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O que é hanseníase e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae que acomete a pele e os nervos periféricos. Ela é uma doença de baixa infectividade, ou seja, o seu poder de contágio é baixo.

Os sintomas da hanseníase são lesões de pele acompanhadas ou não de espessamento de alguns nervos e perda sensorial:

  • Lesões de pele caracterizadas por manchas hipopigmentadas (mais clara que a cor da pele) ou avermelhadas, nódulos, placas ou infiltração;
  • Diminuição ou perda da sensibilidade na área das lesões;
  • Formigamento ou dormência nas mãos ou nos pés;
  • Ferimentos ou queimaduras sem dor nas mãos ou nos pés;
  • Inchaço nos lóbulos das orelhas e na face;
  • Perda de força nos músculos inervados pelos nervos acometidos;
  • Dedos em garra;
  • Pés caídos;
  • Ressecamento dos olhos;
  • Pálpebras pesadas;
  • Perda da sobrancelha;
  • Inversão dos cílios;
  • Desabamento da pálpebra inferior.

Esses sintomas podem ser detectados inicialmente a partir das lesões de pele com alteração da sensibilidade. Posteriormente, com o avançar da doença, outros sintomas mais graves são manifestados.

Quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido deve ser iniciado o tratamento para evitar incapacidades. O exame físico, diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como tratar os diferentes tipos de micose na pele?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As micoses são um conjunto de doenças causadas por fungos que podem atingir a pele, as unhas e os cabelos. Quando atingem a pele causam sintomas de vermelhidão, coceira e descamação.

Os principais tipos de micose são: a Pitiríase Versicolor, a Tínea, a candidíase e a onicomicose (infecção fúngica das unhas).

1. Pitiríase Versicolor (Pano branco)

A pitiríase versicolor é uma doença causada por fungos do gênero Malassezia, esse é um fungo que habita a pele e quando encontra condições favoráveis, como umidade constante e queda da imunidade, se prolifera e dá origem a pitiríase.

O pano branco uma doença muito frequente, que atinge principalmente crianças e jovens. As lesões são mais comuns em peles oleosas.

A pitiríase causa manchas brancas irregulares, chamadas popularmente de pano branco. A pitiríase versicolor pode apresentar também coloração marrom ou vermelha, por isso, chama-se versicolor.

As manchas costumam coçar e apresentar uma leve descamação.

Como tratar?

O tratamento da Pitiríase Versicolor é feito principalmente com shampoos e loções antifúngicas de uso tópico, como o cetoconazol.

Esses shampoos são aplicados no cabelo ou na pele geralmente durante o banho durante um período que pode variar de 1 a 4 semanas e permite a regressão das lesões com eficácia.

Para evitar recidiva da pitiríase é essencial seguir algumas medidas de cuidado, como secar muito bem a pele principalmente áreas de dobra de pele e evitar o uso de roupas de tecido sintético que prejudicam transpiração da pele.

2. Tínea

As tíneas são infecções fúngicas causadas por fungos dermatófitos, que se alimentam da queratina da pele.

Os dermatófitos podem ser transmitidos de pessoa a pessoa através do contato corporal. Também é possível a transmissão através de objetos contaminados como toalhas, pentes e roupas, ou ainda através do contato com animais domésticos e terra.

Tínea corporis

É a tínea que acontece na pele do corpo, formam lesões avermelhadas, arredondadas, de borda bem delimitada, que pode ser escamosa, seca, inchada e ainda coçar.

Tínea cruris

É a tínea que atinge a região da virilha, causando intensa coceira e vermelhidão.

Tínea pedis

É a infecção fúngica que atinge os pés. Quando atinge a região entre os dedos é chamado de pé de atleta, provoca também descamação e coceira.

Tínea capitis

Essa tínea atinge o couro cabeludo, além de coceira e descamação pode levar também a queda de cabelos.

Como tratar?

