Os sintomas de dor ou desconforto durante a penetração sexual podem ter diversas causas. Desde falta de lubrificação, doenças infecciosas ou inflamatórias, traumas, vaginismo ou doenças uterinas. Fatores psicológicos também podem ocasionar ou piorar a dor associada a penetração sexual.
O local onde dói e como é a dor são características importantes para definir a causa da dor durante a relação. Algumas mulheres queixam de dor em ardência ou queimação na entrada da vagina, já outras podem sentir dor no fundo da vagina ou mesmo na região do baixo ventre, ou seja, no pé da barriga.
Por isso, a dor associada ao ato sexual é classificada em dois grupos: as dores superficiais e as dores profundas, cada um dos grupos está associado a condições e doenças específicas.
Causas de dor superficialAs dores superficiais são aquelas localizadas na vulva, na entrada da vagina e no períneo, a região em volta da vulva. Geralmente, podem ser sentidas como uma ardência ou queimação nesta região. São dores que aparecem logo no início da penetração ou ainda podem ser sentidas todas às vezes em que se toca a vulva ou a entrada da vagina.
Os principais motivos de dor superficial durante a relação são:
Falta de lubrificaçãoA falta de lubrificação é uma frequente causa de dor na relação, logo no começo da penetração. Pode ocorrer por diferentes motivos desde falta de vontade e libido, desconforto com o parceiro, inibição. Também pode ser decorrente de alterações hormonais, que levam a queda na produção de estrogênio, como acontece na menopausa.
Alguns medicamentos também podem causar secura vaginal e impedir que a vagina se lubrifique adequadamente para o ato sexual, como antidepressivos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos e anticolinérgicos.
Vulvovaginites e doenças infecciosasDoenças vulvovaginais como a candidíase, a vaginose bacteriana e a tricomoníase são importantes causas de desconforto durante a relação sexual. A candidíase pode causar uma inflamação de toda a vulva e das paredes vaginais, o que torna a relação sexual difícil e dolorosa.
O herpes genital também é uma importante causa de dor na vulva que merece ser lembrada. É uma doença sexualmente transmissível que causa além de dor, pequenas bolhas com líquido que inflamam e causam sensação de queimação.
Trauma ou irritação na peleA presença de feridas, áreas irritadas, ou traumatizadas pode causar uma maior sensibilidade da vulva e da entrada da vagina, ocasionando desconforto durante a relação sexual. Algumas situações corriqueiras, como a depilação ou relações sexuais intensas podem traumatizar a região genital e causar dor.
Doenças de peleO líquen plano e o líquen escleroso são duas doenças dermatológicas que causam lesões na pele e podem levar a alterações na elasticidade nos tecidos da vulva, além de formação de feridas ou outras lesões dolorosas.
O vaginismo é um termo que se refere a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, ou seja, a mulher que sofre de vaginismo contrai sem querer as paredes da vagina. Esta contração causa dor e impede que ocorra a penetração e se tenha relações sexuais satisfatórias.
Diferentes fatores podem estar relacionados com o aparecimento deste distúrbio, como: alterações anatômicas, inflamações, atrofia, sensibilidade nervosa.
Fatores psicológicos também podem contribuir para esta disfunção como: ansiedade, fobias, falta de conhecimento sexual, crenças culturais e religiosas, trauma genital ou abuso sexual.
Já a vulvodinia é uma sensibilidade da região da vulva que pode causa intensa dor, sensação de queimação e ardência.
Causas de dor profundaAs dores profundas são aquelas sentidas no pé da barriga ou no baixo ventre. Podem ser sentidas de diferentes formas como cólica, sensação de peso ou de queimação na barriga. Podem ocorrer quando o pênis toca o fundo da vagina e se intensificar conforme a posição no ato sexual.
Algumas causas de dores profundas são:
Doença inflamatória pélvicaA doença inflamatória pélvica é uma infecção causada pela bactéria Clamídia que pode atingir o útero, trompas e ovários. Causa uma importante inflamação destes órgãos, fazendo com que durante o ato sexual o toque do pênis no fundo da vagina leve a uma dor em profundidade localizada no pé da barriga.
