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Ataxia de Friedreich não tem cura. Trata-se de uma doença progressiva e degenerativa que causa alterações irreversíveis no sistema nervoso.
Entretanto existem opções de tratamento, com o objetivo de amenizar os sintomas, prevenir complicações cardíacas, respiratórias e ortopédicas, além de tratar as doenças concomitantes como o diabetes mellitus.
Dentre os medicamentos usados para tratar a ataxia de Friedreich estão o idebenona (antioxidante), resveratrol (para o coração), eritropoetina (hormônio), deferiprona e desferroxamina (quelantes de ferro).
Os quelantes de ferro diminuem as concentrações de ferro, reduzindo assim os seus efeitos tóxicos na produção de energia das células. Os antioxidantes protegem a organela responsável pela respiração celular (mitocôndria) das lesões causadas pelos radicais livres (moléculas de oxigênio quimicamente ativas). Já a eritropoetina tem efeito protetor sobre o sistema nervoso e coração.
Há ainda outros remédios usados no tratamento da ataxia de Friedreich, mas que ainda estão em fase de estudos. Contudo, mesmo as medicações já usadas habitualmente têm um efeito muito limitado no controle da progressão e dos sintomas da doença.
Os tratamentos não farmacológicos, como cirurgia e fisioterapia, visam sobretudo corrigir e prevenir complicações, além de tentar promover uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Os sintomas da ataxia de Friedreich normalmente começam a se manifestar antes dos 20 anos de idade. Em geral, os pacientes perdem a autonomia depois de 10 a 15 anos e muitos vão a óbito devido a complicações cardíacas.
Contudo, a idade de início das manifestações, os tipos de sintomas e a velocidade de progressão da doença podem variar muito de pessoa para pessoa.
Saiba mais em: O que é ataxia de Friedreich?
O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ataxia de Friedreich.
A giardíase nem sempre causa sintomas. Quando presentes, os sintomas da giardíase podem ser:
- Diarreia aquosa instalada abruptamente;
- Mal estar;
- Cólica abdominal;
- Gazes;
- Desconforto estomacal com náuseas e dor no estômago;
- Inchaço abdominal;
- Fezes gordurosas;
- Perda de peso.
A giardíase pode ser prevenida com medidas simples de higiene como:
- Lavar as mãos com água e sabão antes e depois da utilização do banheiro;
- Lavar as mãos com água e sabão antes e depois da troca de fraldas de crianças;
- Beber água filtrada ou fervida;
- Comer comida devidamente higienizada e em locais seguros higienicamente.
Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e complementar até os 2 anos de idade é outra importante medida.
O tratamento da giardíase pode ser feito com uso de antibióticos e anti-parasitários como Albendazol, Mebendazol entre outros.
Ataxia de Friedreich é uma doença neurológica degenerativa, hereditária, rara, que afeta sobretudo o sistema nervoso, mas também outros sistemas do organismo com a sua evolução.
Além de deficiência na sensibilidade, nos movimentos e na coordenação motora, a ataxia de Friedreich pode causar problemas cardíacos, diabetes, alterações dos movimentos dos olhos, surdez, cegueira, dificuldade em articular os sons, deformidades, entre outras complicações.
O termo "ataxia" significa incapacidade de realizar movimentos coordenados, finos e precisos. No caso da ataxia de Friedreich, a causa está na degeneração progressiva dos nervos periféricos e sistema nervoso central, especialmente na medula espinhal.
Os sintomas da ataxia de Friedreich normalmente começam a se manifestar antes dos 20 anos de idade, sendo os mais comuns:
- Quedas frequentes causadas pela perda de equilíbrio, além da dificuldade cada vez maior em realizar tarefas que exigem precisão;
- Doenças cardiológicas, insuficiência cardíaca, arritmias;
- Lentidão na fala, discurso lento, articulação imprecisa das palavras;
- Transtorno de humor;
- Tremores;
- Disfagia (dificuldade para engolir), inicialmente líquidos, evoluindo para alimentos pastosos e por fim sólidos;
- Doenças na coluna, mais comum é a escoliose;
- Nistagmo;
- Diabetes;
- Surdez.
Em geral, os pacientes perdem a autonomia após 10 a 15 anos do início dos sintomas. A ataxia de Friedreich é uma doença que não afeta a cognição (memória, raciocínio, percepção, aprendizado) mesmos nos estágios mais avançados.
