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Dor na veia do pescoço, pode ser problema na carótida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, uma dor em um dos vasos do pescoço pode ser um problema nas carótidas. As carótidas são duas artérias, uma de cada lado do pescoço, responsáveis por levar o sangue rico em oxigênio, até o cérebro.

Um problema na carótida pode reduzir o fluxo de sangue para o cérebro, causando além da dor, tonturas, desmaio e dores de cabeça. Além disso, esse baixo fluxo é uma das principais causas de derrame cerebral isquêmico.

Portanto, mesmo sabendo que no pescoço existem outras estruturas que podem causar dor, como os músculos, na presença de dor associada a tontura e dores de cabeça, procure o seu médico de família ou um neurologista para avaliação.

Quais são as causas de dor na carótida?1. Placas de gordura na carótida (obstrução)

A dor na artéria carótida, do lado direito ou do lado esquerdo, pode ser causada por uma obstrução, devido ao acúmulo de gordura (aterosclerose) ou de calcificação nesse vaso. O colesterol aumentado contribui para a formação dessas placas, assim como o tabagismo, a falta de exercícios e história familiar de doenças vasculares.

A placa ocupa um espaço dentro da artéria, impedindo o fluxo normal de sangue para o cérebro. Com isso, surgem os sintomas de tontura, especialmente quando se levanta rápido, dor no pescoço e dores de cabeça.

A obstrução do fluxo de sangue prolongado, devido à aterosclerose, é uma das causas mais frequentes de isquemia cerebral (AVC).

2. Dissecção de carótida

A dissecção de aorta é uma situação menos comum, de dor aguda, em uma das artérias carótidas, que origina o derrame cerebral isquêmico.

A doença se caracteriza pela separação das camadas internas desse vaso, como se fossem duas folhas coladas, que por algum motivo de descolam e o sangue entra por esse caminho, formando um hematoma. O hematoma impede o fluxo de sangue para o cérebro, da mesma forma que as placas de gordura.

A causa mais comum é um trauma no pescoço. Acidentes de carro, balançar fortemente a cabeça ou tratamento incorretos de fisioterapia nessa região, podem provocar essa lesão. Os sintomas são de dor na palpação da artéria, tonturas, dor de cabeça e derrame cerebral.

Como tratar um problema na carótida?

O tratamento varia de acordo com a doença. Na obstrução por aterosclerose, é fundamental reduzir o colesterol do sangue, para evitar a formação de novas placas de gordura, além do tratamento medicamentoso, com estatinas e anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, que dissolvem parte dessa gordura.

Nos casos mais graves, com mais de 70% de obstrução da artéria, e em condições de saúde favoráveis, pode ser indicada cirurgia vascular, onde é possível fazer uma limpeza desse vaso e/ instalar um stent. O stent é uma espécie de mola, que se abre dentro do vaso, impedindo um novo entupimento, consequentemente mantém um fluxo de sangue adequado.

Para a dissecção da artéria carótida, o tratamento costuma ser baseado em medicamentos anticoagulantes, e mais raramente, indicação cirúrgica. Cabe ao cirurgião vascular, decidir a melhor opção.

Como evitar um problema na carótida?

A maneira mais eficaz de evitar problemas nas carótidas, principalmente a formação de placas de gordura (aterosclerose), é mantendo um estilo de vida saudável.

As medidas recomendadas são de:

  • Parar de fumar, é o principal fator de risco para lesão nas artérias;
  • Praticar atividades físicas pelo menos 4x por semana, durante 30 minutos no mínimo, e de preferência, com orientação adequada de um profissional;
  • Manter uma alimentação saudável, evitar frituras e gordura, aumentar a ingesta de verduras, legumes e frutas;
  • Beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia;
  • Fazer o uso correto das suas medicações habituais, como remédio da pressão, do açúcar ou do colesterol;
  • Evitar situações de estresse;
  • Procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, se perceber que tem dificuldade de controlar o estresse, ansiedade.
O que mais pode causar dor no pescoço?

No pescoço existem diversas estruturas: veias, artérias, nervos e músculos. A alteração em qualquer uma dessas estruturas pode causar dor no pescoço.

