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Quantos dias depois de esquecer a pílula estou novamente protegida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Na verdade, como você não esqueceu de tomar a pílula em nenhum dia, mesmo tomando fora do horário o risco de gravidez é mínimo, além disso o fato de ter tomado a pilula do dia seguinte também garante essa proteção, portanto você já está protegida.

Caso ainda não se sinta segura para ter relação sem camisinha pode tomar a pílula durante sete dias e depois deixar de usar o preservativo se assim preferir, o risco de gravidez continua sendo mínimo.

Esqueci de tomar o anticoncepcional 1 ou 2 dias, o que fazer?

Caso tenha esquecido de tomar 1 ou 2 pílulas, é importante tomar o último comprimido que tenha esquecido assim que lembrar, também tome a pílula do dia no horário habitual, não há problema em tomar mais de uma pílula no mesmo dia. No dia a seguir siga o uso da cartela normalmente.

Esqueci de tomar o anticoncepcional 3 ou mais dias, o que fazer?

Se esse esquecimento for na primeira ou segunda semana da cartela deve-se tomar assim que lembrar a última pílula esquecida e também tomar a pílula do dia no horário habitual, depois siga a cartela normalmente.

Se o esquecimento for na terceira semana da cartela deve-se tomar assim que lembrar a última pílula esquecida e tomar a pílula daquele dia no horário habitual, pode continuar tomando as pílulas da cartela a seguir. Entre uma cartela e outra não faça pausa, ou seja, emende duas cartelas sem pausa, após o último comprimido da cartela no dia a seguir já tome o primeiro comprimido da cartela seguinte.

Caso faça uso de um anticoncepcional que ao fim da cartela tenha comprimidos não hormonais, descarte essas pílulas não hormonais e já reinicie a nova cartela no dia a seguir a tomada do último comprimido hormonal.

Nas duas situações é importante usar preservativos nos próximos sete dias após o esquecimento ou abster-se de relações sexuais.

Além disso, caso tenha tido relação sexual desprotegida nos últimos cinco dias pode fazer uso de contraceptivo de emergência, pílula do dia seguinte.

Para mais esclarecimentos consulte o seu ginecologista ou médico de família

O que é PEP?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

PEP é a sigla em inglês para profilaxia pós-exposição. Trata-se da prescrição de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção pelo HIV, em caso de contato recente com o vírus.

Esses remédios devem ser tomados em até 72 horas depois do contato com o vírus HIV, embora o ideal seja começar a profilaxia pós-exposição (PEP) nas duas horas seguintes à contaminação. O tratamento dura 28 dias consecutivos e não deve ser interrompido.

Os medicamentos usados na PEP (tenofovir, lamivudina, atazanavir, ritonavir) também podem compor uma opção terapêutica para o HIV.

O objetivo da profilaxia pós-exposição é evitar a infecção pelo HIV após a contaminação pelo vírus. Isso é possível porque existe uma breve "lacuna" entre a exposição e a infecção definitiva.

O vírus demora entre 24 e 48 horas para alcançar os gânglios linfáticos e infectar os linfócitos T CD4+ (células de defesa que o vírus utiliza para se multiplicar). Após 72 horas, o HIV dissemina-se pelo sangue.

Por isso é fundamental iniciar a PEP o mais rápido possível e não deixar passar as 72 horas para começar o tratamento. 

A PEP pode ser solicitada por qualquer pessoa que tenha tido uma relação sexual desprotegida, ou seja, sem o uso de preservativo e suspeite de contaminação pelo vírus HIV.

Também é utilizada em casos de violência sexual e acidentes de trabalho que envolvem o contato com seringas, agulhas e outros objetos contaminados, pelos quais é possível haver a transmissão do vírus.

Para mais informações sobre a PEP consulte um médico de família, clínico geral ou infectologista.

Saiba mais sobre a PEP em:

Como funciona a PEP, é eficaz?

Comecei a tomar anticoncepcional há dois meses...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se está tomando o anticoncepcional bem certinho o risco de engravidar é muito baixo, próximo de zero. Com relação a TPM, isso realmente é um problema, alguns anticoncepcionais podem ser usados com esse fim e eventualmente outros remédios podem aliviar os sintomas, mas eliminar a TPM de vez é difícil.

Tomando cloridrato de ciprofloxacino, posso ter relação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existe contraindicação para este caso, entretanto a maioria dos médicos especialistas no sistema urinário, não recomendam relações sexuais durante o tratamento de infecção urinária.

