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É possível engravidar durante a amamentação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É possível engravidar durante a amamentação.

A amamentação pode funcionar como um método anticoncepcional apenas se a mulher estiver amamentando exclusivamente em livre demanda (ou seja, não está oferecendo outro tipo de leite para o bebê), nos primeiros seis meses e ainda não teve nenhuma menstruação depois do parto.

Se não acontecer essas 3 situações em conjunto, a mulher tem chance de engravidar mesmo amamentando.

Caso a mulher não queira uma nova gestação, ela deve conversar com seu/sua médico/a durante a gestação ou logo após o parto para orientar os métodos anticoncepcionais que podem ser usados durante a amamentação.

Leia também: Quando a mulher que está amamentando engravida, o leite seca?

Fazer sauna todos os dias faz mal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fazer sauna todos os dias pode fazer mal. A frequência mais indicada para fazer sauna é de 2 a 3 vezes por semana, durante 15 a 20 minutos, sendo que a temperatura máxima não deve ultrapassar os 75ºC.

Uma pessoa adulta pode perder cerca de meio litro de líquidos em 20 minutos de sauna. Portanto, permanecer por muito tempo na sauna ou fazer sauna diariamente pode provocar desidratação, levando a sintomas como tontura, sede, cãibras, dor de cabeça, entre outros distúrbios.

O principal benefício da sauna está no calor, que pode elevar a temperatura corporal até os 39ºC e acelerar as funções vitais do organismo, como aumento do metabolismo e vitalização da circulação. 

O calor provoca também uma dilatação periférica dos vasos sanguíneos, principalmente dos capilares dos membros superior e inferiores, além de dilatar os poros e favorecer a eliminação de toxinas.

Outro benefício da sauna, neste caso a úmida, é a fluidificação das vias aéreas, sendo especialmente indicada para pessoas que sofrem de sinusites.

Para maiores informações sobre os benefícios e eventuais malefícios da sauna, fale com o seu médico.

Quais as possíveis causas de sangramento durante a gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As causas do sangramento podem ser por lesão vaginal, do colo do útero ou da parte materna da placenta.

Sangramento vaginal pode acontecer em todas as fases da gestação. As causas do sangramento podem ser diferentes em cada uma:

Primeiro trimestre: implantação da gravidez, gravidez ectópica, ameaça de aborto, pólipo uterino ou infecção vaginal;

Segundo e Terceiro trimestre (menos comum): ruptura uterina, abortamento (antes das 20 semanas), descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou vasa prévia.

Em caso de algum sangramento durante qualquer momento da gestação, procure o/a obstetra, médico/a de família ou um serviço de emergência.

Prolactina alta: o que pode ser e qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A prolactina alta ou hiperprolactinemia é o aumento do hormônio prolactina no sangue que pode ter várias causas e com efeitos diferentes em homens e mulheres.

O aumento da produção de prolactina ocorre principalmente durante a amamentação, mas pode também ser causada por estresse e alguns fatores patológicos como prolactinoma (tumor benigno), distúrbios na hipófise ou no hipotálamo, estímulo dos mamilos, traumas ou lesões no tórax, hipotireoidismo, uso de medicação e insuficiência renal crônica.

As medicações que podem elevar a prolactina incluem: antipsicóticos (risperidona, clorpromazina, haloperidol), antidepressivos (clomipramina, amitriptilina), anti-hipertensivos (metildopa, reserpina, verapamil), antieméticos (domperidona, metoclopramida), analgésicos opioides (morfina).

Quais são os sintomas de prolactina alta?

A prolactina alta pode causar distúrbios menstruais (irregularidade menstrual, ausência de menstruação), infertilidade, hipogonadismo, disfunção erétil, diminuição da libido e galactorreia (saída de leite pelas mamas).

A prolactina é produzida pela glândula hipófise, localizada no cérebro. O aumento da produção do hormônio ocorre, em condições normais, durante a gravidez e após o parto. A hiperprolactinemia pode afetar homens e mulheres adultos em idade fértil.

Qual é o tratamento para prolactina alta?

O tratamento para prolactina alta dependerá da causa que provocou o aumento do hormônio e pode variar desde o uso de uma medicação específica para reduzir a produção da prolactina, radioterapia e até cirurgia para retirada do tumor.