A endometriose é uma doença que pode causar dor profunda durante as relações sexuais ou mesmo em outros momentos. É causada pelo crescimento do tecido do revestimento do útero (endométrio) em outras áreas da pelve como ovários, trombas e ligamentos.
Aderências uterinas e pélvicasO útero ou outros órgãos pélvicos como os ovários e as tubas uterinas podem apresentar aderências, tecidos que se aderem um ao outro. As aderências podem ser formadas após procedimentos cirúrgicos, como a curetagem, ou após infecções, ou traumatismos.
Doenças do trato urinárioDuas doenças do trato urinário estão relacionadas com a dor no pé da barriga na relação sexual: a cistite e a Síndrome da bexiga dolorosa.
A cistite corresponde à infecção urinária que atinge a bexiga, causando dor ou ardência para urinar, micção frequente, sangue e alterações na cor e no odor da urina.
Já a Síndrome da bexiga dolorosa, também conhecida como cistite intersticial, corresponde a uma inflamação crônica, que causa sintomas de cistite, como ardência e dor para urinar, e dor no pé da barriga.
É normal sentir dor durante a relação?Geralmente, não é normal sentir dor durante a relação. Alguma dor leve ou desconforto em algumas posições específicas podem ocorrer. Também durante a primeira relação sexual ou após a menopausa, o desconforto na relação é mais comum. No entanto, normalmente é um desconforto leve e passageiro, que melhora com o aumento da excitação sexual e lubrificação adequada.
Se a dor for persistente, mais intensa ou mesmo impedir o ato sexual, deve-se buscar compreender qual a causa desta dor. Caso isso aconteça converse com o seu médico de família ou ginecologista.
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Referências Bibliográfica
Barbieri R. Female sexual pain: Differential diagnosis. Uptodate. 2021
Cisto dermoide no ovário não impede a gravidez. Mulheres que engravidaram e apresentam cisto dermoide no ovário podem ter uma gravidez normal.
Complicações na gestação, relacionadas a presença do cisto, são raras, mas podem ocorrer quando o cisto atinge grandes dimensões.
A fertilidade das mulheres que tem cisto dermoide, geralmente, não sofre interferências. Portanto, as mulheres com cisto dermoide podem engravidar.
O que é o cisto dermoide?Também conhecido como teratoma, o cisto dermoide é um dos tumores benignos de ovário mais frequentes, que surge a partir do desenvolvimento de células embrionárias (germinativas) que subitamente começam a se multiplicar.
Normalmente o cisto dermoide é diagnosticado em mulheres em idade fértil e ocorre entre a segunda e a quarta década de vida. Pode abrigar no seu interior vários tipos de estruturas, desde pelos e gordura a dentes, ossos e cartilagem.
Uma vez que o cisto geralmente se desenvolve no interior do ovário, há uma distensão do mesmo, que pode levar o ovário a se tornar a própria “cobertura” do cisto, fazendo com que ele praticamente desapareça enquanto órgãos, podendo, nestes casos, impedir uma gravidez. Contudo, esse tipo de acontecimento é bastante raro.
A maioria dos casos de cisto dermoide não provoca sintomas e o diagnóstico é feito através de exame de ultrassom. O seu rompimento também é raro e é considerado uma urgência cirúrgica.
Durante a gravidez, as alterações hormonais desta fase podem fazer com que o cisto dermoide cresça rapidamente.
Leia também: Corrimento impede gravidez?
O tratamento do cisto dermoide é cirúrgico e consiste na retirada do tumor, sendo possível manter o restante do ovário.
As lesões por esforço repetitivo, mais conhecidas pela sigla LER, representam um grupo de doenças musculoesqueléticas causadas por atividades contínuas e repetitivas, geralmente relacionadas ao trabalho. Dentre as doenças que são enquadradas como LER estão as tendinites, tenossinovites, bursites e mialgias (dores musculares).
A lesão por esforço repetitivo normalmente é um processo inflamatório que se instala lentamente, sendo muitas vezes percebido quando já está avançado.
Os sintomas da LER podem incluir dor, formigamento, dormência, sensação de agulhadas ou pontadas, diminuição da força muscular, inchaço, dificuldade de realizar movimentos, entre outros.
