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Herpes Labial: 3 principais sintomas que você não pode ignorar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais comuns do herpes labial são o formigamento, ou coceira nos lábios, e a presença de bolhas nesta região, quase sempre acompanhados de dor e ardor.

Embora seja menos frequente, a infecção por herpes pode afetar também as gengivas, a língua, o "céu da boca", parte interna das bochechas, regiões da face e pescoço.

1. Formigamento ou coceira

O desconforto causado pelo formigamento na região dos lábios ou em torno da boca, são sintomas iniciais da doença e, geralmente, ocorrem antes que as feridas e bolhas apareçam.

Os sintomas podem vir acompanhados de mal-estar, febre, dor de cabeça e dores no corpo.

2. Bolhas e/ou feridas na boca Herpes labial: bolhas agrupadas no lábio superior.

As bolhas típicas do herpes, são aglomerdas, cheias de líquido e aparecem nos lábios e em volta da boca. Quando as bolhas se rompem liberam o líquido que é altamente contagioso. Por este motivo, para evitar transmitir herpes para outras pessoas, você deve separar copos, talheres e toalhas para seu uso, individual.

Estas lesões levam de 7 e 10 dias para cicatrizar, especialmente quando não tratadas. Nesta fase a pessoa apresenta muita dificuldade de comer e beber líquidos, porque o contato piora os sintomas de dor e ardência local.

3. Dor e ardor

A bolhas provocadas pelo herpes labial provocam dor intensa e ardência, que podem ser aliviados com compressas geladas ou analgésicos.

Herpes labial tem cura?

Não. Não há cura para a infecção causada pelo herpes labial. Mesmo após o tratamento e desaparecimento das lesões com pomadas labiais ou medicamentos antivirais (aciclovir, valaciclovir ou fanciclovir), o vírus permanece adormecido no organismo, o chamado estado de latência, e pode retornar a qualquer momento.

Entretanto, alguns cuidados podem evitar futuras crises:

  • Usar filtro solar ou protetor labial que contenha óxido de zinco,
  • Usar hidratantes labiais para evitar o ressecamento dos lábios,
  • Evitar exposição solar e
  • Reduzir estresse e ansiedade.
O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença contagiosa provocada pelo vírus herpes simples tipo-1. Geralmente, a primeira infecção causa o surgimento de feridas (ulcerações) dolorosas dentro da boca chamada de gengivoestomatite herpética, muito comuns nas crianças.

Complicações do herpes labial

Quando não tratado adequadamente, o herpes labial pode apresentar complicações sérias que incluem:

  • Crises repetidas de herpes durante o ano (herpes labial recorrente);
  • Infecções em outras regiões da pele,
  • Disseminação do herpes para outras áreas do corpo como, por exemplo, os olhos,
  • Cegueira: nos casos em que o herpes atinge os olhos e não é efetuado nenhum tratamento e
  • Infecção generalizada (sepse): esta complicação é mais frequente em pessoas com imunidade comprometida, como portadores de HIV ou câncer.

Ao perceber os sintomas de herpes labial, você deve procurar um médico de família ou clínico geral. Estes profissionais orientarão o melhor tratamento a ser feito para aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização.

Se você quer saber mais sobre herpes labial e o seu tratamento, leia:

Herpes labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento?

Herpes labial: 4 formas de tratar

Referências

  • Johnston, C.; Hirsch, M.S.; Mitty, J. Epidemiology, clinical manifestations, and diagnosis of herpes simplex virus type 1 infection, 2020. UpToDate.
  • Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
  • Sociedade Brasileira de Infectologia.
Quais os sintomas iniciais e principais das pedras nos rins?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A litíase renal ou nefrolitíase, conhecida popularmente como pedras nos rins, é uma doença muito prevalente na população.

Pode ocasionar diferentes sintomas, sendo que o mais típico é a dor em cólica ou pontada na região lombar. Sangramento urinário e náuseas também são sintomas frequentes.

A nefrolitíase é caracterizada pela formação de pequena pedras de sais minerais, como cálcio, ácido úrico e cistina. Essas pedras, também chamadas de cálculos, podem percorrer todo o sistema urinário, a depender do seu tamanho, até a sua expulsão pelo canal da uretra.

Vejamos como a litíase renal se manifesta inicialmente e os seus principais sintomas.

Primeiros sintomas: como identificar

No começo, a presença de pedras nos rins pode passar despercebida, já que quando as pedras são pequenas pode não ocorrer dor ou nenhum outro sintoma, característico da nefrolitíase.

Contudo, é possível haver alguns sintomas leves que podem sugerir a presença de pedras nos rins, que são:

  • Dor leve na região lombar: algumas pessoas podem queixar-se de uma dor leve na região lombar, ou seja, na parte inferior e lateral das costas. Essa dor pode ser confundida facilmente com dores musculares, já que são de leve intensidade e podem passar espontaneamente.
  • Sangramento na urina: também entre os primeiros sintomas de pedras nos rins destaca-se a presença de um leve sangramento na urina, autolimitado, que pode inclusive passar despercebido.

A medida que as pedras formadas crescem e passam pelo trato urinário elas começam a causar uma dor mais intensa. As pedras saem de uma estrutura chamada pelve renal e vão para o ureter, que é o canal que liga o rim a bexiga, neste percurso causam muita dor.

Se as pedras forem maiores, impactando no canal urinário e causando obstrução do fluxo de urina, as dores são mais fortes. Isto ocorre porque o ureter tende a ficar distendido com a presença do cálculo e, ao mesmo tempo, contrair de forma a permitir a passagem da pedra.

Sintomas principais de pedras nos rins Dor

A dor da presença de cálculos renais é uma dor geralmente em cólicas, ou seja, aumenta gradativamente de intensidade, atinge um pico, e depois reduz de intensidade gradualmente.

Duração da dor

A crise de dor pode durar de alguns poucos minutos até cerca de 1 hora. Com um ou mais ciclos de dor em cólica, sendo que esse processo de aumento e redução da dor pode ser repetir várias vezes ao dia.

Quando o cálculo renal que estava impactado consegue se movimentar desobstruindo o fluxo de urina, os episódios de dor aliviam. No entanto, se a pessoa tiver mais cálculos é possível que as dores retornem posteriormente em dias ou meses.

Irradiação da dor

Outra importante característica da dor das pedras nos rins é a sua irradiação, que é o caminho da dor.

Por exemplo, uma dor que se inicia na região lombar pode caminhar e atingir a região da virilha e pelve. Nas mulheres a dor irradiada pode atingir a vulva e nos homens pode alcançar a área testicular.

Entenda as diferenças entre a dor nos rins e a dor lombar de causa muscular em: Dor nas costas pode ser pedras nos rins?

Sintomas urinários

Sintomas urinários também são frequente no quadro de litíase renal. É possível apresentar dor ou ardência ao urinar e urgência miccional, que é a necessidade repentina e urgente de urinar.

A polaciúria, descrita como a vontade de urinar repetidas vezes mas sempre em pequena quantidade, também pode estar presente.

Algumas pessoas podem observar sangramento na urina, é possível observar rastos de sangue ou observar uma mudança de cor na urina. Os episódios de sangramento são mais frequentes durante as crises de dor.

Porém, a presença de sangue na urina pode ocorrer mesmo em quem não apresenta dor ou nenhum outro sintoma. Por isso, é um sintoma que merece ser investigado e melhor avaliado, já que pode ser uma indicação de pedras nos rins.

Outros sintomas

Outros sintomas também podem vir acompanhando a crise de litíase renal. É muito comum as pessoas queixarem-se de náuseas, vômitos, tontura, desconforto abdominal e mal-estar.

A febre não é um sintoma característico da nefrolitíase, entretanto, pode acontecer quando há um quadro infeccioso na região dos rins, chamado de pielonefrite. É possível ter um quadro de nefrolitíase e pielonefrite ao mesmo tempo.

A pielonefrite pode ainda causar sintomas urinários, como ardência, dor urinária, alterações de cor e odor da urina.

Caso apresente sintomas sugestivos de pedras nos rins, como dor lombar em cólica ou sangramento na urina não hesite em consultar um médico para uma avaliação.

Também pode ser do seu interesse:

Cálculo renal: como saber se tenho pedras nos rins?

Referências bibliográficas

CURHAN, G. C.; ARONSON, M. D.; PREMINGER, G. M. Diagnosis and acute management of suspected nephrolithiasis in adults. Waltham (MA): UpToDate, 2020. Acesso em: 16 jun 2020.

PREMINGER, G. M., CURHAN, G. C. The first kidney stone and asymptomatic nephrolithiasis in adult. Waltham (MA): UpToDate, 2020. Acesso em: 16 jun 2020

Herpes Labial: 4 formas eficazes de tratar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do herpes labial pode ser feito com uso de pomadas, comprimidos e curativos, além de alguns tratamentos caseiros que podem ajudar a reduzir a dor e o desconforto causado pelas bolhas que surgem nos lábios.

