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Qual o tratamento para cianose?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento da cianose deverá ser direcionado à doença que a causou. Sendo assim, listo abaixo alguns tratamentos, conforme a causa. Em algumas doenças, poderá ser necessário o uso de oxigênio domiciliar.

  • Doenças cardíacas: se a causa for uma malformação do coração, seja congênita ou adquirida, poderá ser necessária uma cirurgia cardíaca para correção. Em alguns casos, pode ser tentado o tratamento com drogas sistêmicas.
  • Doenças pulmonares: pode ser necessário o uso de drogas inaladas, para dilatar os brônquios, permitindo a maior entrada de oxigênio. No caso de doenças infecciosas, como pneumonia, é necessário o uso de antibióticos.
  • Doenças circulatórias: em quadros agudos, quando a pressão sanguínea não é suficiente para permitir que os tecidos recebam oxigênio, pode ser necessário o uso de drogas intravenosas, além de transfusão sanguínea. Em casos de obstrução arterial, pode ser necessária correção cirúrgica, ou uso de drogas para dilatar os vasos.
  • Intoxicações: há antídotos para correção da cianose causada por drogas. Um exemplo é o uso do azul de metileno em intoxicações por dapsona.
  • Doenças hematológicas: a anemia falciforme não tem cura. Pode ser necessário o uso de hidroxiuréia para controle de crises agudas. O seguimento deve ser feito pelo médico hematologista.

O tratamento deverá ser instituído após o correto diagnóstico da doença que levou à cianose. Em quadros agudos, deverá ser feito em hospitais, muitas vezes necessitando internação.

Qual a dieta ou tratamento para quem tem diverticulose?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os pacientes com diverticulose sem sintomas não precisam de nenhum tratamento. Contudo, é indicada dieta com mais fibras. Com isso há aumento no volume e densidade das fezes, o que teoricamente diminuiria o risco de obstrução ou formação de novos divertículos e preveniria complicações, como a diverticulite.

Uma diverticulite leve, sem sinais de gravidade, pode ser tratada em casa, associando uma dieta leve e líquida à prescrição de antibióticos e analgésicos. Em geral, em 72 horas, 80% desses casos evoluem para cura.

Em casos mais graves, com febre alta, dor abdominal muito forte e dificuldade para se alimentar, a hospitalização e o uso de antibióticos por via venosa faz-se necessária. Uma possibilidade para os casos mais graves é o tratamento cirúrgico, que consiste na retirada da parte do intestino comprometida pelos divertículos ou na drenagem dos abscessos através de punção transcutânea, se eles forem pequenos.

Recomendações:

  • Inclua preferencialmente alimentos com alto teor de fibras na sua dieta habitual, como frutas, vegetais, cereais integrais e grãos;
  • Beba pelo menos dois litros de líquido por dia para facilitar a formação do bolo fecal;
  • Não tome laxantes por conta própria;
  • Pratique atividade física, pois ela é fundamental para o trânsito intestinal.

Em caso de suspeita de diverticulose, um médico (preferencialmente um gastroenterologista ou proctologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

O que é cianose e quais são as causas?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Cianose é a coloração azulada da pele ou das mucosas, mais comum de ocorrer na extremidade dos dedos e nos lábios e é causada quando os tecidos não recebem a quantidade adequada de oxigênio. 

Pode ser central, quando o sangue que deveria vir bem oxigenado dos pulmões, chega com pouco oxigênio aos tecidos e que ocorre em algumas doenças do pulmão ou do coração.

Na cianose periférica, o sangue é oxigenado adequadamente nos pulmões, mas há lentificação local da circulação, o que não permite que o sangue chegue oxigenado nos tecidos. 

Pode acontecer quando o corpo é exposto a baixas temperaturas ou altas altitudes, ou em algumas doenças auto-imunes, quando ocorre o fenômeno de Raynaud.

