterações no ciclo menstrual;
  • Dormir pouco: Embora não seja uma causa frequente de atraso da menstruação, a privação do sono pode causar um desequilíbrio hormonal e alterar o ciclo menstrual, principalmente se vier acompanhada de estresse e ansiedade;
  • Doenças: O atraso ou a ausência de menstruação podem estar relacionados com problemas na tireoide, endometriose, ovários policísticos, entre outras doenças.

Caso note um atraso menstrual frequente consulte o seu médico de família ou ginecologista para que a causa seja devidamente diagnosticada.

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Reposição hormonal tem efeitos colaterais?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, tanto a reposição hormonal feminina como a reposição hormonal masculina podem trazer efeitos colaterais ou indesejados. Os riscos e os benefícios devem ser avaliados individualmente, de acordo com cada caso. 

Alguns dos possíveis efeitos colaterais da reposição hormonal feminina são:

  • Aumento do endométrio (membrana que recobre a parede interna do útero), que pode ser atenuado com o uso da progesterona;
  • Aumento dos níveis de triglicérides, quando se administra estrógeno por via oral;
  • Alguns tipos de progesterona podem causar retenção de líquidos e provocar um aumento da pressão arterial.

Já no caso da reposição hormonal masculina, os principais efeitos colaterais associados são:

  • Aumento do volume da próstata;
  • Piora do quadro de apneia do sono, quando o homem já apresenta esse distúrbio antes do início do tratamento.

Devido aos sérios danos à saúde que esses efeitos colaterais podem causar, a terapia de reposição hormonal deve ser sempre acompanhada pelo/a médico/a endocrinologista.

Quais os riscos da utilização do cytotec durante a gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O efeito principal do uso do Cytotec ( Misoprostol) durante a gravidez, seja por via oral, sublingual ou vaginal, é a possível interrupção da gravidez. A depender da idade gestacional em que a mulher se encontra, isso pode significar a indução do parto por via vaginal (parto normal) ou abortamento.

Quando usado no primeiro trimestre da gestação, pode provocar malformações congênitas no feto, como por exemplo, a Síndrome de Möebius, caracterizada por paralisia facial, micro-retrognatia e hipotonia axial.

Quando utilizado para indução de aborto ou trabalho de parto, pode ainda produzir efeitos colaterais dentre eles: calafrios, diarreia, náusea, vômitos, contrações uterinas em excesso, hiperestimulação uterina, hipertermia e eliminação de mecônio pelo feto.

Dentre todas essas situações, o uso da medicação durante a gravidez deve ser feito com indicação médica.

O que é Cytotec e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cytotec ® é o nome comercial do medicamento cujo composto farmacológico é o misoprostol, uma prostaglandina sintética. Pode ser usado por via oral, vaginal ou sublingual. Essa medicação inicialmente foi lançada no mercado para tratamento e prevenção de úlceras gástricas e duodenais.

Porém, posteriormente, foi observado que o Cytotec ® também possui efeito de dilatação do colo do útero da mulher e promoção de contrações uterinas, ou seja, um medicamento que facilita a expulsão do embrião e/ou feto.

Cytotec ® provoca aborto?

Dependendo da idade gestacional (mês da gravidez que a mulher se encontra), a dilatação do colo do útero pode significar uma indução ao trabalho de parto ou um aborto.

O misoprostol quando utilizado como método abortivo tem eficácia de até 95%.

Para que serve o Cytotec ®?

O misoprostol faz parte do grupo de medicamentos denominados antiácidos e antiulcerosos. Trata-se de um produto sintético idêntico à prostaglandina E1, uma substância que protege a parede interna do estômago. 

Assim, o Cytotec ® promove a mesma ação da prostaglandina produzida pelo organismo, ou seja, bloqueia a secreção de suco gástrico e induz a produção de muco. Dessa forma, o Cytotec ® protege a mucosa digestiva. 

O Cytotec ® é indicado para prevenir o aparecimento de úlceras gástricas ou duodenais, muitas vezes provocadas pelo uso de medicamentos anti-inflamatórios. Sabe-se que essa classe de medicamentos diminui a quantidade de prostaglandinas no estômago e no duodeno, o que pode causar úlceras.

No Brasil, por apresentar uma legislação restritiva, a medicação somente é disponível para indução de trabalho de parto ou abortamento (nos casos previstos pela lei) em hospitais e maternidades, devendo ser prescrito pelo/a médico/a ginecologista-obstetra. O remédio não é comercializado ao público geral.

