Últimas Questões
Bartolinite é a inflamação de uma ou ambas as glândulas de Bartholin, e tem cura, com um tratamento relativamente simples.
As glândulas de Bartholin são duas glândulas acessórias dos genitais externos femininos (localizadas uma de cada lado da vagina). Têm a função de lubrificar a região da vagina, principalmente durante o coito.
Às vezes, a abertura de uma ou ambas estas glândulas fica obstruída, fazendo com que o líquido produzido volte para dentro da glândula. O resultado é relativamente indolor, muitas vezes sem sintomas quaisquer, e é chamado de cisto de Bartholin.
Às vezes, o líquido dentro do cisto pode ser infectado (invasão bacteriana), com formação de pus rodeado por tecido infectado e inflamado (abscesso), o que é denominado de Bartolinite aguda. Quando isso ocorre, surgem os sintomas.
Sintomas da Bartolinite agudaOs principais sintomas da bartolinite aguda são a eliminação de pus e sinais de inflamação (o local fica avermelhado, quente, muito dolorido e inchado), semelhante a um furúnculo. Em estágios mais avançados, é perceptível um nódulo próximo da abertura vaginal. Algumas pacientes podem referir sensação de "bola" ou "caroço" na vagina, com eventual desconforto ao caminhar ou sentar, dispareunia (dor durante a relação sexual) e febre.
A infecção pode ser causada por diversos tipos de bactérias, tais como Neisseria gonorrhoeae (gonococo, causador da gonorreia), Chlamydia trachomatis (clamídia), que são sexualmente transmissíveis, como também por bactérias do trato intestinal (geralmente Escherichia coli) ou da pele (geralmente Staphylococcus aureus, mas também estreptococos).
Tratamento da BartoliniteO tratamento da bartolinite aguda passa pelos seguintes procedimentos:
- Tratamento com antibióticos;
- Banhos de assento;
- Drenagem cirúrgica;
- Marsupialização;
- Bartolinectomia.
Em caso de suspeita de bartolinite, um médico clínico geral ou preferencialmente um ginecologista deverá ser consultado para avaliação e tratamento.
A fase folicular, que varia em duração (aproximadamente 15 dias, variando de 9 a 23 dias), é a fase do ciclo menstrual que começa no primeiro dia de sangramento até imediatamente antes da rápida elevação da concentração do hormônio luteinizante (LH), que leva à ovulação (liberação do óvulo - fase de ovulação).
Esta fase recebe este nome porque os folículos ovarianos estão em processo de desenvolvimento. Divide-se em duas fases:
Primeira MetadeDurante a primeira metade da fase, a hipófise aumenta discretamente a secreção de hormônio folículo-estimulante (FSH), estimulando o crescimento de 3 a 30 folículos, cada um contendo um óvulo. Apenas um desses folículos continua a crescer. Os folículos estimulados produzem estrógeno, que por sua vez estimula o espessamento do endométrio e formação de vasos, tornando-o cada vez mais apto a receber o óvulo fecundado na terceira fase (luteínica). Do sexto ao décimo dia, o principal folículo continua a se desenvolver e a crescer, secretando estrogênio a uma taxa cada vez mais rápida, levando a um pico de estradiol por volta do décimo dia. Os níveis de LH e FSH mantêm-se baixos, no entanto estáveis, suportando o desenvolver do folículo.
Segunda MetadeNa segunda metade da fase folicular, que dura do décimo primeiro ao décimo quarto dia do ciclo, em geral, o principal folículo continua a se desenvolver e a ficar maior e está quase pronto para ser liberado. O antro aumenta de tamanho, e a pressão fica próxima do nível mais elevado dentro do folículo. O folículo mantêm a secreção de estrogênio mas a taxas ainda superiores. Os níveis de estrogênio estão no seu ápice, indicando que o óvulo está em condições de ser liberado. O endométrio continua a crescer em resposta ao estímulo do estrogênio. O muco no colo uterino se torna fino e aquoso, preparando o ambiente para a chegada dos espermatozoides.