1. Pomadas

As pomadas antivirais são bastante usadas para tratar herpes labial e, em geral, devem ser aplicadas nas bolhas assim que surgem. Nos casos leves, a pomada reduz significativamente o tempo da doença além de aliviar os sintomas. Entretanto, a maioria delas tem um custo elevado.

Algumas destas pomadas são:

  • Aciclovir (Zovirax®): a aplicação desta pomada deve ser feita de 4 em 4 horas por um período de 7 dias.
  • Penciclovir (Penvir lábia®): precisa ser aplicada de 2 em 2 horas durante 4 dias em média.
  • Sulfadiazina de prata + nitrato de cério (Dermacerium HS Gel®): esta pomada deve ser aplicada 3 vezes ao dia até que as lesões cicatrizem completamente. É indicada, preferencialmente, quando ocorrem infecções por bactérias.

Existem ainda algumas pomadas que podem ser usada sem receita médica. Elas podem ajudar a aliviar o incômodo provocado pelas bolhas sem, entretanto, contribuir para que elas desapareçam mais rapidamente. Estes medicamentos são a base de docosanol e devem ser usados 5 vezes ao dia.

O ideal é que você seja avaliado por um médico e utilize pomadas antivirais.

2. Comprimidos

O uso de antivirais orais costuma ser a forma mais eficaz de tratar o herpes labial em pessoas com herpes recorrente, ou nos casos mais graves de herpes.

Os mais utilizados são o aciclovir (Zovirax®, Hervirax®) valaciclovir (Valtrex®, Herpstal®), fanciclovir (Penvir®). Estes medicamentos somente podem ser usados com prescrição médica.

Para a pessoas que têm herpes labial recorrente, estes medicamentos aliviam o desconforto e resolvem os sintomas em um ou dois dias, antes de aparecerem as bolhas. Por este motivo, se você tem crise de herpes e já sabe quando ela vai começar porque já identifica os primeiros sintomas, como formigamento e desconforto no local, fale com seu médico para iniciar o quanto antes o tratamento.

3. Curativos líquidos

O curativo líquido auxilia na cicatrização e no alívio da dor provocada pelas lesões do herpes. Pode ser uma solução alternativa para o uso das pomadas.

O adesivo é transparente e adere à pele e, por este motivo, é bastante discreto. A vantagem deste curativo é que ele impede a contaminação e a propagação do vírus.

4. Tratamentos caseiros

É importante que mantenha a área das lesões limpa lavando suavemente com água e sabão. A aplicação de gelo pode ajudar a reduzir o inchaço e ter um efeito calmante, entretanto não substitui o uso de medicamentos antivirais.

Algumas pessoas usam bálsamo de ervas ou chás, entretanto ainda não há comprovação científica dos seus efeitos.

O ideal é que, ao perceber os sinais de herpes labial, você procure o médico para avaliação das lesões e escolha do tratamento mais indicado.

Tenho herpes labial, o que não devo fazer?
  • Não se exponha ao sol,
  • Não fure as bolhas: perfurá-las pode agravar a lesão e causar infecções que deixam cicatrizes nos lábios,
  • Não se exponha a situação estressante que aumentem a sua ansiedade.
  • Não utilize medicamentos sem a prescrição médica.

É importante que durante o tratamento você não encoste os lábios em talheres, copos de outras pessoas, evite beijos, e tenha uma toalha de uso exclusivo para secar as lesões. Além disso, siga as orientações médicas.

O que é herpes labial?

O herpes labial é uma doença causa pelo vírus herpes simples tipo-1 que tem como sintomas o aparecimento recorrente de pequenas bolhas dolorosas, cheias de líquido nos lábios e boca e que duram cerca de 7 a 10 dias.

Se você quer saber mais sobre herpes, pode ler:

Referências

  • Cole, S. Herpes Simplex Virus: Epidemiology, Diagnosis, and Treatment. Nursing Clinics of North America, 55(3):337-345, 2020.
  • Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral.
  • Sociedade Brasileira de Infectologia.
Sintomas de apendicite: como reconhecer rápido a doença
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A apendicite aguda se inicia com sintomas muito inespecíficos, sendo os primeiros sinais: dor na barriga, ao redor do umbigo, náuseas e falta de apetite.

Portanto, é preciso estar atento a pequenos sinais como: a dor piorar com o movimento, tosse ou respiração profunda, uma dor que aos poucos se localiza do lado direito da barriga e a perda de apetite, sem outra causa aparente.

Após algumas horas, a apendicite já começa a apresentar sintomas mais específicos, o que facilita o seu diagnóstico, como:

1. Dor do lado direito da barriga

A dor passa a se localizar na região inferior à direita da barriga. Onde o apêndice se localiza. A dor se torna mais intensa, com dificuldade para se movimentar ou tocar na barriga. Pode haver ainda um sinal bem característico, chamado sinal de Blumberg, quando o médico comprime essa região e solta rapidamente, causando uma dor excruciante.

2. Febre

A febre tem início em média, de 12 a 24h após o início dos sintomas.

3. Diarreia ou constipação

A alteração no hábito intestinal é mais um sintoma comum da apendicite. Primeiro é comum haver episódios de diarreia, mas depois, devido ao edema e reação ao redor do apêndice, pode haver uma dificuldade na passagem das fezes, resultando em constipação.

4. "Barriga dura"

O abdomen da pessoa com apendicite, com o passar das horas se torna mais rígido, a barriga fica "dura", por vezes comparada a uma "tábua", e tão dolorida que não é possível tocar sem causar dor intensa. Nesse momento, já é considerado um estágio mais avançado da apendicite e risco do apêndice estar rompido.

O exame de imagem, seja Raio-X ou tomografia, já consegue evidenciar a presença de ar nessa região, que só é encontrado se houve ruptura do intestino.

Sintomas de apendicite na criança

Os sintomas são semelhantes àqueles encontrados nos adultos, além da distensão da barriga.

Dependendo da idade e formas de se comunicar, nem sempre a criança consegue explicar aquilo que sente, por isso esteja atento aos seguintes sinais e sintomas:

  • Dor na barriga, ao redor do umbigo,
  • Recusa alimentar,
  • Vômitos e
  • Distensão abdominal (barriga inchada).

As crianças menores de 1 ano, raramente apresentam apendicite devido à forma do órgão que ainda se apresenta como um "funil", dificultando uma obstrução. No entanto, se acontecer, os bebês apresentam maior risco de infecção generalizada, pela dificuldade em fazer um diagnóstico rápido. Os sintomas nesse caso são de: Inquietude, recusa alimentar, febre alta, distensão abdominal e sonolência.

A idade com maior incidência da doença é o início da adolescência, quando o apêndice já terminou o seu crescimento, e adota a forma de "saco", podendo sofrer as obstruções.

Tratamento da apendicite

O tratamento é cirúrgico de urgência! Mesmo em estágios iniciais ou com sintomas leves, se existe a suspeita de apendicite, é preciso procurar imediatamente uma emergência médica.

Todo caso de apendicite é cirúrgico e deve ser feito tão logo seja diagnosticado, para evitar a apendicite supurada e riscos de infecção grave.

Na suspeita de apendicite, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

O que é apendicite aguda?

Apendicite aguda é a inflamação do apêndice. O apêndice é um pequeno órgão, localizado no começo do intestino grosso, como se fosse um prolongamento do intestino, que se assemelha a um "saco" ou um "dedo de luva", responsável por produzir anticorpos para o organismo, embora em pequena quantidade.

O apêndice fica localizado na porção inicial do intestino grosso, do lado direito da barriga, na região mais próxima da virilha direita, na região inferior direita do abdomen.

Apêndice - localizado na região inferior direita do abdomen. Causas de apendicite aguda

As causas mais frequentes para a inflamação deste pequeno órgão são:

1. Acúmulo de fecalitos, que contribuem para a maior proliferação de bactérias locais, que causam edema e inflamação na parede do apêndice, com consequente obstrução do órgão,

2. Proliferação exagerada de bactérias intestinais, devido à infecção, como nos casos de gastroenterites (virais ou bacterianas),

3. Presença de parasitas intestinais, que podem se acumular formando "bolas de vermes", e assim, obstrução desse "saco",

4. Presença de corpo estranho, mais comum em crianças pequenas que colocam pequenos objetos na boca,

5. Tumor. Os tumores carcinóides, por exemplo, não são raros de serem encontrados nessa localização e dependendo da região e crescimento, levam a obstrução e apendicite. O que acaba por favorecer, devido ao diagnóstico precoce de um tumor, acidentalmente.

Pode interessar ainda, os artigos:

Referências:

  • Sociedade Brasileira de Pediatria
  • Ronald F Martin, et al.; Acute appendicitis in adults: Clinical manifestations and differential diagnosis. UpToDate: Feb 26, 2020.
  • David E Wesson, et al.; Acute appendicitis in children: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate: Oct 23, 2019.
Vermes em crianças: quais os sintomas e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diarreia, barriga inchada, dor de barriga e falta de apetite, são os sintomas mais comuns, encontrados nas crianças com presença de vermes.