Além da atividade repetitiva, há ainda outros tipos de sobrecarga no trabalho que podem ser nocivos para o trabalhador, como a necessidade de manter os músculos contraídos por muito tempo, uso de instrumentos que vibram excessivamente, má postura, entre outros. Por isso, criou-se a sigla DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho) para se referir a esse grupo de doenças. Ambos os termos costuma ser usados em conjunto.
Saiba mais em: Qual é a diferença entre LER e DORT?
São consideradas LER ou DORT: tendinites de bíceps, supraespinhoso, flexores e extensores dos dedos, bursite de ombro, tenossinovites braquiorradial e De Quervain, síndrome do túnel do carpo, epicondilite, lombalgia (dor na coluna lombar), cervicalgia (dor no pescoço) e ciatalgia (dor no nervo ciático).
As mais comuns são as tendinites, tenossinovites e bursites de ombro, cotovelo e punho, as lombalgias e as mialgias (dores musculares).
O tratamento da LER depende do diagnóstico e pode incluir mudanças no ambiente de trabalho, fisioterapia, medicamentos, infiltrações e uso de órteses, como talas.
Veja também: LER e DORT: Como identificar e tratar?
Geralmente a LER/DORT pode ser avaliada inicialmente por um médico de família ou clínico geral. Em alguns casos o seu seu seguimento pode incluir o médico ortopedista, médico do trabalho, fisiatra entre outros profissionais.
Quem tem epilepsia pode fazer tatuagem desde que seja autorizado pelo médico. A epilepsia é um problema causado por alterações nos impulsos elétricos cerebrais que levam ao aparecimento de crises convulsivas. Algumas crises convulsivas podem surgir devido à estímulos luminosos, auditivos, de movimento, táteis e dolorosos. No caso da tatuagem, a técnica que utiliza agulhas para sua realização poderia ser um fator de risco para desencadear crises convulsivas.
No entanto, se o tratamento para a epilepsia estiver adequado, com as crises convulsivas controladas, é provável que o médico neurologista autorize a realização da tatuagem.
Saiba mais em:
Sim, temos a presença de diarreia quando ocorre um aumento do volume das fezes e diminuição da consistência, levando ao aumento no número de evacuações por dia, pode ainda acontecer de aumentar a quantidade de líquido eliminado junto com as fezes, que tornam-se mais aquosas.
Nesse tipo de situação é importante beber bastante líquido para manter-se hidratado e impedir o risco de desidratação, que ocorre mais frequentemente e é mais grave principalmente em crianças pequenas e idosos.
Além disso, é valido comer comidas leves e evitar a ingestão de alimentos que aumentem a motilidade intestinal como comidas gordurosas, leites e derivados. Evitar usar medicações para cessar a diarreia sem supervisão médica, pois podem piorar os sintomas.
Saiba mais em: Diarreia, o que fazer?
No caso de diarreia, é importante ficar atento aos seguintes sintomas:
- Febre;
- Presença de muco ou sangue nas fezes;
- Diarreia persistente por mais de 7 dias;
- Diarreia ao longo de meses, crônica;
- Sintomas de palpitação, sudorese, dor abdominal intensa.
No caso de algum desses sintomas vale a pena procurar o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação.
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A rubéola é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus, que acomete principalmente crianças entre 5 e 9 anos de idade. A rubéola não é considerada uma doença grave e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após uma semana.
Já a rubéola congênita é muito perigosa devido ao risco de malformações fetais. A doença ocorre quando a mulher adquire rubéola durante a gravidez, infectando o feto. A rubéola congênita pode causar cegueira, surdez, problemas cardíacos, atraso no crescimento, parto prematuro e até morte ao nascimento.
Rubéola Quais são os sintomas da rubéola?Os sintomas da rubéola incluem febre, dor de cabeça e garganta, mal-estar, presença de nódulos atrás da orelha, no pescoço e na nuca, além do aparecimento de pequenas manchas rosadas pelo corpo.
Como ocorre a transmissão da rubéola?A transmissão da rubéola ocorre de pessoa para pessoa, geralmente através de gotículas de saliva ou secreção respiratória eliminadas por pessoas doentes ao falar, tossir ou espirrar. O contágio através do contato com objetos contaminados é raro.