A doença inflamatória pélvica (DIP) por si só, não altera o ciclo menstrual e não atrasa a menstruação. Mas se a inflamação no útero for grave, a ponto de interferir no equilíbrio hormonal, pode alterar o ciclo menstrual.
Portanto, a tricomoníase, a candidíase ou outras inflamações comuns que ocorrem entre as mulheres, geralmente não interferem na menstruação. E uma infecção grave, pode levar a um atraso menstrual.
Os sintomas da inflamação no útero são:
- Dor pélvica (região inferior da barriga);
- Corrimento de cor branca, amarelada, marrom ou cinza;
- Corrimento de odor desagradável,
- Sangramento vaginal anormal;
- Dispareunia (dor durante a relação sexual);
- Febre, mal-estar.
É importante notar que nem todas as infecções no útero vão apresentar os sintomas descritos acima. Existe a possibilidade, inclusive, de se estar com uma infecção no útero e não apresentar qualquer tipo de sintoma.
As causas de inflamação no útero, mais frequentes, responsáveis por 85% dos casos, são as infecções sexualmente transmissíveis. São elas: a clamídia, a tricomoníase e a gonorreia. Contudo, os vírus da herpes, da imunodeficiência humana (HIV) e o papilomavírus humano (HPV), também são possíveis causadores, assim como a candidíase vaginal e má higiene.
O tratamento para infecção uterina são os antibióticos. O remédio deve ser iniciado assim que for feito o diagnóstico e com duas ou três classes de antibióticos, ao mesmo tempo.
Os esquemas indicados atualmente são: ceftriaxone + doxiciclina + metronidazol ou clindamicina + gentamicina, mas existem muitas outras opções. A escolha depende das características clínicas, condições de saúde da mulher, alergias e condições financeiras.
O mais importante é que o tratamento seja precoce, para evitar complicações graves, como a cicatriz nas trompas e a infertilidade.
Portanto, na suspeita de DIP, procure o quanto antes um ginecologista, para confirmar o diagnóstico, receitar os medicamentos adequados.
Causas de atraso menstrualOutros fatores que podem levar ao atraso menstrual são:
- Ovários policísticos: causa comum de atrasos nos ciclos menstruais;
- Uso de determinados medicamentos como: anticoncepcionais orais, anticoagulantes, antidepressivos, corticoides, antipsicóticos e anticonvulsivantes;
- Distúrbios hormonais: hipotireoidismo e alterações nos níveis de prolactina também podem causar irregularidades no ciclo menstrual;
- Gestação: No período pós-gestacional (durante a amamentação), é normal haver atraso no ciclo menstrual por meses, além de alterações psicológicas e físicas;
- Prática excessiva de exercícios físicos: a atividade em excesso pode atrasar e até interromper a menstruação. Pode ser agravado se associado a perda de peso rápida, dieta inadequada e quantidade insuficiente de gordura corporal para produção dos hormônios;
- Cisto ovariano: um único cisto pode influenciar no ciclo;
- Cirurgias: Determinados tipos de cirurgias, tais como a laqueadura e as cirurgias ovarianas, também podem ocasionar atrasos no ciclo menstrual.
Em caso de atraso menstrual ou suspeita de infecção vaginal, ou uterina, por qualquer motivo, um ginecologista deverá ser consultado para avaliação, determinação da causa e tratamento, se necessário.
Pode lhe interessar também:
Corrimento faz a menstruação atrasar?
Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?
Referências:
Jonathan Ross; Mariam R Chacko. Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Jan 09, 2020.
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim, a fase lútea está relacionada com a gravidez, uma vez que é nesta fase que a mulher está no período fértil do seu ciclo menstrual, isto é, após a ovulação que ocorre por volta do décimo segundo dia do ciclo, a contar a partir do primeiro dia de sangramento menstrual.
Essa fase tem início com a formação do corpo lúteo (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual (menstruação). Dura aproximadamente 12 a 16 dias, quando o corpo lúteo degrada-se (luteólise), ou mantém-se ativo (quando a mulher engravida), liberando hormônios (grande quantidade de progesterona e moderada quantidade de estrógeno) que mantêm a gestação até que a placenta assuma esse papel, entre a oitava e décima segunda semanas.
