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Para que serve e como usar Meloxicam? Provoca sono?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O meloxicam é um anti-inflamatório indicado para tratar sintomas de osteoartrite e artrite reumatoide. Este medicamento inibe a enzima que provoca a inflamação e, além disso, provoca alívio da dor e da febre. Sua ação se inicia de 80 a 90 minutos após a sua ingestão.

Como usar meloxicam?

Os comprimidos de meloxicam devem ser ingeridos com água ou outro líquido sempre durante as refeições. A dose indicada deve ser tomada em dose única e a dose máxima do medicamento é 15 mg.

De forma geral, meloxicam é indicado nas seguintes dosagens:

Artrite reumatoide

Recomenda-se 15 mg por dia. De acordo com os efeitos da medicação em relação ao tratamento, o seu médico pode reduzir a dose para 7,5 mg por dia.

Osteoartrite dolorosa

Em casos de osteoartrite dolorosa indica-se a dose de 7,5 mg por dia. A dose poderá ser aumentada para 15 mg por dia pelo seu médico.

Adolescentes

Para os adolescentes de 12 a 18 anos, a dose máxima diária recomendada é de 0,25 mg/kg e não deve ultrapassar 15 mg. Meloxicam comprimido é contraindicado em crianças menores de 12 anos de idade, uma vez que ele não permite que a dosagem seja adequada para crianças nesta faixa etária.

A dosagem de meloxicam deve ser ajustada pelo médico/a. Não use meloxicam sem a prescrição adequada.

Meloxicam provoca sono?

Sim. O uso de meloxicam pode provocar sonolência, vertigem, tontura e visão borrada. Este são alguns efeitos do medicamento sobre o sistema nervoso. Portanto, se estiver em uso de meloxicam tenha cuidado ao dirigir ou operar máquinas. Se você apresentar algum destes sintomas o melhor é evitar estas tarefas ou qualquer outra que ofereça riscos.

Quais os efeitos colaterais que meloxicam pode causar?Efeitos colaterais comuns
  • Dor de cabeça
  • Dor abdominal
  • Indigestão
  • Diarreia
  • Náusea
  • Vômitos
Efeitos colaterais incomuns
  • Anemia
  • Alergia
  • Tontura
  • Vertigem
  • Sonolência
  • Aumento da pressão arterial
  • Vermelhidão na face
  • Sangramento do aparelho digestivo
  • Gastrite
  • Estomatite
  • Constipação
  • Flatulência
  • Prurido
  • Dificuldade para urinar
  • Inchaço
  • Atrasos na ovulação
Contraindicações do meloxicam
  • Pessoas com intolerância a lactose;
  • Crianças menores de 12 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas alérgicas aos componentes da fórmula;
  • Pessoas que após o uso de ácido acetilsalicílico ou outros anti-inflamatórios e apresentaram: asma, obstrução nasal (pólipos), inchaço da língua, lábios e garganta ou placas elevadas na pele, geralmente com coceira;
  • Portadores de distúrbios gastrointestinais como úlceras ou perfuração ativa ou recente, sangramentos, doenças inflamatórias gastrintestinais;
  • Pessoas que tiveram sangramento cerebral recente.

É importante seguir a orientação do seu médico ou médica e respeitar as doses, os horários de tomar a medicação e duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem orientação médica.

Quais são os sintomas do câncer de ovário?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas do câncer de ovário podem incluir dor abdominal, inchaço no abdômen, sensação de estômago cheio após as refeições, náusea, má digestão, intestino preso, diarreia e gases. Em alguns casos, pode haver ainda aumento da frequência urinária e sangramento vaginal.

O câncer de ovário não costuma causar sinais e sintomas específicos no início da doença. Muitas vezes, quando as manifestações aparecem ou progridem de forma alarmante, é sinal de que o tumor já está em estágio avançado.

Trata-se de um câncer silencioso, que se instala e progride sem provocar sintomas relevantes. Quando surgem, os sinais tendem a ser vagos e inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce do tumor.