Um quadro bastante comum é o torcicolo, a contração involuntária do músculo do pescoço, geralmente após um movimento mais brusco ou dormir de mau jeito.

Os sintomas incluem dor constante ou dor em fisgadas, localizada atrás da orelha, ou em um lado do pescoço, rigidez e dificuldade de virar o pescoço.

A dor muscular, diferente da dor vascular, piora muito com a palpação e com o movimento do pescoço.

Como tratar um problema muscular no pescoço?

O tratamento recomendado é repouso, uso de colar cervical em espuma, e compressa morna. Nos casos de grande incomodo ou dor intensa, pode ser acrescentado o uso de medicamento relaxante muscular, como a ciclobenzaprina.

O colar cervical deverá ser mantido durante 24 a 48 horas, o maior tempo possível, retirar apenas para o banho e para colocação de compressas mornas.

As compressas devem ser colocadas acima do local que dói, com panos aquecidos ou bolsa de água quente, sempre com cuidado para não ferir a pele. O recomendado são 3 a 4 vezes por dia, durante 20 minutos.

Além disso, o alongamento, massagens e exercícios orientados por um profissional de saúde, podem ajudar a aliviar os sintomas de dor e relaxar a musculatura mais rapidamente.

Portanto, nos casos de dores no pescoço, que não aliviam após 24 ou 48h, ou que estejam associadas a sintomas de tontura e dores de cabeça, procure um médico clínico geral, ou angiologista, para avaliação mais detalhada.

Saiba mais:

Dramin dá sono?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Dramin ®, medicamento utilizado para o tratamento de náuseas, vômitos e vertigens, pode dar sono no início de um tratamento ou quando for usado eventualmente.

O Dramin ® causa sedação e sonolência em cerca de 10% das pessoas que tomam a medicação. Isso acontece devido à sua ação depressiva sobre o sistema nervoso central. Esse efeito tende a desaparecer após alguns dias de tratamento.

É importante evitar o uso de bebidas alcoólicas, sedativos, antidepressivos e tranquilizantes durante o uso do Dramin ®, porque essas substâncias aumentam o seu efeito depressivo do sistema nervoso, levando à piora dos sintomas de sedação e sonolência.

Uma vez que o Dramin ® de fato pode dar sono, recomenda-se evitar ou ter cuidado redobrado ao dirigir automóveis e controlar máquinas.

Para que serve o Dramin ®?

O Dramin ® serve para tratar e prevenir náuseas e vômitos de um modo geral, inclusive durante a gravidez e nas crises agudas de labirintite.

O Dramin ® é um medicamento que pertence ao grupo dos anti-histamínicos (antialérgicos), cujo princípio ativo é o dimenidrinato.

Quais são os efeitos colaterais do Dramin ®?

Um efeito colateral muito comum do Dramin ® (ocorre em até 10% dos casos) é o sono e a sedação. Outro efeito observado, considerado comum (ocorre em menos de 10 e mais de 1% dos casos) é a dor de cabeça.

Os efeitos colaterais raros do Dramin ® ocorrem em menos de 0,0001% dos casos e incluem erupções cutâneas e púrpura anafilática.

Outras reações adversas do Dramin ® podem incluir ainda tontura, visão turva, boca seca, insônia, retenção de urina e irritabilidade.

O médico clínico geral pode orientar sobre a utilização e os efeitos do Dramin ®.

Os pés suam demais, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Os pés podem suar demais devido à uma reação normal do corpo ou à hiperidrose. O suor é eliminado pelas glândulas sudoríparas, normalmente, em situações de reação ao estresse e também como forma de controlar a temperatura do corpo, resfriando-o quando o ambiente está muito quente ou quando alguma atividade física é realizada.

Já, a hiperidrose é uma reação exagerada das glândulas sudoríparas que provoca uma transpiração excessiva sem que haja calor ou atividade física, muitas vezes desencadeada por estresse. Pode não ter uma causa definida, provavelmente com origem genética, podendo estar presente em outras pessoas da família. O suor excessivo pode atingir várias partes do corpo além dos pés, como axilas, mãos, tórax , nuca, região da virilha (inguinal), abaixo das mamas, rosto e couro cabeludo.