O hormônio que predomina neste período é a progesterona (há uma queda nos níveis de estrógeno e um pico de progesterona), o que faz cessar o espessamento da camada mais interna do útero (endométrio), mas mantém a circulação sanguínea e aporte de nutrientes para o caso de uma eventual nidação (quando o óvulo fecundado se fixa ao endométrio).
Caso ocorra a nidação, a produção de hCG pelas células do sinciciotrofoblasto mantém o corpo lúteo ativo; caso contrário ele degenera (processo que leva duas semanas a partir da ovulação) e a mulher menstrua, começando um novo ciclo.
O período fértil, na mulher, pode ser facilmente calculado tomando como base o dia da ovulação (por volta do décimo segundo dia). Como os espermatozóides podem estar viáveis (capazes de fecundar o óvulo) até 72 horas depois de uma relação sexual, alguns ginecologistas consideram que o período fértil esteja compreendido entre três dias antes da ovulação (nono dia do ciclo) até seis dias após (décimo oitavo dia do ciclo), mas esse período varia de acordo com a opinião de cada profissional.
Em caso de suspeita de gestação, um médico ginecologista deverá ser consultado.
A fase lútea ou luteínica é a terceira e última fase do ciclo menstrual (fase estrogênica --> fase da ovulação --> fase lútea), em humanos e alguns animais. Começa com a formação do corpo lúteo (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual (menstruação). Dura aproximadamente 12 a 16 dias, quando o corpo lúteo degrada-se (luteólise), ou mantém-se ativo (quando a mulher engravida), liberando hormônios (grande quantidade de progesterona e moderada quantidade de estrógeno) que mantêm a gestação até que a placenta assuma esse papel, entre a oitava e décima segunda semanas.
O hormônio que predomina neste período é a progesterona (há uma queda nos níveis de estrógeno e um pico de progesterona), o que faz cessar o espessamento da camada mais interna do útero (endométrio), mas mantém a circulação sanguínea e aporte de nutrientes para o caso de uma eventual nidação (quando o óvulo fecundado se fixa ao endométrio). Caso ocorra a nidação, a produção de hCG pelas células do sinciciotrofoblasto mantém o corpo lúteo ativo; caso contrário ele degenera (processo que leva duas semanas a partir da ovulação) e a mulher menstrua, começando um novo ciclo.
Acontecimentos importantes na fase lútea, em resumo:
- Ocorre a ovulação (por volta do décimo segundo dia do ciclo menstrual);
- O corpo lúteo começa a se formar a partir do folículo ovárico;
- O óvulo é "colhido" pelas fímbrias da porção distal da tuba uterina e "conduzido" em direção ao útero principalmente por movimentos em ondas das paredes da tuba uterina;
- Os níveis dos hormônios LH e FSH diminuem e retornam a níveis mais baixos e estáveis;
- Os níveis de estrogênio diminuem e aumentam os níveis de progesterona, produzida pelo corpo lúteo;
- O revestimento uterino (endométrio) permanece espessa e pronta para hospedar o óvulo fertilizado, ou o embrião em crescimento, se houver nidação;
- O corpo lúteo encolhe e começa a morrer. Ao degenerar, origina o corpo hemorrágico e posteriormente é substituído por um tecido cicatricial branco (corpo albicans). O corpo lúteo está programado para morrer em 14 dias a partir da ovulação, a menos que receba estímulo (hCG produzido pelas células do sinciciotrofoblasto após nidação do óvulo fecundado no endométrio). Ocorre a menstruação, e um novo ciclo se inicia.
- Se a fecundação ocorre, e o embrião se implanta no endométrio, o hCG resgata o corpo lúteo e ele continua a secretar estrogênio e principalmente progesterona durante a gravidez, até a 8ª ~ 12ª semana, quando a placenta assume esse papel.
Em caso de suspeita de gestação, um médico ginecologista deverá ser consultado.
O exame VDRL, sigla em inglês de Venereal Disease Research Laboratory, é um teste para detecção de pacientes que já tiveram sífilis, uma infecção sexualmente transmissível. O exame VDRL também serve para acompanhar a resposta ao tratamento da sífilis.