O diagnóstico é feito através de exame clínico, laboratoriais, de imagem e teste de genética molecular.
Não existe tratamento aprovado para ataxia de Friedreich, embora diversos grupos estejam avançando com estudos de medicações para controle da doença, trazendo boas expectativas para o futuro.
Atualmente o tratamento tem como objetivo combater os sintomas, prevenir complicações cardíacas e respiratórias, controlar o diabetes e prevenir deformidades. Para tanto é necessário acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapia ocupacional além de outros profissionais.
Saiba mais em: Ataxia de Friedreich tem cura? Como é o tratamento?
O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ataxia de Friedreich é o/a médico/a neurologista.
Escorbuto é uma doença causada pela deficiência da vitamina C (ácido ascórbico). O escorbuto acontece por uma insuficiente ingestão de frutas e vegetais frescos, fontes de vitamina C, tais como frutas cítricas (laranja, limão, acerola, kiwi, abacaxi), tomate, batatas, couve-flor, brócolis, morango, espinafre, repolho.
A vitamina C exerce um papel essencial na produção de colágeno, uma proteína que faz parte do tecido conjuntivo, fundamental para a estrutura e para o suporte dos vasos sanguíneos e dos tecidos do corpo.
Sem vitamina C na quantidade necessária, o corpo não produz colágeno, o que causa rupturas e desgaste dos tecidos, gerando sangramentos e outras complicações.
Além disso, a vitamina C também atua no sistema imunológico, na absorção de ferro, no metabolismo do colesterol, entre outras funções no organismo. Por essa razão, o escorbuto provoca sinais e sintomas que afetam todo o organismo de um modo geral.
Quais as causas do escorbuto?O escorbuto pode acometer pacientes com história de alcoolismo, uso de drogas, alergia alimentar, doenças psiquiátricas e baixo nível socioeconômico. Pessoas idosas, que não são capazes de ter uma alimentação balanceada e saudável, também são mais acometidas pela doença.
Outras causas para o escorbuto incluem: anorexia; tratamentos que causam náuseas e vômitos, como a quimioterapia; doenças que interferem na absorção dos nutrientes pelo intestino, como doença de Crohn e colite ulcerosa; tabagismo; gravidez e amamentação.
Quais são os sintomas de escorbuto?Os sintomas do escorbuto podem incluir: hemorragias gengivais, hemorragias na pele, dificuldade de cicatrização, fraqueza, cansaço, mal-estar geral, humor deprimido, dentes fragilizados podendo ficar soltos, dores musculares e nas articulações, aparecimento de pontinhos vermelhos ou azulados na pele.
Esses pontinhos surgem nos locais de pelos, que se rompem facilmente devido ao comprometimento do folículo piloso. Os pontos aparecem sobretudo na região anterior da perna. Sem tratamento, podem se alastrar e formar grandes manchas escuras na pele.
Outros sinais e sintomas do escorbuto: inchaço nas gengivas, falta de ar ao realizar esforço físico, vermelhidão e inchaço de feridas que foram curadas recentemente, hematomas, perda de apetite, irritabilidade, dificuldade em ganhar peso, protusão dos olhos, diarreia e febre alta.
Qual é o tratamento para escorbuto?O tratamento do escorbuto é feito com a reposição de vitamina C. Para adultos, a dose diária recomendada de vitamina C é de 800 a 1000 mg. Essa dose deve ser mantida durante pelo menos 7 dias. Depois, a dose é reduzida para 400 mg por dia, até o desaparecimento completo dos sintomas.
Para crianças, a o tratamento do escorbuto é feito com a reposição de 150 a 300 mg de vitamina C por dia. O tratamento com essa dose deve ser mantido durante 30 dias.
Em geral, a recuperação é iniciada logo após a instalação do tratamento, muitas vezes nas primeiras 24 horas.
Uma alimentação saudável e equilibrada é capaz de ofertar os nutrientes, minerais e vitaminas necessárias para o bem estar e prevenção do escorbuto.
Balantidiose é uma doença intestinal causada pelo protozoário Balantidium coli. O parasita é encontrado principalmente no intestino de porcos, sendo transmitido pelas fezes dos animais.
A transmissão da balantidiose para os seres humanos ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados ou pela contaminação das mãos com fezes infectadas.