O período de incubação varia entre 2 e 3 semanas. Após esse período, começam a surgir os primeiros sinais e sintomas: febre baixa, nódulos no pescoço e atrás da orelha, manchas rosadas que aparecem primeiro no rosto e depois se espalham pelo corpo.
A doença também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez (rubéola congênita), podendo deixar sequelas irreversíveis no bebê.
Qual é o tratamento para rubéola?Não existe um tratamento específico para a rubéola. Os sintomas podem ser aliviados com medicamentos para dor e febre. Também é recomendado que o/a paciente faça repouso e evite o contato com outras pessoas durante 10 dias após o aparecimento das manchas.
Após adquirir rubéola, a pessoa fica imune pelo resto da vida. A vacinação também confere imunidade contra a rubéola por praticamente toda a vida. Se a mãe já estiver imune, ela passa os anticorpos para o bebê, que fica protegido contra a rubéola por até 9 meses após o nascimento. Depois, é necessário tomar a vacina.
Quando tomar a vacina contra a rubéola?A primeira dose da vacina contra a rubéola é dada com 1 ano de idade, através da tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba. A segunda dose é dada entre os 4 e 6 anos de idade. Adolescentes e adultos com menos de 50 anos também devem ser vacinados contra a rubéola, mesmo que já tenham tido a doença.
Mulheres que nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina pelo menos 30 dias antes de engravidar, já que as grávidas não podem ser vacinadas.
Não. A pílula do dia seguinte, que é um contraceptivo de emergência, não interfere nos níveis de TSH ou t4 livre, que são hormônios relacionados a função da tireoide.
Alterações nos níveis de TSH ou t4 livre podem estar relacionados a disfunções tireoidianas como hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Geralmente, essas alterações hormonais provocam sintomas. como fadiga, ressecamento da pele, ganho de peso, queda de cabelo, constipação e sonolência no hipotireoidismo; ou taquicardia, nervosismo, ansiedade, insônia, tremores, emagrecimento e inapetência no hipertireoidismo. Disfunções tireoidianas também podem causar irregularidade menstrual.
Leia mais em:
O que é hipertireoidismo e quais os sintomas?
O que é hipotireoidismo e quais os sintomas?
Já a pílula do dia seguinte é composta ou por levonorgestrel ou po acetato de ulipristal, e pode causar alguns efeitos adversos como irregularidade menstrual, náuseas, tontura, dor de cabeça ou sensibilidade nos seios, no entanto, não interferem no funcionamento tireoidiano.
Leia também: Tomei a pílula do dia seguinte, posso engravidar?
Portanto, procure o seu médico de família ou clínico geral para fazer uma melhor avaliação do resultado do exame ou caso ainda tenha dúvidas sobre os efeitos da pílula do dia seguinte.
Provavelmente não, visto que não há efeito na urina semelhante que já tenha sido relatado após a aplicação do Contracep. Além disso, a mudança na urina ocorreu muito rapidamente após a aplicação da injeção, sendo que o Contracep é uma injeção composta por acetato de medroxiprogesterona um anticoncepcional de longa duração, cuja concentração sanguínea aumenta com o decorrer do tempo.
Mudanças nas características da urina podem ocorrer por causa de outros motivos como baixa ingesta de água, já que a desidratação pode deixar a urina mais concentrada, com um amarelo bem mais escuro e o odor mais intenso.
Uma outra hipótese é a presença de uma infecção urinária, onde a urina pode ficar mais turva e mais escura, podendo mesmo apresentar sangue, contudo nesse caso as alterações na aparência da urina vêm acompanhadas de outros sintomas mais intensos como dor e ardência miccional.
Já em relação ao Contracep os principais efeitos colaterais relatados são: náuseas, tontura, dor de cabeça, desconforto mamário, sensação de inchaço, ganho de peso e irregularidade menstrual.
Para mais informações leia:
O zinco é um mineral que desempenha um papel importante em diferentes sistemas do organismo. Contribuindo para o bom funcionamento do sistema imunológico, nas reações enzimáticas, atuando na divisão e no crescimento celular, cicatrização de feridas, coagulação sanguínea, funcionamento da tireoide e na quebra dos carboidratos (açúcares).
