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Tive relação e depois tomei logo banho e limpei, tem como engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Depois que ocorre a penetração e ejaculação dentro da vagina o risco de engravidar é alto, mesmo que haja a tentativa de lavar em seguida. 

O risco passa a ser maior nos casos de não fazer uso de contraceptivos, como os anticoncepcionais; no caso de estar no período fértil e por fim, dependendo da sua fisiologia normal, do seu organismo em gerar uma gravidez com esse evento apenas.

Existem formas de evitar a gravidez indesejada, em té 72 h após a relação sexual desprotegida, por exemplo com o uso do contraceptivo de emergência. Porém o mais adequado é que agende uma consulta com médico ginecologista para avaliar o seu caso e dar as devidas orientações.

Lembrando que o uso de preservativos, como a camisinha, não só impede uma gestação não planejada, como também, a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tão comuns na população sexualmente ativa, e facilmente evitável, bastando se proteger durante todas as relações sexuais. 

Saiba mais sobre esses assuntos nos links abaixo:

Estou gestante de cinco meses, posso fazer escova progressiva?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Está contraindicado o uso de escova progressiva durante toda a gravidez.

Qualquer produto que contenha substâncias químicas, especialmente à base de formol ou derivados, está totalmente contraindicado durante toda a gestação.

Grávida pode fazer escova progressiva?

Não. A gestante não deve fazer uso desse produto porque contém substâncias químicas e tóxicas, que podem ultrapassar a placenta, causando prejuízos ao bebê.

Segundo especialistas e segundo a sociedade brasileira de dermatologia, não existem no mercado, produtos para escova progressiva liberados pelos órgãos responsáveis, como sendo seguro para o uso em mulheres grávidas.

O seu uso aumenta os riscos de abortamento precoce, mal formação fetal, crescimento intrauterino anormal ou mal-estar materno.

Grávida pode fazer selagem no cabelo?

A selagem, também não é recomendada, pelo mesmo motivo. A grande maioria dos produtos utilizados na selagem apresentam em sua composição, produtos químicos mais "leves", que ao serem expostos ao calor (secador e ou chapinha), mudam sua conformação se tornando semelhantes ao formol, causando riscos à gestante e ao bebê.

Assim como a tintura comum, reflexos, e outros produtos químicos.

Grávida pode fazer pintar o cabelo?

Depende. O uso de tinturas sem amônia e xampus tonalizantes são liberados após o segundo trimestre, para grande parte das gestantes. Porém essa autorização deve ser dada pelo obstetra assistente, que saberá avaliar os riscos de cada mulher, caso a caso.

Com quantos meses a gestante pode fazer escova progressiva ou selagem de cabelo?

A gestante nunca deve fazer nenhum desses tratamentos estéticos. O risco existe durante todo o período gestacional.

Para maiores esclarecimentos ou qualquer dúvida em relação aos riscos e efeitos colaterais durante a gestação, entre em contato com seu médico obstetra assistente.

Pode lhe interessar ainda: Qual anti-inflamatório é indicado para gestante e lactante?

Sangramento durante relação, não houve penetração...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento vaginal fora do período menstrual pode acontecer por diversas situações, desde um problema externo, como presença de inflamação ou infecção vaginal, pequenos traumatismos, problemas hormonais ou um problema uterino, considerado "sangramento uterino anormal".

Entretanto, para definir esse diagnóstico, é preciso mais informações e um exame médico geral e ginecológico. Fale com seu médico ginecologista.

Não deixa de investigar, porque embora a causa mais comum seja vaginose bacteriana ou apenas um traumatismo local, pode também representar um sintoma inicial de uma doença mais grave, como o câncer de colo de útero, doença tão comum na nossa população, que quando diagnosticada precocemente tem maior possibilidade de cura.

A própria vaginose bacteriana, quando não tratada adequadamente, pode evoluir com complicações e sequelas, como a infertilidade.

Causas de sangramento vaginal

As causas de sangramento de curta duração no meio do ciclo, está muito associada a pequenos traumas, alterações hormonais e sangramento de escape, porém existem muitas outras causas que através de um exame médico já serão suspeitadas. Com a suspeita clínica, o especialista poderá pedir exames que confirmem seu diagnóstico, e quando necessário, iniciar o tratamento adequado.

Portanto, tudo terá início na consulta médica.