Existem diversas causas para cianose, que são listadas abaixo:

  • doenças cardíacas: podem ser congênitas ou adquiridas. As doenças cardíacas congênitas, como a tetralogia de Fallot, são causadas por malformações do coração, que não permitem que os pulmões recebam o sangue para oxigená-lo, ou que permitem a mistura do sangue venoso com o arterial. São diagnosticadas logo após o nascimento, pela presença de sopros, cianose ou falta de ar. As causas adquiridas podem ser várias, como o infarto do miocárdio, que pode deixar como sequela um pertuito entre as câmaras cardíacas, que permite a mistura do sangue arterial com o venoso. O diagnóstico é feito pela presença de cianose, sopro, falta de ar e alteração no ecocardiograma.
  • doenças pulmonares: os pulmões são incapazes de oxigenar o sangue. Pode acontecer, por exemplo, no enfisema pulmonar, na fibrose cística e nas pneumonias extensas.
  • doenças circulatórias: quando o sangue é oxigenado nos pulmões, mas não chega aos tecidos. Pode ocorrer, por exemplo, no choque hemorrágico ou séptico, nas obstruções arteriais ou na doença de Raynaud.
  • doenças hematológicas: como a anemia falciforme, em que a baixa disponibilidade de hemoglobina carreadora do oxigênio é a responsável pela cianose.
  • intoxicações: por exemplo, após o uso de sulfas, como a dapsona. Em algumas pessoas, pode acontecer o acúmulo de metahemoglobina, que não é eficaz em transportar o oxigênio do sangue aos tecidos.
  • falta de oxigênio no ar inspirado: ocorre quando estamos em locais em que o ar é rarefeito, como nas grandes altitudes.

Caso você apresente cianose persistente, deve procurar um médico clínico geral para avaliação imediata.

O que é fosfatase alcalina?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A fosfatase alcalina é uma enzima presente nas membranas de revestimento dos canalículos biliares (canalicular). Tem como uma de suas funções remover grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes, incluindo proteínas, nucleotídeos e alcalóides; como o próprio nome sugere, essa enzima é mais ativa em soluções alcalinas. O processo de remoção desses grupos fosfatos é conhecido como desfosforilação. Produzida por vários órgãos e tecidos, como o fígado, ossos, intestinos e até placenta, por exemplo, a fosfatase alcalina é encontrada normalmente no sangue de pessoas sadias.

Sua dosagem é geralmente utilizada para o diagnóstico de doenças hepáticas, pois o aumento de seus níveis pode indicar lesão hepática canalicular (colestase, hepatite, etc). A fosfatase alcalina também pode aumentar sempre que aumenta a atividade das células ósseas (por exemplo, durante o período de crescimento ou depois de uma fratura) ou como resultado de doenças ósseas, que incluem a osteomalacia, o câncer ósseo, e a doença de Paget.

A dosagem de fosfatase alcalina é feita no sangue. Ela possui duas isoenzimas: uma de origem hepática que avalia de maneira significativa os casos de obstrução biliar e outra de origem óssea que avalia as doenças que afetam a atividade osteoblástica.

Para a realização do exame, o paciente deve estar preferencialmente de jejum de quatro horas, evitar ingestão de álcool 72 horas antes do exame e manter o uso de remédios apenas se não puderem ser interrompidos.

Os valores de referência são os seguintes:

(observação: lembre-se que os valores de referência podem variar dependendo do método e dos reagentes usados. Logo, esses valores devem estar citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais de forma clara).

Faixa etária Masculino (U/L) Feminino (U/L)  Ambos os sexos
Recém-nascido -- -- 150 a 600
6 meses a 9 anos -- -- 250 a 900
10 a 11 anos 250 a 730 250 a 950 --
12 a 13 anos 275 a 875 200 a 730 --
14 a 15 anos  170 a 970  170 a 460 --
16 a 18 anos  125 a 720  75 a 270 --
Acima de 18 anos -- -- 50 a 250

Existe uma variedade de métodos usados para determinar a atividade da fosfatase alcalina. Esta variedade dificulta a comparação de resultados entre os diferentes laboratórios e os mencionados pela literatura.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral.  

Quais as possíveis consequências da hiperglicemia? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

A hiperglicemia raramente leva a sintomas agudamente, embora algumas vezes possa causar turvação visual, aumento da sede, aumento do volume de urina e emagrecimento, porém mais a longo prazo. Um estado hiperglicêmico crônico pode levar a diversas consequências:

  • cegueira (sequela da retinopatia diabética);
  • infarto do miocárdio e derrame cerebral;
  • pé diabético, às vezes com necessidade de amputação do membro;
  • impotência sexual;
  • insuficiência renal, podendo ser necessária hemodiálise;
  • neuropatia.

Quem tem um diagnóstico de diabetes (principal causa de hiperglicemia) deve mudar radicalmente certos hábitos, e por toda a vida, pois a doença não tem cura. Apenas um equilíbrio perfeito entre dieta, exercícios e medicamentos é capaz de manter a glicemia no nível adequado e evitar as temidas complicações.