Um dos motivos para que não seja recomendado, é que a infecção pode ser transmitida para o/a parceiro/a, dependendo da bactéria, levando a quadros de infecção de repetição e bactérias mais resistentes.

Uma outra questão, é que a infecção urinária por si só, causa um desconforto genital, especialmente nas mulheres, o que pode tornar uma relação incômoda e dolorosa, ao invés de um ato prazeroso. Pode ainda haver piora dos sintomas, devido ao atrito da penetração.

Portanto, embora não haja contraindicação absoluta, o mais recomendado é que aguarde o final do tratamento para voltar a manter relações, sem maior risco para sua saúde.

Leia também: Infecção urinária é contagioso?

Possíveis causas de diminuição da libido no homem
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas de diminuição da libido no homem são bem variadas; podendo ser dividida em causas psicológicas, orgânicas e medicamentosa, sabendo que na maioria das vezes estão interligadas; podemos citar entre as mais comuns:

  • Problemas psicológicos: baixa autoestima, descontentamento como o próprio corpo, ansiedade, depressão;

  • Problemas financeiros/pessoais relacionados ao trabalho, ou a família, gerando mais uma vez ao quadro de estresse e preocupações, que resultam no transtorno de ansiedade;

  • Problemas orgânicos: Hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças de próstata, entre outras, levando a episódios de impotência ou ejaculação precoce, resultando na fuga de relações para evitar possíveis constrangimentos;

  • Até uso regular de medicamentos que possuem como efeito colateral a redução de libido (p.ex.:Classes de antidepressivos, anti-hipertensivos, suplementos e calmantes).

Para todos esses casos existem tratamentos e ou orientações adequadas para solucionar esse problema em questão. Agende uma consulta com Urologista para dar início ao seu tratamento.

Pode lhe interessar também os links abaixo:

Sangrar durante a relação, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento durante ou mesmo após a relação sexual pode ser considerado normal a depender da sua causa. Em situações como o rompimento do hímen na primeira relação sexual, por exemplo, o sangramento é dito normal.

Entretanto, também pode indicar algumas doenças como pólipos, miomas, infecções vaginais e até mesmo o câncer de colo de útero. Por isso, se você vem apresentando sangramento durante as relações sexuais, procure um ginecologista para verificar a causa e realizar o melhor tratamento.

1. Causas normais de sangramento durante a relaçãoRompimento do hímen

O rompimento do hímen, membrana fina que fica na entrada da vagina, ocorre frequentemente durante a primeira relação sexual da mulher e provoca um pequeno sangramento. Este sangramento apenas suja a roupa e cessa rápida e espontaneamente sem qualquer intervenção.

Hímen complacente

O hímen complacente é mais resistente e flexível e, por estes motivos, geralmente não se rompe na primeira relação sexual. Nesse caso, a mulher pode sangrar durante cada relação até que ele se rompa completamente. Pode haver ainda a presença de dor durante o ato sexual.

O ginecologista é o profissional indicado para identificar este tipo de hímen e orientar adequadamente.

Gravidez

Sangramentos leves durante a relação são comuns no início da gravidez, especialmente, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Estes pequenos sangramentos ocorrem porque na gravidez, novos vasos sanguíneos se formam e ao encostar no colo do útero, o pênis pode desencadear o sangramento.

Apesar de serem frequentes e nem sempre associados a complicações, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser avaliado pelo ginecologista para possíveis orientações e investigação adequada, quando necessário.

Menopausa

Na menopausa o ressecamento vaginal é uma causa comum do sangramento durante o ato sexual e é mais frequente em mulheres que não fazem reposição hormonal.

Se este for o seu caso, é possível usar lubrificantes durante a relação vaginal ou optar pela reposição hormonal. Converse com o ginecologista para juntos encontrarem a melhor solução.

Relação sexual intensa

Uma relação sexual muito intensa pode provocar pequenos traumas e criar feridas na vagina de uma mulher, o que pode provocar o sangramento após a relação acompanhado de dor.

Nestes casos é preciso que você lave a região e tenha cuidados para evitar infecções. Caso o sangramento demore a passar ou você perceba a presença de corrimento com odor, é importante consultar o ginecologista.

2. Causas de sangramento durante a relação, que não são consideradas normaisPólipos e miomas uterinos

Os pólipos e mioma uterinos são tumores benignos, caracterizados pelo crescimento anormal de células do útero. Quando os pólipos ou miomas estão localizados mais próximo ao colo do útero, o atrito com pênis nesta região durante as relações sexuais, podem causar sangramento.