Podemos citar como causas possíveis de sangramento vaginal:

  • Vaginose bacteriana
  • Candidíase
  • Pequenos traumatismos (durante relação)
  • Sangramento de escape (comum no meio do ciclo)
  • Uso regular de duchas higiênicas
  • Uso de produtos de higiene íntima
  • Disfunção hormonal
  • Pólipo uterino
  • Gravidez
  • Tumor de colo de útero

O médico ginecologista é o especialista nesse assunto. Agende uma consulta para avaliação e conduta.

Sangrar durante a relação, é normal?

Sangramento de escape pode ser considerado menstruação?

Quais os sintomas de câncer no colo do útero?

O que é vaginose e quais os sintomas?

Melatonina: quem pode usar e como tomar para dormir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A melatonina é uma hormônio naturalmente produzido pelo nosso corpo. Durante o dia é produzida, principalmente, pelos intestinos e a noite pela glândula pineal, uma glândula localizada na região central do cérebro, entre os dois hemisférios.

Quem pode usar a melatonina?
  • Pessoas que não produzem melatonina suficiente;
  • Deficientes visuais (por não produzirem melatonina);
  • Casos de insônia em idosos, pela redução da produção desse hormônio;
  • Portadores de enxaqueca, com crises relacionadas à insônia;
  • Pessoas que têm alteração do ciclo do sono, mesmo seguindo as orientações de hábitos saudáveis para dormir;
  • Trabalhadores noturnos, com dificuldade para retornar ao ciclo circadiano normal;
  • Pessoas com distúrbios do sono e depressão associada.
Como tomar a melatonina?

A melatonina sintética pode ser encontrada no mercado na forma de comprimidos fabricados na farmácia de manipulação, sob prescrição médica, com as dosagens de 1 mg, 3 mg, 5 mg ou 10 mg.

Segundos os especialistas em distúrbios do sono, a dose inicial recomendada de 1/2 (meio) comprimido de 1 mg, a noite, 30 minutos antes de ir dormir, aumentando gradativamente essa dose, conforme a necessidade.

Em média, a dose máxima necessária para auxiliar no sono, são de 3 mg ao dia. Não havendo resposta, é importante investigar se as causas da insônia e reavaliar o tratamento.

Havendo outras causas, o aumento da dose não irá ajudar, além de desenvolver efeitos colaterais indesejados.

Contraindicações

A suplementação com melatonina pode interagir com alguns medicamentos, por isso é importante informar ao médico se faz uso de:

  • Anticoagulantes,
  • Imunossupressores,
  • Antidepressivos,
  • Anticoncepcionais e
  • Anticonvulsivantes.
Posso tomar melatonina com antidepressivo?

Depende. A melatonina pode ser usada em conjunto com a maioria dos medicamentos antidepressivos, podendo até otimizar os seus efeitos.

No entanto, algumas medicações antidepressivas, como a Fluvoxamina® e ansiolíticos, tem uma interação desfavorável, levando a quadros de sonolência e apatia, por isso não devem ser utilizadas em conjunto.

Na dúvida, converse sempre com o seu médico, e informe todas as medicações que faz uso.

Benefícios da melatonina

A melatonina tem ação bem conhecida na regulação do sono, melhorando a manutenção do sono, quando a causa for carência desse hormônio. Entretanto, estudos demonstram que o hormônio pode ter muitos outros efeitos benéficos para o organismo, como:

Efeito Neuroprotetor¹

A melatonina age com ação antioxidante e facilita a chamada neuroplasticidade, com isso reduz o risco de doenças neurodegenerativas, como a doenças de Alzheimer.

Efeito Antioxidante¹,²

Diversos trabalhos comprovam a ação antioxidante e anti-inflamatória da melatonina no organismo. Com isso melhora a imunidade e reduz os radicais livres no cérebro.

Efeito antidepressivo³

O hormônio tem demonstrado benefícios também em relação aos sintomas de depressão. Acredita-se que a melhoria do sono, com impacto na e qualidade de vida, promova uma melhora do humor. Mas pesquisas tentam comprovar ainda, um efeito direto da melatonina na depressão.

Efeitos colaterais
  • Sonolência durante o dia (quando administrado em altas doses);
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Dor de cabeça;
  • Interações com outros medicamentos.
Condições que alteram a produção de melatonina

A estimulação luminosa, com luzes emitidas pela tela da TV, celulares e tablets, parece ser a condição que mais altera a produção de melatonina. Barulhos e estresse também interferem e reduzem a sua produção.