O tratamento é feito basicamente através do uso de antifúngicos, tanto através de medicamentos, quanto através de loções ou cremes que são aplicados diretamente na lesão de pele causada pelo fungo

O tratamento com cremes e loções antifúngicas é usado quando a lesões da tínea são pequenas e bem localizadas. Podem ser usados antifúngicos como o cetoconazol, tricomazol, miconazol, entre outros.

Já em situações na qual a extensão da tínea é muito grande pode ser necessário o uso de medicamentos que combatam o fungo tomados por via oral, ou seja, através de comprimidos.

O tempo de tratamento da tínea pode variar de 2 a 4 semanas, até as lesões regredirem totalmente, conforme o tamanho das lesões de pele e medicamento utilizado.

Deve-se durante o tratamento e após de forma a impedir uma nova infecção:

  • Evitar compartilhar uso de objetos pessoais como toalhas, pentes, bonés;
  • Usar chinelos em ambiente de balneário, piscina e chuveiros;
  • Secar bem a pele após o banho;
  • Evitar o uso de calçados fechados por longos períodos.
3. Candidíase

A candidíase é a infecção causada pelo fungo Cândida. Pode atingir diferentes partes do corpo como a pele, mucosa oral (sapinho) ou região genital, causando vulvovaginite na mulher ou balanite no homem.

O fungo causador da candidíase se prolifera causando sintomas principalmente quando há redução da imunidade e das defesas do organismo.

Quando atinge a pele, esse fungo causa sintomas como coceira, vermelhidão e forte irritação. É comum atingir áreas de dobras que apresentam maior umidade, como, por exemplo, a região abaixo das mamas em mulheres, região das axilas e virilha.

Nas crianças é muito comum a candidíase atingir a região do períneo e nádegas, decorrente do uso de fraldas, que mantém o ambiente quente e úmido.

Como tratar?

O tratamento da candidíase varia conforme o local de acometimento da infecção. Quando atinge a pele o tratamento pode ser feito com o uso de cremes e pomadas com antifúngicos, como o cetoconazol, aplicado de 1 a 2 semanas.

Em casos em que a candidíase é disseminada e atinge grandes áreas do corpo pode estar indicado medicamentos antifúngicos também por via oral ou por via intravenosa, o fluconazol é um dos antifúngicos mais utilizados no tratamento dessa infecção.

4. Onicomicose

É a infecção fúngica que atinge as unhas, geralmente causa espessamento, deformações e alterações na cor da unha, em alguns casos a unha pode descolar-se do leito ungueal.

A onicomicose também é causada por fungos dermatófitos, que são adquiridos quando se entra em contato repetidamente com o fungo presente em ambientes úmidos, como banheiros, chuveiros e piscinas.

Como tratar?

Medicamentos tomados por via oral são a forma de tratamento que apresenta a maior eficácia na resolução da micose de unhas. Os antifúngicos comumente utilizados são a terbinafina e o itraconazol. O tratamento dura entre 1 a 4 meses.

A aplicação de antifúngico diretamente nas unhas, através de esmaltes, também é uma possibilidade. O ciclopirox é a formulação mais conhecida, corresponde a um esmalte que é aplicado uma vez por semana na unha acometida, também pode ser necessário o uso desse medicamento por meses.

Durante e após o tratamento é importante manter uma adequada higiene da área das unhas de pés e mãos, evitar o uso compartilhado de objetos de manicura, usar calçados confortáveis e bem ventilados.

Na presença de sintomas sugestivos de micose na pele consulte um médico de família, clínico geral ou dermatologista.

Colite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colite não tem cura, mas com o tratamento adequado é possível mantê-la sob controle, garantindo qualidade de vida às/aos pacientes.

Em geral, as restrições alimentares são necessárias somente nos episódios mais agudos de diarreia. Os medicamentos devem ser administrados durante toda a vida para tratar, prevenir ou inibir as inflamações no intestino.