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e os sintomas. Na maioria das vezes p médico opta por acompanhar, mas em casos de sangramento volumoso pode ser preciso passar por uma cirurgia de urgência.

Feridas no colo do útero

As feridas no colo do útero, chamadas de ectopia cervical, são a exposição de células do colo de dentro do colo do útero para a vagina. A região no meio do colo uterino que contém estas “feridinhas” fica mais avermelhada, sensível e tende a sangrar durante as relações sexuais.

Nem sempre precisam de tratamento, porém é necessária uma consulta ao ginecologista quando está associada a corrimentos vaginais e infecções sexualmente transmissíveis.

Infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis

A doença inflamatória pélvica (DIP), inflamação que afeta a vagina, trompa útero e ovário, e infecções vaginais como a candidíase são doenças que podem provocar sangramento durante a relação sexual.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) igualmente provocam sangramento durante ou após a relação. Clamídia e gonorreia são a IST’s mais comuns. Observe, além do sangramento durante a relação, a presença de sintomas como coceira local, vermelhidão e corrimento amarelo-esverdeado com ou sem odor ruim.

O tratamento das infecções vaginais ou IST’s é feito com antibiótico e/ou antifúngicos de acordo com a prescrição médica. É importante que não mantenha relações sexuais durante o tratamento para que a cura definitiva seja alcançada e para evitar a transmissão da doença para outras pessoas em casos de IST’s.

Endometriose

A endometriose ocorre quando tecido endometrial (camada muscular mais interna do útero) cresce fora do útero. As regiões mais comuns para esse crescimento acontecem em torno dos ovários, útero e tubas uterinas.

Os sintomas mais comuns são dores antes e depois da menstruação e durante a relação sexual. Embora seja mais raro, o sangramento durante a relação sexual pode ocorrer.

O ginecologista é o profissional mais indicado para o tratamento da endometriose que envolve o uso de anticoncepcionais ou quando, o sangramento é intenso, pode ser indicado cirurgia para remoção das lesões.

Vaginismo

O vaginismo é a contração involuntária da musculatura da vagina, o que impede a penetração e provoca muita dor. A maioria das mulheres que têm vaginismo não consegue ter relações sexuais devido a dor. No entanto, quando conseguem o atrito aumentado pela contração vaginal com o pênis pode provocar traumas na vagina, o que leva ao sangramento durante a relação.

Nestes casos, é preciso uma avaliação ginecológica e, algumas vezes, psicológica para descobrir a causa da doença e efetuar o tratamento mais adequado.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero embora seja a causa mais grave, raramente provoca sangramento durante a relação sexual. É caracterizado por ser um tumor maligno associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).

Geralmente o câncer de colo uterino evolui lentamente e quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura.

O uso de camisinha masculina ou feminina é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HPV e prevenir o câncer de colo de útero. O exame Papanicolau ou preventivo, de acordo com as orientações do ginecologista também é importante na prevenção e/ou identificação precoce da doença.

Quando devo procurar o médico?

Você deve se preocupar com o sangramento durante as relações sexuais se estiverem presentes os seguintes sinais de alerta:

  • Sangramento frequente que ocorre em muitas relações seguidas,
  • Sangramento que perdura por mais de uma hora após a relação,
  • Dor intensa,
  • Sangramento volumoso e
  • Presença de corrimento com ou sem mau cheiro.

É importante que você use métodos de barreira (camisinha masculina ou feminina) para minimizar as chances de contrair doenças, entre elas as que provocam sangramento na relação.

Em caso de sangramento na relação é importante que procure um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre sangramento na relação sexual, você pode ler:

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?

Sangramento durante relação, não houve penetração...

Tive sangramento depois da relação sexual. O que pode ser?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Estou há dois meses sem menstruar, isso é sinal de gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, nem sempre é sinal de gravidez, existem outros motivos para ocorrerem atrasos menstruais, sobretudo em mulheres que já possuem o ciclo irregular, o que chamamos de amenorreia.

Outras causas de ausência da menstruação (Amenorreia)

Além da gravidez, existem outras causas para amenorreia, como:

  • Amamentação;
  • Estresse emocional;
  • Dietas muito restritivas;
  • Exercícios físicos extenuantes;
  • Uso de medicamentos controlados;
  • Métodos hormonais contraceptivos;
  • Síndrome do ovário policístico;
  • Menopausa precoce (antes dos 40 anos de idade);
  • Tumores da hipófise e
  • Quimioterapia.