Especialmente nas crianças e bebês, onde os sintomas são bastante inespecíficos, a suspeita de vermes costuma ocorrer pela mudança nas características das fezes. Quando a infestação é grande, é possível ver os vermes nas fezes a olho nu, por exemplo, no caso das lombrigas.

O tratamento é simples e feito com remédios chamados vermífugos, conforme orientação de um médico de família ou do pediatra.

Sintomas de vermes em crianças

Os sintomas da presença de vermes nas crianças e bebês incluem:

  • Diarreia: a diarreia pode vir acompanhada de sangue ou muco,
  • Dor de barriga (dor abdominal),
  • Barriga inchada,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Coceira no bumbum (prurido anal),
  • Dor ao evacuar,
  • Desidratação,
  • Febre,
  • Falta de apetite,
  • Perda de peso,
  • Anemia,
  • Problemas respiratórios e
  • Distúrbios cerebrais.
Como é feito o tratamento das verminoses em crianças?

Com uso de vermífugos. O tratamento das verminoses é bastante simples, entretanto é preciso que a criança faça um exame de fezes para identificar o tipo de verme que está causando a infecção. Em alguns casos um exame de sangue pode ser necessário para verificar a extensão da verminose.

Com base nos sintomas apresentados pela criança e no resultado do exame de fezes e, o médico de família ou pediatra indicará o melhor remédio, chamado vermífugo, para que o tratamento seja eficaz.

Albendazol, mebendazol, ivermectina e a nitazoxanida (Annita) são os vermífugos mais usados em crianças. No caso das crianças menores de 2 aos, o mebendazol pode ser uma opção, após a avaliação de riscos e benefícios pelo pediatra que o acompanha.

Nos bebês, os vermífugos são administrados de acordo com o peso e idade. Você deve trocar roupinhas, pijamas ou roupa de cama com frequência para evitar que o bebê se reinfecte com os ovos. As pessoas que manipularem as roupas também podem se infectar, transportando os ovos do verme para alimentos ou para a boca.

É importante que você não use esses medicamentos nos seus filhos sem orientação médica.

Quais são as verminoses mais comuns nas crianças?

As verminoses mais comuns são:

  • ascaridíase (lombriga),
  • esquistossomose,
  • ancilostomose,
  • filariose,
  • amebíase,
  • teníase (solitária),
  • oxiuríase e
  • giardíase.
O que fazer para evitar as verminoses em crianças?

Algumas medidas simples que ajudam a evitar a verminoses podem ser feitas por cada um de nós e ensinadas às crianças. São cuidados que incluem:

1. Lavar bem as mãos com sabão e com frequência, principalmente, antes das refeições e após usar o banheiro;

2. Evitar andar descalços em locais em que não se conhece as condições de higiene;

3. Beber apenas água filtrada ou fervida;

4. Cuidado ao manipular os alimentos. Os adultos que manipulam os alimentos devem lavá-los cuidadosamente antes do seu preparo e consumo;

5. Cuidado especial deve ser dados aos alimentos ingeridos crus como, por exemplo, verduras e legumes. Recomenda-se deixar por 15 minutos de molho em uma solução de 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária ou com produto específico para limpar verduras. Porém, após os 15 minutos, deve lavar com água corrente, de maneira abundante, até eliminar completamente o produto de limpeza, antes de ingerir o alimento.

Para saber mais sobre as doenças causadas por vermes e sobre os vermífugos, você pode ler:

Quais são as doenças causadas por vermes?

Quais os melhores remédios para vermes?

Referências

  • Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Abordagem das Parasitoses Intestinais mais Prevalentes na Infância.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Sociedade Brasileira de Infectologia
  • Sociedade Brasileira de Pediatria
Ânsia de vômito constante, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A ânsia de vômito constante costuma estar relacionada a problemas simples como:

  • Gravidez
  • Labirintite
  • Enxaqueca
  • Problemas gástricos
  • Ansiedade
  • Uso de medicamentos

Ânsia de vômito, enjôo ou náuseas, são formas de expressar um mesmo sintoma, uma sensação de que vai vomitar, mal-estar ou "estômago embrulhado". Esse sintoma pode se resolver de maneira espontânea, após a eliminação do conteúdo do estômago ou pode se manter constante em alguns casos, sendo preciso o uso de um medicamento.

No entanto, para cada situação existe um tratamento mais indicado e outros que podem agravar ainda mais o problema. Por isso, é importante compreender as características do seu sintoma e procurar uma avaliação médica antes de iniciar qualquer medicação.

Gravidez

Na gravidez, o aumento dos hormônios são os responsáveis pela sensação de enjoos constantes. O que acontece mais frequentemente durante o primeiro trimestre, embora algumas gestantes possam referir o sintoma durante toda a gestação. Nesse caso, o médico pode prescrever-lhe uma medicação para aliviar, além de orientar a evitar o jejum e alimentos gordurosos.

Labirintite

A labirintite, VPPB (vertigem paroxística posicional benigna) ou outros distúrbios do labirinto, causam a sensação de tontura, mal-estar e náuseas constantes, como se estivesse em alto-mar, devido a sua participação no equilíbrio e estabilidade postural. O médico otorrinolaringologista é o especialista para essa avaliação e tratamento.

Enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça, que quando iniciada tem como um dos sintomas característicos, as náuseas e vômitos durante a crise. Não se sabe ao certo a causa desse sintoma, mas é preciso iniciar rapidamente uma medicação para alívio dos sintomas, de modo a evitar a piora da dor, desidratação e prolongamento deste quadro. O médico neurologista é o especialista capacitado para essa avaliação e tratamento.

Problemas gástricos

Gastrite, refluxo e problemas intestinais que causam além dos enjoos constantes, azia e queimação, perda peso, falta de apetite e por vezes, sensação de estômago embrulhado. O gastroenterologista é o médico responsável por essa avaliação e tratamento.

Ansiedade

A ansiedade e outros distúrbios de humor, como a depressão, tem como característica, sintomas de Ânsia de vômito e taquicardia durante uma crise emocional. Outros sintomas comuns são, a sensação de bolo na garganta, suor frio, dores de barriga e diarreia. Neste caso, é preciso buscar um tratamento multidisciplinar, com psicólogo, psiquiatra e educador físico. A ansiedade tem tratamento eficaz, quanto antes for iniciado melhor a resposta.

Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, tem como efeitos colaterais esperados, a sensação de náuseas, vômitos e mal-estar constante, como, por exemplo, os anticoncepcionais e os antidepressivos. Entretanto, os sintomas não costumam durar mais de 3 dias, tempo que o corpo leva para absorver e se adaptar as substâncias. De qualquer forma, no caso de enjoos logo após o início de um medicamento, é importante informar ao médico que o prescreveu, para a devida avaliação.

Na presença de enjoos constantes, procure o médico de família, ou clínico geral, para dar início a investigação desse problema, podendo planejar o tratamento ou solicitar a avaliação de outra especialidade.

Leia mais sobre esse assunto nos artigos:

Vômitos em bebês e crianças: o que fazer e quando levar ao médico?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de vômitos é um sintoma muito frequente em bebês e crianças e pode estar relacionado a diferentes doenças e condições de saúde.

Na maioria das vezes constitui um quadro autolimitado e transitório, decorrente principalmente de gastroenterites.

No entanto, em algumas situações pode indicar uma doença de maior gravidade devendo a criança ser levada a um serviço de atendimento médico.

A maioria dos pais tem dúvidas no que fazer quando a criança começa a vomitar e qual o momento de levar a criança para uma avaliação médica.

O que fazer se meu filho estiver vomitando?

Quando uma criança começa a vomitar é importante manter uma observação constante para observar possíveis sinais de gravidade e levar ao médico quando necessário.

1. Observe a criança

Em muitos casos os episódios de vômito cessam espontaneamente. Portanto, os adultos devem cuidar para que a criança ou bebê mantenha-se bem hidratado até que ocorra a melhora dos sintomas de vômito.

2. Mantenha a ingesta de líquidos e alimentos

Em bebês que são amamentados, é essencial continuar amamentando-os, garantindo assim a oferta hídrica necessária.

Em crianças maiores ofereça líquidos e alimentos leves. Ofereça porções pequenas de alimentos, já que o apetite costuma estar diminuído. Prefira também alimentos mais frios, ao invés de quentes.

Crianças que apresentam vômitos ou diarreia podem fazer uso de Sais de Reidratação Oral, que ajudam a manter a hidratação e repor os eletrólitos perdidos. Converse com o seu médico sobre essa possibilidade.

3. Afaste a criança de substâncias que podem piorar os sintomas

Afaste a criança de ambientes ou produtos com odores fortes, pois podem piorar os sintomas de náuseas.

4. Não use medicamentos sem supervisão médica

Evite o uso de medicamentos para inibir o vômito, sem orientação médica.