Nos casos menos graves, o tratamento da colite ulcerativa pode ser feito com apenas um tipo de medicamento à base de sulfa e derivados. Durante as crises são administrados corticoides, que não devem ser usados por muito tempo por causa dos efeitos colaterais.

Medicamentos imunossupressores e as novas drogas biológicas, como o infliximabe, que impede o processo inflamatório, completam o arsenal utilizado no tratamento da colite ulcerativa.

Uma vez controlada a doença, o tratamento não deve ser abandonado. A colite exige um acompanhamento permanente e o uso constante de anti-inflamatórios, pois mesmo sem apresentar sintomas, pode haver inflamações microscópicas ativas.

Leia mais em:

O que é colite e quais os seus sintomas?

O diagnóstico e o tratamento da colite podem ser feitos pelo/a médico/a gastroenterologista.

O que pode causar alergia na pele?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A alergia na pele pode ser causada por infecções, alimentos, estresse, medicamentos, contato com produtos de limpeza, bijuterias, cosméticos ou outros materiais ou substâncias irritantes.

A urticária e a dermatite de contato são os tipos mais comuns de alergia na pele. A urticária caracteriza-se pela erupção de lesões vermelhas salientes na pele que causam coceira intensa.

A dermatite ou eczema de contato manifesta-se por erupções que coçam, deixam a pele vermelha e causam bolhas, inchaço, descamação e sensação de queimação.

A urticária pode ter diversas causas: medicamentos, insetos, alimentos, frio, sol, calor, pressão sobre a pele, hepatite A ou B, citomegalovírus, H. pylori, fungos, parasitas, além de doenças como tumores e sarcoidose.

Veja também: Como saber se tenho alergia ao sol? Quais são os sintomas?

O eczema de contato é causado pela ação direta de algumas substâncias sobre a pele, que atuam como agentes irritantes. As principais causas desse tipo de alergia na pele são o uso de cosméticos (esmalte, batom, lápis de olho, tinta para cabelo, xampus, sabonetes, perfumes, condicionadores), cremes, pomadas, loções, bijuterias, produtos de limpeza, entre outros.

Vale lembrar que, no caso da dermatite de contato, a alergia na pele surge depois de algum tempo de uso do produto e não logo na primeira vez em que ele é usado.

Em caso de alergia na pele, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou dermatologista para uma avaliação detalhada, diagnóstico da causa da alergia e receber o tratamento adequado.

Saiba mais em:

O que fazer em caso de alergia na pele?

Alergia ao frio causa que tipo de sintomas?

O que é urticária?

O que é tuberculose miliar? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A tuberculose miliar é um tipo de tuberculose em que as bactérias estão disseminadas na corrente sanguínea, provocando lesões em vários tecidos e órgãos do corpo. A tuberculose miliar é uma das formas mais graves da doença.

O termo "miliar" vem da semelhança entre as pequenas lesões arredondadas e pontilhadas causadas pela bactéria e as sementes de miliet, um tipo de gramínea. Essas lesões têm entre 1 e 2 mm e podem estar presentes nos pulmões e em outros órgãos.

A tuberculose miliar afeta sobretudo pessoas com outras doenças de base, como cirrose, câncer, doenças reumatológicas e imunodeficiências. Situações de baixa imunidade também favorecem o desenvolvimento desse tipo de tuberculose, como nos casos de crianças pequenas, idosos e grávidas.

Os sintomas da tuberculose miliar normalmente são inespecíficos, tais como febre, fraqueza e perda de peso. Também podem ocorrer sintomas mais específicos, como dor de cabeça (quando há meningite) e dor abdominal (quando há acometimento do intestino).

O paciente também pode apresentar lesões na pele, gânglios linfáticos (linfonodos) aumentados, sintomas respiratórios e digestivos, aumento do fígado e do baço, entre outros.

O tratamento da tuberculose miliar pode ser iniciado mesmo que ainda não haja um diagnóstico definitivo, uma vez que a taxa de mortalidade é alta sem um tratamento precoce.