Grande parte dos tumores malignos no ovário só são diagnosticados quando estão numa fase avançada, o que reduz muito as chances de cura.

Além da inespecificidade dos sintomas, a localização dos ovários, o crescimento rápido e a disseminação do tumor, bem como a ausência de métodos não invasivos e eficazes para detectar precocemente a doença, fazem do câncer de ovário o mais letal dos cânceres ginecológicos.

Dentre os fatores de risco para desenvolver a doença estão o histórico familiar da doença (mãe, filha, irmã), nunca ter engravidado, terapia de reposição hormonal, tabagismo e uso de DIU.

O tratamento do câncer de ovário é sobretudo cirúrgico. Se o tumor for detectado no início, a cirurgia é o único tratamento necessário. A sobrevida de 5 anos nesses casos pode chegar aos 90%. Dependendo do estágio do tumor, o tratamento cirúrgico pode ser complementado com quimioterapia.

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico do câncer de ovário.

O que é acidose, quais são os sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Acidose é o acúmulo de ácidos no sangue. O quadro caracteriza-se pela diminuição do pH sanguíneo para valores inferiores a 7,35. Para que o organismo funcione adequadamente, o pH do sangue deve ficar entre 7,35 e 7,45. Quando está acima de 7,45, ocorre a alcalose.

A acidose respiratória ocorre quando há um acúmulo de gás carbônico (CO2) no organismo. Esse é o gás que é eliminado pelos pulmões durante a expiração. A retenção de CO2 no corpo aumenta a concentração de ácido carbônico, levando à acidose.

A acidose respiratória surge quando os pulmões não conseguem eliminar adequadamente o gás carbônico. Isso pode acontecer em casos de doenças pulmonares como a pneumonia, intoxicação por álcool ou medicamentos sedativos, traumas torácicos, doenças ou problemas neurológicos, entre outros.

Saiba mais em: Quais são as causas da acidose respiratória?

Já a acidose metabólica pode ocorrer devido ao acúmulo de ácidos no organismo ou perda de bicarbonato pelas fezes ou urina. Suas principais causas são: diabetes, acúmulo de ureia no sangue (uremia), acúmulo de ácido lático (acidose lática), jejum prolongado, diarreia e fístulas no intestino delgado.

Os sinais e sintomas da acidose incluem dificuldade respiratória, perda de apetite, náuseas, vômitos, alterações neurológicas, dor de cabeça, confusão mental, cansaço, diminuição da produção de urina, hálito cetônico, redução da capacidade de contração do músculo cardíaco, entre outros.

A acidose metabólica é sinal de alguma doença de base, por isso o seu tratamento é direcionado para a causa. Em casos de acidose grave, o tratamento inclui a administração de bicarbonato de sódio.

Já o tratamento da acidose respiratória tem como objetivo melhorar a respiração, mantendo uma boa oxigenação e uma ventilação pulmonar adequada. O tratamento pode incluir a administração de oxigênio, remoção de secreções respiratórias, tratamento da infecção pulmonar, entre outras medidas.

O diagnóstico, acompanhamento e tratamento da acidose metabólica é geralmente feito pelo médico clínico geral.

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Quais são os tipos de transtorno de humor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os tipos de transtorno de humor mais comuns são a depressão e o transtorno bipolar. A depressão é considerada um transtorno de humor unipolar, pois a variação do humor fica apenas do lado depressivo. Quando as variações de humor oscilam entre a depressão e a euforia, o transtorno é bipolar.

Nos casos em que os sintomas depressivos ocorrem em simultâneo com a euforia (mania), são chamados de disforia ou episódio misto.

Depressão

O aparecimento da depressão é influenciado pela genética, stress emocional, pouco apoio social, baixas condições socioeconômicas, uso de substâncias e abuso de álcool, pós-parto, residir em cidades, ser portador de doenças graves, entre outros fatores.

Os sintomas da depressão incluem tristeza, pessimismo, redução das atividades habituais, falta de iniciativa, insônia, alterações no apetite, perda da libido, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de concentração, perdas de memória, sentimentos de culpa, entre outros.