Ao infectar o hospedeiro, o Balantidium coli instala-se no intestino grosso, nutrindo-se dos alimentos ali dissolvidos e se reproduzindo. O protozoário também pode invadir a mucosa intestinal, se esta estiver com alguma lesão.
Os sinais e sintomas da balantidiose podem incluir febre, diarreia, náuseas, vômitos, perda de apetite, fraqueza, presença de muco e sangue nas fezes, cólicas e nos casos graves pode levar a desidratação.
O diagnóstico é obtido pela avaliação dos sintomas e exame de fezes. O tratamento da balantidiose é feito nos casos graves geralmente com o uso de antibióticos ou com ação antiprotozoária.
Para prevenir a balantidiose deve-se ter cuidados de higiene pessoal, principalmente pessoas que têm contato frequente com suínos, cuidados de saneamento básico, cozer bem os alimentos antes de comer, beber água fervida ou tratada, bem como tratar as pessoas doentes para que não transmitam a doença.
Os médicos gastroenterologista ou infectologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar a balantidiose.
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Carbúnculo ou antrax é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bacillus anthracis. Trata-se de um aglomerado de furúnculos que ocorre principalmente em animais herbívoros como bovinos, ovelhas, cabras e camelos, mas que também pode infectar humanos.
A principal forma de transmissão do carbúnculo hemático, como também é conhecido, é através do manuseio de produtos provenientes de animais infectados, como osso, couro, lâ e pelos. Também pode ser transmitido pela ingestão de carne de animais contaminados ou inalação de esporos da bactéria. Contudo, esses casos são mais raros. A transmissão do antrax de pessoa para pessoa é muito improvável.
Os sinais e sintomas do carbúnculo geralmente se manifestam 5 a 7 dias após a infecção. As manifestações do antrax variam conforme a forma de transmissão.
A forma cutânea é a mais comum e ocorre em mais de 90% dos casos. Esse tipo de carbúnculo resulta da infecção através de lesões na pele. Os locais mais acometidos são as mãos, os braços e a cabeça. No início, a lesão é semelhante a uma picada de inseto, que evolui para uma ferida indolor com uma área preta no meio. Sem tratamento, o antrax cutâneo pode ser fatal em alguns casos.
A forma respiratória de carbúnculo ocorre quando a infecção se dá pela inalação de esporos. Os sintomas iniciais são parecidos com os de um resfriado. Contudo, depois de 1 a 2 dias, o quadro pode evoluir para graves problemas respiratórios e choque. O antrax respiratório pode levar à morte em até 100% dos casos.
Já a forma intestinal de carbúnculo é resultante da ingestão de carne de animal infectado, causando uma inflamação aguda no aparelho digestivo. Os sintomas do antrax intestinal incluem febre, náuseas, vômitos e perda de apetite. Essa forma de carbúnculo pode ser fatal em mais da metade dos casos.
O diagnóstico do carbúnculo é feito pela análise do sangue, de material das lesões da pele ou de secreções respiratórias. O tratamento do antrax é feito com medicamentos antibióticos específicos.
A vacina para antrax é indicada apenas para pessoas que estão constantemente expostas à bactéria, como trabalhadores de laboratórios, militares em áreas de elevado risco de exposição, trabalhadores agrícolas, entre outras. A vacinação para a população geral não é recomendada.
O/a médico/a de família, clínico/a geral ou infectologista podem ser consultados para diagnosticar e tratar o carbúnculo.
Os sintomas da pneumonia bacteriana incluem febre alta, calafrios, tosse seca que evolui para tosse produtiva com catarro amarelado ou esverdeado, falta de ar, dor no peito, vômitos, perda de apetite, dor no corpo e fraqueza.
As manifestações da pneumonia podem variar de acordo com o agente causador e o estado de saúde da pessoa. A pneumonia bacteriana ou viral é muitas vezes confundida com uma gripe. Porém, no caso da pneumonia, os sintomas não melhoram e se agravam com o passar dos dias.
Em geral, idosos e indivíduos com doenças crônicas ou imunidade baixa manifestam poucos sintomas. O quadro costuma ser mais discreto, com pouca tosse e ausência de febre. Nesses casos, a pneumonia pode causar apenas desorientação, prostração e confusão mental.