O tratamento para aliviar os sintomas da hiperidrose pode ser feito com uso de alguns medicamentos orais, produtos tópicos com cloreto de alumínio usados para passar nas axilas e mãos e injeções de botox, que agem bloqueando o estímulo às glândulas sudoríparas. No tratamento cirúrgico é realizado um bloqueio do sistema nervoso simpático (simpatectomia) no tórax, responsável pelo estímulo do suor, e que esta indicada em alguns casos.

A sudorese excessiva também pode ocorrer devido à outras doenças como a obesidade, o hipertireoidismo, menopausa e distúrbios psiquiátricos. Nessas situações é necessário tratar a patologia de base para solucioná-la.

O clínico geral pode fazer a avaliação inicial e encaminhamentos necessários para o   diagnóstico e tratamento adequados.

Corpos cetônicos positivo no exame de urina: O isso significa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Corpos cetônicos na urina podem ser sinal de diabetes descompensado, desnutrição, jejum prolongado, dietas muito rigorosas ou qualquer outra situação que tenha levado o corpo a utilizar gordura como fonte de energia, como, por exemplo, a prática de exercício físico intenso.

A cetonúria, nome dado à presença de corpos cetônicos na urina, acontece quando o corpo não consegue utilizar glicose (açúcar) para gerar energia, seja pela falta desse nutriente na corrente sanguínea ou por problemas metabólicos, como no caso do diabetes.

Na falta desse combustível, o organismo vai buscar na gordura corporal a energia de que precisa. As cetonas ou corpos cetônicos são formados durante o processo de metabolização das gorduras.

Outras situações em que os corpos cetônicos podem aparecer como positivo no exame de urina incluem gravidez, febre, hipertireoidismo, amamentação, doenças e infecções agudas e graves, uso de medicamentos.

A cetonúria vem geralmente acompanhada de outros sinais e sintomas, uma vez que a sua ocorrência de forma isolada é rara. Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, analisando os resultados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.

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Bolhas na garganta: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Bolhas na garganta podem ser sinal de infecção, geralmente causada por vírus. São as chamadas anginas vesiculosas. A angina é uma inflamação na garganta, enquanto que o termo "vesiculosa" refere-se às vesículas, que são as "bolhas" que surgem no início da infecção.

As anginas vesiculosas atingem a faringe e a mucosa oral. As bolhas podem ser múltiplas e disseminadas. Na garganta, as vesículas podem se romper facilmente e formar feridas pouco profundas, recobertas por um líquido espesso e esbranquiçado.

Um dos causadores das anginas vesiculosas é o vírus herpes simplex tipo 1, responsável pelo herpes labial. Nesses casos, o líquido no interior das bolhas é viscoso e as vesículas podem surgir em ambos os lados da garganta.

Quando o líquido é transparente e as bolhas surgem em apenas um lado da garganta, podendo atingir inclusive a mucosa da boca, é provável que seja um caso de herpes zoster, também conhecido como "zona" ou "cobreiro".

Saiba mais em: O que é cobreiro e quais os sintomas?

Outra causa de bolhas na garganta é a herpangina, uma infecção viral causada pelos vírus coxsackie A, coxsackie B e echovírus. A doença provoca bolhas no fundo da garganta que atingem o céu da boca, a úvula ("campainha") e os pilares amigdalianos. Quando se rompem, as vesículas deixam feridas esbranquiçadas espalhadas pela garganta.

A herpangina é comum em crianças, sobretudo no verão. Os sintomas podem incluir, além das vesículas, febre, dor de cabeça, perda de apetite, dor ou dificuldade para engolir e vômitos. A doença normalmente resolve-se espontaneamente em 5 a 10 dias. O tratamento visa apenas aliviar os sintomas, com medicamentos para dor e febre, além de hidratação oral.

Leia também: Herpangina: o que é, quais os sintomas e qual é o tratamento?

Em caso de bolhas na garganta, consulte um médico otorrinolaringologista para receber um diagnóstico adequado.

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Fezes escuras na gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fezes escuras na gravidez podem ser normais caso a gestante esteja tomando sulfato ferroso ou qualquer outra medicação com ferro na sua composição. Essas medicações, que são comumente usadas na gravidez para suplementação de ferro e outras vitaminas, levam à coloração mais escura das fezes.