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Toda íngua é linfoma? Como saber a diferença?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Nem toda íngua é linfoma

A íngua é um sinal de inflamação nas glândulas. Esse processo de aumentar a glândula é um mecanismo de defesa do nosso organismo para combater agentes agressores e possíveis infecções.  

Linfoma é um câncer do sistema linfático. O sistema linfático é composto por estruturas ao longo do corpo que produzem e armazenam as células de defesa, os glóbulos brancos. 

Em geral, a íngua é transitória, relacionada com alguma infecção ou inflamação local, podendo ser dolorosa.  

No linfoma, o linfonodo aumenta de tamanho, incha e normalmente não é doloroso.  

A diferença pode ser identificada no exame clínico do/a paciente associado à história clínica e, por vezes acompanhada de algum exame laboratorial adicional. 

Saiba mais em:

Quais são os sinais e sintomas do linfoma?

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O que é lipodistrofia e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Lipodistrofia é um conjunto de alterações que ocorrem na distribuição da gordura subcutânea, que está abaixo da pele, causada por problemas no metabolismo. A lipodistrofia pode ocorrer sobretudo em pessoas com diabetes ou que fazem tratamento com antirretrovirais para o HIV.

Os sinais e sintomas da lipodistrofia caracterizam-se por alterações na redistribuição da gordura corporal, que podem se manifestar das seguintes formas:

  • Lipoatrofia: Diminuição da gordura em braços, pernas, rosto e nádegas, o que pode deixar os músculos e as veias de pernas e braços bem visíveis;
  • Lipo-hipertrofia: Concentração excessiva de gordura em determinados locais, como: abdômen, nuca, região dorsal (entre os ombros), tórax, ao redor do pescoço e região pubiana. Leva ainda ao crescimento das mamas nos homens e aumento das mesmas nas mulheres.

A lipodistrofia também pode se manifestar de forma mista, com associação de lipoatrofia e lipo-hipertrofia.

Nas mulheres, a lipoatrofia leva à perda de gordura no quadril e pernas e deixa os braços com as veias mais proeminentes. Quando há acúmulo de gordura (lipo-hipertrofia), o aumento das mamas e o aparecimento de giba (corcova) são muito frequentes.

Nos homens, a gordura acumula-se principalmente no abdômen, que fica mais consistente e estufado.

Além das alterações na distribuição da gordura corporal, a lipodistrofia também pode aumentar os níveis de triglicérides, colesterol e açúcar no sangue.

O tratamento da lipodistrofia inclui procedimentos estéticos e realização de atividade física. A prática de exercícios físicos, aliada a uma alimentação saudável, previne e melhora a lipodistrofia.

Leia também: Lipodistrofia tem cura? Qual o tratamento?

O que pode provocar taquicardia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Taquicardia é o aumento dos batimentos cardíacos acima de 100 batimentos por minuto (bpm) em adultos e acima de 150 bpm em crianças. Várias situações e fatores podem provocar taquicardia, tais como:

  • Febre, exercício físico, anemia;
  • Ingestão de cafeína (presente em café, chá, refrigerantes);
  • Tabagismo, uso de outras drogas, especialmente cocaína;
  • Hipertireoidismo, uso de certos medicamentos, ansiedade, feocromocitoma;
  • Hipotensão, infarto, isquemia;
  • Insuficiência cardíaca, sepse, hipóxia, embolia pulmonar.

A taquicardia ocorre quando os sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos e atravessam o coração são produzidos ou transmitidos de forma inadequada. Há várias formas de taquicardia e a gravidade e o tratamento variam em cada caso.

Essa disfunção na transmissão dos impulsos elétricos pode ter origem em doenças cardíacas, defeitos congênitos dos sinais elétricos do coração ou ainda anemias. A taquicardia também pode ter causa desconhecida.

Dentre os fatores de risco para taquicardia estão a idade, a história de taquicardia na família e a presença de doenças cardíacas.

Quais são os sintomas de taquicardia?