Raio-x de tórax com pneumonia (porções esbranquiçadas na parte escura da imagem) Quais os sintomas da pneumonia bacteriana em bebês e crianças?Em crianças, os sinais e sintomas da pneumonia bacteriana geralmente se manifestam como uma gripe ou resfriado que vai piorando com o tempo. A criança pode apresentar prostração, febre alta, tosse com catarro, perda de apetite e respiração ofegante.
Há casos em que a criança queixa-se de dor na barriga, mas na realidade a dor vem da porção inferior do pulmão, onde pode estar localizada a infecção.
Bebês com menos de 1 ano de idade podem manifestar poucos sintomas.
O que é pneumonia bacteriana e como tratar?A pneumonia bacteriana é uma infecção dos pulmões causada por bactérias. Seu principal agente causador é a bactéria Streptococcus pneumoniae. Trata-se de uma infecção pulmonar que afeta sobretudo pessoas que já têm alguma doença de base que enfraqueceu as defesas do organismo.
O tratamento é feito com medicamentos antibióticos, que devem ser tomados durante uma ou duas semanas. Os sintomas normalmente melhoram após 3 ou 4 dias do início do tratamento.
Pessoas idosas ou que manifestam complicações causadas pela doença, como dificuldade para respirar ou problemas renais, podem necessitar de internamento durante o tratamento.
É muito importante continuar tomando os medicamentos até ao fim do período estipulado para evitar recaídas e resistência da bactéria ao antibiótico.
Como se transmite a pneumonia bacteriana?A pneumonia bacteriana é transmitida através do ar infectado com a bactéria, da aspiração de líquido estomacal ou de infecção pela via sanguínea.
Contudo, de modo geral, a pneumonia bacteriana não é muito contagiosa e o paciente não precisa ficar isolado.
Leia também: Pneumonia é contagiosa?
O/a médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra podem são capazes de realizar o diagnóstico e tratamento da pneumonia bacteriana. Em caso de complicações, pode ser preciso uma avaliação do/a médico/a pneumologista.
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Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem febre, tosse, transpiração noturna excessiva, mal-estar geral, emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas iniciais da tuberculose são leves, de evolução lenta e inespecíficos, podendo ser confundidos com muitas outras doenças.
A febre geralmente é baixa, com tendência para surgir no final da tarde e início da noite. A perda de peso é progressiva, levando a um emagrecimento acentuado após alguns meses que causa grande debilidade física.
O mal-estar geral caracteriza-se como uma fraqueza e fadiga. No início da tuberculose pulmonar, esse mal-estar é sentido principalmente no final do dia e surge junto com a febre. Com a evolução da doença, a fraqueza e a fadiga podem estar presentes durante todo o dia.
Já a tosse pode ser leve e seca no início, tornando-se mais intensa e produtiva com presença de sangue no catarro. Dependendo do grau de evolução da tuberculose, a pessoa pode chegar a tossir sangue.
Qual é o tratamento para tuberculose pulmonar?O tratamento da tuberculose pulmonar é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios devem ser tomados todos os dias, por via oral, durante um tempo que é determinado pelo médico.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os remédios usados para tratar a tuberculose pulmonar.
Os sintomas diminuem e o paciente melhora significativamente após o início do tratamento. Contudo, é fundamental continuar tomando a medicação até o fim do período estabelecido para evitar recaídas e resistência das bactérias aos antibióticos.
Tuberculose pulmonar é contagiosa?A tuberculose pulmonar é altamente contagiosa. Por isso, o diagnóstico e tratamento devem ser estabelecidos o quanto antes. Com o início do tratamento, a quantidade de bactérias expelidas pelo paciente reduz bastante, pelo que o risco de transmitir a doença também diminui consideravelmente.
Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?
Em caso de tosse com pelo menos 3 semanas de duração, associada aos sintomas descritos anteriormente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação adequada.
O tratamento da tuberculose pulmonar é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral, infectologista ou pneumologista.
Histoplasmose é uma infecção respiratória causada pelo fungo Histoplasma capsulatum. A transmissão ocorre pela inalação do fungo, presente em grandes quantidades em locais com acúmulo de fezes de morcegos e aves. A histoplasmose pode se desenvolver sem manifestar sintomas ou evoluir para uma infecção disseminada que pode ser fatal.
O fungo Histoplasma capsulatum cresce no solo, especialmente em locais abrigados, úmidos, quentes e com fezes de aves e morcegos acumuladas, como grutas, cavernas, galinheiros, interior de troncos ocos, construções e lugares abandonados, entre outros.