Os benefícios são decorrentes de sua ação nesses sistemas, porém um dos principais, comprovados em estudos recentes, é um potencial fator protetor contra doenças cardiovasculares, como infarto do coração, acidente vascular cerebral e tromboses.
O zinco participa ainda, do bom funcionamento dos sentidos, olfato e paladar. Durante a gravidez e na infância, o mineral é essencial para o crescimento e desenvolvimento do feto e da criança, respectivamente.
O zinco também aumenta a ação da insulina. Este hormônio, produzido pelo pâncreas, tem a função de transportar a glicose (açúcar) para dentro das células para produzir energia.
Os benefícios do zinco para o sistema imunológico foram observados em estudos que avaliaram os efeitos do mineral na prevenção e no alívio dos sintomas de resfriados.
Segundo esses estudos, quando tomado por pelo menos 5 meses, o zinco pode reduzir o risco da pessoa adquirir resfriados. Se já estiver resfriada e começar a tomar suplemento de zinco dentro de 24 horas após o início dos sintomas, pode reduzir a duração dos sintomas e torná-los menos graves.
Para que serve o suplemento de zinco?O suplemento de zinco tem muitas indicações, mas serve principalmente para tratar e prevenir a deficiência de zinco e suas consequências, que incluem atraso no crescimento, diarreia aguda em crianças, cicatrização lenta de feridas e reduzir risco de doenças cardiovasculares.
A ingestão de zinco diminui a duração da intensidade da diarreia em crianças desnutridas e bebês recém-nascidos, durante o 1º ano de vida.
O zinco também melhora os sintomas de um distúrbio hereditário chamado doença de Wilson. Pessoas com doença de Wilson têm muito cobre no corpo. O zinco diminui a quantidade de cobre que o corpo absorve e aumenta a eliminação de cobre pelo organismo.
Como tomar o suplemento de zinco?Recomenda-se tomar o suplemento de zinco no intervalo entre as refeições, uma vez que os alimentos prejudicam a absorção do mineral. Já as proteínas de origem animal aumentam a absorção do zinco.
Também é importante tomar zinco com água. Ingerir o suplemento com café pode reduzir a sua absorção em até 50%.
Contudo, o excesso de zinco pode causar efeitos indesejados, como a redução da imunidade e redução da concentração do colesterol bom, o HDL, por isso é fundamental que o médico avalie a necessidade de suplementação de zinco, antes de ser iniciada. Não são todas as pessoas que têm deficiência desse mineral.
Quais os sintomas de excesso de zinco no organismo?Quando tomados em grandes quantidades, os suplementos de zinco podem causar diarreia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, letargia e cansaço.
Esses sintomas geralmente aparecem depois de 3 a 10 horas que a pessoa tomou o suplemento e desaparecem pouco tempo após a interrupção do seu uso.
Uma ingestão excessiva de zinco também pode levar à deficiência de cobre ou ferro.
Quais são as fontes de zinco?As proteínas de origem animal são as melhores fontes de zinco, como ostras, frutos do mar, carne de vaca, carne de porco, aves e carneiro. O peixe, apesar de também ser fonte de zinco, possui menos quantidade que as carnes vermelhas. A carne mais escura das aves também têm mais zinco que a carne clara.
Outras boas fontes de zinco são as nozes, as amêndoas, os grãos integrais, leite e derivados e as leveduras.
As frutas e os legumes não são boas fontes de zinco, pois o mineral presente nos vegetais não está tão disponível para o uso do organismo como o zinco das proteínas animais.
Como o corpo humano não armazena muito zinco, esse mineral deve ser consumido regularmente como parte da alimentação diária. Por isso, dietas pobres em proteínas e vegetarianas tendem a ser deficientes em zinco.
O que pode causar deficiência de zinco?A deficiência de zinco pode ocorrer em casos de diarreia grave, condições que dificultam a absorção do zinco pelo intestino, cirrose hepática, alcoolismo, desnutrição e dieta pobre em zinco. Também pode ocorrer após grandes cirurgias e durante o uso prolongado de alimentação por sonda.
Pode haver ainda uma associação entre falta de zinco e infertilidade masculina, anemia falciforme, HIV, depressão e diabetes tipo 2.