O exame VDRL é realizado através da coleta de uma amostra de sangue. Para fazer o exame, recomenda-se um jejum de 4 horas, embora não seja obrigatório.
VDRL negativo (não reagente)Quando o teste dá negativo (não reagente), usualmente indica que o paciente nunca teve contato com a bactéria causadora da sífilis, o Treponema pallidum, ou que, tendo já o paciente entrado em contato com a bactéria, o organismo ou o tratamento foram suficientes para eliminá-la.
Entretanto, pode acontecer da pessoa estar com sífilis e o teste dar negativo. É o chamado efeito prozona, que acontece quando há um elevado número de anticorpos produzidos pelo organismo durante o estado latente ou secundário da doença.
Resultados com títulos mais baixos, de 1/1 a 1/8, são um sinal de que a pessoa pode não ter sífilis, pois indicam que mesmo após diluir o sangue até 8 vezes, não foram encontrados anticorpos. Contudo, esses resultados também podem ser indicativos de falso positivo ou sífilis primária, em que a quantidade de anticorpos no sangue é baixa.
Leia mais sobre a sífilis em: O que é Sífilis?
VDRL positivo (reagente)Quando o VDRL é positivo (reagente), usualmente o resultado é mostrado em títulos (1/2;1/8;1/64; 1/128...), que reflete a quantidade de antígenos treponêmicos presentes no sangue do paciente. Quanto maior o denominador, maior a quantidade de antígenos circulantes.
Quando o título do resultado é igual ou superior a 1/16, o resultado é positivo (reagente). O resultado significa que os anticorpos estão presentes no sangue, mesmo quando este é diluído 16 vezes.
Algumas vezes o VDRL é positivo, contudo o paciente não teve contato com o treponema. É o chamado resultado falso positivo, que pode ocorrer em algumas condições, como: mononucleose infecciosa, brucelose, lúpus eritematoso sistêmico, doenças autoimunes, câncer, hepatite A, hanseníase, tuberculose, malária e, ocasionalmente, até gravidez.
Como o VDRL não é uma exame muito específico para diagnóstico da sífilis, é recomendável a sua análise junto à história e exame clínicos e à coleta de teste treponêmico específico, como o FTA-ABS ou o TPHA, que podem dar resultado positivo ou negativo. Uma vez que o paciente tenha tido contato com o treponema, o teste se manterá positivo pelo resto da vida, independentemente do tratamento.
Faz parte dos exames de pré-natal a coleta do VDRL, associado a teste treponêmico específico, pois a sífilis congênita pode trazer vários prejuízos ao bebê.
O exame também deve ser repetido no 2º trimestre de gravidez, mesmo quando o resultado é negativo no primeiro trimestre. Quando o resultado do exame VDRL é positivo, é necessário iniciar de imediato o tratamento adequado da sífilis. Sem tratamento, a doença pode ser transmitida para o bebê através da placenta ou durante o parto.
Se a gestante for diagnosticada com sífilis, o exame VDRL deve ser repetido mês a mês como acompanhamento do tratamento para garantir que a bactéria foi completamente erradicada do organismo.
Leve o resultado do exame de VDRL para o médico que solicitou ou procure uma unidade de saúde para atendimento.
Leia também:
Muco nas fezes durante a gravidez pode ser normal, desde que não esteja associado a outros sintomas, como dor abdominal, evacuação com sangue ou pus, diarreia, e ocorre por um aumento dos movimentos intestinais, como quando se utiliza um laxativo. Na presença de outros sintomas, não é normal e pode refletir:
- infecção intestinal, causada por vírus, protozoário ou bactéria, que talvez precise de tratamento específico;
- doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa, que normalmente associam-se à dor abdominal e diarreia, e necessitam tratamento, a depender do grau de intensidade dos sintomas;
- síndrome do intestino irritável, que usualmente se associa a dor abdominal e alternância entre diarreia e constipação e requer tratamento a depender do grau de intensidade dos sintomas;
- pólipos intestinais.