O uso de ferro durante a gravidez podem deixar as fezes mais escuras do que o normal, pretas ou verdes . A gestante também pode queixar-se sintomas de constipação, diarreia ou gases devido ao ferro.

Outra situação que pode levar a fezes escuras ou pretas é o sangramento no tubo digestivo. É importante afastar a possibilidade de sangramentos no sistema digestivo alto (esôfago, estômago e duodeno) como causa de escurecimento das fezes.

Algumas condições que podem causa o escurecimento das fezes são:

  • Úlceras gástricas ou duodenais;
  • Esofagite;
  • Varizes do esôfago;
  • Pólipos intestinais;
  • Divertículos;
  • Tumores.

Se ocorrer sangramento no sistema digestivo além de mais escuras as fezes apresentam um odor muito intenso e desagradável devido a digestão do sangue.

Uma terceira possibilidade para o aparecimento de fezes escuras na gravidez é a ingesta acentuada de alimentos que podem deixar as fezes em tons mais escuros como beterrabas e vegetais verdes escuros.

Fezes verdes durante a gravidez

Durante a gestação as fezes também podem tornar-se esverdeadas, algumas possíveis causas são:

  • Dieta rica em vegetais;
  • Medicamentos como antibióticos ou o próprio sulfato ferroso;
  • Situações que aumentam a velocidade do transito do bolo fecal, como a ocorrência de gastroenterites.

O obstetra ou médico de família é o médico indicado para o diagnóstico e orientações sobre os problemas surgidos durante a gravidez, como no caso de alterações das fezes.

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Sinto uma tontura constante. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem muitas causas para a tontura. A tontura constante pode ter origem em:

  • Problemas de visão;
  • Pressão alta ou baixa;
  • Diabetes mellitus descompensado;
  • Anemia;
  • Doenças do labirinto;
  • Doenças neurológicas,
  • Traumas na cabeça;
  • Efeito colateral de alguns medicamentos;
  • Ansiedade, estresse;
  • Cansaço extremo, entre outras.

A tontura muitas vezes é um termo usado para descrever sintomas como falta de equilíbrio, fraqueza, sensação de cabeça pesada, vertigem e sensação de desmaio. As causas da tontura podem ser identificadas conforme as sensações que surgem com as tonturas, a sua duração, os fatores que as desencadeiam e o exame médico.

Sensação de vertigem Problemas de visão

Dentre as causas mais comuns de tontura, sem dúvida estão os problemas de visão. Falta do uso regular de óculos, catarata, glaucoma, miopia e a hipermetropia podem causar tonteira e dores de cabeça com frequência.

Pressão arterial alta ou baixa

Já a pressão arterial alta ou baixa pode interferir na irrigação sanguínea do cérebro ou labirinto, o que leva a quadros de tontura e desequilíbrio.

Diabetes mellitus descompensado

O açúcar no sangue, em excesso, ou principalmente abaixo do adequado, leva a quadros graves de tontura, queda e confusão mental, pela falta de nutrição cerebral.

Outra causa de tontura nesses pacientes se dá devido à perda da sensibilidade em pernas e pés, gerando desequilíbrio e tontura.

Trata-se de uma situação de risco, portanto todo paciente diabético com queixa de tonturas deve procurar atendimento médico de urgência.

Anemia

Na anemia, a tontura é causada pela falta de oxigênio no cérebro. A baixa quantidade de hemoglobina (proteína que se liga ao oxigênio para transportá-lo através do sangue) diminui a oxigenação cerebral, causando tontura.

Doenças do labirinto

Já as doenças do labirinto na realidade causam vertigem. Enquanto a tontura se caracteriza pela sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão, as vertigens dão a sensação de que tudo ao redor está girando ou inclinando, embora nem sempre seja fácil essa caracterização pelo paciente.

Neurite vestibular, doença de Ménière e vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) são algumas dessas doenças.

Doenças neurológicas

Algumas das doenças neurológicas que podem estar na origem das tonturas constantes são a enxaqueca, doenças cerebrovasculares (AVC), Parkinson, Alzheimer e os tumores cerebrais.

Traumatismos na cabeça

Os traumatismos cranianos podem causar lesões na região cerebral responsável pelo equilíbrio, causando tontura.