Quando de fato os vômitos estiverem muito intensos, o médico poderá indicar algum antiemético como o dimenidrato (Dramin) ou a androsetona (Vonau), no entanto, na maioria dos casos nenhum medicamento é necessário.

5. Saiba quando procurar um médico

Algumas crianças podem perder o apetite e deixarem de comer, sendo que em alguns casos, por conta do vômitos persistente, a criança pode não conseguir ingerir nada.

Nessa situação, os pais devem redobrar a atenção, pois se a criança começar a apresentar sinais de desidratação e os vômitos imparáveis, os pais devem procurar atendimento médico.

Existem ainda outras situações que podem indicar a presença de doenças de maior gravidade, que exigem uma avaliação médica. Portanto, procure um médico se a criança apresentar:

  • Persistência dos vômitos. Em recém nascidos o vômito deve cessar em até 12 horas, em bebês lactentes em até 24 horas e em crianças maiores, em até dois dias. Caso os episódios de vômitos persistam além desse período, procure um médico.
  • Vômitos repetidos: caso a criança esteja vomitando sem parar de forma repetitiva, a ponto de não conseguir ingerir nada de líquidos.
  • Sinais de desidratação: casos o bebê ou a criança apresente sinais de desidratação, como boca seca, choro sem lágrimas, sonolência ou redução do volume urinário.
  • Vômito verde ou com sangue.
  • Inchaço e dor abdominal.
  • Sonolência ou irritabilidade fora do usual.
  • Em bebês a presença de fontanela abaulada ou deprimida.
  • Em crianças maiores a queixa de dor de cabeça, dificuldade de movimentação da cabeça (dificuldade de abaixar o queixo até o peito) e febre.

Caso esteja preocupado com o estado de saúde do seu bebê ou criança também não hesite em entrar em contato com o seu médico de família ou pediatra para esclarecimentos.

O que pode causar vômitos em bebês e crianças? Gastroenterites

As gastroenterites se referem a quadros de infecção e inflamação do trato gastrointestinal, pode ter inúmeras causas como infecção por vírus, bactérias, parasitas ou ingesta de toxinas alimentares.

Em muitos casos as gastroenterites correspondem a um processo auto-limitado, que causa vômitos, diarreia, mal-estar e eventualmente febre.

Durante a gastroenterite é essencial estar atento a hidratação da criança, pois episódios de vômito e diarreia repetidos podem levar a desidratação.

Alergia ou intolerância alimentar

Casos de alergia e intolerância alimentar são uma importante causa de vômitos e outros sintomas gastrointestinais.

Deve-se observar bem se os sintomas surgiram ou sempre surgem após a criança ingerir determinado alimento. Caso episódios de vômito se repitam após a ingesta de um alimento específico, como leite, deve-se fazer a suspeita de alergia ou intolerância.

Doenças infecciosas

Diferentes doenças de causa infecciosa podem desencadear episódios de vômitos desde uma otite até uma meningite, passando por infecção urinária ou pneumonia.

Por isso, quando uma criança começa a vomitar, é importante observar outros possíveis sinais e sintomas como dor de cabeça, febre, tosse, falta de ar ou sintomas urinários.

Causas específicas de vômito em bebês

Bebês e recém-nascidos estão propensos a apresentar doenças específicas que desencadeiam vômitos, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), a estenose pilórica congênita e a intuscepção.

A doença do refluxo esofágico consiste no retorno de parte do alimento ingerido do estômago e esôfago para a garganta podendo causar vômito e desconforto. Pode ser confundida com regurgitação fisiológica do bebê, no entanto, na DRGE o bebê apresenta grande volume de alimento regurgitado, a ponto de interferir no seu ganho de peso.

A estenose pilórica se refere no estreitamento do piloro, a passagem entre o estômago e o intestino. Já a intuscepção consiste na curvatura do intestino sobre si mesmo. Ambas são doenças mais raras.

Para mais informações sobre vômitos em bebês e crianças consulte o seu médico pediatra ou médico de família.

Referências:

1. Uptodate. Approach to the infant or child with nausea and vomiting. Acesso em set. 2020.

2. SBP. Evidências para o manejo de náusea e vômitos em pediatria. 2018.

Por que o olho treme? Pode ser grave?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas de tremor no olho são diversas sendo as mais frequentes, o cansaço e estresse. O uso excessivo dos smartphones, problemas oculares, neurológicos e nutricionais, também podem dar origem a esse sintoma.

Na maioria das vezes não é grave e ocorre devido a espasmos ou contrações musculares involuntárias nessa região. A sensação de “olho pulando” ou de “tremedeira no olho” se chama mioclonia ou mioquimia e pode afetar um dos olhos, os dois, ou as pálpebras (dobra fina e músculos que cobrem os olhos).

O tremor dura em média dois ou três dias e depois desaparece espontanemanete. Entretanto, alguns casos duram mais tempo e se torna bastante incômodo. Nestas situações, é importante que procure um médico de família ou oftalmologista para investigar a causa.

1. Cansaço

O cansaço, ou tensão ocular, ocorrem principalmente devido ao excesso de trabalho, sono ruim, uso e exposição excessiva à luz emitida por smartphones, computadores e utilização de óculos com grau inadequado, o que não permite o descanso necessário da musculatura dos olhos.

A repetição destas situações e hábitos exigem que os músculos dos olhos trabalhem e se esforcem mais para focar os objetos, o que desencadeia o cansaço visual que faz o olho tremer.

2. Estresse excessivo e ansiedade

O excesso de estresse e a ansiedade são as causas mais comuns de tremor nos olhos, devido à produção aumentada de cortisol. O cortisol é um hormônio que estimula provoca a contração dos músculos das pálpebras e da musculatura em torno dos olhos (músculos orbiculares) que causa o tremor do olho.

3. Olhos secos

Para lubrificar os olhos ressecados os músculos da área ocular precisam se contrair com maior frequência, o que pode ocasionar as pálpebras tremendo. A poluição do ar, vento, fumaça, ar-condicionado, uso de lentes de contato por tempo prolongado, e telas de aparelhos eletrônicos podem provocar o ressecamento.

Pessoas idosas têm uma tendência maior a ter ressecamento e, por consequência, tremor nos olhos devido à redução da ação das glândulas que lubrificam os olhos (glândulas lacrimais). Nestes casos, o uso colírios lubrificantes de acordo com a orientação de um oftalmologista, médico de família ou clínico geral pode ser necessário.

4. Uveíte, ceratite

Doenças oculares como alergias, inflamações (uveíte, ceratite), e cílios virados para dentro, costumam ter como sintomas o tremor ocular, ainda, lacrimejamento, coceira, inchaço e vermelhidão. O profissional indicado para avaliar estes distúrbios oculares e indicar o tratamento mais efetivo, é o oftalmologista.

5. Blefaroespasmo

O blefaroespasmo é uma doença rara e que ocorre pela contração contínua da musculatura em torno dos olhos em que a pessoa sente o olho tremer constantemente. A sua causa ainda não é conhecida. Os sintomas são um tremor constante das pálpebras e contração, que provoca o fechamento dos olhos. Nos casos mais graves, a pessoa não consegue abrir os olhos. O cansaço, a luz intensa e a ansiedade podem piorar o tremor.

Nestes casos, o tratamento é feito com aplicação de toxina botulínica tipo A (Botox® ou Dysport®) para paralisar a musculatura ocular e, deste modo, cessar o tremor e contração dos olhos. Os ansiolíticos também podem ser úteis ao tratamento. Quando a toxina botulínica não funciona, pode ser necessário indicar uma cirurgia, embora seja raro.

Medidas simples como uso de óculos escuros, massagem na face, cobrir os olhos, bocejar ou cantar podem aliviar temporariamente os espasmos. Procure um oftalmologista caso perceba um tremor mais intenso nas pálpebras que chega a fechar os seus olhos.

6. Dormir pouco ou ter sono superficial

A dificuldade de dormir e um sono de qualidade ruim, geralmente superficial e que não provoca a regeneração do corpo, sobrecarrega aos músculos dos olhos e, por este motivo ocorre o tremor.

7. Consumo de café, bebidas alcoólicas, chás estimulantes e refrigerantes

Bebidas como café, bebidas alcoólicas, chá preto, chá verde e refrigerantes de cola ou guaraná são estimulantes do sistema nervoso central e tendem a provocar tremor nas pálpebras quando ingeridas em excesso. O café e o álcool também provocam desidratação do organismo, o que contribui para ressecamento dos olhos e pode desencadear a sensação de olho tremendo.

8. Problemas nutricionais

O olho pulsando ou tremendo pode estar ligado à carência de vitamina B12, presente principalmente em alimentos de origem animal como fígado, atum, salmão, ovos e leite.

Além disso, a deficiência de cálcio ou magnésio também podem provocar tremor na pálpebra. Estes dois minerais participam na contração dos músculos do corpo, entre eles, a musculatura dos olhos.