O consumo de zinco, sobretudo através de suplementos, ou a administração de zinco por via intravenosa ajuda a restaurar os níveis de zinco em pessoas com deficiência do mineral.
Quais os sintomas da deficiência de zinco?- Infecções frequentes;
- Mau funcionamento dos testículos e dos ovários;
- Queda de cabelo;
- Falta de apetite;
- Alterações no paladar e no olfato;
- Feridas na pele;
- Crescimento lento;
- Baixa estatura;
- Dificuldade para ver no escuro;
- Feridas que demoram muito tempo para cicatrizar;
- Diarreia prolongada.
Para prevenir a deficiência de zinco, deve-se incluir na alimentação diária alimentos que são fontes do mineral. A dose diária recomendada de zinco varia de acordo com a idade e algumas condições, como gravidez e amamentação:
Bebês- 0 a 6 meses: 2 mg/dia;
- 7 a 12 meses: 3 mg/dia.
Porém, em casos de diarreia persistente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma dose de 20 mg de zinco por dia para bebês com mais de 6 meses e 10 mg por dia para bebês com menos de 6 meses. A suplementação deve ser mantida durante 10 a 14 dias e serve para diminuir a duração, a intensidade e a ocorrência dos episódios de diarreia.
Crianças- 1 a 3 anos: 3 mg/dia;
- 4 a 8 anos: 5 mg/dia;
- 9 a 13 anos: 8 mg/dia.
- Homens com 14 anos ou mais: 11 mg/dia;
- Mulheres entre os 14 e os 18 anos: 9 mg/dia;
- Mulheres com 19 anos ou mais: 8 mg/dia;
- Mulheres grávidas entre os 14 e os 18 anos: 12 mg/dia;
- Mulheres grávidas com 19 anos ou mais: 11 mg/dia;
- Mulheres que estão amamentando entre os 14 e os 18 anos: 13 mg/dia;
- Mulheres que estão amamentando com 19 anos ou mais: 12 mg/dia.
O uso de suplementos ou medicamentos de zinco deve ser feito com a indicação de um médico ou nutricionista.
Artrite é uma inflamação na articulação. Os sintomas incluem dor, vermelhidão, rigidez e inchaço na articulação afetada. Dentre os principais tipos de artrite estão a osteoartrite, a artrite reumatoide, a artrite traumática e a artrite infecciosa.
Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco.
O processo inflamatório que ocorre na artrite liberta substâncias químicas que afetam diversos tecidos, além da articulação. Isso aumenta o fluxo sanguíneo na articulação afetada, podendo gerar calor e vermelhidão local. A dor muitas vezes é decorrente do inchaço, que pode estimular alguns nervos.
As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.
As artrites podem ocorrer em qualquer idade, embora na artrite reumatoide, 75% dos casos ocorre em mulheres entre 25 e 50 anos. Já a artrite psoriásica e a espondilite anquilosante, outras formas de artrite, são mais frequentes em pessoas jovens.
OsteoartriteA osteoartrite é o tipo mais comum de artrite e ocorre principalmente em mulheres com mais de 40 anos. As articulações mais afetadas são o joelho, o quadril e a coluna.
A osteoartrite é causada pela diminuição da cartilagem articular, o que provoca atrito entre os ossos e leva à inflamação. Essa forma de artrite pode ser consequência de traumas, uso excessivo da articulação, degeneração da cartilagem, excesso de peso, podendo ainda ter causas genéticas.
Artrite reumatoideA artrite reumatoide é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo, causando inflamação da articulação e destruição da cartilagem. Trata-se de uma doença crônica, mais comum em mulheres.
Artrite traumáticaA artrite traumática é causada por fraturas, principalmente em quadril, joelho, tornozelo e pé.
Artrite infecciosaA artrite infecciosa é causada principalmente pela presença de bactérias na articulação.
Qual é o tratamento para artrite?O tratamento da artrite depende de diversos fatores, como o tipo de artrite, a idade da pessoa, a gravidade dos sintomas, o estado geral de saúde do paciente, entre outros. As opções são de tratamento são bastante variadas, indo desde o repouso à cirurgia.
O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, perda de peso e ainda cirurgias.