Medicamentos

Há ainda medicamentos que podem afetar o equilíbrio e causar tontura, como efeitos adversos, como por exemplo o Diazepam, Fenobarbital, Metoclopramida, entre outros.

Ansiedade

A ansiedade, estresse e sintomas depressivos, são decorrentes de um desequilíbrio de neurotransmissores, que causam entre outros sintomas, a vertigem, tontura, palpitação e mal-estar.

Outras causas

Podemos citar ainda como outras causas de tontura, quadros de infecção de ouvido, sinusites, a desidratação, gestação e o calor em excesso.

Quais são os sintomas da tontura?

A tontura pode vir acompanhada de náuseas e palidez. Quando há perda de equilíbrio, a pessoa refere falta de estabilidade quando anda. Nesses casos, a tontura pode ser causada por alterações no ouvido interno, distúrbios visuais, alterações neurológicas ou ainda uso de medicamentos, como antiepilépticos, sedativos e tranquilizantes.

O que é vertigem?

No caso da vertigem, a pessoa tem a sensação de que ela ou o local em que se encontra está girando ou movendo-se. A vertigem geralmente piora quando a pessoa está sentada ou se movimenta. Quando as vertigens são muito intensas, podem causar náuseas, vômitos e perda de equilíbrio também.

As vertigens são provocadas por uma mudança repentina ou temporária do funcionamento de estruturas localizadas no ouvido interno ou no cérebro. Tais estruturas captam os movimentos e as mudanças de posição da cabeça.

A vertigem pode ter várias causas, entretanto as mais comuns são a vertigem paroxística posicional benigna (VPPB), causada por estresse extremo ou fadiga na maioria das vezes, as inflamações do ouvido interno, doença de Ménière, enxaqueca e tumor no nervo acústico. Menos comum, a vertigem pode ser causada por derrame cerebral e esclerose múltipla.

Qual o tratamento da tontura?

O tratamento da tontura depende da sua causa. Como a tontura não é uma doença em si, mas um sintoma, o tratamento deve incidir sobre a doença de base.

Uma vez que a tontura constante pode ser sintoma de doenças graves, é muito importante procurar um médico de família ou clínico geral para receber um diagnóstico adequado.

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Coceira nos pés: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
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Medicina de Família e Comunidade

Coceira nos pés pode ser sintoma de micose ("tinha", "frieira", "pé-de-atleta") ou ainda psoríase. Identificar a causa do comichão nos pés é fundamental para saber o que fazer e como tratar a doença.

Micose

No caso da micose nos pés, os sintomas incluem coceira no meio dos dedos, vermelhidão na pele, descamação, lesão com borda avermelhada, descamação esbranquiçada e fissuras entre os dedos.

Como aliviar a coceira nos pés causada por frieira?

O tratamento da micose é feito com medicamentos antifúngicos e aplicação de pomadas com antifúngicos nos pés. Deve-se ainda polvilhar os calçados com pó antifúngico.

Dentre os remédios usados no tratamento da micose estão: cetoconazol, miconazol, cotrimazol, butenafina, griseofulvina, terbinafina e fluconazol.

Psoríase

Já a psoríase é uma doença crônica da pele provocada por um processo inflamatório. Acredita-se que a doença seja desencadeada pelo ataque de células de defesa (linfócitos T) à pele.

A doença caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas que aparecem principalmente em joelhos, cotovelos e couro cabeludo, podendo afetar ainda unhas, palmas das mãos, plantas dos pés ou toda a superfície do corpo.

Se a coceira nos pés for causada por psoríase, a pessoa poderá apresentar ainda os seguintes sinais e sintomas:

  • Manchas vermelhas na pele com descamação esbranquiçada ou prateada;
  • Pequenas manchas agrupadas;
  • Pele seca e rachada, que pode sangrar em alguns casos;
  • Coceira;
  • Queimação;
  • Dor;
  • Unhas grossas, com sulcos ou caroços;
  • Inchaço e rigidez articular.
Como aliviar a coceira nos pés causada por psoríase?