A hiperglicemia, na fase aguda e naqueles pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1, deverá ser tratada com o uso de insulina. Atualmente, há diversos tipos de insulina, sendo que, é habitualmente utilizada uma insulina "basal", aplicada de uma a três vezes ao dia, associada a bôlus de outro tipo de insulina, de ação mais rápida, antes das refeições.

Os doentes com diabetes do tipo 2 normalmente produzem insulina e a grande maioria continua a produzir pelo resto da vida. Estima-se que apenas 25% desses indivíduos precisam de doses extras.

Por isso, o início do tratamento normalmente consiste em dieta e exercícios. Se necessário, o médico pode prescrever antidiabéticos orais, comprimidos que aumentam a secreção de insulina ou reduzem a resistência à sua ação.

Atualmente há diversos antidiabéticos orais disponíveis, que podem ser associados para um melhor controle da glicemia.

Na gestação, a hiperglicemia é muito perigosa, pois pode causar alterações no feto, tais como: excesso de peso, levando a um parto de risco, problemas respiratórios, hipoglicemia, icterícia e deficiência de cálcio. Na gestação, o controle da hiperglicemia é feito com dieta e atividade física e algumas vezes será necessário o uso de insulina.

Na presença de hiperglicemia, consulte um médico clínico geral ou endocrinologista para seguimento.

Para que servem os exames de TGO e TGP?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os exames de TGO e TGP têm como utilidade o diagnóstico de doenças do sistema hepatobiliar (fígado e vesícula biliar), além de colaborar com a identificação de doenças do pâncreas, infarto de miocárdio e doenças musculares, como as miopatias e exercício físico intenso.

Sempre que uma célula que contenha TGO ou TGP sofre uma lesão, essas enzimas escapam para o sangue, aumentando a sua concentração sanguínea. Deste modo, lesões em tecidos ricos nestas enzimas, como o coração (infarto do miocárdio); fígado (hepatites), ou lesões musculares, causam um aumento dos níveis sanguíneos de TGO e TGP.

As duas enzimas surgem em quantidades bastante semelhantes nas células do fígado, por isso, as doenças hepáticas comuns, como a esteatose hepática, desencadeia um aumento nos níveis tanto da TGO quanto da TGP.

Exame de TGO, para que serve?

A TGO (transaminase glutâmico-oxalacética), também chamada AST (aspartato aminotransferase), é uma enzima encontrada em diversas células do nosso corpo, como, por exemplo, no fígado, coração, músculos, rins e cérebro.

Sendo assim, o exame é indicado para investigar problemas como:

  • Hepatite alcoólica
  • Cirrose
  • Infarto Agudo do coração (IAM)
  • Doenças musculares (miopatia, exercício físico extenuante, trauma)
  • Doença de Wilson
  • Problemas na tireoide.
Qual o valor normal de TGO (AST)?

O valor de referência, considerado normal de TGO no sangue pode variar de acordo com o método de análise nos laboratórios, porém em geral é de: 5 a 40 U/L.

Exame de TGP, para que serve?

A TGP (transaminase glutâmico-pirúvica), também chamada ALT (alanina aminotransferase), é uma enzima presente quase que exclusivamente nas células do fígado. Portanto, o seu aumento sugere o comprometimento neste órgão, como por exemplo:

  • Hepatite viral
  • Hepatite crônica
  • Hepatite autoimune
  • Hepatite medicamentosa (p.ex.: aas, paracetamol, entre outros)
  • Doenças genéticas que comprometem o fígado, como a Doença de Wilson, Hemocromatose e Deficiência de alta-1 antitripsina.

Têm como utilidade ainda, diferenciar doenças hepáticas de doenças no pâncreas, colaborar com a identificação de infarto de miocárdio e problemas musculares, visto que nessas situações, a enzima aumento menos em comparação a TGO.

Qual o valor normal de TGP(ALT)?

O valor de referência, considerado normal de TGP no sangue pode variar de acordo com o método de análise nos laboratórios, porém em geral é de: 7 a 56 U/L.

Pode lhe interessar também, os artigos:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Lawrence S Friedman, et al.; Approach to the patient with abnormal liver biochemical and function tests. UpToDate, Jun 10, 2020.

O que é o exame T3?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O exame T3 é a dosagem de um hormônio produzido pela glândula tireoide, conhecido como tri-iodotironina.