O cálcio está presente em alimentos como leite, queijos e sardinha. Enquanto o magnésio pode ser encontrado na banana prata, amendoim, aveia, castanha de caju, castanha do pará e semente de gergelim, entre outros tipos de alimentos.

O que fazer quando o olho treme?

Como na maior parte dos casos de tremor nos olhos as causas estão ligadas ao estresse, ansiedade, rotina de sono inadequada ou problemas nutricionais, algumas orientações simples podem ajudar.

Os cuidados para amenizar o tremor nas pálpebras incluem:

  • Prática de exercícios físicos e atividades ao ar livre para reduzir o estresse e a ansiedade,
  • Acompanhamento psicológico para ajuda a lidar com a ansiedade e o estresse,
  • Manter uma rotina de sono: procurar deitar e levantar mais ou menos nos mesmos horários,
  • Reduzir ou mesmo evitar o consumo de café, bebida alcoólica, chás estimulantes como chá verde e chá preto e refrigerantes à base de cola,
  • Manter uma alimentação equilibrada e saudável,
  • Reduzir o tempo de exposição a telas de smartphones, computadores e TV,
  • Usar óculos escuros quando a claridade agrava o tremor,
  • Aplicar compressas geladas nas pálpebras,
  • Buscar ter momentos de relaxamento.
Quando devo me preocupar?

É bastante frequente que o tremor nos olhos passe espontaneamente em 2 ou 3 dias e que não seja ligado a nenhuma doença grave. Entretanto, esteja atento aos seguintes sinais:

  • Olho tremendo por mais de 7 dias (uma semana),
  • Tremor intenso e constante que chega a fechar os olhos,
  • Olhos inchados, dificuldade em abrir os olhos,
  • Pálpebras caídas,
  • Secreção amarelada e coceira nos olhos,
  • Olhos vermelhos, coçando e/ou lacrimejamento e
  • Alterações na visão.

Ao identificar estes sinais procure o mais rapidamente possível um oftalmologista para que a causa seja investigada e o problema adequadamente tratado.

Para saber mais sobre olho tremendo, você pode ler:

Faz quatro dias meu olho direito fica tremendo, o que será?

Palpitação nos olhos: o que pode ser?

Referências

  • Girard, B.C.; Lévy, P. Dry eye syndrome in benign essential blepharospasm. Journal Français d'Ophtalmologie. 42(10): 1062-1067, 2019.
  • Kilduff CLS, Casswell EJ, Salam T, et al: Use of alleviating maneuvers for periocular facial dystonias. JAMA Ophthalmol 134:1247-1252, 2016.
  • Lee AG, Miller NR: Alleviating maneuvers for benign essential blepharospasm and hemifacial spasm. JAMA Ophthalmol 134:1253-1254, 2016.
  • Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
Quando muco nas fezes é preocupante?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O muco nas fezes, passa a ser preocupante, nas seguintes situações:

  • Muco com sangue nas fezes
  • Muco de cor verde (fezes verdes)
  • Melena (fezes escuras)
  • Febre alta (acima de 38 graus)
  • Diarreia com muco e dor abdominal intensa
  • Emagrecimento sem motivo aparente.

Portanto, se observar a presença de muco nas fezes, associada a uma das situações descritas, é importante que procure um gastroenterologista, ou um serviço de emergência, para avaliação médica criteriosa.

Muco com sangue nas fezes, o que pode ser?

O sangue nas fezes pode ser de cor vermelho vivo ou vermelho bem escuro, por vezes a cor se torna preta, dependendo de quanto tempo o sangue passou dentro do trato gastrointestinal.

Quando o sangramento é ocorre na parte superior do sistema digestivo, como no esôfago, estômago e intestino delgado, ele passa por todas as etapas de digestão, por isso se torna escuro e com cheiro muito desagradável. As fezes escuras, quase negras são chamadas de melena.

A melena se caracteriza pela cor escura, brilhosa, aspecto pegajoso, com cheiro forte e extremamente desagradável. Geralmente sinaliza um problema grave, como uma úlcera sangrando no estômago ou um tumor.

As fezes com sangue vermelho vivo, sugere um problema próximo à região do reto ou ânus, onde acontece a saída das fezes, por isso não passa pelo processo de digestão, são exemplos, as hemorroidas e fissura anal.

Sendo assim, na presença de sangue nas fezes ou melena (fezes pretas), procure um serviço de urgência médica!

Muco e fezes verde, é perigoso?

Sim, pode ser perigoso.

As fezes com muco esverdeado, ou fezes verdes, na maioria das vezes ocorre por uma infecção intestinal, neste caso deve ser devidamente tratada para que a infecção evolua para uma sepse (infecção generalizada).

A infecção intestinal, também conhecida por gastroenterite, tem como sintomas ainda, dor na barriga, febre, naúseas, vômitos e diarreia também devem aparecer. O tratamento deve ser feito com uso de antibióticos, medicação que precisa de receita médica e orientações.

O médico da família ou gastroenterologista, são os médicos responsáveis por essa avaliação e tratamento.

Muco nas fezes, o que pode ser? O que devo fazer?

As causas mais comuns de muco nas fezes são:

  • Intolerância alimentar (leite, glúten, açúcar)
  • Doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa)
  • Síndrome do intestino irritável
  • Gastroenterite (infecção intestinal)
  • Câncer de intestino
  • Hemorroidas
Intolerância alimentar

Pessoas com intolerância a algum alimento, como lactose, glúten ou açúcar, dão origem a uma reação inflamatória na parede do intestino, que produz maior quantidade de muco. Esta é uma forma de o organismo se proteger e assim, essa secreção fica mais visível junto as fezes.

Os sintomas são de dor e cólica abdominal intensa após o consumo do alimento, diarreia com muco náuseas, mal-estar e febre. O tratamento deve ser orientado pelo gastroenterologista e nutricionista, para evitar alimentos com o produto, sem comprometer a nutrição.

Doença de Crohn e Retocolite

As doenças inflamatórias crônicas do intestino promovem o aumento da produção de muco, pela inflamação na parede do intestino. Além disso, podem causar perda de peso, falta de apetite e alterações frequentes no hábito intestinal, por vezes com constipação e outras, diarreia.

Trata-se de um importante diagnóstico diferencial do tumor maligno do intestino. O tratamento varia de acordo com a gravidade, com uso de corticoides e imunossupressores. Mais raramente pode haver necessidade de cirurgia. O gastroenterologista é o médico responsável por essa conduta.

Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável se caracteriza por alterações constantes no hábito intestinal (diarreia e/ou constipação), muco nas fezes, cólicas, que aliviam após a evacuação e excesso de gases.

O tratamento deve ser individualizado, mas inclui dieta orientada, psicoterapia e medicamentos para o alívio da dor, como anti espasmódicos, probióticos e analgésicos.

Gastroenterite

As fezes amolecidas, com presença de muco e de sangue ao mesmo tempo, sugerem uma agressão a parede do intestino. Uma infecção intestinal, pela bactéria clostridium difficile, é uma causa comum de diarreia sanguinolenta com muco verde. Nesse caso, é comum também a febre, dor abdominal e mal-estar importante.

O tratamento é realizado com dieta orientada, hidratação e antibiótico, em alguns casos. O médico clínico geral ou gastroenterologista podem definir a melhor opção, caso a caso.

Câncer de intestino

O sangue nas fezes também pode significar um problema mais grave como o câncer de intestino. Neste caso, é comum o sintoma de perda de peso, sem uma causa que o justifique. A dor não é um sintoma comum, pelo menos no início da doença.

O tratamento deve ser conduzido pelo oncologista e gastroenterologista, e varia de acordo com o tipo e estadiamento do tumor. Pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

Hemorroidas

As hemorroidas são veias dilatadas localizadas na região do reto e do ânus, que estimulam uma produção exagerada de muco pela parede do intestino e podem se romper durante a passagem das fezes, causando sangramento anal. Por isso, os sintomas são de muco e sangue nas fezes, dor e urgência para evacuar.

O tratamento é feito pelo proctologista, com banho de assento, pomadas, e por vezes, cirurgia para ressecção da veia comprometida.

O que é o muco nas fezes?

O muco é uma espécie de secreção produzida pelo intestino, que protege a mucosa do órgão, lubrifica o tubo intestinal, e assim evita machucados na mucosa durante a passagem das fezes.

No entanto, essa secreção é produzida em pequena quantidade, de coloração amarelada, ou amarelo-claro, por isso normalmente não é visualizada.

No momento em que a secreção passa a ser visualizada a olho nu, aparece em grande quantidade, e/ou muda de coloração, é um sinal de doença ou problemas gastrointestinais.

O médico gastroenterologista é o especialista para avaliar, diagnosticar e tratar esses casos.

Neste assunto pode lhe interessar ainda:

Tipos de fezes: o que o cocô revela sobre a sua saúde?

Fezes escuras com sangue, o que é?