Quando os batimentos cardíacos estão muito acelerados, o coração torna-se incapaz de bombear, de forma eficaz, o sangue para o resto do corpo, reduzindo a oxigenação dos tecidos.

Quando presentes, os sinais e sintomas da taquicardia são decorrentes dessa diminuição da quantidade de oxigênio que chega aos tecidos, podendo incluir falta de ar, tonturas, palpitações, dor no peito e desmaio.

A taquicardia pode surgir sem manifestar sintomas em alguns casos. Porém, esse aumento da frequência cardíaca pode mudar significativamente o funcionamento do coração, elevando os riscos de infarto, derrame cerebral, parada cardíaca e morte.

Qual é o tratamento para taquicardia?

O tratamento da taquicardia pode incluir o uso de medicamentos, cirurgia para remoção da porção elétrica defeituosa do coração e implantação de um pacemaker ou desfibrilador, que são aparelhos que identificam a frequência cardíaca e corrigem os batimentos cardíacos.

Uma vez que a taquicardia pode levar à formação de coágulos, faz ainda parte do tratamento a prevenção dos mesmos, por meio de medicamentos anticoagulantes.

Também é muito importante controlar e tratar a doença de base que está causando a taquicardia, como hipertireoidismo, anemia, doenças cardíacas, entre outras.

O que fazer em caso de taquicardia?

A taquicardia pode ser minimizada se a pessoa tossir, inclinar o corpo para a frente ou aplicar gelo no rosto. Se esses procedimentos não forem suficientes, pode ser necessário medicamento por via oral, ou administrar diretamente na veia.

Nos casos mais graves e sob risco de vida, os batimentos cardíacos podem ser normalizados por meio da aplicação de choque elétrico diretamente do tórax, um procedimento chamado cardioversão.

Os objetivos do tratamento da taquicardia são a diminuir a frequência cardíaca, prevenir novas crises e a reduzir as chances de complicações.

A taquicardia melhora com o tratamento adequado de cada situação. Pessoas com doenças cardíacas têm maior chance de apresentar taquicardia.

Para garantir a saúde do seu coração é importante manter uma alimentação saudável, evitar carnes e comidas gordurosas, praticar atividade física regularmente e manter o peso adequado para sua altura.

O diagnóstico e tratamento da taquicardia é da responsabilidade do médico cardiologista.

Insuficiência venosa tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, na grande maioria das vezes existe tratamento para a insuficiência venosa, entretanto, existem casos de doenças crônicas em que já não alcança a cura, mas da mesma forma deve ser tratada e acompanhada para evitar complicações ou piora da doença.

Como é o tratamento da insuficiência venosa?

O tratamento da insuficiência venosa varia de acordo com a causa e gravidade, podendo incluir medidas gerais, como uso de meia elástica, exercícios física, elevação das pernas e orientações de alimentação; escleroterapia, laser e cirurgia.

Escleroterapia

Na escleroterapia, aplica-se um líquido no interior dos vasos sanguíneos por meio de agulhas bem finas. Esse líquido esclerosante destrói e cicatriza o vaso doente.

A escleroterapia é indicada somente para casos de insuficiência venosa em vasos de pequeno calibre, pois pode causar manchas e complicações nos vasos sanguíneos maiores.

Essa forma de tratamento da insuficiência venosa não causa dor importante, porém é preciso a realização de várias sessões para se atingir bons resultados.

Ecoesclerose (espuma)

A ecoesclerose consiste na aplicação por meio de uma injeção guiada pelo doppler, de um produto em forma de espuma. Essa substância espumosa "entope" a veia doente, que não recebe mais qualquer volume de sangue, resolvendo as varizes.

Laser

A aplicação de laser destrói os vasos sanguíneos de fino calibre afetados pela insuficiência venosa. Tem melhores resultados nas veias finas de coloração roxa, localizadas logo abaixo da pele.

Contudo, a escleroterapia é mais eficaz para tratar as varizes e o laser não é indicado para todos os tipos de pele.