Esse tratamento será avaliado pelo/a médico/a endocrinologista.

O que é CKMB e quais os valores de referência?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

CKMB é uma das 3 formas em que a enzima CK (creatinoquinase) é encontrada no sangue: CKMM, CKBB e CKMB. A isoenzima MB é um marcador utilizado na prática médica para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) e miocardites, pois está presente principalmente no músculo cardíaco. 

O valor de referência de CKMB é de até 5,0 ng/ml. Nos casos de lesão do músculo cardíaco, seus valores se elevam dentro de 3 a 8 horas da lesão, atingindo pico máximo em 24 h. 

Quando há suspeita de lesão aguda do miocárdio, a dosagem dessa enzima é feita por três vezes dentro das primeiras 12 h do início dos sintomas; no caso de os três exames estarem com valores dentro da normalidade, o infarto pode ser descartado.

A CKMB também apresenta papel fundamental no monitoramento da terapia trombolítica (tratamento com anti coagulação para casos de Acidente vascular cerebral (AVC) e IAM. 

O médico que solicitou o exame é o responsável por analisar o seu resultado e passar as devidas orientações ao paciente que foi submetido ao exame.

Risperidona: para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A risperidona é um antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia, psicoses agudas e crônicas, transtorno bipolar, irritações decorrentes do autismo, estresse pós traumático e outros distúrbios psiquiátricos. A risperidona também tem efeitos positivos sobre a ansiedade, o estresse e as alterações mentais causadas por esses transtornos.

A risperidona serve, portanto, para tratar psicoses em geral, atuando sobre diversos transtornos, como confusão mental, alucinações, delírios, excesso de desconfiança, isolamento social, timidez excessiva, entre outros.

A risperidona também é utilizada no controle de transtornos do comportamento, como agressões físicas e verbais, excesso de desconfiança e agitação.

A risperidona é indicada ainda para pessoas com mania, cujos sintomas incluem humor muito expansivo ou irritável, excesso de autoestima, pouca necessidade de sono, pensamentos acelerados, diminuição da atenção, concentração ou capacidade de julgamento, atitudes inadequadas ou agressivas.

Em crianças e adolescentes com autismo, a risperidona pode ser utilizada para tratar a irritabilidade relacionada ao transtorno autista, como agressões, autoagressão, surtos de raiva e angústia, além de mudanças bruscas de humor.

O uso do medicamento é indicado para casos agudos (início súbito) e crônicos (longa duração).

Mesmo depois de uma melhoria dos sintomas, a risperidona costuma ser mantida para controlar os transtornos e evitar recaídas.

Quais são as contraindicações da risperidona?

A risperidona é contraindicada para pessoas alérgicas ao medicamento ou a alguma substância da sua fórmula. Em caso de alergia, pode haver erupções na pele, coceira, respiração curta ou inchaço no rosto. Na presença dessas manifestações, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser contactado/a imediatamente ou a pessoa deve se dirigir a um serviço de urgência.

Essa medicação é um antipsicótico atípico ou de segunda geração que comparado aos de primeira geração tem menos efeitos adversos. Por outro lado, a nova classe de medicação tem outros efeitos também indesejados e um valor comercial mais elevado.

A risperidona é uma medicação que precisa ser acompanhada de perto, com possíveis ajustes de dose e suspensão temporária em alguns casos. Não tome medicação sem indicação médica. Converse com o/a médico/a psiquiatra para tirar suas dúvidas.

CKMB elevada: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

CKMB elevada pode ser sinal de lesão no miocárdio (músculo cardíaco) ou insuficiência renal crônica. No infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), os valores sanguíneos de CKMB ficam elevados após 3-6 horas do início dos sintomas, com picos entre 12-24 horas, retornando a valores basais após 24-48 horas.

Nas doenças crônicas do coração e na insuficiência renal crônica, a CKMB não apresenta uma elevação e queda típica, como no infarto do miocárdio, mas mantém-se relativamente estável por vários dias.

Uma outra condição que pode deixar a CKMB elevada é o esforço respiratório agudo devido a agravamento de doença pulmonar, uma vez que os músculos respiratórios possuem mais CKMB do que a maior parte dos músculos.