Histoplasma capsulatum, fungo casador da histoplasmoseMais de 90% das pessoas com histoplasmose não manifesta sintomas ou desenvolve um quadro autolimitado, que não é identificado como histoplasmose.
Em pessoas saudáveis, com um bom sistema imunológico, a histoplasmose pode não causar sintomas ou se manifestar sob a forma pulmonar aguda, com sintomas semelhantes aos de uma gripe.
Indivíduos com imunidade baixa ou defeitos anatômicos no pulmão podem cursar com as formas pulmonar crônica ou disseminada da histoplasmose.
Quais são os sintomas da histoplasmose? Sintomas da histoplasmose pulmonar agudaNa infecção pulmonar aguda, os sinais e sintomas da histoplasmose podem incluir dor de cabeça, febre com duração superior a 7 dias, dores musculares, fadiga, tosse seca, falta de apetite, dor no peito e falta de ar. Algumas pessoas podem apresentar manchas ou lesões vermelhas na pele.
Depois de duas a três semanas de infecção, podem ocorrer inflamação da pleura (membrana que envolve os pulmões), conjuntivite, derrame na membrana que envolve o coração e artrite.
Essa forma de histoplasmose é autolimitada e as lesões regridem após 1 a 3 meses, deixando sequelas, como calcificações nos pulmões e fora deles.
Porém, em pessoas com a imunidade muito baixa a doença não regride, evoluindo para formas disseminadas agudas de histoplasmose.
Sintomas da histoplasmose pulmonar crônicaA forma pulmonar crônica da histoplasmose ocorre sobretudo em indivíduos com alterações anatômicas no pulmão que favorecem a instalação e proliferação do fungo, como em pacientes com enfisema pulmonar, por exemplo.
Os sinais e sintomas incluem tosse crônica com secreção sanguinolenta, dor torácica, falta de ar, fadiga, febre, perda de peso, fraqueza, falta de apetite e transpiração noturna excessiva.
Sintomas de histoplasmose disseminadaA forma disseminada é mais frequente em pessoas com imunidade baixa, como portadores de HIV e câncer, bebês e idosos. É a forma mais grave de histoplasmose, podendo rapidamente evoluir e levar a óbito se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Nesses casos, a doença pode estar disseminada no baço, fígado, gânglios linfáticos e medula óssea, causando febre alta, palidez, perda de peso, cansaço, perda de apetite, vômitos, anemia, fraqueza, diarreia e aumento de tamanho do fígado e do baço. Também é comum a presença de feridas purulentas na pele com formação de crostas, bem como lesões na língua, lábios e garganta.
Cerca de 20% das pessoas com histoplasmose disseminada apresentam inflamação no cérebro e na meninge (membrana que envolve o cérebro). Em crianças e indivíduos com AIDS, pode haver formação disseminada de coágulos nos vasos sanguíneos.
E casos raros, pode ocorrer aumento dos níveis de cálcio no sangue, insuficiência da glândula adrenal, manifestações em ossos e articulações, endocardite (inflamação da parte interna do coração) e infecção no sistema nervoso central.
Os fatores de risco para o desenvolvimento da histoplasmose disseminada incluem: idade avançada, AIDS, neoplasias hematológicas, transplantes, uso de medicamentos corticoides e deficiências de células de defesa conhecidas como linfócitos T.
Qual é o tratamento para histoplasmose?As formas assintomática e pulmonar aguda de histoplasmose regridem espontaneamente e não necessitam de tratamento específico. Contudo, pacientes imunocomprometidos precisam ser tratados para evitar a progressão da doença.
O tratamento da histoplasmose nesses casos é feito com medicamentos antifúngicos e medidas de suporte respiratório, nos casos mais graves. A anfotericina B e o itraconazol são os antifúngicos mais usados para tratar a doença.
Na histoplasmose pulmonar aguda em que os sintomas persistem por mais de 1 mês, o tratamento geralmente é iniciado com itraconazol, com doses de 200 mg a 400 mg por dia, durante 6 a 12 semanas.
O tratamento das formas graves de histoplasmose pulmonar aguda é feito com anfotericina B, com doses de 0,5 mg a 1 mg/kg/dia, durante uma a duas semanas. A dose máxima não deve ultrapassar 50 mg por dia. Depois, inicia-se o tratamento com itraconazol, com dose de 200 mg, 3 vezes ao dia, durante 3 dias. A dose de manutenção é de 200 mg, duas vezes ao dia, e deve ser mantida por 12 semanas.