Portanto, no caso de uso de contraceptivos ou outras medicações regularmente, é importante informar ao médico assistente. No caso de dietas restritivas ou atividade física extenuante, deve manter acompanhamento com um profissional da área, como professor de educação física ou fisioterapeuta, para não prejudicar sua saúde.

Nas alterações endocrinológicas, como síndrome do ovário policístico e tumor de hipófise, além da amenorreia poderá apresentar outros sintomas, como acne (espinhas), aumento de peso, galactorreia (secreção de leite nas mamas), entre outros. Cabe ao médico, frente a essas suspeitas, dar continuidade à investigação diagnóstica.

Sinais iniciais de gravidez

O primeiro sinal da gravidez costuma mesmo ser a ausência da menstruação, entretanto outros sinais são bastante comuns, como a cólica, náuseas e vômitos matinais, sonolência diurna, aumento da sensibilidade e do volume das mamas e alterações de humor.

Sendo assim, se observar alguns desses sintomas, associado a relação sexual nessa época, sem uso de contraceptivos, as chances de gravidez são maiores.

Para confirmar ou descartar a gravidez, pode realizar testes de gestação, de farmácia ou exame de sangue (mais específico), e procurar um ginecologista, o médico responsável pelo diagnóstico e tratamento dos casos de amenorreia.

Leia mais em: Teste de farmácia de gravidez é confiável?

Pode lhe interessar também: O que é amenorreia e quais as suas causas?

Apareceu um corrimento após relação, o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Infecção vaginal é a causa mais comum de corrimento vaginal. Pode aparecer mesmo usando camisinha (indicando uma infecção por fungo ou bacteriana), caso não tenha usado camisinha pode significar uma DST (causa menos frequente de corrimento vaginal).

Corrimento esverdeado: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Uma das causas mais frequentes de corrimento esverdeado é a tricomoníase, uma infecção que afeta a vulva e vagina (vulvovaginite), causada por um protozoário: o Trichomonas vaginallis.

Mais raramente o corrimento esverdeado também pode ser decorrente da infecção por clamídia ou gonococo, ou ocorrer pela presença de corpo estranho na vagina, como tampões higiênicos.

Tricomoníase: causa frequente de corrimento esverdeado

A tricomoníase causa corrimento vaginal esverdeado, amarelo ou cinzento, com a formação de bolhas. Em algumas situações, o corrimento vaginal pode ser abundante e apresentar mau odor.

O trichomonas causa uma reação inflamatória na região da vulva, vagina, uretra e colo do útero. Além do corrimento, essa infecção pode causar os seguintes sintomas:

  • Coceira;
  • Ardência na região da vulva e vagina;
  • Ardência para urinar;
  • Dor ou desconforto durante as relações sexuais.

A infecção causada pelo Trichomonas vaginallis deve ser tratada com antibiótico, geralmente o metronidazol. O tratamento com antibiótico é a única forma eficaz de melhorar os sintomas e combater o protozoário causador deste problema.

Embora, a presença de corrimento verde seja muito sugestivo de tricomoníase, nem sempre esta vulvovaginite causa esse sintoma. Em algumas situações, a tricomoníase pode causar sintomas leves ou ser totalmente assintomática.

O que fazer se notar corrimento esverdeado?

Na presença de alguma das situações acima, é importante procurar a avaliação de um médico, pois o corrimento esverdeado pode ser sinal de uma infecção vulvovaginal, como a tricomoníase ou outras.

Se for confirmado o diagnóstico de tricomoníase ou infecção por clamídia ou gonococo o tratamento precisar ser realizado com o uso de antibiótico.

É importante lembrar que estas três doenças são consideradas infecções sexualmente transmissíveis, por serem transmitidas através do contato sexual.

Por isso, é muito importante que todos os parceiros sexuais também sejam tratados para evitar chance de recorrência da infecção.

Além disso, é válido ressaltar que o uso de preservativos também previne a transmissão das infecções vaginais que podem causar corrimento esverdeado.

Causas menos frequentes de corrimento esverdeado Infecção por clamídia ou gonococo

A clamídia e o gonococo são bactérias capazes de causar corrimento e outros sintomas como dor pélvica, dor durante as relações sexuais, sangramento vaginal, dou ou ardência para urinar.