Para um sono tranquilo prepare o ambiente: torne-o escuro, silencioso e desconecte-se da televisão e dos aparelhos eletrônicos.

A melatonina no Brasil é proibida pela Anvisa, devido à ausência de solicitações e estudos obrigatórios para a sua liberação. Porém, com uma receita médica é possível a sua fabricação em farmácias de manipulação ou solicitar através de importação.

Consulte o seu médico para analisar a necessidade de uso da melatonina e ajuste da dosagem adequada.

Leia também: 10 dicas para melhorar a qualidade do sono

Referências:

¹Jung Goo Lee. et al.; The Neuroprotective Effects of Melatonin: Possible Role in the Pathophysiology of Neuropsychiatric Disease. Brain Sci. 2019 Oct 21;9(10).

²Karaaslan, C.; Suzen, S. Antioxidant properties of melatonin and its potential action in diseases. Curr. Top. Med. Chem. 2015, 15, 894–903.

³Tordjman, S. et al.; Pharmacology, Functions and Therapeutic Benefits. Curr. Neuropharmacol. 2017, 15, 434–443.

Pílula do dia seguinte engorda?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não há estudos que comprovem que o uso da pílula do dia seguinte engorda. Portanto, a resposta é não. A pílula do dia seguinte não engorda.

Por ser administrada em dose única ou em duas doses, o primeiro comprimido nas primeiras 24 horas e o segundo, 48 horas após a relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte é usada por um período muito curto de tempo para provocar o aumento do peso.

Entretanto, é possível que você se sinta inchada devido à dosagem alta de hormônio.

A pílula do dia seguinte pode causar sensação de inchaço

As pílulas do dia seguinte com alta dose de progesterona podem provocar a retenção de líquidos no corpo e causar a sensação de inchaço ou mesmo de ganho de peso. No entanto, este é um efeito passageiro que cessa espontaneamente, sem precisar usar qualquer medicamento e não tem relação com o aumento do peso corporal.

Se você se sentir inchada, aumente a ingestão de água para ajudar o corpo a eliminar os líquidos acumulados pelo uso da pílula do dia seguinte.

Efeitos colaterais da pílula do dia seguinte

Geralmente, a pílula do dia seguinte é bem tolerada pelo organismo. Algumas mulheres podem sentir alguns efeitos colaterais, dentre os quais os mais comuns são:

  • Náuseas e/ou vômitos,
  • Tontura,
  • Cansaço,
  • Dor de cabeça,
  • Diarreia,
  • Sangramento de escape e
  • Aumento da sensibilidade dos seios.

Lembre-se que pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como anticoncepcional de rotina e deve ser usada apenas uma vez a cada mês. Além disso, ela não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, o que indica uso de camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais.

Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolherem juntos o método contraceptivo mais adequado.

Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:

Como tomar a pílula do dia seguinte?

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Tive relação e senti uma dor, hoje quando fui urinar saiu um pouco de sangue, o que é isso?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pequenos traumatismos podem ocorrer na uretra durante a relação sexual, inclusive com pequenos sangramentos, normalmente não são graves e melhoram sozinhos, mas se os sintomas permanecerem ou forem intensos precisa procurar um médico. Sempre existe também a possibilidade de infecção urinária, muito comum em mulheres com vida sexual ativa e pode estar relacionada com o ato sexual.

Primeira relação depois da histerectomia: quando pode?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As relações sexuais são proibidas por 40 a 60 dias após a histerectomia, dependendo da recuperação de cada mulher. Por esse motivo, a mulher deve esperar a orientação do médico nas consultas pós-cirúrgicas.

Após voltar à vida sexual normal, uma parte das mulheres pode sentir dor ou desconforto durante as relações sexuais. Em boa parte dos casos, o problema é superado com o conhecimento, a paciência e o apoio do parceiro. Raramente é necessária outra cirurgia para resolver o problema.

Quando a histerectomia é total, ou seja, com retirada dos ovários, há maior risco de problemas durante o ato sexual. Neste caso, o uso do creme vaginal Colpotrofine pode ser indicado pelo médico. Esse creme ajuda na recuperação, além de evitar a sensação de queimação vaginal, secura vaginal, prurido ou dor durante as relações sexuais.

Você também pode querer ler:

Referências:

Siedhoff MT, Carey ET, Findley AD, Hobbs KA, MoulderJK, Steege JF. Post-hysterectomy dyspareunia. J Minim Invasive Gynecol. 2014; 21(4): 567-75.