O tratamento da psoríase é feito com aplicação de pomadas, géis e cremes, fototerapia e uso de medicamentos orais ou injetáveis. Também é importante ter alguns cuidados como manter a pele bem hidratada, usar água morna para tomar banho, tomar sol diariamente, não fumar e combater e controlar o estresse e a ansiedade.

Todos os medicamentos usados nos tratamentos devem ser usados sob orientação médica. Para que a origem da coceira nos pés seja identifica e receba um tratamento adequado, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou dermatologista.

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Quais os sintomas para suspeitar de diabetes?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas que devem levar à suspeita de diabetes Tipo 1, 2 ou gestacional são o aumento da sede, do volume de urina e da frequência urinária.

Esses três sintomas isoladamente chamam muito a atenção para o diabetes e são altamente suspeitos. A pessoa começa a ter uma sede frequente, bebe água várias vezes e a sede parece nunca terminar.

Por outro lado, começa a urinar muito e várias vezes seguidas. A urina geralmente é bem clara, como se fosse apenas água.

Aumento do apetite e emagrecimento

Há ainda outros sintomas, como aumento da fome e perda de peso, que também nos levam a pensar muito em diabetes. Se forem associados aos dois primeiros, a suspeita é muito grande. 

A pessoa começa a ter uma fome insaciável, come repetidamente e a fome não passa. Porém, mesmo comendo mais que o normal apresenta perda de peso contínua. 

Outros sinais e sintomas de diabetes

Os sintomas seguintes são gerais e inespecíficos, porém são muito comuns no diabetes, e podem aparecer antes dos sintomas acima relatados de aumento da sede, da fome e da urina, por isso devem ser devidamente valorizados:

  • Fraqueza;
  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Desânimo;
  • Tontura.

É importante lembrar que a grande maioria dos adultos com diabetes do tipo 2 no inicio da doença não irão ter os sintomas típicos do diabetes, ou mesmo nenhum desses sintomas mais inespecíficos. A diabetes pode não causar sintomas no seu começo, passando assim despercebida por anos.

Sintomas de hiperglicemia e hipoglicemia

Os sintomas do diabetes são decorrentes da baixa quantidade de açúcar no sangue (hipoglicemia) ou do aumento dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia).

Hipoglicemia

Os sintomas relacionados a hipoglicemia incluem cansaço, tontura, visão turva, sonolência e dificuldade de raciocínio. Esses sintomas normalmente ocorrem em diabéticos que usam medicamentos para controlar a doença (insulina ou medicação oral). 

A hipoglicemia pode ter como causas o uso inadequado da medicação, jejum prolongado ou atividade física.

Os sintomas do diabetes relacionados a hipoglicemia geralmente se manifestam quando os níveis de glicose (açúcar) sanguínea ficam inferiores a 70 mg/dl. 

Hiperglicemia

Pessoas com diabetes também podem ter sintomas relacionados a hiperglicemia, que é o aumento dos níveis de glicose no sangue.

Tais sintomas incluem visão turva, boca seca, aumento da transpiração e cansaço. Essas manifestações tendem a ocorrer em pessoas com diabetes mal controlado ou em situações em que ocorre ingestão de grandes quantidades de açúcar.

Quais são os fatores de risco do diabetes?

Os fatores que aumentam os riscos da pessoa ter diabetes incluem hipertensão arterial, obesidade, privação de sono, falta de atividade física, tabagismo, doenças do pâncreas, história de diabetes na família, peso superior a 4 kg ao nascimento, ser mulher e ter mais de 45 anos.

O diabetes é uma doença que não tem cura. Se não for devidamente tratado, o diabetes pode trazer várias complicações, incluindo a morte precoce. 

Porém, com o tratamento adequado, é possível que pacientes com diabetes tenham uma vida praticamente normal. O tratamento inclui dieta e exercícios físicos, além do uso de medicamentos por via oral  ou de insulina.

O diagnóstico e tratamento do diabetes podem ser realizados pelo médico de família ou clínico geral, em casos de difícil controle da doença pode ser necessário o acompanhamento com um endocrinologista.

Eosinófilos baixo no exame o que significa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A eosinopenia, condição que caracteriza-se pelo nível de eosinófilos baixo no sangue, tem como principais causas o uso de medicamentos corticoides, estresse e processos inflamatórios ou infecciosos agudos.