Esta infecção também pode desenvolver uma condição chamada doença inflamatória pélvica, que pode atingir órgãos pélvicos, como útero, tubas uterinas e ovários e cursar com sintomas de dor, sangramento ou febre.

O tratamento da infecção por clamídia ou gonococo é feito com antibióticos.

Presença de corpo estranho na vagina

Objetos que podem ser deixados e esquecidos na vagina podem causar secreção esverdeada, pelo acumulo de secreção e proliferação de bactérias.

Comumente ocorre com tampões que ficam mais tempo do que o recomendado na vagina, mas também pode ocorrer com preservativos ou outros objetos.

Quando devo me preocupar com o corrimento esverdeado?

O corrimento pode ficar eventualmente um pouco esverdeado e não necessariamente indicar uma infecção vulvovaginal.

No entanto, em algumas situações deve-se ter maior atenção porque o corrimento verde pode indicar uma doença. As seguintes situações indicam maior possibilidade de infecção:

  • Corrimento esverdeado abundante ou constante;
  • Coceira;
  • Ardência ou dor para urinar;
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual;
  • Dor pélvica;
  • Presença de febre ou mal-estar.
Corrimento esverdeado na gravidez

O corrimento esverdeado na gravidez também pode indicar a presença de da vulvovaginite causada pelo protozoário Trichomonas vaginallis.

Durante a gravidez algumas mulheres podem queixar-se do aumento do corrimento vaginal. A presença mais abundante de corrimento pode ser um efeito fisiológico da própria gravidez. No entanto, o mais comum é que o corrimento gestacional seja amarelo ou branco.

Por isso, não é esperado que ocorra corrimento verde frequentemente durante a gestação. Caso esteja grávida e apresente corrimento verde, é importante passar em uma avaliação médica.

O tratamento do corrimento esverdado irá depender da causa, se for confirmada uma infecção vaginal o uso de antibióticos é necessário.

Para mais informações sobre corrimento esverdeado e tricomoníase consulte o seu médico de família ou ginecologista.

Leia também:

Corrimento esverdeado durante a gravidez o que pode ser?

Corrimento esverdeado sem cheiro e sem coceira, o que pode ser?

Referências bibliográficas

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 2020

2. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação Trato Genital Inferior. Capítulo 6. Vulvovaginites. 2010.

Quais doenças podem causar manchas na língua?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Diferentes doenças e condições podem causar manchas na língua. Leucoplasia, eritroplasia, aftas, líquen plano ou candidíase são situações que podem causar o aparecimento de manchas na língua.

Vejamos algumas causas de manchas na língua.

Leucoplasia

A leucoplasia consiste em placas brancas que podem acometer a língua e outras áreas da boca como as bochechas e gengivas. Não há uma causa específica para o aparecimento dessas manchas, mas podem estar relacionadas a hábitos como o tabagismo ou alcoolismo e doenças infecciosas.

A leucoplasia é uma condição que não causa sintomas e é geralmente benigna, no entanto, em algumas pessoas essas lesões brancas podem evoluir para câncer. Por isso, a leucoplasia é considerada uma lesão pré-cancerosa.

Existe uma forma específica de leucoplasia chamada de leucoplasia pilosa. Esta forma está relacionada a infecção pelo vírus de Epstein-Barr e HIV e não tem relação com o câncer de boca.

Lesões de leucoplasia que apresentam alto risco de malignização são retiradas cirurgicamente.

Leucoplasia Eritroplasia

Eritroplasia é uma mancha de coloração vermelha bem demarcada, que pode atingir a língua e outras áreas da boca como o palato e a região abaixo da língua. Pessoas tabagistas ou que fazem uso abusivo de álcool abusivo tem maior risco de desenvolver essas lesões.

Está fortemente associada ao câncer de boca, por ter alto risco de se tornar uma lesão maligna.

O tratamento é efetuado através da retirada cirúrgica da lesão.

Aftas

As aftas são lesões ulceradas muito dolorosas, que no princípio podem aparecer apenas como manchas vermelhas que depois se ulceram e ficam brancas.

Múltiplos fatores contribuem para o aparecimento de aftas, entre eles destacam-se o estresse, trauma na boca, dieta com alimentos ácidos, consumo de álcool, deficiências nutricionais.

O tratamento inclui higiene oral, afastar causas relacionadas ao aparecimento das aftas como trauma, estresse ou alimentos ácidos. O alívio da dor pode ser alcançado através do uso de soluções anestésicas aplicadas localmente. O uso de corticoesteroides tópicos também podem ser benéficos em casos de aftas muito frequentes.

