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Forte odor e queimor na vagina, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode ser uma infecção vaginal, uma vulvovaginite, precisa de uma avaliação médica para o melhor diagnóstico e tratamento. Entre as vulvovaginites que causam sensação de queimação ou ardência na vagina e corrimento com odor destaca-se a tricomoníase.

Outra possibilidade é vaginose bacteriana, que também se caracteriza pela presença de corrimento com mau odor, no entanto, não costuma causar outros sintomas importantes.

Já a candidíase também é uma possibilidade, pois costuma causa intensa coceira na vulva, sensação de queimação e ardor, embora geralmente não cause odor forte associado.

Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção vaginal, sexualmente transmissível, causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis, é uma vulvovaginite prevalente e muitas vezes pode ser assintomática, cerca de 10 a 50% das mulheres não apresentam sintomas, podendo passar despercebida.

Os principais sintomas da tricomoníase são:

  • Corrimento vaginal que pode ser abundante, ou espumoso e de coloração amarela-esverdeada;
  • Irritação e coceira vulvar;
  • Vermelhidão da vulva;
  • Ardência urinária;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual.

O tratamento da tricomoníase é feito através de medicamentos tomados por via oral. Tanto a mulher quanto o parceiro sexual devem ser tratados, já que trata-se de uma infecção sexualmente transmissível, durante o tratamento e importante abster-se de relações sexuais.

Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana é uma vulvovaginite causa por uma bactéria, a Gardnerella vaginalis, essa bactéria causa um corrimento branco acinzentado com um forte odor semelhante a peixe.

O tratamento da vaginose bacteriana é muito simples e fácil de ser realizado, é feito através do uso de creme vaginal ou de medicamento antibiótico.

Candidíase vaginal

É uma infecção vaginal causada por fungo. Os principais sintomas são: prurido vulvar e vaginal intenso, corrimento esbranquiçado com grumos sem odor, ardência para urinar e desconforto durante as relações.

O tratamento também é realizado com creme vaginal ou antifúngico oral.

Na presença de odor vaginal intenso e ardência vaginal consulte um ginecologista ou médico de família para uma avaliação.

Coceira na vagina pode ser candidíase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, coceira na vagina pode ser candidíase, uma infecção vaginal causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase pode causar coceira na vulva, coceira na entrada da vagina e coceira dentro da vagina.

Além de coceira vaginal, a candidíase pode causar o aparecimento de corrimento vaginal branco espesso e abundante, semelhante a requeijão, ardência nos grandes lábios e na vagina, dor durante a relação sexual, dor ao urinar, vermelhidão e inflamação da vulva (parte externa da vagina).

Como aliviar a coceira na vagina em caso de candidíase?

O tratamento da candidíase é realizado com pomada ginecológica para coceira, creme, comprimidos vaginais ou supositórios e comprimidos orais. Para aliviar a coceira e a ardência na vagina são usados remédios antifúngicos, como miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol.

A pomada ginecológica ou o remédio antifúngico podem precisar ser usados por até 7 dias. Se a mulher não tiver infecções repetitivas, pode ser indicado um medicamento de 1 dia, tomado em dose única.

Quando a coceira nas partes íntimas femininas e os outros sintomas são mais graves ou quando a mulher tem candidíase vaginal com frequência, pode ser necessário usar medicação por até 14 dias, além de pomada ginecológica com azol ou tomar comprimidos de fluconazol todas as semanas para prevenir novas infecções.

Além da candidíase, o que mais pode causar coceira na vagina?

A coceira na vagina também pode ser causada por certos distúrbios da pele ou infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em casos raros, o prurido vaginal pode ser sintoma de câncer de vulva.

Coceira na vulva ou na entrada da vagina em, geral, tem como causas alergia ou irritação. Já uma coceira dentro da vagina pode ser sintoma de alguma infecção causada por fungos ou bactérias. Nesse caso, além da coceira, é comum haver corrimento vaginal e inchaço local.

Abaixo seguem as principais causas de coceira na vagina, na vulva ou na região ao redor da vagina.

1. Alergia

A exposição da vagina a produtos químicos irritantes pode causar coceira. Esses irritantes podem desencadear uma reação alérgica que cria uma erupção cutânea com coceira em várias áreas do corpo, incluindo a vagina.

A alergia pode ser causada por calcinha de nylon, sabonete, absorvente, perfume, desodorante, amaciante de roupa, sprays femininos, duchas, cremes, pomadas, papel higiênico perfumado, entre outros.

O uso de calcinhas de material sintético e o uso frequente de calça jeans, sobretudo nos dias mais quentes, podem irritar a vulva (parte externa da vagina), provocando coceira e aumentando as chances de candidíase.