Cirurgia

O tratamento cirúrgico da insuficiência venosa consiste na remoção do vaso sanguíneo doente. Na microcirurgia, não é preciso internamento e a cirurgia pode ser feita na clínica, desde que a veia tenha um pequeno calibre.

A microcirurgia é realizada com poucos cortes. Quando necessário, o período de internamento normalmente não é superior a 1 dia.

Medidas gerais: Meias elásticas

As meias elásticas são muito usadas para tratar casos de varizes e insuficiência venosa, já que auxiliam o retorno do sangue das veias para o coração.

O uso de meias elásticas é indicado sobretudo ao longo do dia, principalmente se a paciente permanece em pé por muito tempo.

Apesar de ser uma forma simples e prática de tratar a insuficiência venosa, as meias elásticas devem ser prescritas pelo médico responsável pelo tratamento. Se as meias não tiverem o grau de compressão adequado, o seu uso pode causar complicações.

Exercícios físicos

Todos os exercícios que trabalham os músculos das panturrilhas, como andar, correr e andar de bicicleta, favorecem a circulação sanguíneas nos membros inferiores.

Vale lembrar que a musculatura da "batata da perna", também conhecida como panturrilha, é considerada pelos cardiologistas como o "2º coração" do corpo, tão grande é a importância desses músculos no retorno do sangue para o coração.

Apesar dos benefícios da atividade física no tratamento da insuficiência venosa, a musculação deve ser evitada.

Elevação das pernas

Para ajudar o retorno venoso, é importante que as pernas fiquem acima do nível do coração. Portanto, sentar-se com as pernas elevadas numa cadeira não é tão eficaz.

O ideal é elevar os pés da cama com um calço embaixo dos mesmos. O importante é que o tronco e as pernas fiquem inclinados, o que irá ajudar o sangue a voltar ao coração.

Orientação de alimentação

A alimentação deve ser equilibrada, pois a ingesta de grande quantidade de gordura pode agredir a parede do vaso sanguíneo e ao mesmo tempo aumentar o peso da pessoa, que consequentemente prejudica as pernas, pela sobrecarga de peso, gerando mais varizes.

Para avaliar o seu caso, o melhor tratamento e orientações, agende uma consulta com médico angiologista ou cirurgião vascular.

Saiba mais em:

Quais os sintomas da insuficiência venosa?

Quais as causas da insuficiência venosa?

Fortes dores de cabeça, perda de visão e tonturas...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Diversas situações e doenças podem causar os sintomas de dores de cabeça, alteração visual e tonturas, dentre elas a mais comum é a enxaqueca.

Uma crise de enxaqueca pode se apresentar de várias formas, e dentro desse universo de sinais e sintomas de crises de enxaqueca, temos a enxaqueca oftálmica, a qual se caracteriza pela presença de dor de cabeça intensa, associada a perda visual momentânea além de tontura, náuseas e ou vômitos. Exatamente os sintomas relatados.

Falta agora ser avaliado e pesquisar se preenche todos os critérios para um quadro de enxaqueca. O que poderá ser feito pelo médico especialista, nesse caso, o neurologista.

Leia também: O que é enxaqueca com aura e quais os sintomas?

Contudo, a presença desses sintomas exige que outras causas sejam investigadas, especialmente se o tipo de dor for sempre na mesma localização. As outras causas podem ser:

  • Pico hipertensivo (elevação súbita da pressão arterial),
  • Lesões isquêmicas, como o AIT (acidente isquêmico transitório) ou AVC (acidente vascular cerebral),
  • Lesões tumorais (por exemplo: meningioma),
  • Distúrbios vestibulares (labirintite), entre outros.

Durante a consulta e o exame médico minucioso, o médico pode ser capaz de definir o diagnóstico em 70% das vezes, mesmo assim, devem ser solicitados alguns exames complementares para confirmação da suspeita diagnóstica.