A CKMB pode estar elevada em até 5% dos pacientes que fazem diálise e não apresentam evidências de infarto (isquemia miocárdica).

A CKMB é encontrada no músculo cardíaco e no músculo estriado esquelético, tendo um papel bem estabelecido na confirmação do infarto agudo do miocárdio e no monitoramento de terapia trombolítica.

Leia também:

O que é CKMB e quais os valores de referência?

Quais os efeitos secundários da risperidona?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos secundários da risperidona são:

  • Ganho de peso;
  • Sedação;
  • Hipotensão;
  • Aumento da prolactina e
  • Inquietação motora.

Outros efeitos comuns são: aumento do apetite; sonolência, insônia, dor de cabeça, ansiedade, tonturas; náusea, dor abdominal, constipação; incontinência urinária; tremores; febre, tosse.

É possível ter outros efeitos secundários que são bem menos comuns: letargia, agitação, vermelhidão, secura e coceira na pele, acne, aumento da sede, diminuição da libido, distúrbios menstruais, aumento das mamas, disfunção erétil, infecção urinária, sangramento nasal, entre outros.

Se você está usando risperidona, observe possíveis efeitos secundários e converse com o/a médico/a que prescreveu a medicação.

Íngua no pescoço: qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para íngua no pescoço vai depender essencialmente da sua causa, o que pode ser desde pequenas inflamações locais a doenças graves, como o câncer.

A íngua é um sinal de inflamação nas glândulas. Esse processo de aumentar a glândula é um mecanismo de defesa do nosso organismo para combater agentes agressores e possíveis infecções.  

Casos em que as ínguas no pescoço são causadas por pequenos processos inflamatórios e reativos, situação comum em crianças, muitas vezes não necessitam de tratamento. 

É comum aparecer íngua no pescoço quando há alguma infecção localizada próxima do pescoço (na garganta, no ouvido, nos dentes, etc).

Na realidade, na maioria dos casos, os nódulos ou ínguas no pescoço são sintomas de alguma doença, que pode ou não necessitar de tratamento. Se for uma infecção, por exemplo, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado o mais brevemente possível, para evitar complicações ou a propagação da infecção.

No caso do bócio na tireoide, outra causa de íngua no pescoço, o tratamento inclui medicamentos e/ou cirurgia para removê-lo. Casos em que os nódulos no pescoço são provocados por um tumor benigno, também podem necessitar de remoção cirúrgica.

Doenças malignas como linfoma, câncer de boca, laringe, faringe e esôfago, também podem se manifestar sob a forma de íngua no pescoço e, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de cura.

A íngua no pescoço, em adultos e crianças, deve ser examinada pelo/a médico/a de família ou clínico/a geral o quanto antes, para evitar possíveis complicações e para que a causa seja devidamente diagnostica e tratada.

Leia também: O que é adenite e o que pode causá-las?

Como ocorre a transmissão da sífilis?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão da sífilis ocorre através de relação sexual sem proteção com uma pessoa infectada, podendo também ser transmitida para o bebê durante a gestação ou no momento do parto. A sífilis não é transmitida pelo uso de talheres, roupas compartilhadas ou vaso sanitário.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão sexual ocorre devido ao contato com as lesões genitais da pessoa infectada durante o sexo vaginal, anal ou oral.

Mulheres com sífilis que engravidam ou adquirem a infecção durante a gravidez e não fazem o tratamento adequado, podem transmitir a sífilis para o feto durante a gestação ou no ato do parto, causando assim a sífilis congênita.

A sífilis congênita pode provocar malformações, morte fetal e aborto espontâneo. A maioria dos sintomas se manifesta logo nos primeiros meses de vida do bebê, podendo incluir pneumonia, feridas no corpo, perda de audição e visão, problemas ósseos e comprometimento neurológico.

O uso correto do preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais é uma medida importante para prevenir a transmissão da sífilis. A infecção também é facilmente tratada, principalmente no início das lesões.