Referências:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Alexandros Hadjivasilis, et al.; New insights into irritable bowel syndrome: from pathophysiology to treatment. Ann Gastroenterol. Nov-Dec 2019;32(6):554-564.
Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga em homens é comum quando envolve a próstata e os testículos. Também pode ser provocada por problemas do sistema urinário, intestinal ou outros órgãos do sistema reprodutivo.

O tratamento da dor no baixo ventre nos homens é feito de acordo com a sua causa. O médico urologista é o responsável por avaliar as causas e definir o tratamento mais indicado.

A seguir detalhamos um pouco mais as causas frequentes, para ajudar na identificação de sinais e sintomas que possam auxiliar o médico nesse diagnóstico.

1. Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata, uma glândula que fica logo abaixo da bexiga que é responsável pela produção do sêmen.

Sintomas: É comum que os homens sintam dor no pé da barriga, na parte inferior das costas, no pênis, nos testículos e no períneo (região entre o escroto e o ânus). Além disso, pode ocorrer:

  • Vontade de urinar frequentemente e com urgência
  • Dor ao urinar
  • Dificuldade ou dor com a ereção ou ejaculação
  • Dor ao defecar

Quando causada por bactéria, o homem pode ainda apresentar febre, calafrios e sangue na urina.

Como tratar?

O tratamento feito para aliviar os sintomas e tratar a inflamação incluem:

  • Massagem periódica da próstata: é feita pelo médico proctologista que coloca o dedo no reto para massagear a próstata,
  • Banhos de assento quente: conforme orientação médica,
  • Técnicas de relaxamento dos músculos pélvicos para aliviar as dores, de preferência, com acompanhamento de um fisioterapeuta,
  • Uso de laxantes, para aliviar a dor ao defecar,
  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e inflamação e
  • Antibióticos, em casos de prostatite bacteriana.

Quando a prostatite não é causada por bactérias, a sua cura é mais difícil e nem sempre acontece.

Em último caso, se mesmo com os tratamentos os sintomas piorarem, pode ser necessária a retirada parcial da próstata. Para escolher o tratamento mais adequado e seguro consulte um proctologista.

2. Orquite

A orquite é uma inflamação nos testículos que geralmente é provocada pelo vírus da caxumba e pode afetar ambos os testículos ou apenas um deles.

Sintomas: dor intensa no testículo afetado que irradia para o baixo ventre do mesmo lado, por exemplo, se o testículo inflamado for o esquerdo a dor é sentida no pé na barriga deste mesmo lado. Além da dor o homem pode sentir inchaço, vermelhidão, calor e sensação de peso nos testículos.

Como tratar?

A orquite é tratada com:

  • Repouso no leito,
  • Aplicação de bolsas de gelo sobre os testículos,
  • Analgésicos para aliviar a dor e antibióticos, quando causada por bactérias.

Devido à dor intensa, a orquite pode ser considerada uma urgência urológica. Nestes casos, procure uma unidade de emergência para alívio da dor e avaliação médica, de preferência, de um urologista.

3. Epididimite

A epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão que tem forma de “C” que se localiza atrás do testículo. Ele funciona como um ducto que coleta, armazena e transporta os espermatozoides produzidos no testículo até a próstata.

Sintomas: dor forte na região dos testículos que irradia para o pé da barriga acompanhada de:

  • Inchaço
  • Febre baixa e constante
  • Calafrios
  • Dor ao urinar e durante o ato sexual
  • Ínguas na virilha
  • Presença de sangue no sêmen.

Como tratar?

O tratamento da epididimite envolve uso de medicamentos e alguns cuidados simples como:

  • Manter o repouso,
  • Evitar pegar peso,
  • Aplicar compressas de gelo na área dos testículos,
  • Anti-inflamatórios e analgésicos para tratar a inflamação e amenizar a dor,
  • Antibióticos em caso de infecção bacteriana.

Como pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis, para prevenir a doença, use sempre camisinha nas relações sexuais. A avaliação de um urologista é indispensável ao tratamento da epididimite.

4. Vesiculite

A vesiculite (vesiculite aguda seminal) é a inflamação das vesículas seminais, glândulas que produzem o líquido seminal. Geralmente ocorre por infecção bacteriana, ou quando o homem desenvolve uma prostatite e não efetua o tratamento adequado.

Sintomas:

  • Dor no baixo ventre, que piora após a ejaculação e irradia para virilha e região do períneo
  • Vontade de urinar urgentemente
  • Ardor ao urinar
  • Dificuldade de esvaziar a bexiga
  • Ejaculação prematura
  • Presença de sangue no sêmen e na urina
  • Febre e calafrios
  • Redução do desejo sexual.

Como tratar?

O tratamento da vesiculite envolve:

  • Repouso: para manter os movimentos intestinais e evitar a piora do quadro,
  • Manter uma dieta equilibrada e saudável sem alimentos condimentados e álcool,
  • Evitar relações sexuais durante o tratamento,
  • Uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos conforme recomendação médica, a fim de tratar a infecção, inflamação e amenizar a dor.

Nos casos em que os sintomas persistem ou pioram, é necessário tratamento cirúrgico.

5. Estenose uretral

A estenose uretral é o estreitamento de uma parte da uretra que pode resultar em redução ou interrupção do fluxo urinário. As causas mais comuns são o trauma ou lesões na uretra e as infecções sexualmente transmissíveis.

Sintomas:

  • Diminuição do fluxo de urina
  • Dificuldade e ardor ao urinar
  • Jato espalhado ou duplo, gotejamento de urina após a micção
  • Necessidade de urinar mais vezes ao dia, acordar à noite para urinar e, em alguns casos, incontinência urinária.

Como tratar?

A estenose uretral deve ser tratada em ambiente hospitalar. O procedimento mais simples para o seu tratamento consiste na introdução de uma sonda de plástico na uretra para causar a sua dilatação. Se este procedimento não tiver resultados positivos, pode ser necessária a realização de cirurgia.

Somente a avaliação de um urologista poderá definir a melhor forma de tratamento.

6. Torção testicular

A torção testicular ocorre quando o testículo torce sobre o cordão espermático e bloqueia a circulação sanguínea para o testículo. É uma emergência urológica que deve ser tratada em até 12 horas, pois este quadro pode causar lesão grave ou perda do testículo.

Sintomas: dor súbita e intensa em um dos testículos, inchaço do testículo afetado e dor na região do pé da barriga são os principais sintomas. O paciente também pode apresentar náuseas, vômitos, febre e vontade frequente de urinar.

Como tratar?

Por ser uma emergência em que, além da dor intensa, o homem corre o risco de perder o testículo é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico e consiste em destorcer o cordão espermático para recuperar a circulação sanguínea para o testículo.

7. Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática é um aumento do tamanho da próstata que não tem relação com câncer e, por este motivo, se diz que é benigna. O homem começa a sentir os sintomas quando a próstata bloqueia a fluxo de urina.

Sintomas:

  • Dor no pé da barriga
  • Dificuldade de iniciar a micção ou sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga
  • Dor no pé da barriga ou na região da pelve
  • Necessidade de urinar mais vezes - geralmente, durante a noite (noctúria)

Na medida em que a próstata vai crescendo, os sintomas se tornam mais intensos e o paciente pode apresentar aumento da dor, presença de sangue urina e infecções frequentes.

Como tratar?

Geralmente, quando o homem apresenta poucos sintomas e acordam uma ou duas vezes à noite para urinar, não é necessário tratamento. Entretanto, é preciso acompanhamento com urologista para verificar o crescimento da próstata e realizar exame de PSA periodicamente.

Se houver sangue na urina, dor intensa no pé da barriga e infecção as opções de tratamento são:

  • Medicamentos para melhorar o fluxo de urina e para inibir os hormônios masculinos responsáveis pelo aumento do tamanho da próstata e
  • Cirurgia: é feita em último caso nos casos em que os medicamentos não tiveram eficácia e consiste na retirada de parte da próstata.
8. Síndrome da dor pós-vasectomia

A síndrome da dor pós-vasectomia é uma complicação da cirurgia de vasectomia, um método anticoncepcional definitivo efetuado nos homens que consiste em bloquear ou cortar os ductos que transportam os espermatozoides.

Sintomas: os homens com esta síndrome sentem dor constante ou intermitente (dor que vai e volta) em um ou em ambos os testículos. Esta dor irradia para o baixo ventre e pelve e se torna mais forte durante relação sexual, ereção e ejaculação e esforços físicos intensos. Pode causar disfunção erétil.

Como tratar?

A dor pós-vasectomia tende a diminuir e desaparecer com o tempo e resultado de uma adaptação do corpo à cirurgia. Neste caso, recomenda-se:

  • Repouso,
  • Evitar esforço físico e
  • Evitar relações sexual.
  • Se a dor persistir é importante consultar o urologista para avaliar a região da cirurgia.
9. Hérnia inguinal

A hérnia inguinal se caracteriza pela saída de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. É mais comum em homens e pode se estender pela virilha e entrar no escroto.