Pessoas que estão fazendo tratamento com corticoides normalmente apresentam números baixos de eosinófilos.

O estresse agudo causado por medo, excitação ou convulsões, provoca um aumento da produção de adrenalina. No início, há um ligeiro aumento dos eosinófilos (eosinofilia), mas depois de algumas horas observa-se uma eosinopenia moderada.

Já o estresse crônico aumenta a produção de cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais, conhecido como "hormônio do estresse" justamente devido a esse aumento da sua liberação durante períodos estressantes.

O cortisol baixa os níveis de eosinófilos através de diferentes mecanismos, favorecendo a destruição dos mesmos por outras células de defesa do corpo, estimulando a migração de eosinófilos e diminuindo a produção dessas células na medula óssea.

Síndrome de Cushing, uma condição caracterizada pelo aumento excessivo de cortisol, também está entre as causas de eosinopenia.

Veja também: O que é síndrome de Cushing e quais os sintomas?

Em geral, os níveis de eosinófilos voltam ao normal depois de retirada ou tratada a causa da eosinopenia.

É importante ressaltar que a avaliação do hemograma deve ser feita pelo/a médico/a que solicitou o exame, que irá levar em consideração os valores das outras células do sangue em conjunto com a história clínica e os sintomas da pessoa.

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Posso estar grávida com 5 dias de atraso da menstruação?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode sim. O atraso menstrual é o primeiro e mais importante sinal de gravidez. O tempo considerado atraso menstrual, em média, são mais de 10 a 15 dias, porém nas mulheres em que o ciclo menstrual é bastante regular, cinco dias já podem configurar atraso menstrual sim.

Vale lembrar que o atraso menstrual ocorre com frequência nas mulheres, por diversas outras causas que não a gravidez; por exemplo, na ansiedade, estresse, exercícios físicos em excesso, uso de certos medicamentos, como estimulantes ou para emagrecimento; em doenças que levam a alterações hormonais entre outras.

Primeiros sintomas de gravidez

Os sintomas de uma gravidez variam de acordo com a tolerabilidade da mulher, com a quantidade de hormônios e estilo de vida de cada uma. Mas, em geral, podemos citar como os primeiros sintomas de uma gestação:

  • Atraso menstrual
  • Náuseas, vômitos, especialmente pela manhã,
  • Sonolência,
  • Aumento da sensibilidade nas mamas,
  • Aumento do número de micções e
  • Cansaço.

O ideal é que realize um teste de confirmação de gravidez, podendo ser o teste de farmácia, que não necessita de pedido médico, ou o teste de sangue, com dosagem de Beta HCG, é sem dúvida o teste mais específico, entretanto necessita de avaliação e pedido médico para realizá-lo.

Toda e qualquer tipo de alteração na menstruação deve ser comunicado ao ginecologista para que a causa seja devidamente diagnosticada e orientada.

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Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É possível, embora seja mais difícil. A inflamação do útero, chamada de doença inflamatória pélvica (DIP), acontece devido às infecções causadas por alguns tipos de micro-organismos, frequentemente adquiridos durante a relação sexual.

A infecção causa alteração nas secreções e nas paredes internas do útero, podendo favorecer na formação de aderências (quando as paredes do órgão se "grudam") o que é uma causa bastante comum de infertilidade.

A inflamação do útero pode impedir a implantação do embrião na parede do órgão. Caso a infecção chegue às trompas, podem surgir cicatrizes (aderências), que bloqueiam parcialmente ou totalmente as trompas, mesmo após o tratamento. Essas áreas de cicatriz podem bloquear a passagem do óvulo para o útero, dificultando a gravidez.

Essa obstrução inclusive pode fazer com que a fecundação ocorra na trompa, gerando uma gravidez ectópica (gestação fora do útero), uma situação grave que necessita de cirurgia de urgência na maioria dos casos.

Portanto, todas essas modificações podem deixar sequelas no útero interferindo diretamente na fertilidade, mesmo depois de um tratamento adequado.

Por isso, todos os casos de inflamação no útero devem ser devidamente tratados, pelo/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista, a fim de se evitar riscos de fertilidade para a mulher ou riscos na saúde e desenvolvimento do bebê.

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