É um exame útil na avaliação da função tireoidiana. Em condições normais, o T3 representa cerca de 5% dos hormônios da tireoide que estão no plasma sanguíneo. Apesar de estar em baixas concentrações, o T3 tem uma atividade metabólica intrínseca mais elevada, assim como uma taxa de síntese e degradação mais rápidas e maior volume de distribuição que o T4.

Existem algumas indicações para a solicitação deste exame: pessoas com TSH (o hormônio que estimula a produção de T3 e T4) diminuído e T4 total ou livre nos valores de referência. O teste é muito importante para identificar o hipertireoidismo, particularmente a tireotoxicose.

Os níveis séricos de T3 estão reduzidos no caso de doenças crônicas não tireoidianas e são influenciados pela condição nutricional de cada indivíduo.

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral ou endocrinologista.

Como identificar os transtornos de ansiedade e qual o médico que trata?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas dos transtornos de ansiedade variam conforme o tipo de transtorno. São 4 tipos principais: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno de ansiedade generalizada.

É preciso diferenciar entre cada um destes no momento do diagnóstico para que possa ser orientada a terapêutica adequada.

1. Se for transtorno do pânico

Os sintomas desse transtorno de ansiedade geralmente ocorrem em locais abertos (agorafobia), especialmente quando a pessoa está sozinha.

Suas principais manifestações incluem sensação de sufocação (geralmente acompanhada de sensação de morte iminente), aumento da frequência cardíaca e respiratória, tontura, aumento da transpiração, tremores, sensação de perda do controle ou de "estar enlouquecendo" e ainda distúrbios gastrointestinais.

Os sintomas do transtorno do pânico são marcados por ataques agudos de intensa ansiedade, que começam repentinamente em qualquer tipo de ambiente. O tempo de duração de uma crise pode ser de até meia hora.

A pessoa que tem esse transtorno de ansiedade acaba por ter a qualidade de vida muito prejudicada, pois o medo de ter novos ataques gera ansiedade e medo.

Mais da metade das pessoas com ataques de pânico também apresentam sintomas de transtorno depressivo e a maioria delas é composta por mulheres.

2. Se for transtorno de ansiedade social (fobia social)

Os sintomas do transtorno de ansiedade social se manifestam quando a pessoa está em contato com os outros, especialmente estranhos. Os sinais e sintomas podem incluir tremores, transpiração excessiva, vermelhidão no rosto, dificuldade de concentração (não consegue lembrar-se de algumas coisas), palpitações, tontura e sensação de desmaio.

O transtorno de ansiedade social, também chamado de fobia social, tem como principal sintoma o medo exagerado e frequente de situações nas quais o indivíduo tem que desempenhar alguma tarefa em frente a outras pessoas ou tem que enfrentar alguma situação social.

Pessoas que sofrem do transtorno de ansiedade social têm muito medo de passar por situações humilhantes ou embaraçosas em público devido ao medo de rejeição, ou desaprovação.

A ansiedade gerada por situações sociais, torna essas pessoas muito críticas e rígidas em relação a elas mesmas, prejudicando inclusive a sua maneira de comunicar.

3. Se for transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Os sinais e sintomas desse tipo de transtorno de ansiedade caracterizam-se por obsessões, ideias obsessivas, compulsões ou rituais. As ideias obsessivas e as obsessões muitas vezes estão relacionadas com sexo, religião, dúvidas ou contaminação das mãos, ou objetos.

Muitas vezes, as compulsões estão relacionadas com rituais de limpeza, verificação da luz ou trinco da porta e contagens.

Por vezes o paciente toma dezenas de banhos no mesmo dia, de acordo com um esquema pré-estabelecido, lava as mãos toda vez que encosta em certo tipo de objeto, entre outros rituais.

Tais pessoas acreditam que fazer esses rituais impedem o acontecimento de algo trágico, como a morte de um familiar, por exemplo. Ou então, se não realizam a tarefa, ficam ansiosas.

Em geral, esse tipo de transtorno de ansiedade começa a se manifestar na fase final da adolescência, embora também ocorra em crianças.

4. Se for transtorno de ansiedade generalizada

O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a expectativa ou apreensão exagerada, ou mórbida. A pessoa passa a maior parte do tempo excessivamente preocupada com alguma coisa e não consegue se controlar. A ansiedade é excessiva e não condiz com a realidade.

O paciente também experimenta sintomas de inquietude, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia, aumento da transpiração, angústia, aumento dos batimentos cardíacos, falta de ar, medo, entre outros sintomas.

Para ser diagnosticado, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada devem estar presentes há pelo menos 6 meses.