Se você apresentar fezes com muco, deve comunicar imediatamente o seu obstetra ou procurar um pronto atendimento.
Saiba mais sobre diarreia na gravidez neste artigo:
Diarreia na gravidez: o que pode ser e o que fazer
Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?
Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
Fezes com muco em bebês e crianças podem não representar uma doença grave. Em bebês, quando ocorre a dentição, por conta da deglutição da saliva, um potencial irritante intestinal, pode haver evacuação com muco.
Um pouco de muco nas fezes pode ser algo normal, no entanto, caso note grande quantidade de muco nas fezes, acompanhado de outros sintomas, como diarreia, sangue nas fezes ou febre, deve procurar um médico para uma avaliação.
Principais causas de muco nas fezes de bebês e criançasAlgumas possíveis causas de evacuação com muco são: infecções intestinais, doença inflamatória intestinal ou síndrome do intestino irritável.
Infecções intestinaisPodem ser causadas por vírus, bactérias ou protozoários, que normalmente se associam a um aumento no número das evacuações e dor abdominal. As infecções intestinais causam um estado inflamatório do trato gastrointestinal, chamada gastroenterite. Além da diarreia e dores abdominais, outros sintomas vômitos, presença de muco ou sangue nas fezes, em alguns casos também pode ocorrer febre.
Infecção intestinal causada por vírus
As infecções intestinais causadas por vírus é a principal causa de sintomas de gastroenterite em crianças pequenas. Em alguns casos de gastroenterite viral pode surgir muco nas fezes, embora esse seja um sintoma normalmente mais frequente e exacerbado nas infecções intestinais de origem bacteriana.
Costumam ser quadros auto-limitados, com duração de alguns dias. Nos casos em que a criança apresenta grande quantidade de diarreia ou vômitos é essencial manter a hidratação, através do aumento da ingesta hídrica ou mesmo do uso de soro de reidratação.
Medicamentos para aliviar a dor abdominal ou a febre podem ser prescritos por um médico quando necessário.
Infecção intestinal causada por bactérias
As gastroenterites bacterianas causam com maior frequência a presença de sangue e muco nas fezes. A criança também pode apresentar febre, mal-estar e ficar mais prostrada.
A abordagem também consiste no controle rigoroso da hidratação. Sendo que em alguns casos pode ser necessário prescrever medicamentos antibióticos.
Estas doenças, se causadas por bactérias ou protozoários, muitas vezes requerem tratamento com medicações específicas;
Doenças inflamatórias intestinaisSão doenças crônicas, capazes de causar uma reação inflamatória da mucosa do sistema digestivo. Existem três doenças inflamatórias intestinais: a doença de Crohn, a retocolite ulcerativa e a colite indeterminada.
Normalmente se associam a evacuações com sangue, aumento no número de evacuações e dor abdominal. Estas doenças requerem tratamento específico.
Síndrome do intestino irritávelA Síndrome do intestino irritável é uma doença capaz de causar diarreia com muco em crianças dos 6 meses aos 5 anos.
A criança pode apresentar alteração do hábito intestinal com aumento da frequência das evacuações, que usualmente se associa a dor abdominal e alternância entre diarreia e constipação. Para uma melhor avaliação do hábito intestinal e para determinar se será necessário tratamento, você deve procurar um pediatra.
Quando devo me preocupar com o muco nas fezes de bebês e crianças?A presença de muco nas fezes é motivo de preocupação e deve ser melhor avaliada quando a criança também estiver apresentando:
- Sangue nas fezes;
- Sinais de desidratação: boca seca, choro sem lágrimas, sede constante. Não urina há mais de 4 ou 6 horas, se for bebê ou não urina há mais de 6 ou 8 horas, se for uma criança mais velha;
- Dor abdominal intensa;
- Falta de apetite ou sede e deixa de comer ou beber líquidos por horas;
- Mudança de comportamento, como ficar mais sonolento, desanimado ou choroso;
- Prostração;
- Febre alta.
Na presença de algum dos sintomas descritos, consulte um médico de família ou pediatra.