É importante lembrar que a sífilis pode se manifestar de formas diferentes (sífilis primária, secundária, latente e terciária), sendo que nas fases primária e secundária, o risco de transmitir a infecção é maior. As feridas nem sempre estão facilmente visíveis, podendo estar localizadas na vagina, pênis, ânus ou boca.

Caso você apresente alguma lesão genital ou tenha tido relações sexuais desprotegidas, procure um/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Diarreia: o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A pessoa que está com diarreia deve preocupar-se em aumentar a hidratação, evitar comidas gordurosas e comer em pequenas quantidades. Em alguns casos de diarreia, pode ser necessário tomar soro por via venosa.

Com o aumento da frequência das evacuações, a pessoa perde muito líquido e pode ficar desidratada.

Por isso, quem está com diarreia deve tomar o soro de reidratação oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) ou vendido nas farmácias.

Deve-se evitar tomar remédios que cortam a diarreia. Antibióticos são indicados apenas em raros casos e com prescrição médica.

O que comer em caso de diarreia?

As comidas gordurosas e derivados de leite devem ser evitados até o funcionamento do intestino voltar ao normal.

Uma boa opção de alimentos pode ser: batata, arroz, macarrão, aveia, bolacha de água e sal, banana e sopa de legumes. Cozinhe os ovos antes de comer e evite comer carne crua.

Frutas, saladas, alimentos fritos, embutidos e carnes gordurosas devem ser evitados, assim como leite, café, sucos de frutas e bebidas alcoólicas.

É importante sempre lavar as mãos com água e sabão após as evacuações e antes das refeições, bem como lavar frutas e legumes antes de comer.

Há algum remédio caseiro para diarreia?

Quem está com diarreia deve tomar o soro de reidratação oferecido gratuitamente nas unidades de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) ou vendido nas farmácias.

Porém, até adquirir o soro, existe a opção de fazer um soro caseiro, pois é uma forma de hidratar e repor os sais minerais perdidos com a diarreia.

Como fazer soro caseiro para diarreia

1. Adicione 2 colheres (sopa) de açúcar e 1 colher (café) de sal em 1 litro de água filtrada ou fervida. 2. Misture bem; 3. Beba 1 copo de soro caseiro (250 ml) de soro caseiro sempre após as evacuações.

Caso a diarreia se prolongue mais de 2 dias com febre ou presença de sangue nas fezes, procure um serviço de saúde.

Saiba mais em:

Quais as causas mais comuns de diarreia?

O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Quais as causas e sintomas do pólipo uterino?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A causa do pólipo uterino, ou endometrial, é hormonal. Nas mulheres em idade fértil, há duas hipóteses para o seu desenvolvimento: seria o resultado da ação do estrógeno, que induziria algumas células do endométrio a proliferar mais, ou consequência do decréscimo nos receptores de estrógeno e progesterona no endométrio.

Após a menopausa, não estão associados com altos níveis de estrógenos, porque o endométrio adjacente é atrófico. Os receptores de estrógenos e progesterona estão presentes em maior quantidade no epitélio glandular dos pólipos que no endométrio adjacente nesse período, sugerindo que esses receptores representam importante papel na fisiopatologia dos pólipos endometriais na pós-menopausa.

O risco de transformação maligna é pequeno e varia de 0,5 a 3%.

Na pós-menopausa, 70 a 75% das pacientes com pólipo endometrial são assintomáticas, tendo como único achado ocasional um espessamento endometrial, geralmente focal, à ultra-sonografia transvaginal. Quando sintomáticas, a manifestação clínica mais comum é o sangramento uterino anormal.

O diagnóstico de pólipo endometrial, na fase reprodutiva,  é feito na maioria das vezes em pacientes sintomáticas, com sangramento uterino anormal, ou em pacientes inférteis submetidas à histeroscopia diagnóstica.

Veja também: Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Os pólipos cervicais também podem causar sinusorragia (sangramento nas relações sexuais), sangramento intermenstrual ou metrorragia (sangramentos fora do ciclo menstrual).

Se houver espessamento endometrial (maior ou igual a 5 milímetros) no período pós-menopausa ou imagem focal hiperecogênica em mulheres sintomáticas no período reprodutivo, a hipótese diagnóstica de pólipo endometrial pode ser aventada.

Em caso de suspeita de pólipos uterinos, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.