Qual o tratamento no caso de gardnerella?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento da vaginose por Gardnerella vaginalis e Mobiluncus sp é feito principalmente com medicamentos derivados imidazólicos, como o metronidazol, e visa restabelecer o equilíbrio da flora vaginal através da redução do número de bactérias anaeróbias e um possível aumento dos Lactobacillus.

O medicamento mais indicado para tratar a gardnerella é o metronidazol administrado em doses de 500 mg - 2x ao dia ou 250 mg - 3x ao dia, durante 7 dias. A clindamicina na dose de 300mg 2x ao dia por 7 dias é outra opção de tratamento.

Outros antibióticos são menos efetivos e podem não resolver a infecção.

Em geral, o tratamento da vaginose por gardnerella em mulheres não atinge 100% de eficácia e mais de 50% das pacientes tratadas podem apresentar um novo caso, dentro de um ano.

O tratamento da gardnerella pode ser prescrito pelo/a médico/a clínico geral, médico/a de família ou ginecologista.

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Pneumonia é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Pneumonia pode ser contagiosa. Pneumonia é um termo genérico que se refere a uma infecção no tecido pulmonar. As pneumonias podem ser causadas por diversos agentes como bactérias, micobactérias, vírus, fungos, protozoários, entre outros, sendo frequente a associação entre mais de um agente, como bactéria + vírus. O agente causador está bastante relacionado com a idade do doente e com a região geográfica. Esses microrganismos, em geral, está circulando no ambiente e entramos em contato com eles diversas vezes sem desenvolver qualquer doença, porém, em dado momento de defesa prejudicada do organismo, a presença de um agente desses pode causar a pneumonia. E em alguns casos, as bactérias podem até existir previamente em algumas regiões do nosso corpo entrando no sistema respiratório em momento oportuno.

O contato com o microrganismo não significa ter pneumonia e, além disso, duas pessoas diferentes podem desenvolver doenças diferentes por um mesmo microrganismo.

Em geral, pneumonia bacteriana não é contagiosa, mas as pneumonias causadas por vírus e bactérias atípicas podem ser contagiosas, no sentido de eliminar esses microrganismos para o ambiente externo, podendo ser transmitidas entre pessoas que convivem num mesmo ambiente. Apesar da pneumonia viral ser contagiosa, o vírus raramente causa pneumonia nas outras pessoas, provocando geralmente apenas gripes e resfriados.

Veja também: Quais são os sintomas da pneumonia bacteriana e qual é o tratamento?

A tuberculose é um tipo de pneumonia causada por micobactéria bastante contagiosa. Adultos com a doença eliminam o bacilo para o ambiente através da tosse. Todas as pessoas que tiveram contato próximo com a pessoa com tuberculose antes do diagnóstico e tratamento devem ser investigadas para a presença da doença de acordo com a indicação médica. E o paciente com o diagnóstico deverá ficar isolado de contato próximo com outras pessoas até iniciar o tratamento.

Considerando que

a) muitas vezes não é possível saber com certeza o microrganismo causador da pneumonia e b) muitas vezes há mais de um microrganismo causador da pneumonia (por exemplo: bactéria + vírus), os pacientes com pneumonia devem evitar o contato direto com outras pessoas até melhora do quadro. Essa precaução se dá especialmente para com crianças, em especial as menores de 1 ano de idade, idosos e pacientes com outras doenças crônicas.

Tirar o gesso antes da hora faz mal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tirar o gesso antes da hora faz mal porque a fratura pode não estar totalmente consolidada, ou seja, o osso pode não ter "colado" totalmente e portanto não está preparado para receber cargas ou esforços considerados normais no dia-a-dia.

O papel do gesso no tratamento de uma fratura é manter o osso no lugar para que ele possa cicatrizar de forma adequada, de maneira que as duas extremidades da fratura estejam alinhadas. Caso contrário, o osso pode não "colar" adequadamente e formar deformidades ou falsas articulações.

Porém, ao contrário de todos os outros tecidos do corpo, que cicatrizam com tecido fibroso, o osso cicatriza com osso e essa cicatrização começa a acontecer assim que o osso é quebrado. Daí a importância em colocar o osso no lugar e engessá-lo o quanto antes.