Também pode ser do seu interesse:
Muco branco nas fezes: as 10 causas mais comuns e o que fazer
Quando muco nas fezes é preocupante?
Quais são os sintomas de uma infecção intestinal em bebês?
Os linfonodos são estruturas ovóides, pequenas e encapsuladas, localizadas no caminho dos vasos linfáticos. Usualmente medem de poucos milímetros a 1,0cm.
Os linfonodos fazem parte do nosso sistema imune e atuam como filtros da linfa. Têm a capacidade de reter (algumas vezes destruir), ou pelo menos retardar, a difusão de bactérias, vírus, protozoários e cânceres pelo organismo.
Fazem parte do nosso sistema imunológico (linfóide), além dos linfonodos, o baço, timo, amígdalas e intestinos.
Há linfonodos em diversos locais do corpo: nuca, pescoço, submandibular, na frente e atrás das orelhas, supraclaviculares, na frente dos cotovelos, nas axilas, nas virilhas e atrás dos joelhos, dentro de alguns órgaõs, como mamas, pulmões, intestinos, e dentro do tórax e abdome.
Ao se avaliar um linfonodo, é importante saber:
- localização;
- tamanho;
- consistência;
- mobilidade;
- presença de dor;
- presença de drenagem de secreção;
- tempo de evolução.
Há várias causas para o aumento de linfonodos (ínguas):
- infecções;
- hipersensibilidade;
- cânceres;
- doenças reumatológicas;
- outras.
Na presença de aumento de linfonodos (ínguas), que persistam por mais de duas semanas, com crescimento progressivo, dor ou saída de secreção, é importante consultar um médico clínico geral. Algumas vezes será necessária a realização de uma biópsia para elucidar a doença que levou à linfonodomegalia.
Leia também:
A íngua na virilha pode ter várias causas (infecciosas, reumatológicas e oncológicas) e o tratamento para a íngua é aquele que tratará a doença que a causou.
De maneira geral, se a íngua for secundária à infecção genital (doença sexualmente transmissível ou infecção de pele), o tratamento com antibióticos específicos é suficiente para levar à involução da íngua.
Se a íngua for secundária a algum câncer, o tratamento do câncer (seja cirúrgico, quimio e/ou radioterápico) é o suficiente para involuir a íngua.
Se a íngua durar mais de duas semanas, apresentar crescimento progressivo, drenar secreção, for endurecida, deve ser procurado um médico clínico geral. Muitas vezes será necessária a realização de uma biópsia para elucidação da etiologia da linfonodomegalia (íngua).
Leia também: O que é adenite e o que pode causá-las?
A presença de uma íngua (linfonodo aumentado) na virilha pode ter várias causas e estar associada a doenças infecciosas, reumatológicas e cânceres.
Na região inguinal, a íngua pode associar-se a:
- infecções cutâneas dos membros inferiores (coxas e pernas);
- doenças sexualmente transmissíveis, que podem cursar com feridas nos genitais, ou saída de corrimento pela uretra ou pela vagina;
- cânceres primários dos linfonodos, como os linfomas, ou metástases para os linfonodos, sendo os mais comuns melanoma e cânceres ginecológicos.
Se a íngua permanecer por mais de duas semanas, for endurecida, cursar com saída de secreção ou apresentar crescimento rápido, deve ser procurado um médico clínico geral ou infectologista. Nestas condições, pode ser necessária a realização de uma biópsia, para ter certeza da causa que levou ao aumento do linfonodo.
Leia também:
Linfonodos aumentados pode ser câncer?
Tenho os linfonodos cervicais aumentados. O que pode ser?
Os riscos da toxoplasmose na gravidez, especialmente se adquirida durante o primeiro trimestre de gestação, incluem aborto espontâneo, hidrocefalia (acúmulo de "água" no crânio do bebê), retardo mental, calcificações no cérebro, lesões oculares (coriorretinite), cegueira, surdez, convulsões e atraso do desenvolvimento da criança.
Pelo risco de complicações graves, a sorologia para a toxoplasmose deve ser pedida no pré-natal de toda gestante. O diagnóstico é baseado na coleta de uma amostra de sangue para a sorologia (IgM e IgG).