O tratamento da histoplasmose cavitária pulmonar crônica geralmente é feito com itraconazol, 200 mg, 3 vezes ao dia, durante 3 dias. Depois, as doses vão de 200 mg a 400 mg por dia, durante 1 a 2 anos.
Como ocorre a transmissão da histoplasmose?As principais formas de contágio da histoplasmose são através da manipulação do solo e limpeza de lugares contaminados, pois é assim que as formas infectantes do fungo ficam suspensas no ar e são inaladas. Em geral, quanto mais fungos a pessoa inala, mais grave é a doença.
A infecção pode ocorrer durante escavações, aragem da terra, construções, visitas a grutas e cavernas, limpeza de sótãos e locais abandonados, entre várias outras atividades. A histoplasmose não é contagiosa e não é transmitida de pessoa para pessoa.
Como é feita a prevenção da histoplasmose?A prevenção da histoplasmose é feita principalmente com a limpeza regular dos locais propícios à proliferação do fungo ou desinfecção dos mesmos com formol a 3%, usando sempre máscaras e luvas. Além disso, deve-se evitar a exposição desnecessária a lugares que podem estar contaminados.
Os/As médicos/as pneumologista e infectologista são os/as especialistas indicados/as para tratar a histoplasmose.
Ascaridíase é uma infecção intestinal causada pelo parasita Ascaris lumbricoides. Seu nome popular é lombriga e é muito comum em regiões com saneamento básico precário.
A maioria das infecções intestinais causada por esse parasita não manifesta em sintomas.
A ascaridíase pode ser expressa numa fase inicial com acometimentos pulmonares e uma fase latente com acometimentos intestinais.
Quando há sintomas, eles podem ser:
- Tosse seca;
- Falta de ar;
- Febre;
- Desconforto no peito;
- Chiado no peito;
- Escarro com sangue;
- Desconforto abdominal;
- Náusea e vômito;
- Obstrução intestinal que pode ser aguda e necessitar de intervenção cirúrgica imediata;
- Desnutrição e restrição do crescimento;
- Aumento do fígado;
- Icterícia.
O diagnóstico exato da ascaridíase é feito pelo exame de fezes ou pela detecção de vermes nas fezes.
O tratamento da ascaridíase é feito com medicamento anti-parasitário como Albendazol ou Mebendazol. Outras medicações podem ser utilizadas em alternativa a esses anti-parasitários.
A prevenção é essencial para evitar a aquisição da doença. Ela pode ser feita com medidas básicas de higiene sanitária além da lavagem das mãos com água e sabão.
O/a médico/a de família ou o clínico/a geral pode fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.
O tratamento para amebíase é feito com uso de medicamentos anti-parasitários. O objetivo do tratamento é eliminar a invasão dos parasitas e acabar com o transporte intestinal dos mesmos. Pelo alto risco de tornar-se uma doença invasiva, a amebíase deve ser tratada mesmo na ausência de sintomas.
Os remédios usados para eliminar a ameba são o secnidazol, o metronidazol, o tinidazol e o teclozam.
A primeira opção de tratamento para as formas intestinais de amebíase é o secnidazol, nas doses de 2g para adultos (dose única) e, para crianças, 30 mg/kg/dia, sendo que a dose máxima não deve ultrapassar 2g por dia. O medicamento deve ser evitado no primeiro trimestre de gestação e na amamentação.
A segunda opção de tratamento para amebíase é o medicamento metronidazol. A dose para adultos é de 500 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 dias. Para crianças, a dose indicada é de 35 mg/kg/dia, 3 vezes ao dia, durante 5 dias.
Nas formas graves de amebíase, geralmente usa-se o metronidazol, com doses para adultos de 750 mg, 3 vezes ao dia, durante 10 dias e, para crianças, 50 mg/kg/dia, durante 10 dias.
A terceira opção de tratamento medicamentoso para a amebíase intestinal é o tinidazol. A dose nesses casos, para adultos, é de 2g, uma vez ao dia, durante 2 dias. Nas formas extra-intestinais, recomenda-se 50 mg/kg/dia, durante 2 ou 3 dias. Para crianças, a dose recomendada é 50 mg/kg/dia.