Ewalds-Kvist SBM, Hirvonen T, Kvist M, Lertola K, Niemelä P. Depression, anxiety, hostility and hysterectomy. J Psychosom Obstet Gynaecol. 2005:193-204.

FEBRASGO Notícias: Histerectomia Laparoscópica: padronizar para proliferar

Comissão de Endoscopia Ginecológica. 01 Dezembro 2017.

Colpotrofine. Bula do medicamento.

Qual a diferença entre ovário multifolicular e multicístico?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Ovários multifoliculares são ovários com dimensões normais, mas possuem maior número de folículos em relação a ovários saudáveis. Isto ocorre por um desajuste hormonal; os folículos não se desenvolvem e permanecem nos ovários. Os folículos se encontram em menor número e espalhados de forma mais organizada, e há distúrbios hormonais menos significativos em relação aos ovários policísticos.

Os ovários policísticos, por sua vez, apresentam tamanho aumentado, um grande número de folículos não desenvolvidos espalhados de forma irregular e na maioria dos casos (embora não seja uma regra), taxas hormonais alteradas. Os ovários policísticos têm como característica um número muito maior de folículos não desenvolvidos (microcistos), resistência à insulina e um aumento nos níveis do hormônio andrógeno (hormônio masculino). Os ovários policísticos podem ser provocados pela incapacidade de produzir hormônios nas proporções adequadas, o que impede que os folículos se desenvolvam sincronizados. O motivo pelo qual isso acontece ainda é desconhecido.

Um fato importante a ser citado é que esses problemas só exigem tratamento se estiverem interferindo no ciclo menstrual, caso contrário só deve ser feito um acompanhamento médico periódico.

Em caso de suspeita de ovários policísticos/multicísticos ou atraso menstrual, um médico (preferencialmente um ginecologista), deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.

Tenho dificuldade de concentração e aprendizado, memória...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Parece mesmo um quadro de enxaqueca (os sintomas são compatíveis) em relação a um aneurisma é uma hipótese pouco comum (rara na verdade), principalmente em um adulto jovem. Aproveita a ocasião com o neurologista para começar a tratar mais adequadamente seu problema de memória, concentração e aprendizagem.

Leia também: 5 Formas de Melhorar a sua Memória

Tomo o anticoncepcional YAZ e tive uma relação sem preservativo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Eventualmente a menstruação pode não vir, principalmente por ter tomado a pílula do dia seguinte, recomece a nova cartela no dia certo independente de sua menstruação. Se toma anticoncepcional não precisa ter medo, não faz sentido usar a pílula do dia seguinte.

Menstruei e 10 dias depois tive relação e não usamos camisinha, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, você pode engravidar, porque está próximo do período fértil. O período de maior risco para que aconteça a gravidez.

Para evitar a gravidez, nos casos de falha nos métodos contraceptivos, pode fazer uso da pílula do dia seguinte, em até 5 dias após a relação desprotegida. Por exemplo, no caso de esquecer de tomar uma pílula ou quando a camisinha rompe durante a relação.

Importante lembrar que a eficácia do remédio é maior quanto antes tomar a pílula, de preferência nas primeiras 24 horas após a relação. De qualquer forma, existem pílulas do dia seguinte que pode ser tomada em até 3 dias após a relação, e pílulas mais novas, que conferem proteção, em até 5 dias.

A opção desse método deve ser sempre como método de emergência. O uso repetido da pílula do dia seguinte pode causar sérios danos a saúde, com trombose ou hemorragias.

Quando usar a pílula do dia seguinte?

A recomendação é que tome a pílula nas primeiras 24 horas após a relação, quando é garantido a proteção contra gravidez, em mais de 95%. Após 24 horas essa resposta já é menor, e após 72 horas o risco de falha é de quase 50%.

De qualquer forma, para evitar a gravidez não planejada, pode sim tomar o remédio dentro de 5 dias após a relação, dependendo da pílula e conversar com seu médico para receber as orientações e acompanhamento necessários.

O que é o período fértil?

O período fértil é a semana na qual se espera que um dos ovários da mulher, libere um óvulo maduro para a trompa, por isso, tem a maior probabilidade de engravidar.

Se houver relação, esse óvulo pode encontrar um espermatozoide e darem origem a gestação.

Como calcular o período fértil?