É comum pessoas com depressão descuidarem-se da aparência, apresentando-se muitas vezes despenteadas ou com a barba por fazer, por exemplo. Também é frequente evitarem o contato visual, ficarem de cabeça baixa e apresentarem movimentos e fala lentos.

Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio.

Leia também: Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?

Transtorno Bipolar

O transtorno de humor bipolar caracteriza-se por variações extremas de humor, alternando episódios de euforia (mania) e depressão. Na fase maníaca, a pessoa fica eufórica, com aumento das atividades física e mental. Já na fase depressiva, estão presentes sintomas como tristeza e lentidão para ter e concretizar planos.

As crises do transtorno de humor bipolar muitas vezes ocorrem de 2 em 2 anos quando a pessoa não está tomando os medicamentos.

Pessoas com bipolaridade podem tentar o suicídio, principalmente na fase da depressão. As tentativas de suicídio podem ocorrer em até 24% dos casos nos transtornos bipolares mais graves.

O transtorno bipolar normalmente surge entre os 18 e os 22 anos de idade.

Transtorno Ciclotímico

Nesse tipo de transtorno de humor, as variações entre os episódios depressivos e maníacos são crônicos, mas as crises são mais leves. Trata-se de um transtorno bipolar mais suave, sem a gravidade dos quadros de euforia e depressão observados na bipolaridade.

O tratamento dos transtornos de humor inclui o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. O médico especialista responsável pelo diagnóstico é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno de humor tem cura? Como é o tratamento?

Sinusite tem cura?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

A cura depende do tipo e da causa da sinusite. A sinusite é a inflamação dos seios da face, que são cavidades existentes nos ossos do rosto, e o tratamento consiste na limpeza dessas cavidades, no tratamento da inflamação e na eliminação do fator causador.

As sinusites agudas são aquelas que duram menos do que um mês. Nesse caso, quase sempre há um fator causador como uma infecção ou um trauma. Ao tratar a causa, provavelmente a sinusite irá melhorar. Esse tratamento quase sempre inclui um antibiótico e um anti-inflamatório.

Nos casos das sinusites crônicas, que duram mais do que três meses, provavelmente as causas são de tratamento mais difícil, com uso de antialérgicos, anti-inflamatórios e até mesmo cirurgias. Nesses casos, nem sempre a cura total será atingida, e o tratamento pode apenas ser para aliviar os sintomas.

Leia também: Sinusite crônica tem cura? Qual é o tratamento?

Há ainda os casos de sinusite recorrente, em que os sintomas melhoram após o tratamento adequado, mas retornam após algumas semanas ou meses, a partir da exposição a algum fator desencadeante, como uma nova infecção ou nova crise alérgica.

Em todos os casos, o tratamento precisa ser indicado e acompanhado por um médico, que pode ser um clínico geral, pediatra ou otorrinolaringologista.

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Tomei 2 pílulas anticoncepcional juntas e senti muito enjoo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente, este é um efeito possível devido a dose dobrada do anticoncepcional. Os anticoncepcionais orais hormonais podem causar náuseas e enjoos durante o seu uso, principalmente quando se toma uma dose maior do que o usual ou se há irregularidade na tomada dos comprimidos devido a esquecimentos.

Por isso, é importante que o anticoncepcional seja tomado regularmente, de preferencia no mesmo horário e todos os dias, assim diminui a chance da ocorrência desse tipo de efeito adverso de forma tão intensa.

Além disso, a presença de náuseas é mais comum nos primeiros meses de uso do anticoncepcional hormonal, com o decorrer do tempo esse sintoma tende a diminuir.

O que fazer se enjoos e vômitos se tornarem persistentes?

Caso os sintomas de enjoos ou vômito persistam e se tornem muito intensos, mesmo com o uso regular da medicação, procure um médico para avaliar a manutenção do anticoncepcional, em algumas situações pode-se trocar o tipo de anticoncepcional por um de menor dose hormonal ou mesmo tentar outro método contraceptivo sem hormônios.