A quarta e última opção de tratamento para amebíase é o medicamento teclozam, usado nas formas leves de amebíase ou naqueles casos em que não há manifestação de sintomas. A dose recomendada é de 1.500 mg por dia (dose única), divididas em 3 doses de 500 mg. Para crianças, recomenda-se 15 mg/kg/dia, por 5 dias.
Quando há abscesso no fígado, pode ser necessário aspirar o abscesso. A drenagem do abscesso feita por cirurgia aberta não é indicada, exceto nos casos graves, quando não é possível aceder ao abscesso para fazer a aspiração e quando não há resposta ao tratamento dentro de 4 dias.
O que é amebíase?Amebíase é uma infecção intestinal causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, mais conhecido como ameba. O protozoário também pode invadir tecidos além dos intestinos, dando origem à forma extra-intestinal da doença.
AmebaA possibilidade da doença se tornar invasiva irá depender de certos fatores como idade, susceptibilidade genética e aspectos imunológicos.
Quais são os sintomas da amebíase?Os sintomas da amebíase podem variar de uma leve diarreia até uma grave disenteria. A amebíase pode provocar diarreia com presença de sangue e muco nas fezes, febre e calafrios. Nos casos mais leves, a diarreia é leve e geralmente vem acompanhada apenas por desconforto abdominal. Contudo, ainda se observa sangue e muco nas fezes.
Nos casos mais graves, o parasita se dissemina pela circulação sanguínea, causando muitas vezes abscesso no fígado, nos pulmões ou no cérebro. Se não for devidamente diagnosticada e tratada a tempo, a amebíase pode levar à morte.
Como ocorre a transmissão da amebíase?A transmissão da amebíase ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes com cistos maduros da ameba.
A falta de higiene pessoal e na manipulação e cuidados com os alimentos pode favorecer a disseminação dos cistos dentro de uma mesma família.
É importante lembrar que a pessoa infectada pode transmitir a amebíase, mesmo que não esteja manifestando sinais e sintomas.
O tempo decorrido entre a infecção e a manifestação dos sintomas varia entre duas e quatro semanas. Porém, há casos em que o período de incubação pode ser de dias, meses ou anos.
Como prevenir a amebíase?A amebíase pode ser prevenida com condutas mínimas de higiene como:
- Lavar bem as mãos com água e sabão, principalmente após as evacuações e antes de manipular alimentos;
- Lavar adequadamente frutas e verduras;
- Evitar beber água de fontes desconhecidas e sem o devido tratamento sanitário.
O/a médico/a de família ou o/a clínico/a geral podem fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.
Artrite é uma inflamação da articulação, enquanto que artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação.
Apesar de serem doenças distintas, a artrite e a artrose estão diretamente relacionadas. Isso porque a inflamação da artrite provoca desgaste ou destruição da cartilagem articular; com a diminuição da cartilagem, os ossos entram em contato um com o outro, gerando a artrose.
Portanto, se não for devidamente tratada, a artrite pode evoluir para artrose.
As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc.
Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.
Na artrose, ocorre um desgaste dessa cartilagem da articulação, prejudicando os movimentos e causando dor.
Quais são as causas da artrite e da artrose? ArtriteUma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco, podendo ocorrer em qualquer articulação do corpo.
ArtroseA artrose tem como causa a diminuição da cartilagem articular, o que pode ocorrer por fatores genéticos, excesso de uso da articulação, traumatismos e degeneração da cartilagem decorrente da idade.
Quais são os sintomas da artrite e da artrose? ArtriteOs principais sintomas da artrite são: dor, inchaço, calor, vermelhidão e rigidez na articulação afetada.
ArtriteEsses sinais e sintomas são típicos de um processo inflamatório (artrite é uma inflamação na articulação), com exceção da rigidez. A dor pode ser constante ou não, podendo ocorrer em repouso ou durante o movimento.
ArtroseOs sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e mudanças no formato da articulação afetada.
Ocorrem principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral. A dor da artrose normalmente piora com o frio.
Como é o tratamento da artrite e da artrose? ArtriteO tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, terapia ocupacional, perda de peso e cirurgias. O objetivo é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.
ArtroseO tratamento da artrose pode ser feito com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, injeções locais, repouso, perda de peso, fisioterapia, uso de talas e sapatos ortopédicos e, em alguns casos, cirurgia.
O/a médico/a reumatologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da artrite e da artrose.