O que fazer: quando a coceira na vagina é causada por alergia, é necessário identificar o que está provocando a reação alérgica e afastar o agente irritante para acabar com a coceira. Além disso, é importante usar calcinhas de algodão e evitar o uso de calças jeans apertadas.

2. Doenças da pele

Algumas doenças de pele, como eczema e psoríase, podem causar vermelhidão e coceira na região da vagina.

No eczema, surge uma erupção avermelhada com textura escamosa e que coça. A psoríase provoca o aparecimento de manchas vermelhas escamosas, sobretudo no couro cabeludo e nas articulações. Porém, às vezes, esses sintomas também podem ocorrer na vagina.

O que fazer: na maioria das vezes, o tratamento das doenças de pele que causam coceira na vagina é feito com pomadas e remédios aplicados diretamente no local. Em alguns casos, pode ser necessário tomar medicamentos por via oral.

3. Vaginose

Além de coceira na vagina, leva ao aparecimento de corrimento vaginal cinzento e normalmente com mau cheiro, dor durante as relações sexuais e ardência ao urinar.

A vaginose surge quando ocorre um desequilíbrio nas bactérias que compõem a flora vaginal ou no pH da vagina. É parecida com uma infecção vaginal causada por fungos, como a candidíase.

O que fazer: o tratamento da vaginose pode ser feito com medicamentos antibióticos orais ou pomada vaginal com antibiótico. A vaginose pode ser transmitida para o parceiro, por isso ele também pode precisar receber tratamento.

4. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)

Além de coceira na vagina, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), antes chamadas de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), podem causar dor, sensação de formigamento, queimação, aparecimento de corrimento com cheiro e feridas. Clamídia, herpes genital, tricomoníase e gonorreia estão entre as ISTs mais comuns.

O que fazer: o tratamento da infecção sexualmente transmissível depende da doença e da sua causa. Nas infecções causadas por vírus, são usados medicamentos antivirais específicos para a doença. Nas doenças causadas por bactérias e fungos são utilizados medicamentos antibióticos e antifúngicos, respectivamente.

5. Menopausa e alterações hormonais

A menopausa pode causar coceira na vagina devido à falta de lubrificação vaginal, provocada pela queda dos níveis do hormônio estrógeno.

Gravidez, pré-menopausa e uso de anticoncepcional hormonal também podem causar alterações hormonais que levam à secura vaginal, o pode causar coceira na vagina.

O que fazer: uma vez que a coceira na vagina nesse caso é causada pela falta de lubrificação, o uso de lubrificantes vaginais pode ajudar a aliviar a coceira. Se o prurido for muito intenso, pode ser indicada a aplicação de pomada vaginal de estriol.

6. Líquen escleroso

Causa coceira na vagina e o aparecimento de vários pontinhos brancos na pele. O líquen escleroso pode estar relacionado com alterações hormonais e imunidade baixa.

O que fazer: o objetivo do tratamento do líquen escleroso é aliviar os sintomas e acelerar a cicatrização. Se os sintomas forem leves, pode não ser necessário tratamento. O tratamento pode incluir:

  • Anti-histamínicos;
  • Medicamentos para acalmar o sistema imunológico (em casos graves);
  • Corticoides orais ou em pomadas para diminuir a inflamação e reduzir a resposta imune;
  • Injeções de corticoides na lesão;
  • Vitamina A em pomada ou comprimido;
  • Terapia com luz ultravioleta.
7. Líquens vulvares

Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões na vagina e não tem uma causa conhecida. Provoca coceira intensa na vagina e pode evoluir para câncer de vulva.

O que fazer: o tratamento da coceira na vagina causada por líquens vulgares geralmente é feito com pomada vaginal de corticoide. A pomada pode eliminar completamente os sintomas em mais de 70% dos casos.

A aplicação da pomada vaginal, em geral, é realizada duas vezes ao dia, por três meses, além de doses de manutenção posteriormente. Em alguns casos, pode ser necessário manter as doses de manutenção por até 10 anos.

8. Câncer de vulva

Em casos raros, a coceira na vagina pode ser um sintoma de câncer de vulva, que é a parte externa do órgão genital feminino. Inclui os lábios interno e externo da vagina, o clitóris e a abertura da vagina.

O câncer de vulva nem sempre causa sintomas. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles podem incluir coceira, sangramento anormal ou dor na região vulvar.

O que fazer: o tratamento do câncer de vulva normalmente é feito através de cirurgia para retirar o tumor. A radioterapia também pode ser indicada. O tratamento é feito por meio da aplicação de radiação no local para destruir as células cancerosas.

Quando procurar um médico em caso de coceira na vagina?

É importante consultar um médico ginecologista ou médico de família quando a coceira na vagina for intensa. A mulher também deve procurar o médico se a coceira persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de algum dos seguintes sintomas:

  • Feridas ou bolhas na vulva;
  • Dor ou sensibilidade na região genital;
  • Vermelhidão ou inchaço na vagina;
  • Dificuldade para urinar;
  • Corrimento vaginal;
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual.

Em caso de coceira na vagina, na vulva ou em qualquer local das partes íntimas femininas, consulte um médico ginecologista ou médico de família para fazer uma avaliação e receber o tratamento adequado.

Como saber se o corrimento vaginal está normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de corrimento vaginal é algo completamente normal na maioria das mulheres. O corrimento que ocorre naturalmente é chamado de corrimento fisiológico e pode apresentar diferenças na sua aparência, conforme o momento do ciclo menstrual que a mulher está passando.

Entretanto, em algumas circunstâncias o corrimento também pode indicar alguma doença ou alteração da flora vaginal fisiológica. Algumas características, como mudanças na cor, no odor e na quantidade sugerem se o corrimento é fisiológico ou apresenta alguma alteração

Abaixo seguem as principais alterações que podem indicar alguma condição que merece uma avaliação por um médico:

1. Alterações na cor do corrimento

A cor do corrimento vaginal fisiológico varia entre o transparente, o branco e o amarelo-claro.

Tons muito fortes de amarelo, verde ou uma cor acinzentada merecem atenção, pois podem sugerir infecções vulvovaginais. A vaginose bacteriana pode causar um corrimento branco pálido ou cinza, já a tricomoníase pode causar corrimento esverdeado, acinzentado ou amarelo.

Infecções sexualmente transmissíveis e outros quadros infecciosos podem ainda ocasionar um corrimento de aspecto purulento, de cor bege.

Caso note um tom vermelho, rosado ou mesmo marrom pode ser que esteja apresentando algum pequeno sangramento, decorrente de diferentes possíveis causas como uso de anticoncepcionais, lesões por HPV, pólipos, entre outras.

2. Alterações no odor do corrimento

O corrimento vaginal natural não costuma ter nenhum odor específico ou muito forte. Varia um pouco de pessoa para pessoa, conforme as características da flora vaginal, no entanto, dificilmente é algo que incomoda.

Os produtos de higiene utilizados e o uso de roupas íntimas de tecido sintético também podem interferir no odor da região da vulva, no entanto, não necessariamente indicam algum problema de saúde.

Caso note alguma mudança no odor, que passa a ser mais forte que o usual ou que se assemelha ao odor de peixe, procure um médico para uma avaliação, pois pode se tratar de alguma vulvovaginite, como a vaginose bacteriana ou a tricomoníase.

3. Presença de grumos ou bolhas

O corrimento normal não apresenta mudanças na sua textura, geralmente tem uma cor e aparência homogênea.

A presença de grumos brancos ou amarelados, como papel higiênico molhado, associado a coceira na região da vulva e da vagina pode ser um indício de candidíase, uma infecção fúngica muito frequente.

Já na tricomoníase, o corrimento vaginal pode apresentar bolhas além de alterações na cor e na quantidade.

4. Aumento da quantidade

É normal durante o período fértil a mulher apresentar um pouco mais de corrimento. Algumas pessoas podem sentir uma sensação de umidade constante durante todo o período fértil. Em situações de excitação sexual também é normal o aumento da secreção vaginal.

Contudo, caso apresente um corrimento em grande quantidade de forma constante, diferente do que está habituada, associado a mudanças de cor ou odor, é importante estar atenta, pois algumas infecções vaginais também podem desencadear este aumento da quantidade do corrimento.

5. Presença de outros sintomas

Caso note alguma alteração no seu corrimento habitual e também passe a sentir outros sintomas como: dor pélvica, febre ou sangramento anormal, consulte um médico para uma avaliação.

Diversas condições de saúde como vulvovaginites, infecção urinária, doença inflamatória pélvica, pólipos ou mesmo o câncer de colo de útero podem causar diferentes sintomas, que precisam ser melhor avaliados.

6. Mudanças no padrão

Por fim, é importante estar atenta a mudanças no seu padrão de corrimento. Cada mulher possui um padrão de corrimento fisiológico que varia no decorrer do mês conforme a sua fertilidade ou proximidade da menstruação.

Durante o período fértil o muco fica transparente e elástico, em aspecto de clara de ovo. Depois a medida que se aproxima da menstruação o muco vaginal tende a ficar mais pegajoso, grosso e branco.

Aprender a observar e reconhecer o seu próprio muco vaginal é importante, porque permite reconhecer variações que só o seu corpo pode apresentar. Caso suspeite que algo tenha mudado e esteja preocupada, procure um médico de família ou ginecologista.

Também pode ser do seu interesse:

Corrimento vaginal, o que pode significa as diferentes cores?

Referências bibliográficas

1. FEBRASGO - Manual de Orientação em Doenças Infectocontagiosas. 2010.

2. FEBRASGO - Manual de Orientação em Trato Genital Inferior e Colposcopia. 2010

O que pode causar ardência ou dor no pé da barriga durante a relação sexual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de dor ou desconforto durante a penetração sexual podem ter diversas causas. Desde falta de lubrificação, doenças infecciosas ou inflamatórias, traumas, vaginismo ou doenças uterinas. Fatores psicológicos também podem ocasionar ou piorar a dor associada a penetração sexual.

O local onde dói e como é a dor são características importantes para definir a causa da dor durante a relação. Algumas mulheres queixam de dor em ardência ou queimação na entrada da vagina, já outras podem sentir dor no fundo da vagina ou mesmo na região do baixo ventre, ou seja, no pé da barriga.

Por isso, a dor associada ao ato sexual é classificada em dois grupos: as dores superficiais e as dores profundas, cada um dos grupos está associado a condições e doenças específicas.

Causas de dor superficial

As dores superficiais são aquelas localizadas na vulva, na entrada da vagina e no períneo, a região em volta da vulva. Geralmente, podem ser sentidas como uma ardência ou queimação nesta região. São dores que aparecem logo no início da penetração ou ainda podem ser sentidas todas às vezes em que se toca a vulva ou a entrada da vagina.

Os principais motivos de dor superficial durante a relação são:

Falta de lubrificação

A falta de lubrificação é uma frequente causa de dor na relação, logo no começo da penetração. Pode ocorrer por diferentes motivos desde falta de vontade e libido, desconforto com o parceiro, inibição. Também pode ser decorrente de alterações hormonais, que levam a queda na produção de estrogênio, como acontece na menopausa.

Alguns medicamentos também podem causar secura vaginal e impedir que a vagina se lubrifique adequadamente para o ato sexual, como antidepressivos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos e anticolinérgicos.

Vulvovaginites e doenças infecciosas

Doenças vulvovaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase são importantes causas de desconforto durante a relação sexual. A candidíase pode causar uma inflamação de toda a vulva e das paredes vaginais, o que torna a relação sexual difícil e dolorosa.

O herpes genital também é uma importante causa de dor na vulva que merece ser lembrada. É uma doença sexualmente transmissível que causa além de dor, pequenas bolhas com líquido que inflamam e causam sensação de queimação.

Trauma ou irritação na pele

A presença de feridas, áreas irritadas, ou traumatizadas pode causar uma maior sensibilidade da vulva e da entrada da vagina, ocasionando desconforto durante a relação sexual. Algumas situações corriqueiras, como a depilação ou relações sexuais intensas podem traumatizar a região genital e causar dor.

Doenças de pele

O líquen plano e o líquen escleroso são duas doenças dermatológicas que causam lesões na pele e podem levar a alterações na elasticidade nos tecidos da vulva, além de formação de feridas ou outras lesões dolorosas.

Síndromes vulvares (Vulvodinia e Vaginismo)

O vaginismo é um termo que se refere a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, ou seja, a mulher que sofre de vaginismo contrai sem querer as paredes da vagina. Esta contração causa dor e impede que ocorra a penetração e se tenha relações sexuais satisfatórias.

Diferentes fatores podem estar relacionados com o aparecimento deste distúrbio, como: alterações anatômicas, inflamações, atrofia, sensibilidade nervosa.

Fatores psicológicos também podem contribuir para esta disfunção como: ansiedade, fobias, falta de conhecimento sexual, crenças culturais e religiosas, trauma genital ou abuso sexual.

Já a vulvodinia é uma sensibilidade da região da vulva que pode causa intensa dor, sensação de queimação e ardência.

Causas de dor profunda

As dores profundas são aquelas sentidas no pé da barriga ou no baixo ventre. Podem ser sentidas de diferentes formas como cólica, sensação de peso ou de queimação na barriga. Podem ocorrer quando o pênis toca o fundo da vagina e se intensificar conforme a posição no ato sexual.

Algumas causas de dores profundas são:

Doença inflamatória pélvica

A doença inflamatória pélvica é uma infecção causada pela bactéria Clamídia que pode atingir o útero, trompas e ovários. Causa uma importante inflamação destes órgãos, fazendo com que durante o ato sexual o toque do pênis no fundo da vagina leve a uma dor em profundidade localizada no pé da barriga.

Endometriose

A endometriose é uma doença que pode causar dor profunda durante as relações sexuais ou mesmo em outros momentos. É causada pelo crescimento do tecido do revestimento do útero (endométrio) em outras áreas da pelve como ovários, trombas e ligamentos.

Aderências uterinas e pélvicas

O útero ou outros órgãos pélvicos como os ovários e as tubas uterinas podem apresentar aderências, tecidos que se aderem um ao outro. As aderências podem ser formadas após procedimentos cirúrgicos, como a curetagem, ou após infecções, ou traumatismos.

Doenças do trato urinário

Duas doenças do trato urinário estão relacionadas com a dor no pé da barriga na relação sexual: a cistite e a Síndrome da bexiga dolorosa.

A cistite corresponde à infecção urinária que atinge a bexiga, causando dor ou ardência para urinar, micção frequente, sangue e alterações na cor e no odor da urina.

Já a Síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida como cistite intersticial, corresponde a uma inflamação crônica, que causa sintomas de cistite, como ardência e dor para urinar, e dor no pé da barriga.

É normal sentir dor durante a relação?

Geralmente, não é normal sentir dor durante a relação. Alguma dor leve ou desconforto em algumas posições específicas podem ocorrer. Também durante a primeira relação sexual ou após a menopausa, o desconforto na relação é mais comum. No entanto, normalmente é um desconforto leve e passageiro, que melhora com o aumento da excitação sexual e lubrificação adequada.

Se a dor for persistente, mais intensa ou mesmo impedir o ato sexual, deve-se buscar compreender qual a causa desta dor. Caso isso aconteça converse com o seu médico de família ou ginecologista.

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Referências Bibliográfica

Barbieri R. Female sexual pain: Differential diagnosis. Uptodate. 2021

Vulvovaginite: Quais os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O principal sintoma da vulvovaginite é o corrimento vaginal anormal, que dependendo do agente causador por se apresentar branco com grumos, acinzentado ou esverdeado, geralmente acompanhado de coceira intensa.

Outros sinais e sintomas comuns da vulvovaginite incluem:

  • Dor ao urinar
  • Dor ou desconforto durante a relação sexual
  • Edema (inchaço), vermelhidão e ardência na região genital
  • Sangramento vaginal (embora mais raro)
Qual o tratamento para vulvovaginite?

O tratamento depende do agente causador da infecção.

Infecções causadas por fungos são tratadas com pomadas antifúngicas, e nas infecções bacterianas e protozoáricas o tratamento se baseia nos medicamentos antibióticos tópicos e orais.

A vulvovaginite é uma infecção da vagina e da vulva, causada principalmente por fungos (Candida), protozoários (tricomonas) ou bactérias (Gardnerella vaginalis).

Fatores que desequilibram a flora vaginal, como diabetes, uso de lubrificantes, medicamentos, absorventes interno e externo, entre outros, podem favorecer o desenvolvimento da infecção.

As vulvovaginites também podem ser causadas por alergias, desencadeadas pelo uso de roupa íntima de tecido sintético, amaciantes de roupa, sabonetes íntimos, papel higiênico colorido ou perfumado, preservativo, entre outros produtos irritantes.

Estresse emocional e menopausa são outras possíveis causas de vulvovaginites. No caso da menopausa, a infecção está relacionada com a baixa produção do hormônio estrógeno, que leva a alterações da flora bacteriana e lubrificação da vagina. O estresse emocional reduz a imunidade da mulher.

Na presença de sintomas semelhantes aos descritos, procure um médico ginecologista para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Quais as causas de vulvovaginite?

As vulvovaginites são causadas principalmente pela bactéria Gardnerella vaginalis, pelo protozoário Trichomonas vaginalis e pelo fungo Candida.

Contudo, a vulvovaginite também tem como causas fatores que alteram o equilíbrio da flora vaginal e favorecem assim o desenvolvimento da infecção. Dentre eles estão diabetes, uso de medicamentos ou hormônios, uso de lubrificantes e absorventes interno e externo, excesso de depilações. A atividade sexual desprotegida também estar relacionada a vulvovaginite causada pela bactéria Trichomonas vaginalis.

Alergias

As vulvovaginites também podem ser desencadeadas por alergias provocadas pelo uso de roupa íntima de tecido sintético, roupas apertadas, amaciantes de roupa, sabonetes, papéis higiênicos coloridos ou perfumados, preservativos, entre outros produtos irritantes.

Gravidez

Durante a gravidez, a mulher pode desenvolver vulvovaginites como a candidíase devido mudanças na imunidade.

Medicamentos

O uso de medicamentos antibióticos também pode matar as bactérias que mantém a equilíbrio da flora vaginal e favorecer a proliferação de fungos causadores da vulvovaginite.

Estresse e menopausa

Há ainda fatores psicológicos que favorecem o aparecimento da infecção, como o estresse, bem como fatores hormonais, como a baixa produção do hormônio estrógeno após a menopausa (vulvovaginite atópica).

O tratamento da vulvovaginite pode ser feito com pomadas aplicadas diretamente no local, ou medicamentos tomados por via oral.

Saiba mais em:

Fluconazol caixa com 2 comprimidos, como tomar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Para saber se você deve tomar os 2 comprimidos de fluconazol juntos ou separados, verifique a dose do comprimido, escrita na embalagem, e a dose que o médico prescreveu. Há cápsulas de 50 mg, 100 mg e 150 mg de fluconazol. O médico pode prescrever doses de 50 mg a 400 mg, dependendo do caso.

Normalmente o fluconazol é tomado uma vez ao dia, de preferência com uma refeição, mantendo a cápsula fechada e inteira.

O fluconazol é usado para tratar infecções fúngicas tais como:

  • Criptococose (meningite, pulmonar ou cutânea, por exemplo);
  • Candidíase sistêmica ou nas mucosas;
  • Micoses de pele e unhas, como as tíneas ou onicomicoses.

Cada infecção tem um tratamento com duração (pode ser de dias, semanas ou meses) e modo de tomar (pode ser em dose única, semanal ou mensal, por exemplo) diferentes. Um período inadequado de tratamento pode levar a infecção a voltar.

Leia também:

Referência:

Fluconazol. Bula do medicamento.

Kefir: o que é, quais os benefícios, como fazer e como consumir?
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

É um conjunto de bactérias e leveduras (fungos) muito favoráveis à saúde. Os grãos de kefir têm origem natural e são semelhantes à um iogurte coalhado.

O kefir faz a fermentação do leite cru. Pode ser feito com leite de vaca, de cabra e de coco. Existe também o kefir feito com água.

Quais são os benefícios do Kefir?
  • Melhora a flora intestinal e o funcionamento dos intestinos;
  • Ameniza as gastrites;
  • Aumenta a imunidade;
  • Evita infecções;
  • Ajuda a reduzir a frequência de alergias;
  • Ajuda a evitar a candidíase e herpes de repetição;
  • Auxilia no processo de emagrecimento;
  • Prevenção de câncer;
  • Ajuda nos problemas respiratórios: asma, bronquite;
  • Mantêm pele, cabelos e unhas saudáveis;
  • Auxilia na construção de músculos, por ser um alimento proteico.
Tipos de Kefir Kefir de Leite

É produzido pelos conjunto de bactérias e leveduras presentes nos grãos de kefir de leite. Estas bactérias e fungos de alimentam da lactose (açúcar do leite) para crescer e se multiplicar.

Kefir de Água

Sua produção é feita a partir dos grãos de kefir de água. Esta colônia se alimenta de açúcar mascavo.

Como fazer o Kefir?

Há uma tradição milenar de que os grãos de Kefir podem ser apenas doados. A comercialização não é recomendada, embora exista a versão industrializada em pó. O kefir industrializado não é tão nutritivo e benéfico quanto o kefir natural.

Kefir de Leite
  • Use leite de vaca ou cabra
  • Coloque  1 colher de sopa de grãos de kefir de leite em um vidro esterilizado e adicione 500ml de leite;
  • Cubra o pote com um papel toalha um pano limpo e permeável para que as bactérias possam respirar e se multiplicar;
  • Deixe descansar em um lugar fechado, dentro de um armário por exemplo,  por 12 a 36 horas. Este é o processo de fermentação;
  • Quanto mais tempo o kefir ficar descansando, menos lactose ele terá. Pessoas com intolerância a lactose podem consumi-lo. Basta fermentar por mais tempo.
  • Coar com uma peneira de plástico usando espátula de silicone. Na peneira, ficarão os grãos de kefir. A parte líquida pode ser armazenada na geladeira em um frasco de vidro;
  • Adicione os grãos de kefir que ficaram na peneira em um pote de vidro ou plástico e adicione mais leite para continuar a produção de kefir.
  • Com o tempo, você perceberá que as colônias de grãos se tornarão maiores e você pode começar a doar grãos de kefir de leite.

Kefir de Água
  • Use água filtrada;
  • Coloque  1 colher de sopa de grãos de kefir de água em um frasco esterilizado e adicione 250 ml de água filtrada;
  • Cubra o pote com um papel toalha ou um pano limpo e permeável para que as bactérias possam respirar e se multiplicar;
  • Deixe descansar em um lugar fechado, dentro de um armário por exemplo,  por 12 a 36 horas. Este é o processo de fermentação;
  • Coar com uma peneira de plástico usando espátula de silicone. Na peneira, ficarão os grãos de kefir de água. A parte líquida pode ser armazenada na geladeira em um frasco de vidro;
  • Adicione os grãos de kefir que ficaram na peneira em um pote de vidro ou plástico, adicione mais água e açúcar mascavo para continuar a produção de kefir.
  • Com o tempo, você perceberá que as colônias de grãos se tornarão maiores e você pode começar a doar grãos de kefir de água.
  • Tanto o kefir de leite, quanto a água fermentada de água podem ficar armazenados na geladeira por 7 dias.