Vale lembrar que a ansiedade, por si só, é uma reação natural do organismo para preparar o corpo para determinadas situações (“luta” ou “fuga”). Ela só é patológica quando prejudica a vida da pessoa e provoca sofrimento intenso.

Em caso de suspeita de transtorno de ansiedade, um médico (preferencialmente o psiquiatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Não conseguir ou ter dificuldade em urinar: o que pode ser e como tratar?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A dificuldade em urinar pode ocorrer por uma série de motivos. As principais causas são as infecções urinárias, as alterações da próstata e o uso de certos medicamentos. Contudo, a dificuldade de eliminar a urina pode ter origem em problemas neurológicos, cicatrizes, cirurgias ou ainda fatores psicológicos (síndrome da bexiga tímida).

Quando a dificuldade para urinar vem acompanhada de outros sinais e sintomas, como sangramento na urina, dor ao urinar, febre ou ainda vontade urgente e constante de urinar, é provável que a pessoa esteja com alguma das doenças citadas no início do artigo (infecção urinária e alterações da próstata).

O tratamento depende da causa do problema. As infecções são normalmente tratadas com antibióticos. O tratamento das alterações da próstata também dependem da doença, podendo incluir medicamentos e cirurgia nos crescimentos benignos, bem como radioterapia, quimioterapia, cirurgia e terapia hormonal nos casos de câncer.

Infecção urinária

As infecções urinárias que afetam a bexiga (cistites) provocam dificuldade para urinar com pouca eliminação de urina, embora a pessoa tenha vontade de ir mais vezes ao banheiro. A presença de sangue na urina, dor ou ardência ao urinar são outros sinais comuns da infecção urinária. O tratamento é feito com antibióticos.

Leia também o tratamento para infecção urinária.

Alterações da próstata Hiperplasia benigna de próstata

A hiperplasia benigna provoca um aumento de tamanho da próstata devido à multiplicação das suas células. Os sinais e sintomas dessa alteração benigna da próstata incluem dificuldade para urinar, jato de urina fraco ou interrompido, incontinência urinária, vontade de urinar constantemente e com urgência, inclusive durante a noite. O tratamento pode ser feito com medicamentos ou através de cirurgia, nos casos mais graves.

Veja também: Qual o tratamento para hiperplasia prostática benigna?

Câncer de próstata

O câncer de próstata, embora não manifeste sintomas no início devido ao seu crescimento lento, caracteriza-se pela dificuldade para urinar e o aumento da frequência urinária. A manifestação de sinais e sintomas costuma acontecer nas fases mais avançadas da doença, podendo haver ainda dores nos ossos e na coluna lombar, sangramento na urina, insuficiência renal, entre outros.

O tratamento do câncer de próstata pode incluir cirurgia, radioterapia e terapia hormonal, se o tumor ainda estiver localizado. Nos casos em que o câncer já se disseminou para outras partes do corpo (metástase), o tratamento é feito principalmente com quimioterapia e terapia hormonal.

Saiba mais em: Como é o tratamento para câncer de próstata?

Medicamentos

A dificuldade para urinar também pode ser um efeito colateral do uso de certos remédios para gripes e resfriados, descongestionantes nasais, antidepressivos e anticolinérgicos usados no tratamento da incontinência urinária. O tratamento nesse caso consiste em suspender a medicação com autorização médica.

Outras causas
  • Transtornos do sistema nervoso que acometam o território de inervação do sistema urinário;
  • Cirurgia recente (retenção pós-operatória);
  • Tecido cicatricial pós-procedimento invasivo em uretra, por exemplo (RTU);
  • Síndrome da bexiga tímida (acomete em torno de 6% dos homens, que não conseguem urinar próximos de outras pessoas).

Em caso de dificuldade para urinar, consulte um médico clínico geral, médico de família ou um urologista. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento.

Saiba mais em:

O que é fimose, como é a cirurgia e quando deve ser feita?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A fimose ocorre quando não é possível retrair o prepúcio (camada de pele que recobre e protege a cabeça do pênis) e expor completamente a glande, ou seja, a glande não fica exposta mesmo se o pênis estiver ereto.

A formação do prepúcio começa logo nas primeiras semanas de desenvolvimento do feto. Desde o nascimento até os primeiros anos de vida do homem, o prepúcio encontra-se aderido à glande, o que é normal (fimose fisiológica).

A medida que a criança cresce, a região interna vai se desprendendo da glande de forma gradual, até ser totalmente retrátil quando o pênis está ereto.