Quais os efeitos adversos mais comuns dos anticoncepcionais orais hormonais?

Os anticoncepcionais orais hormonais podem apresentar diferentes efeitos adversos, os mais frequentes são:

  • Alterações nos padrão menstrual como sangramento irregular, diminuição do fluxo menstrual ou ausência da menstruação;
  • Náuseas;
  • Dores de cabeça;
  • Tontura;
  • Sensibilidade ou dores nas mamas;
  • Alterações de humor;
  • Alterações no peso;
  • Mudanças na libido;
  • Acne (pode melhorar ou piorar, depende do tipo de progestógeno presente na pílula).

Consulte o seu médico de família ou ginecologista para mais informações sobre os efeitos adversos dos anticoncepcionais orais hormonais.

O que é celulite infecciosa? É contagiosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Celulite infecciosa é uma infecção da pele que se estende pelos tecidos subcutâneos. A celulite infecciosa não é contagiosa e ocorre principalmente em pessoas com imunidade baixa. A doença é causada por bactérias do tipo estreptococos ou estafilococos, sendo este último o mais frequente.

A celulite infecciosa surge após um trauma ou uma lesão na pele (furúnculo, úlcera, micose, picada de insetos, espinha, arranhões), que funcionam como porta de entrada para as bactérias, que penetram na pele e infeccionam as suas camadas mais profundas.

Celulite infecciosa

A celulite infecciosa é considerada uma doença grave que pode levar à morte, devido a possibilidade de evolução para sepse (infecção generalizada). A infecção pode ocorrer em qualquer parte do corpo, embora pernas, pés e rosto sejam os locais mais afetados.

Quando afeta o rosto, a celulite infecciosa requer ainda mais atenção, pois pode causar meningite bacteriana ou lesão nos olhos.

Quais os sintomas da celulite infecciosa?

Poucos dias após o trauma ou a lesão, começam a surgir os primeiros sinais e sintomas da celulite infecciosa: dor, calor, vermelhidão, inchaço e ardência no local afetado, febre, calafrios, aumento dos gânglios linfáticos próximos ao local e formação de bolhas dolorosas que podem provocar morte do tecido quando se rompem.

Qual é o tratamento para celulite infecciosa?

O tratamento da celulite infecciosa consiste na administração de antibióticos e na realização de exames para detectar o tipo de bactéria que causou a infecção. A doença não deixa sequelas, desde que o tratamento adequado seja iniciado precocemente.

O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da celulite infecciosa.

Quem tem epidermólise bolhosa vive por quanto tempo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A expectativa de vida de quem tem epidermólise bolhosa varia conforme o subtipo da doença. Em geral, pessoas com epidermólise bolhosa simples têm uma esperança de vida normal, enquanto que as formas mais graves podem levar à morte já nos primeiros dias ou meses de vida, logo após o nascimento.

O subtipo Herlitz da epidermólise bolhosa juncional costuma ser fatal logo após o nascimento, levando a óbito bebês com poucas semanas ou meses de idade. O comprometimento acentuado de toda a pele e dos órgãos internos provoca infecções generalizadas, além de falência respiratória e cardíaca.

A maioria dos indivíduos com epidermólise bolhosa distrófica podem ter uma expectativa de vida prejudicada, sobretudo devido ao aparecimento de formas extremamente agressivas de câncer de pele.

Pessoas com epidermólise bolhosa têm a pele muito frágil devido à falta de colágeno e queratina, que dão firmeza e garantem a integridade da pele. Como resultado, as camadas da pele se descolam facilmente ao menor atrito, dando origem a bolhas dolorosas parecidas com as de uma queimadura de 3º grau.

Saiba mais em: O que é epidermólise bolhosa? Quais os sintomas e tratamento?

A gravidade dos sintomas da epidermólise bolhosa varia de acordo com o tipo. A forma mais grave é a epidermólise juncional, que pode levar à desnutrição por má absorção dos nutrientes, podendo levar a morte dos pacientes.