Sintomas: as hérnias provocam uma protuberância na virilha ou no escroto que, inicialmente, não causam dor. Entretanto, a dor pode ocorrer de forma moderada no pé da barriga ou escroto na medida em que a pessoa se movimenta ou faz esforço físico.

Como tratar?

O tratamento da hérnia inguinal é feito com cirurgia. É importante que a hérnia seja avaliada o mais rapidamente possível por um cirurgião para evitar complicações com estrangulamento da hérnia e morte de parte do intestino.

10. Síndrome da dor pélvica

A síndrome da dor pélvica só ocorre em homens e é a dor, pressão ou desconforto localizada no baixo ventre, períneo, genitais que apresenta duração de mais de 3 meses. É também chamada de prostatite crônica não bacteriana, devido à longa duração da dor e pelo fato de não ser causada por bactérias.

Sintomas: dor no pé da barriga, pênis, testículos e região do períneo, dor ao urinar e ejacular, disfunção erétil, fluxo urinário lento e aumento da frequência urinária. Alguns pacientes também podem apresentar dores musculares e nas articulações e fadiga sem causa aparente.

Como tratar?

O tratamento da síndrome da dor pélvica é feito com base na avaliação, principalmente, da dor e da disfunção sexual. Além disso é indicado:

  • Aplicar compressas mornas na região genital,
  • Praticar exercícios de baixo impacto como natação e caminhadas,
  • Alimentar-se de forma saudável e equilibrada e
  • Usar medicamentos para dor neuropática (antidepressivos, opioides), antibióticos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, de acordo com a indicação médica.
Quando devo me preocupar?

Alguns sintomas são sinais de alerta para que você busque rapidamente um serviço de saúde. Estes sintomas indicam situações que necessitam de intervenção rápida e incluem:

  • Dor intensa e de início súbito, principalmente, se afetar um ou ambos os testículos,
  • Inchaço (edema) nos testículos e/ou pênis,
  • Presença de sangue no sêmen ou urina,
  • Dor ao ejacular e
  • Dor durante ou depois do ato sexual.

Ao perceber estes sintomas procure uma emergência hospitalar o mais rápido possível. Os profissionais mais indicados para tratar estas doenças são o proctologista, urologista ou cirurgião geral.

Lembre-se que alguns destes problemas são causados por infecções sexualmente transmissíveis e podem ser evitados com o uso de camisinha.

Se você quer saber mais sobre dor no pé da barriga, leia

Dor incômoda no pé na barriga e vontade de urinar: o que pode ser?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

  • Bigan, T.; Wilson, N.; Bindler, R.; Daratha, K. Examining Risk for Persistent Pain among Adults with Overweight Status. Pain Management Nursing, 19(5): 549-556, 2018.
  • Federação Brasileira de Urologia
  • Kamboj, A.K.; Hoversten, P.; Oxentenko, A.S. Chronic Abdominal Wall Pain: A Common Yet Overlooked Etiology of Chronic Abdominal Pain. Mayo Clinic Proceedings, 94(1): 139-144, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Proctologia
Quais os melhores remédios para vermes?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um dos remédios mais indicados no caso de vermes é o albendazol. Isso porque o medicamento tem a capacidade de tratar a maioria das verminoses e parasitoses existentes.

Para as crianças, o albendazol, mebendazol, ivermectina e a nitazoxanida (Annita), são os mais utilizados, sendo que o mebendazol pode ser usado em crianças menores, quando indicado pelo pediatra.

Chamados também de vermífugos, os remédios devem ser prescritos pelo médico, após avaliação dos sintomas, exame clínico e resultado do exame de fezes, para que o tratamento seja realmente eficaz e duradouro.

1. Albendazol, um dos remédios mais indicados para vermes
  • Indicação: O Albendazol 400 mg é um dos vermífugos mais utilizados, por apresentar eficácia comprovada contra o maior número de vermes encontrados na população. Zentel® é um dos recomendados.
  • Cuidados e contraindicações: Mulheres grávidas, amamentando ou que planejam engravidar, e crianças abaixo de 2 anos, não devem tomar a medicação, sem avaliação e prescrição médica.
2. Mebendazol pode ser usado para crianças menores
  • Indicação: Seguido ao albendazol, o mebendazol é mais um vermífugo muito utilizado nos casos de vermioses e parasitoses intestinais, com grande abrangência. O remédio de referência é o Pantelmin® 500mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas, amamentando ou crianças abaixo de 1 ano, e crianças entre 1 e 2 anos, deve ser avaliado o risco x benefício pelo pediatra. Também não deve ser administrada junto com cimetidina e metronidazol. A interação pode sobrecarregar o fígado e causar efeitos indesejáveis.
3. Ivermectina, o remédio mais usado contra infestação de piolhos
  • Indicação: Medicação utilizada para diversos tipos de parasitose, ainda nos casos de infestação por piolhos e sarna (escabiose). Os medicamentos Revectina® 6 mg é o remédio de referência, mas já existem similares no mercado, como o Ivermec®, com a mesma dosagem. A dose recomendável se baseia no peso corporal.
  • Cuidados e contraindicações: Os efeitos colaterais quando ocorrem, são de diarreia, tontura, coceira e irritação na pele. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e em crianças abaixo de 15kg.
4. Nitazoxanida pode prevenir as verminoses infantis
  • Indicações: Medicamento indicado nos casos de gastroenterite bacteriana, virais e parasitoses intestinais. Conhecido ainda na faixa etária infantil, como medicamento para prevenção de verminoses, por isso administrado uma vez ao ano por grande parte dos pediatras, especialmente em regiões com saneamento básico inadequado. O medicamento referência é o Annita® 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica. Deve ser usada de preferência junto com as refeições.
5. Tiabendazol, remédio muito usado para tratar escabiose (sarna) e larva migrans
  • Indicação: Medicação indicada para parasitoses intestinais, ainda, sarna e larva migrans. Pode ser encontrado na forma de comprimidos de 500mg e pomadas tópicas a 5%, podemos citar como exemplos o Foldan® e o Thiaben®.
  • Cuidados e contraindicações: Na formulação oral é indicado tomar após as refeições para reduzir os efeitos colaterais, junto com água, leite ou suco de frutas. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e também não deve ser administrada em pessoas com história de úlcera gástrica ou gastrite, sem avaliação médica prévia.
6. Tinidazol para vermes e vaginoses bacterianas
  • Indicação: Medicamento utilizado contra alguns tipos de parasitoses e também para vaginoses bacterianas. São exemplos de tinidazol, o Pletil® e o Amplium®, ambos de 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação pode interagir com bebidas alcoólicas e anticoagulantes, por isso é importante que informe ao médico se faz uso de anticoagulação e não consumir nenhuma bebida alcoólica, até 3 dias após o término do tratamento, para evitar complicações neurológicas. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e crianças abaixo de 3 anos.
7. Praziquantel, o mais indicado para esquistossomose e taenias ("solitárias")
  • Indicações: Antiparasitário e anti-helmíntico, o medicamento é indicado para casos de teníase, esquistossomose, cisticercose e outras parasitoses. Encontrados no mercado como Cestox® 150 mg e Cisticid® 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e crianças abaixo de 4 anos. E de preferência, fazer uso junto com as refeições.
8. Metronidazol, indicado para gastroenterites e verminoses
  • Indicações: Medicamento indicado para vaginites, infecção dentária e infecções intestinais. Comercializado como Flagyl®, com dosagens de 250 e 400 mg.
  • Cuidados e contraindicações: Gestantes e mulheres amamentado, devem ser avaliadas pelo médico, visto que a medicação atravessa a barreira placentária e passa pelo leito materno. A medicação não deve ser misturada com bebidas alcoólicas. Além disso, pode aumentar a ação de medicamentos anticoagulantes e antipsicóticos. Não deixe de informar todas as medicações que faz uso regularmente, ao seu médico.
9. Levamisol, remédio para acabar com as "lombrigas"
  • Indicações: A medicação é indicada para a ascaridíase, popularmente conhecida por lombrigas, com a vantagem de ser eficaz com dose única. Ascaridil® é o seu nome comercial, nas doses de 80 e 150mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica. Não deve ser usado em crianças abaixo de 6 meses. E as doses devem ser prescritas pelo médico pediatra.
10. Pamoato de Pirantel indicado para lombrigas e outras parasitoses
  • Indicações: Parasitoses intestinais como ascaridíase (lombriga), ancilostomíase, enterobíase e oxiúros. Encontrado com os nomes Ascarical® ou Combantrin®, 750mg ou suspensão oral com 45 ml.
  • Cuidados e contraindicações: Não deve ser usado em crianças abaixo de 2 anos, em gestante e pessoas com doença hepática grave. Os familiares e coabitantes também devem ser tratados.
11. Piperazina, vermífugo indicado contra lombrigas e oxiúros
  • Indicações: Medicamentos indicado para parasitoses comuns como ascaris (lombriga) e oxiúros. Veroverme® é o seu nome comercial, nas doses de 100mg comprimidos ou suspensão oral, para crianças, com frasco de 100mg/ml.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação deve ser tomada em jejum, ou 2h após a refeição. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica prévia, assim como para pacientes portadores de epilepsia.
Como evitar as verminoses?