Um dos exames mais solicitados nesse caso, é a tomografia computadorizada de crânio, entretanto, dependendo da sua avaliação, pode ainda ser necessário mais exames. Cabe ao médico avaliar e orientar caso a caso.

Recomendamos agendar uma consulta com médico clínico geral, médico de família, ou o neurologista.

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Tenho dificuldade de concentração e aprendizado, memória...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Parece mesmo um quadro de enxaqueca (os sintomas são compatíveis) em relação a um aneurisma é uma hipótese pouco comum (rara na verdade), principalmente em um adulto jovem. Aproveita a ocasião com o neurologista para começar a tratar mais adequadamente seu problema de memória, concentração e aprendizagem.

Leia também: 5 Formas de Melhorar a sua Memória

Tenho herpes e agora me apareceu candidíase...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O vírus da herpes e a cândida, fungo causador de candidíase, são germes frequentemente encontrados no nosso organismo, que em situações normais não causam doenças. Entretanto, são germes "oportunistas", ou seja, quando encontram ambientes favoráveis para a sua multiplicação, como situações de baixa imunidade e uso de certos medicamentos, se proliferam e desencadeiam os sintomas.

O quadro de herpes mais comum é a herpes labial, ferida pequena no lábio que cicatriza em média dentro de uma semana. E a candidíase mais comum, é a candidíase vulvovaginal, aquela que se manifesta pelo corrimento vaginal esbranquiçado, com prurido e ardência local.

Quando a apresentação de uma dessas infecções é incomum, acometendo mais de uma região, apresentando feridas muito extensas, dolorosas ou recorrente, o mais recomendado é que procure um médico infectologista, para investigação e avaliação mais cuidadosa. Inclusive para o planejamento do seu tratamento individualizado.

Herpes

A herpes é uma infecção causada por dois tipos de vírus, o vírus varicela zoster (VVZ), o mesmo da catapora, e o herpes simplex. A herpes é uma infecção viral comum, acredita-se que 99% da população adulta já tenha sido exposta a esse vírus e adquirido imunidade durante a infância, porém só costuma provocar sintomas, no início da idade adulta.

A infecção e os sintomas estão associados a situações de estresse, queda da imunidade, uso de medicamentos, exposição prolongada ao sol e mudanças de hábitos, como alimentação ruim e condições precárias de higiene.

Ainda não existe cura para o herpes, mas existem tratamentos que devem ser indicados caso a caso pelo médico dermatologista ou infectologista. Vacinas contra o vírus vem sendo testadas, mas ainda sem comprovação científica.

Para casos de recorrência de herpes, sintomas que duram mais de 10 dias, lesões muito extensas ou dolorosas, procure seu médico dermatologista para uma avaliação e tratamento mais específico. Pode ser preciso uso de medicamentos antivirais orais além da pomada.

Leia também: Como controlar Herpes Labial?

Candidíase

A Candidíase é uma infecção fúngica, também oportunista, que costuma se beneficiar de situações que alterem a o sistema imune, ou que alterem a oxigenação da pele e mudanças no Ph vulvovaginal, no caso de candidíase vulvovaginal.

Vele ressaltar que a infecção por Candida pode acontecer tanto em regiões superficiais, como a pele e mucosas, quanto em órgãos internos nos pacientes mais debilitados.

Embora esteja presente em mais de 50% da população, não causa doenças até que haja um ambiente propício. Fatores que facilitam a proliferação do fungo são:

  • Uso cada vez mais frequentes de antibióticos;
  • Uso de contraceptivos;
  • Uso de corticoides;
  • Gravidez, diabetes e todas as doenças que afetam o sistema imune, como a Aids;
  • Uso de roupas apertadas e quentes por muito tempo;
  • Uso de roupas molhadas (como biquínis e toalhas úmidas), por exemplo durante o verão.

No caso de frequência elevada de infecções fúngicas, deve procurar um médico infectologista para avaliar suas condições de imunidade e iniciar um tratamento específico.