Uma vez que a epidermólise bolhosa não tem cura, o tratamento visa prevenir lesões, favorecer o processo de cicatrização das feridas, repor nutrientes e aliviar a dor.

O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença.

Quais são os alimentos indicados em caso de prisão de ventre?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os alimentos para prisão de ventre devem ser ricos em fibras para aumentar o volume das fezes e acelerar o trânsito intestinal. Aumentar a ingestão de fibras é a primeira coisa que se deve fazer em caso de intestino preso, pois elas atuam como um "lubrificante" que ajuda a soltar o intestino.

Portanto, a alimentação de quem sofre de prisão de ventre deve ser rica em frutas (laranja com bagaço, ameixa, mamão, manga, abacate ), vegetais e legumes (cenoura, vagem, ervilhas, feijão, lentilha, grão-de-bico, pepino, tomate, alface, espinafre), aveia, amêndoas e nozes, bem como sucos de frutas naturais sem adição de açúcar (laranja, maça, uva).

Todos esses alimentos são ricos em fibras,que ajudam a formação das fezes e melhoram o trânsito intestinal, evitando a prisão de ventre.

Porém, enquanto alguns alimentos ajudam a soltar o intestino, outros podem prendê-lo e por isso devem ser evitados por quem sofre de prisão de ventre. Entre eles estão: leite, maçã, banana madura, goiaba e alimentos à base de farinha branca (pães, massas).

Também é importante beber bastante água (pelo menos 2 litros por dia) para umedecer as fibras e amolecer as fezes. Aumentar o consumo de fibras sem beber água suficiente pode prender o intestino, já que as fibras secas são mais difíceis de serem eliminadas. 

Outra medida muito indicada para garantir o bom funcionamento do intestino é realizar atividades físicas regularmente, como caminhadas, por exemplo.

Vale ressaltar que, em alguns casos, o intestino preso pode ser sintoma de alguma doença do aparelho digestivo e as suas causas precisam ser identificadas e tratadas.

Saiba mais em: O que fazer se ficar mais de uma semana sem evacuar?

Se mesmo após as mudanças na alimentação a prisão de ventre continuar, procure um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

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Posso passar candidíase para o parceiro?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A candidíase pode ser transmitida de um pessoa para outra, porém não é considerada uma Doença sexualmente transmissível (DST), isto porque o desenvolvimento dos sintomas de candidíase e a proliferação do fungo depende muito mais de fatores predisponentes do hospedeiro do que da simples contaminação com o fungo.

Portanto, é possível sim passar o fungo para o parceiro, mas não necessariamente ele irá desenvolver candidíase o oposto também é válido. Inclusive muitas mulheres podem ser colonizadas pela Candida e não apresentarem sintomas. Os sintomas surgem quando há um desequilíbrio com grande proliferação da Candida.

Nas mulheres este desequilíbrio é causado principalmente por presença de fatores que modificam o ambiente vaginal como queda da imunidade e debilidade do organismo, aumento do glicogênio (situação que ocorre na diabetes) e queda do pH vaginal.

Quais são os sintomas da candidíase?

A candidíase causa na mulher sintomas como prurido vulvar e vaginal intenso, corrimento esbranquiçado com grumos sem odor, ardência para urinar e desconforto durante as relações. Nos homens pode ocasionar prurido peniano, edema e vermelhidão da glande e presença pequenos pontos esbranquiçados no pênis.

O que aumenta o risco de desenvolvimento de candidíase?

As situações que diminuem o pH, aumentam o glicogênio vaginal ou diminuem a imunidade e a quantidade de bactérias não nocivas aumentam o risco de aparecimentos de sintomas sugestivos de candidíase. Entre essas situações, tem-se:

  • Gestação;
  • Diabetes;
  • Uso de antibióticos, corticoides ou imunossupressores;
  • Uso de anticoncepcionais orais de alta dosagem;
  • Obesidade;
  • Estrogenoterapia;
  • Dieta alimentar muito ácida;
  • Uso de roupas muito justas ou de fibras sintéticas.