O tratamento da artrite inclui também evitar ou modificar atividades que pioram a dor, bem como reduzir a pressão exercida sobre as articulações afetadas, mediante diferentes recursos.
A reabilitação com fisioterapia também exerce um papel importante no tratamento da artrite, para manter ou aumentar a força muscular, além de manter a funcionalidade da articulação afetada.
O objetivo do tratamento da artrite é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.
O diagnóstico e tratamento da artrite é da responsabilidade do médico reumatologista.
Os sintomas de meningite, seja ela bacteriana, viral ou fúngica, são bastante semelhantes. Por este motivo, ao perceber qualquer um destes sintomas, busque o mais rápido possível um atendimento em serviço de emergência hospitalar.
Os principais sintomas da meningite são a febre, dor de cabeça e rigidez de nuca, no entanto, são sintomas comuns a diversas outras situações e sendo a meningite uma doença grave, com elevado risco de morte, é preciso conhecer e estar atento as características dessa doença.
1. Febre altaA febre é um sintoma inicial da meningite. Nestes casos, costuma ser alta (superior a 39oC) e, principalmente, nas meningites bacterianas tende a ser persistente. Se observar febre alta, associada a dor de cabeça e dificuldade em fletir a cabeça para frente, procure rapidamente atendimento médico para avaliação.
2. Dor de cabeça intensaNa meningite a dor de cabeça é intensa, geralmente descrita como aperto em toda a cabeça, ou em "pressão" e não melhora com uso de analgésicos. Costuma ser um sintoma da fase inicial da doença.
3. Rigidez da nucaA rigidez de nuca é a dificuldade ou mesmo impossibilidade de encostar o queixo no peito. Movimentar a cabeça em outras direções como, por exemplo, para o lado direito e esquerdo pode não ser tão difícil, embora alguns refiram incômodo e dor.
4. Náuseas e vômitosDe forma geral, as náuseas ocorrem primeiro e, em seguida, os vômitos. As náuseas e os vômitos são igualmente considerados sinais iniciais de meningite. Especialmente na meningite bacteriana, podem acontecer os vômitos "em jato" sem antes a pessoa tenha apresentado náuseas.
5. Dor muscularAs dores no corpo, mal-estar geral e falta de "energia", é um sintoma inespecífico, que pode acontecer em qualquer quadro viral ou de infecção. Na meningite não é diferente, porém pode ser tão intenso que dificulta a realização de atividades simples, como se alimentar ou escovar os dentes. As dores acabam por manter a pessoa deitada e com queixa de cansaço intenso.
6. Sensibilidade à luzA sensibilidade à luz ou fotofobia é um sintoma bastante comum nas meningites, especialmente, na meningite bacteriana.
7. Irritação, confusão mental e sonolênciaNa medida em que a doença progride, a pessoa pode ficar cada vez mais irritável, confusa e depois apresentar sonolência. Pode ocorrer um estado de indiferença em que o paciente não responde e precisa de um estímulo forte para despertar. Este estado é chamado estupor e exige intervenção médica de emergência.
8. Manchas roxas na pele Manchas avermelhadas e arroxeadas na pele provocadas pela meningite.As manchas roxas na pele aparecem na fase mais grave da doença, geralmente na meningite meningocócica. Neste caso, a corrente sanguínea e outros órgãos do corpo podem ser afetados.
A infecção na corrente sanguínea se chama meningococemia e pode se tornar grave em algumas áreas. Este quadro pode provocar a morte de algumas regiões dos tecidos do organismo causando sangramento sob a pele, o que provoca o surgimento de pequenos pontos de cor roxa avermelhada ou manchas maiores.
Alguns sintomas menos específicos, ou seja, que não sinais clássicos da meningite podem surgir e devem ser valorizados. Como:
- dor de estômago,
- diarreia,
- fadiga,
- alterações do estado mental como agitação,
- respiração ofegante e
- cabeça e pescoço arqueados para trás.