A positividade isolada da IgG indica infecção antiga e a mãe possui anticorpos. Se houver positividade isolada da IgM, é indício de infecção aguda e a gestante deve iniciar tratamento imediatamente para toxoplasmose.
Se houver dupla positividade (IgG e IgM), é necessário proceder com a determinação da avidez da IgG, para determinar há quanto tempo houve o contato com o parasita. Em algumas ocasiões, será necessário tratamento.
O que é toxoplasmose?A toxoplasmose é uma doença infecciosa provocada pelo Toxoplasma gongii, um protozoário existente na carne crua ou mal passada, na areia contaminada e nas fezes dos animais, principalmente dos gatos. É uma doença que muitas vezes não revela sintomas na mãe, porém é muito prejudicial para o bebê.
Quais são os sintomas da toxoplasmose?Se a infecção acontecer durante a gravidez, a gestante pode apresentar febre, calafrios, ínguas pelo corpo (caroços dolorosos), dor generalizada nos músculos e aumento do fígado.
Em pessoas com a imunidade baixa, a toxoplasmose pode provocar inflamação dos olhos, erupções na pele, encefalite (inflamação do cérebro), meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal), além de inflamações nos pulmões e no coração encefalite, pode levar a confusão mental e coma.
Porém, muitas vezes a pessoas está infectada pelo Toxoplasma e não manifesta sinais e sintomas. Em pessoas saudáveis, o sistema imunológico impede a manifestação da doença, na maioria dos casos. Quando presentes, os sintomas geralmente são leves e podem ser semelhantes aos de uma gripe ou resfriado.
Qual é o tratamento para toxoplasmose na gravidez?O tratamento da toxoplasmose durante a gravidez é feito com espiramicina, no 1º trimestre de gestação, ou com a combinação de sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico no 2º e 3º trimestre de gestação.
Como saber se o bebê tem toxoplasmose congênita?A toxoplasmose congênita ocorre quando o bebê é infectado pelo Toxoplasma durante a gravidez. Para determinar se o bebê foi infectado pela toxoplasmose na gestação, é necessária a coleta de sangue do cordão umbilical (cordocentese), que só pode ser realizado após 18 semanas de gravidez. No caso do bebê já estar infectado, o tratamento só deve começar depois do seu nascimento.
O tratamento, se iniciado precocemente e realizado de forma correta, pode impedir a toxoplasmose congênita. Contudo, se o bebê já tiver tido contato com o parasita, pode nascer com graves sequelas.
A toxoplasmose congênita pode não manifestar sintomas ou apresentar um quadro grave que pode ser fatal rapidamente. Quando, presentes, os sintomas podem incluir inflamação dos olhos, aparecimento fácil de hematomas, aumento do tamanho do crânio, icterícia grave (pele e olhos amarelados), facilidade em formar hematomas, convulsões e atraso mental.
No entanto, em muitos casos os sintomas logo a seguir ao nascimento geralmente são ligeiros ou estão ausentes e desenvolvem-se meses após o nascimento.
Como ocorre a transmissão da toxoplasmose?A transmissão da toxoplasmose ocorre através da ingestão de alimentos crus ou mal cozidos, contaminados ou pelo contato direto com o parasita ao manipular areia contaminada com fezes de animais, especialmente de gatos.
Como prevenir a toxoplasmose na gravidez?Os cuidados para evitar toxoplasmose na gravidez, caso a mulher não seja imune à doença, são os seguintes:
- Cozinhar bem a carne e lavar cuidadosamente as mãos;
- Lavar bem legumes e frutas;
- Lavar as mãos após contato com gatos;
- Evitar contato com gatos abandonados;
- Evitar contato com fezes de gatos e sempre usar luvas ao manipulá-los;
- Usar luvas para lidar com a terra;
- Evitar consumo de carne crua, especialmente de porco e carneiro.
É imprescindível a realização de pré-natal durante a gestação. Se você suspeitar que está grávida, deve procurar imediatamente um médico obstetra para iniciar o pré-natal.