No caso de apresentar sintomas sugestivos de candidíase ou caso tenha mais dúvidas sobre essa infecção consulte o seu médico de família, clínico geral ou ginecologista.

Quais as causas e sintomas do pólipo uterino?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A causa do pólipo uterino, ou endometrial, é hormonal. Nas mulheres em idade fértil, há duas hipóteses para o seu desenvolvimento: seria o resultado da ação do estrógeno, que induziria algumas células do endométrio a proliferar mais, ou consequência do decréscimo nos receptores de estrógeno e progesterona no endométrio.

Após a menopausa, não estão associados com altos níveis de estrógenos, porque o endométrio adjacente é atrófico. Os receptores de estrógenos e progesterona estão presentes em maior quantidade no epitélio glandular dos pólipos que no endométrio adjacente nesse período, sugerindo que esses receptores representam importante papel na fisiopatologia dos pólipos endometriais na pós-menopausa.

O risco de transformação maligna é pequeno e varia de 0,5 a 3%.

Na pós-menopausa, 70 a 75% das pacientes com pólipo endometrial são assintomáticas, tendo como único achado ocasional um espessamento endometrial, geralmente focal, à ultra-sonografia transvaginal. Quando sintomáticas, a manifestação clínica mais comum é o sangramento uterino anormal.

O diagnóstico de pólipo endometrial, na fase reprodutiva,  é feito na maioria das vezes em pacientes sintomáticas, com sangramento uterino anormal, ou em pacientes inférteis submetidas à histeroscopia diagnóstica.

Veja também: Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Os pólipos cervicais também podem causar sinusorragia (sangramento nas relações sexuais), sangramento intermenstrual ou metrorragia (sangramentos fora do ciclo menstrual).

Se houver espessamento endometrial (maior ou igual a 5 milímetros) no período pós-menopausa ou imagem focal hiperecogênica em mulheres sintomáticas no período reprodutivo, a hipótese diagnóstica de pólipo endometrial pode ser aventada.

Em caso de suspeita de pólipos uterinos, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e exame físico, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento.

Estou com muitos sintomas e suspeito de HIV?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É um quadro compatível com uma infecção viral aguda e não dá para descartar a possibilidade de HIV agudo, precisa ir ao médico. Toda relação sexual desprotegida tem algum risco de contaminação pelo vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Na dúvida é importante a realização de um teste sorológico, os exames mais modernos como o Elisa de 4º geração já conseguem detectar o HIV mesmo na sua infecção aguda. Mesmo que o exame venha negativo está indicado a sua repetição após cerca de 30 dias da sua realização.

Quais são os sintomas da infecção aguda pelo HIV?

A infecção aguda por HIV, também chamada de síndrome retroviral aguda, pode causar alguns sintomas inespecíficos, sendo por isso em algumas situações difícil de suspeitar dessa síndrome. Os sintomas podem surgir entre 5 a 30 dias após a contaminação e durar de 3 a 4 semanas, podendo desaparecer espontaneamente.

Entre os sintomas que podem estar presentes, tem-se:

  • Febre;
  • Inchaço e aumento dos gânglios (ínguas);
  • Dor de garganta;
  • Perda de peso;
  • Fadiga;
  • Dores musculares;
  • Dor de cabeça;
  • Sintomas digestivos como náuseas, vômitos e diarreia;
  • Suores noturnos;
  • Rash cutâneo (manchas avermelhadas na pele).

Vale ressaltar que nem sempre a infecção pelo HIV causa sintomas, cerca de 50 a 90% das pessoas contaminadas desenvolvem a síndrome retroviral aguda e apenas metade das pessoas desenvolvem sintomas logo após a contaminação pelo vírus, por isso, a realização da sorologia é importante na suspeita de contaminação pelo HIV.

Além disso, os sintomas acima descritos podem ser causados por outras doenças infecciosas como mononucleose, gripe entre outras, por isso é essencial procurar um médico para orientação e avaliação diagnóstica.