Não se deve forçar o descolamento do prepúcio nas crianças, pois o mesmo ocorre naturalmente com o passar dos anos. Em 90% dos meninos, a fimose fisiológica desaparece nos três primeiros anos de vida.

Quando a fimose pode aparecer? Desde o nascimento

Uma fimose que não desapareceu nos primeiros anos de vida e que não pode, portanto, ser considerada fisiológica. Há homens que nascem com o anel do prepúcio (abertura) muito estreito, o que impossibilita a retração da pele mesmo após o descolamento do prepúcio nos primeiros anos de vida.

A fimose também pode ser provocada quando os pais tentam forçar a retração do prepúcio, causando lesões e formando cicatrizes que perpetuaram a fimose;

Idade adulta

A fimose adquirida surge em adultos que não tinham fimose quando criança, mas que devido a infecções ou traumas no pênis formaram-se cicatrizes que causaram aderência do prepúcio, impedindo sua retração.

Normalmente, esse tipo de fimose acontece por má higienização do pênis, o que favorece o acúmulo de secreções e proliferação de bactérias dentro do prepúcio.

Em que idade a circuncisão é indicada?

Não há uma resposta correta para essa pergunta. A cirurgia de fimose apresenta benefícios porém pode apresentar potenciais riscos. Por isso, a indicação da cirurgia de correção da fimose (postectomia) deverá levar em conta aspectos como infecções urinárias de repetição e o tipo da fimose (primária ou secundária). É muito importante a avaliação médica que levará em conta todos esses aspectos juntamente com a família.

Como é feita a cirurgia de fimose?

A circuncisão é feita com anestesia local e consiste na retirada do prepúcio. O procedimento cirúrgico tem um tempo médio de duração de uma hora.

Após a cirurgia, é aplicado um curativo e o pênis encontra-se inchado. É comum ocorrer desconforto ao urinar no pós-operatório da circuncisão. Nesse período, recomenda-se manter a glande afastada da fralda ou da roupa.

Veja também: Cirurgia de fimose causa aumento ou perda de sensibilidade na glande?

Durante o pós-operatório, é recomendável ficar em repouso e aplicar compressas frias no local. O curativo não deve ser molhado. Em caso de dor, pode ser indicado medicamentos analgésicos.

Não é necessário retirar os pontos, pois eles saem sozinhos nos dias seguintes à cirurgia.

Em caso de suspeita de fimose, o médico, preferencialmente o urologista, deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento.

Qual a diferença entre ovário multifolicular e multicístico?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Ovários multifoliculares são ovários com dimensões normais, mas possuem maior número de folículos em relação a ovários saudáveis. Isto ocorre por um desajuste hormonal; os folículos não se desenvolvem e permanecem nos ovários. Os folículos se encontram em menor número e espalhados de forma mais organizada, e há distúrbios hormonais menos significativos em relação aos ovários policísticos.

Os ovários policísticos, por sua vez, apresentam tamanho aumentado, um grande número de folículos não desenvolvidos espalhados de forma irregular e na maioria dos casos (embora não seja uma regra), taxas hormonais alteradas. Os ovários policísticos têm como característica um número muito maior de folículos não desenvolvidos (microcistos), resistência à insulina e um aumento nos níveis do hormônio andrógeno (hormônio masculino). Os ovários policísticos podem ser provocados pela incapacidade de produzir hormônios nas proporções adequadas, o que impede que os folículos se desenvolvam sincronizados. O motivo pelo qual isso acontece ainda é desconhecido.

Um fato importante a ser citado é que esses problemas só exigem tratamento se estiverem interferindo no ciclo menstrual, caso contrário só deve ser feito um acompanhamento médico periódico.

Em caso de suspeita de ovários policísticos/multicísticos ou atraso menstrual, um médico (preferencialmente um ginecologista), deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.

Quem tem catapora deve evitar o sol por quanto tempo?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Quem está com catapora deve evitar exposição solar até que as lesões de pele estejam completamente cicatrizadas, do contrário podem se tornar marcas permanentes. O acompanhamento médico em caso de catapora é indispensável.

A catapora ou varicela, como também é chamada, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus varicela zoster que afeta sobretudo crianças com idade entre 5 e 9 anos. A doença também pode ocorrer em crianças pequenas ou adultos, com complicações piores nesses casos. Curiosamente, o número de casos de catapora é maior entre o final do inverno e o início da primavera.