Os ossos têm um tempo certo para consolidar quando são quebrados, dependendo das suas características, localização e do tipo de fratura:

  • Clavícula: 25 dias;
  • Úmero: 30 dias;
  • Antebraço (ulna ou rádio): 25 a 35 dias;
  • Metacarpos: 20 a 30 dias;
  • Falanges: 15 a 20 dias;
  • Fêmur: 4 a 6 meses;
  • Patela (após sutura): 1 mês;
  • Ambos os ossos da perna: 35 dias a 3 meses;
  • Extremidade superior da perna: 6 meses;
  • Tíbia: 30 a 40 dias;
  • Fíbula: 25 a 30 dias;
  • Tornozelo: 25 a 60 dias;
  • Metatarsos: 20 a 30 dias.

Portanto, tirar o gesso antes da hora não é recomendável. Cabe ao médico ortopedista definir o tempo que o paciente deverá permanecer com o gesso.

O que é cancro mole e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), altamente contagiosa, causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, que penetra na pele através de microlesões causadas pelo atrito sexual. Os sintomas surgem após um período de incubação de 4 a 10 dias, que pode chegar até 35 dias.

O cancro mole é transmitido através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção com uma pessoa infectada.

O cancro mole é mais comum nas regiões tropicais, sobretudo nas comunidades com maus hábitos de higiene. A prevalência em homens é muito superior que nas mulheres, na proporção de 20 homens para cada mulher.

Quais são os sintomas do cancro mole?

Os sintomas do cancro mole caracterizam-se por lesões tipo úlceras, de 1 a 2 cm, geralmente dolorosas, de borda irregular, com contornos inchados, vermelhos e fundo irregular, coberto por uma secreção (exsudato) amarelada, purulenta ou necrótica, de odor fétido. Quando esse exsudato é removido, nota-se um tecido de granulação que sangra com facilidade.

O sinal inicial do cancro mole é o aparecimento de uma ferida pequena com pus, que pode surgir isoladamente ou em grupo. Depois, a lesão fica úmida e causa muita dor, que irradia para outras partes do corpo e aumenta de intensidade. A seguir, aparecem outras lesões ao redor das primeiras.

Duas semanas depois do início dos sintomas, pode surgir um nódulo doloroso e avermelhado na virilha (íngua). Esse nódulo pode se abrir e libertar um pus de consistência espessa e coloração esverdeada, juntamente com sangue.

Os sinais e sintomas do cancro mole podem vir acompanhados de dor de cabeça, fraqueza e febre.

As lesões do cancro mole são parecidas com aftas e estão mais espalhadas que no herpes genital, em que as vesículas concentram-se numa área avermelhada. Quando as lesões do herpes genital são acompanhadas de candidíase, podem ser confundidas com cancro mole.

Sintomas de cancro mole no homem

O cancro mole no homem localiza-se geralmente no prepúcio, frênulo e sulco balanoprepucial (extremidade do pênis).

Lesões fora dos órgãos genitais não são muito frequentes. Dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, 30 a 50% dos pacientes homens apresentam "íngua" unilateral (em apenas um lado). A íngua surge na região inguinal (virilha), é extremamente dolorosa e tem evolução aguda, que culmina com o extravasamento de uma grande quantidade de pus.

Sintomas de cancro mole na mulher

Na mulher a infecção pode não manifestar sintomas. Quando surgem, as lesões localizam-se no ânus, na entrada da vagina e na face interna dos grandes lábios. Podem também surgir lesões com sintomas discretos no colo uterino e na parede vaginal.

Vale lembrar que, na mulher, mesmo quando a lesão não é visível, há dor durante a relação sexual e a evacuação.

Qual é o tratamento para cancro mole?

O tratamento do cancro mole é feito à base de antibióticos, além do uso de sabonetes, loções e higienização intensa do local. Durante o tratamento e até que a doença esteja completamente curada, a pessoa não deve ter relações sexuais.

A pessoa que está sendo tratada deve ser acompanhada até a resolução completa das lesões.

Pode ser indicada a aspiração dos linfonodos regionais acometidos, por meio de agulhas de grosso calibre, para aliviar a tensão nos mesmos. A retirada dos gânglios afetados ou a drenagem dos mesmos através de cortes é contraindicada.

O tratamento do cancro mole pode ser realizado gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde. A prevenção da doença é feita com uso de preservativos em todas as relações sexuais.