O período fértil é calculado pelo último dia da menstruação. Não é um cálculo de grande precisão, especialmente para mulheres com ciclo irregular, por isso o método de contracepção através da tabelinha não é tão confiável.

Para as mulheres que tem o ciclo menstrual regular, o cálculo é simples, basta calcular o dia do meio do ciclo e então somar 3 dias antes e 3 dias após o dia do meio. Por exemplo, mulheres com ciclos de 28 dias:

O dia mais fértil é o 14º dia. Somando os 3 dias antes e depois, o período se inicia no 11º dia e termina no 17º dia. Então, a semana mais fértil, será do 11º ao 17º dia do ciclo.

Colocando em números. A mulher que menstrua a cada 28 dias, teve seu primeiro dia em 05 de janeiro.

O dia mais fértil será o dia = 5 + 14 = 19 de janeiro

O período féritl será = 19 - 3 (16) e 19 +3 (22) = 16 a 22 de janeiro

Para mulheres com ciclo irregular, esse cálculo deve ser feito anotando os últimos 6 ciclos e depois subtrai o número 18 do menor ciclo, e 8 do maior ciclo.

Lembrando que para os ciclos irregulares, o cálculo é ainda menos confiável.

Essa estimativa de dias mais prováveis para engravidar podem variar ainda, de acordo com os níveis hormonais da mulher e condições de saúde.

Vemos assim, que uma relação sem proteção após 10 dias da menstruação, chega exatamente no período fértil, da maioria das mulheres, o décimo primeiro dia. Por isso podemos dizer que existe um risco elevado de engravidar nesse período.

Entenda melhor sobre o cálculo do período fértil nas mulheres que não tem o ciclo regular, no seguinte artigo: Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que é endometriose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de tecido endometrial em outros órgãos que não o útero, causando inflamação.

A inflamação e evolução dessas "ilhas" denominadas endometriomas, levam a uma série de sintomas específicos, especialmente durante o período menstrual, são eles:

  • Cólica menstrual;
  • Dificuldade para engravidar (30 a 40% dos casos);
  • Diarreia ou prisão de ventre e dor para evacuar durante o período menstrual;
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual;
  • Dor para urinar ou presença de sangue na urina durante a menstruação;
  • Dores contínuas no baixo ventre, independentemente do período menstrual.

Vale lembrar que os sintomas da endometriose não ocorrem necessariamente todos ao mesmo tempo, variando com a localização das lesões (endometriomas), e com as características de cada mulher.

O que causa a endometriose?

Ainda não se sabe exatamente qual a causa da endometriose. Acredita-se que o seu desenvolvimento possa estar relacionado com a genética ou com a imunidade que não consegue inibir o surgimento da doença.

Sabe-se que o hormônio estrogênio, produzido nos ovários, é responsável pelo crescimento da parede do endométrio no ciclo menstrual, aonde quer que esteja localizado, portanto está relacionado com a evolução da doença. Durante o período menstrual, aonde o tecido é mais estimulado, as mulheres tem mais queixas de dor ou alterações nos órgãos afetados.

A endometriose está presente em cerca de 10 a 15% das mulheres e surge mais frequentemente nas mulheres mais jovens, em idade reprodutiva.

A doença se desenvolve principalmente na cavidade pélvica, em locais como:

Leia também: Quais são os sintomas da endometriose?

Como é o tratamento para endometriose?

O tratamento da endometriose é feito com medicamentos hormonais ou cirurgia, dependendo da sua localização, extensão e gravidade.

O tratamento medicamentoso é indicado na maioria dos casos e também serve para diminuir as chances da doença voltar após a cirurgia. Em geral, os medicamentos usados são anticoncepcionais orais ou injetáveis, ou o sistema intrauterino com hormônio (progestagênio).

O tratamento cirúrgico da endometriose é indicado quando não há melhoras após o uso de medicação ou em casos mais avançados, com algum prejuízo para o órgão afetado.

A cirurgia normalmente é feita por videolaparoscopia e retira todos os focos de endometriose encontrados.

Veja também: Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

O diagnóstico da endometriose pode ser difícil, às vezes necessitando de vários exames, tais como ultrassonografia, histerossalpingografia, ressonância magnética nuclear ou até videolaparoscopia.

O/A ginecologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose.

Saiba mais sobre endometriose em:

Tenho endometriose: posso engravidar?

Endometriose pode virar câncer?

Qual a diferença entre endometriose e endometrioma?