Higiene e Manipulação do Kefir de Leite e de Água
  • Separe frascos, peneira e colher apenas para manipular o kefir.
  • Os frascos de armazenamento dos grãos de kefir ou de água devem ser esterilizados.
  • Devem ser utilizados apenas matérias de vidro ou plástico para manipular o kefir. Os metais podem matar as colônias.

Dicas de Consumo

O kefir de leite pode substituir o iogurte e pode ser consumido com frutas, canela, leite de coco, noz moscada, amêndoas.

Limão, sal, e orégano, adicionados ao kefir de leite, pode se transformar em um saboroso molho para saladas.

A água fermentada (kefir de água) e o kefir de leite também podem ser batidos com frutas no liquidificador.

É importante acrescentar que o kefir de água ou de leite devem ser usados junto com uma alimentação saudável.

Medicamentos nunca podem ser substituídos por kefir.

Fluconazol dose única demora para fazer efeito?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O tempo que o fluconazol em dose única demora para fazer efeito e acabar com uma infecção por cândida varia de pessoa para pessoa. No entanto, a cura completa tende a acontecer a partir do 7º dia após tomar o medicamento. Já o alívio dos sintomas é mais rápido.

A dose única de fluconazol pode ser indicada para tratar candidíase vaginal ou balanite por cândida. Quando a candidíase vaginal é recorrente, a dose pode ser repetida mensalmente por 4 a 12 meses, dependendo do caso.

Leia mais sobre o fluconazol em:

Referência:

Fluconazol. Bula do medicamento.

Fiz um exame de Colpocitologia, o que significa resultado?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente normal, a presença de lactobacilos e cocos corresponde a flora bacteriana vaginal normal, portanto não representam nenhuma doença e não exigem tratamento. No entanto, todo exame deve ser avaliado pelo médico que o solicitou que irá analisar o resultado conforme o contexto clínico individual de cada paciente.

Microbiologia na Colpocitologia

O exame de colpocitologia é realizado como rastreio do câncer de colo de útero, mas é também muito comum que ele mostre a presença de bactérias e outros micro-organismos, como fungos que podem estar presentes no ambiente vaginal.

Essa parte do exame vem descrito como Microbiologia. Em grande parte dos casos os micro-organismos descritos podem estar dentro da normalidade, em outros podem indicar uma infecção vaginal e exigir tratamento. Os achados do exame devem ser correlacionados com outros sinais e sintomas que a mulher possa apresentar.

Alguns resultados possíveis são:

  • Lactobacillus sp: corresponde a flora bacteriana normal;
  • Bacilos supracitoplasmáticos (sugestivos de Gardnerella/Mobiluncus): podem indicar a presença de alterações sugestivas de vaginose bacteriana, o médico irá correlacionar o achado com possíveis sintomas que a mulher apresenta e realizar tratamento;
  • Cocos: geralmente faz parte da flora bacteriana normal da mulher, não é necessário nenhum tratamento;
  • Candida sp: caso a mulher não apresente sintomas sugestivos de candidíase como coceira, corrimento vaginal, hiperemia e edema vulvar não necessita realizar tratamento, no entanto, caso a mulher apresente sintomas é necessário tratar com antifúngico;
  • Trichomonas vaginalis: esse é um protozoário que não está presente na flora bacteriana normal e quando aparece no exame necessita de tratamento tanto da mulher quanto do parceiro sexual, pois é uma causa um quadro de tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível.
  • Sugestivo de Chlamydia sp: esse resultado pode exigir que seja realizado um outro exame confirmatório e de pesquisa da bactéria chlamydia, caso se confirme é importante realizar o tratamento;
  • Actinomyces sp: o tratamento dessa bactéria está indicado quando a mulher apresenta sintomas sugestivos de doença inflamatória pélvica, caso não apresente sintomas não é necessário tratar;
  • Efeito citopático compatível com vírus do grupo Herpes: nesse caso o médico também irá relacionar possíveis sintomas com o achado no exame e pode também ser necessário começar um tratamento contra o vírus do herpes.

Para mais informações consulte sempre o médico que solicitou o exame.

Bolha que parece herpes mas não é, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lesões que parecem herpes genital mas não são, podem ter diferentes causas, principalmente outras infecções sexualmente transmissíveis.

A lesão do herpes é uma bolha que geralmente estoura e forma uma pequena feridinha em forma de úlcera. Podem aparecer múltiplas bolhas na região genital, muito dolorosas.