Nos bebês, os sintomas aqui descritos podem estar ausentes ou podem ser mais difíceis de ser percebidos. Fique atento se o seu bebê:
- Ficar irritado,
- Chorar excessivamente ou ficar inquieto mesmo quando acalentados pela mãe, pai ou cuidador,
- Apresentar temperatura corporal alta (acima de 37,8º) ou baixa (abaixo de 36º),
- Apresentar tremores ou calafrios,
- Vomitar, especialmente o vômito "em jato", devido à pressão que sai o líquido,
- Alimentar-se mal ou recusar leite materno e/ou alimentação,
- Mastigar involuntariamente, apertar os lábios, olhar em diferentes direções,
- Apresentar moleira tensa quando palpa, ou mais inchada (fontanela abaulada),
- Parecer mais lento ou mole, não responder a estímulos,
- Apresentar sonolência exagerada, diferente do seu habitual.
Se houver suspeita de meningite, é fundamental que você se dirija ou leve o seu familiar com os sintomas o mais rapidamente possível a uma emergência hospitalar para que o tratamento seja iniciado.
O tratamento da meningite depende da sua causa e pode ser feito com antibióticos, medicamentos antivirais ou antifúngicos. Em alguns casos, pode ser também necessário o uso de corticoides e reposição de líquido. Deste modo, o paciente precisa estar internado no hospital.
Quanto antes for iniciado o tratamento da meningite, maior a chance de cura e menor o risco de sequelas graves.
O que é meningite?A meningite é uma doença contagiosa caracterizada por inflamação nas membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges). É provocada com mais frequência por bactérias, vírus, fungos e medicamentos.
Para saber mais sobre meningite, leia também:
- Quais são os tipos de meningite?
- Como saber se tenho meningite?
- Meningite tem cura? Qual o tratamento?
Referências:
- Academia Brasileira de Neurologia.
- Heckenberg, S.G.B.; Brouwer, M.C; Beek, D. Bacterial Minigitis. In: Biller, J.: Ferro, J.M. (organizadores). Handbook of Clinical Neurology, v.121, 2014. p. 1361-1375.
- MedCurso. Infecto: principais infecções bacterianas. MedCurso, 2017.
Provavelmente não é devido ao consumo da beterraba e nem sinal de gravidez, até porque faz uso corretamente do anticoncepcional, portanto sua proteção contra gravidez está acima dos 99%.
A evidência de urina avermelhada, sugere algum problema no trato urinário. Por exemplo, a presença de um cálculo renal ou infecção do trato urinário.
Procure um médico clínico geral, médico da família ou urologista, para iniciar uma investigação e devido tratamento, evitando uma piora do problema.
Quais são os sintomas de cálculo renal?Na presença de cálculo renal, os sintomas são bastante variados. Quando não há obstrução do fluxo da urina, o cálculo pode ser "silencioso", não causar qualquer sintoma, ou apenas a urina avermelhada, pelos pequenos traumatismos na parede do ureter.
Quando o cálculo gera a obstrução da passagem da urina, mesmo que parcial, leva a crises de dor intensa, na região lombar do lado acometido, tipo cólicas, associadas a náuseas, suor frio e urgência em urinar. Se houver a obstrução completa, o paciente experimenta uma das piores dores da vida, popularmente conhecida por crise renal.
O diagnóstico é clínico, mas deverá ser confirmado por exames de imagem e de sangue, o último principalmente para descartar um processo infeccioso.
E o tratamento será baseado no quadro encontrado. Pode ser medicamentoso ou cirúrgico.
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Quais são os sintomas de uma infecção urinária?Na infecção urinária, geralmente os sintomas são de ardência ao urinar, urina mais escura, amarelada e com odor forte. Pode haver também certo grau de incontinência, febre e dor lombar, quando a infecção alcança os ureteres e rins. Situação de maior gravidade, chamada pielonefrite, que necessita de tratamento de urgência.
Vale ressaltar que pacientes com imunidade mais baixa, como diabéticos, idosos, ou imunossuprimidos, podem apresentar sintomas mais brandos, dificultando seu diagnóstico precoce. Por isso, nesses casos, é comum que seja feito o diagnóstico apenas nos estágios mais avançados, como já com quadro de febre alta e confusão mental.
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Existem ainda outras causas menos prováveis, como distúrbios hematológicos, doenças ginecológicas, entre outras.
Portanto, na suspeita de sangue na urina, procure um médico, que saberá como investigar as possíveis causas e iniciar o quanto antes o devido tratamento.