A contaminação por vermes costuma ocorrer em situações de falta de saneamento básico, cuidados de higiene e preparação de alimentos inadequados. Por isso a medida mais eficaz é manter hábitos de higiene adequados.

Medidas de higiene a serem seguidas:

  • Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes das refeições;
  • Beber água filtrada ou fervida;
  • Evitar roer as unhas e mantê-las sempre limpas e cortadas;
  • Evitar andar descalço;
  • Lavar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente os que serão consumidos crus, como frutas, verduras e legumes;
  • Evitar o consumo de carne crua, especialmente a carne de porco.

Leia também:

Qual o tratamento para quem tem vermes?

Quais os sintomas de vermes no corpo?

Vermes em crianças: quais são os remédios seguros e quando podem ser dados?

Referência:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • SBI - Sociedade Brasileira de Infectologia
Muco branco nas fezes: as 10 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas mais comuns de muco branco nas fezes são a intolerância a lactose, doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e retocolite, tumores ou infecção.

O muco intestinal normal, é uma secreção de aspecto gelatinoso, amarelo-claro, produzida em pequena quantidade pela parede do intestino, para lubrificar e facilitar a passagem das fezes.

A presença de muco branco nas fezes sugere um processo inflamatório na parede do intestino. Entenda um pouco mais sobre as causas mais comuns e as suas características.

1. Intolerância a lactose

A lactose é o açúcar encontrado no leite e seus derivados, como queijos e iogurtes. Pessoas com intolerância à lactose possuem dificuldade em quebrar e absorver essa substância. Com isso, o açúcar se deposita na parede do intestino, causando uma inflamação.

Sintomas: Diarreia com muco branco, dores abdominais, falta de apetite e perda de peso.

Tratamento: Dieta com restrição total ou parcial de lactose. Nem sempre é preciso a restrição absoluta desses alimentos, principalmente, para crianças em fase de desenvolvimento. Sendo assim, o mais indicado é que procure um profissional da área, nutrólogo ou nutricionista, para avaliação e orientação quando a dieta, caso a caso.

2. Doença de Crohn

A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica, que causa lesões na parede do sistema gastrointestinal, em qualquer região, da boca até o ânus, embora seja mais frequente acometer o intestino. É uma doença hereditária, com importante comprometimento na qualidade de vida do paciente.

Sintomas: Diarreia frequente, com a presença de muco branco ou amarelado e por vezes, sangue nas fezes. Além disso, é comum a presença de dores abdominais, perda de peso, cansaço e desnutrição.

Tratamento: A doença ainda não tem cura, e o tratamento se baseia em reduzir a inflamação e aliviar os sintomas. Os medicamentos mais usados são os corticoides, mesalazina, imunossupressores e orientação alimentar. A cirurgia é menos frequente, porém em alguns casos pode ser indicada.

3. Retocolite ulcerativa

Doença inflamatória intestinal crônica, de origem autoimune, semelhante à doença de Crohn, mas que atinge o intestino grosso, causando uma inflamação contínua. A doença está relacionada ainda a um maior risco de câncer no intestino.

Sintomas: Episódios de diarreia recorrente e frequente, com presença de muco branco, com ou sem sangue nas fezes, urgência em evacuar, dor e desconforto no ânus e dor abdominal que alivia após a evacuação.

Tratamento: O objetivo do tratamento é a melhora na qualidade de vida dessas pessoas, com a redução do número de crises e do risco de evoluir para câncer. Os medicamentos mais indicados são a mesalazina, corticoide, imunossupressores e mais raramente, cirurgia.

4. Doença celíaca

A doença celíaca tem origem genética e autoimune. É caracterizada por reações inflamatórias na mucosa intestinal, quando em contato com alimentos ricos em glúten como o trigo, centeio, cevada e aveia.

Sintomas: Diarreia prolongada, por mais de 3 semanas na maioria das vezes, com muco esbranquiçado ou amarelado nas fezes. Pode haver ainda, sangue nas fezes, dores abdominais, náuseas, perda de peso e, nas crianças, irritabilidade, deficit no crescimento e acompanhamento escolar.

Tratamento: Dieta rigorosa, evitando alimentos que contenham glúten e deve ser iniciada assim que seja confirmada a doença. Em geral, o diagnóstico depende de uma biópsia intestinal.

5. Síndrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável é uma doença funcional, mais comum entre as mulheres de meia-idade, onde o intestino apresenta uma sensibilidade aumentada a determinados alimentos, estresse ou infecções. Com isso aumenta o peristaltismo dando origem aos sintomas gastrointestinais.

Sintomas: Cólicas abdominais frequentes, diarreia que pode vir com muco branco ou amarelo-claro, intercalando com períodos de constipação, excesso de gases e flatulência.

Tratamento: A primeira medida deve ser identificar e tratar o agente causador dos sintomas. No caso de alimento, evitá-lo. Para casos de ansiedade, procurar um psicólogo e tratamento específico.

Uma dieta balanceada e atividade física regular também contribuem para a redução dos sintomas. E mais recentemente, um tratamento promissor, é o transplante de microbiota fecal.

6. Câncer

As células tumorais em crescimento desordenado, estimulam uma produção excessiva de muco.

Sintomas: Fezes com muco esbranquiçado ou amarelado, perda de peso e, menos frequentemente, dores abdominais.

Tratamento: O gastroenterologista e o oncologista devem solicitar um biópsia para determinar o tipo, a extensão e gravidade do tumor, para só então planejar o melhor tratamento. O tratamento definitivo pode incluir cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

7. Diverticulite

Os divertículos são pequenas bolsas formadas na parede do intestino, comum em pessoas idosas, que podem não causar sintomas, até que aconteça uma inflamação, a diverticulite.

Sintomas: Dor abdominal, na região inferior esquerda na grande maioria das vezes, diarreia com muco branco, febre e mal-estar.

Tratamento: Se houver sinal de infecção, o tratamento é feito com antibióticos e nos casos mais graves, pode ser preciso cirurgia de urgência.

A dieta rica em fibras e boa hidratação, evita a constipação e reduz o risco de uma crise de diverticulite.

8. Fissura anal

A fissura é uma ferida linear na mucosa do ânus, que acomete tanto homens quanto mulheres, em qualquer faixa etária. Traumas, fezes endurecidas e diarreia infecciosa são as causas mais comuns, mas doenças inflamatórias e vasculares também dão origem a essa ferida.

Sintomas: Dor anal intensa, por horas após uma evacuação, diarreia com muco branco e/ou sangue vivo nas fezes.

Tratamento: Dieta rica em fibras, aumento da ingesta de água, laxantes, gel de lidocaína tópico e banhos de assento são a primeira opção de tratamento. Para os casos crônicos e que não respondem, pode ser indicada cirurgia de correção da ferida.

9. Hemorroidas volumosas

A presença de hemorroidas de grande volume também causam inflamação na parede do intestino e maior produção de muco esbranquiçado.

Sintomas: Diarreia com muco branco, sangue nas fezes de coloração vermelho vivo, coceira e dor anal.

Tratamento: Dieta rica em fibras e aumentar o consumo de água por dia, a fim de evitar fezes endurecidas e/ou constipação. Medicamentos tópicos para aliviar os sintomas e cirurgia para os casos de ruptura ou obstrução retal, pelo volume da hemorroida.

10. Gastroenterite

Nas infecções intestinais, as bactérias dão origem a inflamação na mucosa do intestino, responsável pela maior presença de muco e por vezes, de sangue nas fezes.

Sintomas: Diarreia com muco branco, pus e/ou sangue, febre, dor na barriga, mal-estar e fraqueza. A criança pode inclusive desenvolver desidratação rapidamente, é preciso estar atento.

Tratamento: Dieta balanceada, sem deixar de se alimentar, muita água, especialmente em crianças e antibiótico.

Quando procurar um médico?

Sempre que perceber um aumento exagerado de muco nas fezes, seja ele branco, amarelado ou esverdeado, é importante informar ao seu médico de família ou gastroenterologista para avaliação.

Especialmente nos casos de muco associado a:

  • Febre (temperatura axilar acima de 37,8º)
  • Emagrecimento
  • Sangue nas fezes
  • Feridas ou fissuras no ânus

O médico gastroenterologista é o especialista para avaliar, diagnosticar e tratar esses casos.

Saiba mais sobre a presença de muco nas fezes nos artigos:

Muco nas fezes durante a gravidez é normal?

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?

Referências:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Mayo Clinic - Chron's disease overview. 2020.
  • Mahesh Gajendran, et al.; A comprehensive review and update on ulcerative colitis. Dis Mon. 2019 Dec;65(12):100851.
  • Alexandros Hadjivasilis, et al.; New insights into irritable bowel syndrome: from pathophysiology to treatment. Ann Gastroenterol. Nov-Dec 2019;32(6):554-564.