No entanto, existem outras doenças que podem causar bolhas ou feridas semelhantes à herpes genital, como:

  • Cancro mole: é uma doença que causa feridas (em forma de úlcera) múltiplas ou únicas, muito dolorosas. É comum também o aparecimento de íngua na região da virilha;
  • Sífilis: na fase primária pode causar uma lesão em forma de úlcera única e indolor, que desaparece após alguns dias. Depois podem surgir lesões em forma de manchas disseminadas pela pele;
  • Linfogranuloma venéreo: pode causar inicialmente pequenas bolinhas ou feridas que são indolores e desaparecem após algum tempo. Depois surge uma íngua muito dolorida que pode provocar fístulas, ou seja, orifícios por onde sai secreção.

Uma outra doença que pode causar inflamação e sensação de ardência na região genital, embora não cause bolhas, é a candidíase genital. Nas mulheres pode causar corrimento vaginal esbranquiçado, intensa coceira e sensação de queimação durante as relações e após urinar. Nos homens também pode causar coceira e desconforto intenso na região do pênis.

Para o correto diagnóstico consulte o seu médico de família ou ginecologista para uma avaliação.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Pode ser, porém a menstruação adiantada nem sempre significa doença ou patologia.

A irregularidade menstrual, adiantar ou atrasar a menstruação, representa o ciclo natural entre muitas mulheres. Nem todas tem o ciclo menstrual regular, e isso não significa um problema.

Entretanto, algumas patologias apresentam como sintoma inicial o sangramento anormal, que pode ser a menstruação adiantada. O aborto é uma dessas causas patológicas.

Existem também episódios de sangramentos pequenos durante o ciclo, ou quando ocorre a implantação do óvulo fecundado, chamado sagramento de nidação, que pode ser confundido com a menstruação.

Saiba mais no link: Dá para confundir sangramento de nidação com menstruação escura?

Para definir se essa menstruação adiantada representa um aborto, outra patologia ou se é o ciclo habitual, é necessário que passe pela avaliação de um médico especialista, o ginecologista.

Causas de menstruação adiantada

A menstruação adiantada, ou irregularidade menstrual, pode ocorrer por situações como:

  • Distúrbios hormonais,
  • Infecção vaginal,
  • Gravidez ectópica,
  • Abortamento,
  • Mioma, pólipos,
  • Estresse,
  • Mudanças de peso,
  • Câncer de colo de útero, entre outros.

O tipo de sangramento para cada um desses casos possui características próprias, que auxiliam na busca desse diagnóstico.

Leia também: Como distinguir sangramento de menstruação?

Sinais de abortamento

Os sinais e sintomas de abortamento mais frequentes são:

  • Sangramento anormal;
  • Cólica intensa e ou
  • Febre.

Saiba mais sobre esse assunto no artigo: Quais são os sintomas de aborto?

Vale ressaltar que para que haja a suspeita de um aborto, é preciso que a mulher tenha mantido relações sem proteção. E nessas situações, é importante avaliar a possibilidade de doenças sexualmente transmissíveis, além de todas as referidas acima.

Na presença de irregularidade menstrual, seja adiantamento ou atraso na menstruação, alterações de fluxo ou coloração, procure um médico ginecologista.

Tenho corrimento e nunca tive relação sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Isso é comum. Ocorrem inflamações na vagina decorrente de bactérias e fungos mesmo sendo virgem. Ou ainda, pode ser uma situação normal, como na fase próxima à primeira menstruação.

O corrimento pode ser normal?

Sim. Nem sempre o corrimento vaginal indica um problema. A mulher pode apresentar um corrimento devido a alterações hormonais e à mucosa vaginal, que naturalmente produz "muco" para proteção do órgão. Portanto existem casos de leucorreia fisiológica, especialmente em meninas, no período próximo a sua primeira menstruação.

Nesses casos o corrimento não tem cheiro, sua coloração é transparente ou leitosa e não causa qualquer sintoma, como coceira ou ardência ao urinar.

Saiba mais no link: Corrimento vaginal é normal?

Quais são as causas de corrimento vaginal?

O corrimento vaginal pode ser normal, ou não. Podemos citar como causas de corrimento anormal, os seguintes:

  • Doenças sexualmente transmissíveis,
  • Infecção fúngica,
  • Infecção bacteriana,
  • Higiene inadequada,
  • Uso de roupas apertadas ou tecidos quentes,
  • Uso de sabonetes ou pomadas irritativas,
  • Uso regular de duchas higiênicas,
  • Ansiedade e estresse.
O que fazer em caso de corrimento?

Para determinar o tratamento, é necessário definir se o corrimento é normal, ou se existe algum problema originando essa secreção. E como visto nesse artigo, são muitas as causas de corrimento.

Portanto, o primeiro passo será procurar um médico ginecologista, que é o especialista nessa área, para que através das características do corrimento, possa diagnosticar e tratar quando necessário.

Se os exames clínico e ginecológico não forem suficientes, o especialista poderá colher uma amostra da secreção e enviar para estudo e exames complementares e oferecer as devidas orientações.

Leia também: Corrimento vaginal: o que significam as diferentes cores