Afta Líquen plano oral

O líquen plano é uma doença inflamatória crônica que pode atingir a boca ou a pele. Quando ocorre na boca chama-se líquen plano oral e é caracterizado por lesões brancas ou vermelhas, que formam placas.

Há um risco de lesões de líquen plano oral também se malignizarem e transformarem-se em câncer, mas este risco é baixo.

Algumas lesões pequenas e assintomáticas não necessitam ser tratadas. Quando o tratamento é necessário, geralmente, é feito através do uso de corticosteroides aplicados localmente, através de bochechos ou pomadas.

Líquen plano oral Candidíase

A candidíase é uma infecção fúngica que pode acontecer em diferentes partes do corpo e inclusive na língua. Esta infecção causa manchas brancas.

É uma doença mais comum em bebês, idosos e pessoas com imunodeficiências, decorrente de tratamentos com quimioterapia, radioterapia, ou infecção por HIV

No casos menos graves, o tratamento da candidíase oral é feito com antifúngicos aplicados localmente. Já nas situações de candidíase mais extensa, os antifúngicos são administrados em comprimidos por via oral.

Candidíase oral

Consulte um médico de família, clínico geral ou dentista, caso note manchas na sua língua ou boca, que não melhoram.

Também pode ser do seu interesse:

Língua branca é sinal de doença?

Como tratar língua branca?

Referências bibliográficas:

1. Giovanni Lodi. Oral leukoplakia. Uptodate. 2021

2. Giovanni Lodi. Oral lesions. Uptodate. 2021

3. Nico M. et al. Líquen plano oral. Anais brasileiro de dermatologia. 2011.

Estou grávida e não sei quem é o pai... e agora?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A probabilidade é maior para que seu filho seja do seu marido, porém somente o exame de DNA pode confirmar. O coito interrompido é um método de contracepção com alto índice de falha, cerca de 20%, por isso, geralmente costuma não ser recomendado, por isso pode mesmo haver dúvida em relação a paternidade da criança.

O exame de paternidade através de teste de DNA pode ser realizado durante a gravidez, antes do nascimento da criança, e possibilita saber com segurança qual o pai da criança.

Como é o teste de paternidade pré-natal?

Atualmente o teste de paternidade através do DNA, pode ser realizado algumas semanas após o início da gestação. O teste é feito através da recolha de sangue da mãe, a partir da 8º semana semana de gestação.

No exame é detectado material genético da criança que é comparado com o material genético do provável pai, que pode ser proveniente de saliva, sangue ou cabelo.

Algumas técnicas mais invasivas também podem ser realizadas para coleta de material genético da criança como através da amniocentese (coleta de líquido aminótico), cordocentese (coleta de sangue do cordão umbilical) ou de biópsia das vilosidades coriônicas.

Como é o teste de paternidade pós-natal?

O teste após o nascimento da criança pode ser realizado através também da coleta de saliva, sangue ou bulbo capilar da criança e do possível pai, assim é possível fazer a comparação genética que permite identificar a paternidade.

Geralmente o exame fica pronto entre 2 a 3 semanas, e apresenta confiabilidade maior que 99%.

Para mais informações converse com o seu médico de família.

Estou com um pequeno sangramento tipo borra de café?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pequeno sangramento tipo borra de café próxima ao período menstrual, a princípio é mesmo a menstruação, porém, se houve relação sem proteção, pode ser um sinal de gravidez, o chamado sangramento de nidação.

A menstruação, deve evoluir com sangramento mais volumoso e vermelho vivo, com uma duração de 5 a 7 dias. O sangramento de nidação, quando o embrião penetra o útero, ocorre mais próximo do período fértil, de pequeno volume, e não dura mais de 3 dias.

A melhor forma de distinguir o sangramento de menstruação do sangramento de nidação, é exatamente avaliar o período em que se encontra no ciclo menstrual. No seu caso, dentro do período da menstruação, fala mais a favor de ser a própria menstruação.

Sendo assim, se sentir sintomas sugestivos de gravidez, como maior sensibilidade nas mamas, náuseas, vômitos matinais e aumento de apetite, procure uma unidade de atendimento básico para realização do teste de gravidez, ou faça um teste de farmácia.

De qualquer forma, outras doenças podem causar sangramento escuro, por isso se permanecer o sangramento, não deixe de procurar seu médico de família, ou ginecologista para avaliação e maiores esclarecimentos.

Saiba mais sobre o tema nos artigos: