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Como identificar um infarto cardíaco? Quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O principal sintoma de um infarto do miocárdio é a dor no meio do peito, geralmente intensa e prolongada (pode durar várias horas), que pode irradiar para braço (principalmente a parte de dentro do braço esquerdo), ou para o ombro, pescoço e mandíbula à esquerda. Não se altera com o movimento, nem melhora nem piora, mesmo em repouso a dor continua.

Normalmente a dor ou o desconforto torácico são acompanhados de sensação de aperto ou peso no peito, mal-estar e sudorese fria.

Outros sinais e sintomas de um ataque cardíaco incluem: falta de ar, náuseas, vômitos, palidez, alteração nos batimentos cardíacos, que podem estar mais lentos, acelerados ou irregulares e com a respiração ofegante.

Apesar da dor no peito ser o principal sintoma de um infarto cardíaco, ela nem sempre acontece em pessoas idosas. Por isso, a falta de ar é o melhor sinal para identificar um infarto em idosos.

O que fazer se suspeitar de infarto cardíaco?

Uma pessoa com sintomas de infarto cardíaco deve ser levada com urgência para um hospital. Nos casos em que é preciso aguardar por socorro, é importante tomar algumas medidas de primeiros socorros:

  • Manter a pessoa em repouso, de preferência deitada, para evitar a queda caso perca a consciência;
  • Desapertar as roupas da pessoa;
  • Não oferecer qualquer tipo de bebidas ou calmantes à vítima;

Se a vítima perder a consciência e ficar sem pulsação ou parar de respirar, chame uma ambulância e comece a fazer massagem cardíaca.

Como fazer massagem cardíaca

1. Com uma mão sobre a outra, faça 30 compressões fortes e ritmadas no meio do tórax da vítima. Em cada compressão, o peito da vítima deve afundar cerca de 5 cm. Para isso, recomenda-se usar o peso do próprio corpo para fazer a compressão;

(tentando manter um ritmo de aproximadamente 100 a 120 compressões por minuto)

2. Se houver mais alguém, o mais adequado é revezar a massagem a cada 2 minutos, para manter movimento eficaz;

3. mantenha as compressões até a pessoa retomar a consciência ou até à chegada do socorro.

O que é infarto cardíaco?

O infarto cardíaco é a falta de circulação sanguínea numa área do músculo cardíaco (miocárdio), que provoca morte das células devido à falta de oxigênio.

A principal causa de infarto é o entupimento das artérias coronárias por placas de gordura, o que interrompe o fluxo de sangue para o coração.

Em caso de infarto, a pessoa deve receber atendimento com urgência, pois cada segundo é crucial na prevenção de danos ao músculo cardíaco, prevenindo sequelas e salvando mais vidas.

Saiba mais em:

Qual a diferença entre eletrocardiograma e ecocardiograma? Para que servem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A diferença entre eletrocardiograma e ecocardiograma é que o eletrocardiograma é um exame no qual registram-se as variação dos potenciais elétricos produzidos pela atividade elétrica do coração, enquanto que o ecocardiograma examina a estrutura e o funcionamento do coração através de ultrassonografia.

Eletrocardiograma

O eletrocardiograma avalia a atividade elétrica do coração. São esses impulsos elétricos, emitidos pelo próprio coração, que comandam a contração do músculo cardíaco, ou seja, os batimentos o coração. Através do eletrocardiograma, é possível avaliar se esses impulsos estão sendo gerados e transmitidos da forma adequada.

Para que serve o eletrocardiograma?

Algumas indicações do uso do eletrocardiograma incluem situações de urgência e emergência cardiovascular, análise de doenças cardíacas, sobretudo arritmias cardíacas e isquemias, bem como diagnóstico de infarto agudo do miocárdio. O exame é indicado ainda para avaliar doenças das válvulas cardíacas e sequelas no coração causadas pela hipertensão arterial.

Como é feito o eletrocardiograma?

No eletrocardiograma, são colocados eletrodos em pontos específicos do corpo para registrar as diferenças de potenciais geradas pela atividade elétrica do coração. Essa atividade elétrica ocorre devido à variação na quantidade de sódio presente dentro e fora das células do músculo cardíaco.

O eletrocardiograma é realizado com a pessoa deitada. Recomenda-se não fazer nenhum tipo esforço 10 minutos antes do exame e não fumar 30 minutos antes do mesmo. Também é recomendado não beber água gelada antes do exame.

Os elétrodos são fixados no tórax, punhos e tornozelos. A seguir, o aparelho detecta os impulsos elétricos do coração e imprime os resultados numa folha quadriculada específica. O tempo de duração do eletrocardiograma é de apenas alguns segundos.

O eletrocardiograma de esforço é feito com a pessoa numa esteira ou bicicleta ergométrica. Essa forma de eletrocardiograma é indicada sobretudo em casos de angina ou suspeita de doenças cardíacas, principalmente quando o eletrocardiograma em repouso não apresenta anormalidades.

Há ainda uma outra forma de eletrocardiograma, que permite monitorar o coração durante 24 horas. O objetivo desta forma de exame é avaliar o funcionamento do coração ao longo do dia, permitindo comparar o seu comportamento de acordo com as atividades realizadas e os sintomas apresentados pela pessoa.

Ecocardiograma

O ecocardiograma usa ondas de ultrassom para produzir imagens do coração, permitindo visualizar os batimentos cardíacos e o bombeamento do sangue pelo coração. Através das imagens, é possível detectar anomalias no coração e nas válvulas cardíacas.

O ecocardiograma mostra ao/à médico/a imagens estáticas e em movimento do músculo e das válvulas do coração.

Através da técnica Doppler, é possível identificar a direção e a velocidade do fluxo sanguíneo dentro das cavidades cardíacas.

Trata-se de um exame não invasivo e muito preciso para avaliar o músculo cardíaco, as valvas e o fluxo sanguíneo.

Para que serve o ecocardiograma?

O ecocardiograma é indicado quando há suspeita de lesões nas paredes do coração ou nas suas valvas, ou em casos de alteração no bombeamento do sangue. O ecocardiograma também é usado para detectar doenças cardíacas congênitas, mesmo antes do bebê nascer.

O ecocardiograma serve para avaliar sopro cardíaco, sintomas de palpitação, síncope, falta de ar, dor torácica, portadores de doenças cardíacas como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, miocardiopatias, doenças das valvas cardíacas, anomalias congênitas do coração, entre outras.

As imagens permitem verificar as dimensões das cavidades do coração e a espessura das suas paredes, avaliar o funcionamento das valvas cardíacas, avaliar a função de contração e relaxamento do músculo cardíaco, avaliar as veias e as artérias do coração, detectar trombos, detectar a presença de doenças cardíacas, entre outras utilizações.

Como é feito o ecocardiograma?

O ecocardiograma pode ser realizado pela via transtorácica ou transesofágica. Na primeira forma, a sonda do aparelho é colocada diretamente sobre o peito da pessoa. Na via transesofágica, a sonda é introduzida no esôfago e o procedimento é feito sob sedação. Esta forma é indicada quando não é possível obter imagens adequadas pelo tórax.

No ecocardiograma transesofágico é necessário um preparo específico para o exame, uma vez que a sonda será inserida no esôfago. Nesses casos, a pessoa não deve comer nas horas que antecedem o ecocardiograma.

O tempo de duração da realização do ecocardiograma é, em geral, em menos de uma hora.

O/a médico/a cardiologista é especialista indicado/a para avaliar os resultados desses exames.

Para que serve o exame de Beta-HCG quantitativo?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Ele serve para dizer a quantidade exata (quantitativo) da fração beta da gonadotrofina coriônica humana circulante no sangue. Serve para diagnóstico de gravidez e acompanhamento pós-aborto ou após tratamento de alguns tipos de câncer.

O que é leucemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos. A doença começa quando algumas dessas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.

Os leucócitos, um tipo de glóbulo branco, estão entre as células mais importantes do sistema imunológico e também são produzidos na medula óssea. Ao microscópio, esses linfócitos não apresentam nenhuma anormalidade. Porém, o seu funcionamento não é normal.

A medula óssea, também conhecida como "tutano", é o local no interior do osso onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). Está presente sobretudo nos ossos grandes e largos, como os ossos da bacia e o osso esterno, localizado no meio do tórax.

A leucemia afeta as células estaminais da medula óssea. É a partir dessas células que se originam as células maduras do sangue.

Na leucemia, ocorre um acúmulo de leucócitos jovens anormais na medula óssea, que substituem as células normais do sangue. A doença pode ser classificada como aguda ou crônica, dependendo da velocidade de agravamento.

Na leucemia aguda, essas células apresentam uma maior velocidade de multiplicação, enquanto que na crônica elas têm um tempo de sobrevivência maior.

Leucemia aguda

A leucemia aguda geralmente tem uma evolução rápida e os glóbulos brancos cancerígenos não são capazes de exercer as funções dos glóbulos brancos normais. O número de leucócitos doentes aumenta rapidamente e a doença se agrava em pouco tempo.

Leucemia crônica

A leucemia crônica normalmente tem uma evolução lenta. No início, as células cancerosas ainda conseguem realizar algumas funções das células normais. Entretanto, a doença vai piorando lentamente, conforme o número de células leucêmicas aumenta.

Quais são os tipos de leucemia?

Há diversos tipos de leucemia. A mais comum é a leucemia linfática crônica, que tem origem em células que formam os glóbulos brancos.

As células estaminais da medula originam 2 tipos de células: linfoide e mieloide. As mieloides formam os leucócitos, as plaquetas e as hemácias (glóbulos vermelhos). Já as linfoides formam os linfócitos (glóbulos brancos) e os plasmócitos.

Quando as células mieloides estão doentes, surge a leucemia mieloide; quando são as linfoides, temos a leucemia linfoide.

Assim, os principais tipos de leucemia são:

  • Leucemia linfoblástica aguda: é a leucemia mais frequente em crianças;
  • Leucemia mieloide aguda: ocorre em adultos e crianças;
  • Leucemia linfoide crônica: ocorre sobretudo em adultos;
  • Leucemia mieloide crônica: também é mais comum em adultos.
Quais são as causas da leucemia?

A leucemia não tem uma causa definida. Porém, existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença, tais como: idade superior a 60 anos, ser homem, história de leucemia na família (principalmente parentes de 1º grau) e doença autoimune que ataca os glóbulos vermelhos ou as plaquetas.

Quais são os sintomas da leucemia?

Os principais sintomas da leucemia são o aumento dos linfonodos (ínguas) e a ocorrência de infecções, uma vez que os glóbulos brancos são as células de defesa do organismo.

Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem anemia, cansaço, falta de ar, palidez, sangramentos frequentes nas gengivais, na pele e nas mucosas, presença de caroços no corpo (principalmente pescoço, virilhas e axilas), aumento de volume do baço, febre, transpiração noturna e perda de peso.

No início, a leucemia não manifesta sintomas. Quando surgem, são leves e pioram gradualmente, conforme o agravamento da doença.

A leucemia apresenta um desenvolvimento bastante lento, durante meses ou anos. A anemia, as hemorragias e as infecções podem levar anos para se manifestar.

Muitas vezes o diagnóstico ocorre por acaso, ao fazer exames para outras doenças ou situações. Os linfócitos doentes podem se acumular na medula óssea durante meses ou anos sem interferir no funcionamento da medula.

Porém, com o tempo, os glóbulos brancos anormais começam a ocupar todo o espaço da medula óssea, dificultando a substituição das células sanguíneas normais, que acabam por morrer. Nessa fase, surgem os sinais e sintomas da leucemia.

Como é o tratamento da leucemia?

O tratamento da leucemia pode incluir quimioterapia, terapia biológica e transplante de medula óssea. O objetivo do tratamento muitas vezes é reduzir o número de glóbulos brancos.

Os médicos oncologista e hematologista são os especialistas responsáveis pelo tratamento da leucemia.

Leia também: Uma infecção no sangue pode virar leucemia?

Fiz exame para sífilis e deu o VDRL reagente...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, de acordo com os seus resultados, vocês está curada, embora seja fundamental que esse exame seja avaliado e validado pelo médico que o solicitou.

Entendendo os resultados dos exames: VDRL e FTA-ABS

O VDRL é o exame mais utilizado para o rastreio inicial e depois, para o acompanhamento pós tratamento, pois seus valores caem gradativamente sempre que o tratamento for bem sucedido.

Já o FTA-ABS é o exame mais específico para diagnosticar a doença. Na suspeita de sífilis, seja por feridas nos órgãos genitais, ou pelo exame de VDRL positivo, o exame de FTA-ABS deve ser solicitado.

Entretanto, o FTA-ABS é um exame que se mantém positivo (ou reagente) para o resto da vida, como uma "marca" no sangue, demostrando que houve contato com a doença. Por isso seu resultado reagente não responde se houve ou não a cura. Para isso o VDRL é mais sensível, quando estiver reduzindo seus títulos e até negativar, quer dizer que houve sim a resposta ao tratamento.

Ainda existem dois tipos de resultados para o FTA-ABS, que são as imunoglobulinas M e G. No caso de doença recente ou em atividade, o FTA-ABS IgM estará reagente; no caso de doença crônica ou curada, o FTA-ABS IgG estará positivo, ou reagente.

De acordo com seus resultados: VDRL indetectável, FTA-ABs IgM negativa (não reagente) e IgG positiva (reagente), podemos concluir que sua doença está devidamente tratada.

Vale ressaltar que só o médico que pediu o exame, poderá te dar essa certeza, após avaliação de seu exame físico e dos exames complementares, além de oferecer demais orientações.

Exame de VDRL

O exame de VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) é realizado através de uma amostra de sangue, para o diagnóstico da sífilis, uma doença sexualmente transmissível, infectocontagiosa de alto risco. Nessa amostra, são pesquisados anticorpos para a doença.

O resultado pode ser:

Positivo ou Reagente - quando foram evidenciados anticorpos para sífilis, ou

Negativo ou Não-reagente - quando não forem evidenciados anticorpos para a doença.

Ainda, os resultados são descritos em forma de títulos, quanto maior o título, maior a quantidade de anticorpos no sangue testado e portanto mais fidedigno o diagnóstico. Por exemplo, os títulos 1/2, 1/4 e 1/8 podem ser considerados negativos ou "falso-positivos", quando aumentam por outra doença que não a sífilis, por isso são valores levemente aumentados.

Já os títulos 1/16, 1/64 ou mais, praticamente confirmam o diagnóstico. Contudo, o VDRL pode levar mais tempo para se apresentar no sangue, assim como reduz progressivamente após o tratamento e cura da doença. Por isso é o método utilizado como rastreio inicial, e o método FTA-ABs para confirmação diagnóstica.

Exame de FTA-ABS

O exame de FTA-ABS, (fluorescent treponemal antibody absorption test), também é uma pesquisa de anticorpos contra o Treponema pallidum, responsável pelo desenvolvimento da sífilis, através de uma amostra de sangue.

É o teste mais fidedigno e por isso deve sempre ser realizado como teste confirmatório, antes de iniciar a terapêutica indicada. Os resultados assim como o VDRL, são:

Positivo (ou reagente) - quando existe anticorpos para a doença, ou caso de outras doenças que fazem a resposta "cruzada", que chamamos de "falso-positivo"., e

Negativo (ou não reagente) - quando não são encontrados anticorpos, excluindo quase definitivamente a doença.

Leia também: O que é exame VDRL?
Gastroenterite é contagiosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a gastroenterite é contagiosa. A gastroenterite é causada principalmente por vírus, que podem ser transmitidos através das fezes ou vômitos de pessoas infectadas. Uma pessoa com gastroenterite viral pode transmitir o vírus ao contaminar alimentos ou bebidas, principalmente se não lavar adequadamente as mãos depois de ir ao banheiro.

As formas de transmissão mais comuns das gastroenterites virais são os alimentos preparados por alguém infectado pelo vírus, os moluscos (polvo, lula, marisco, ostra) contaminados e os alimentos irrigados com água contaminada.

É comum também haver casos de gastroenterites provocados por intoxicações alimentares. Bactérias como E. Coli e Salmonela são responsáveis por esse tipo de intoxicação.

A prevenção das gastroenterites é feita sobretudo através do correto armazenamento, preparo, limpeza e manipulação dos alimentos. Alimentos perecíveis crus ou cozidos não devem ficar mais de duas horas em temperatura ambiente, pelo que devem ser guardados na geladeira ou congelados imediatamente.

Também é importante cozinhar os alimentos com as temperaturas suficientemente altas e durante o tempo necessário para matar as bactérias e os vírus que causam gastroenterite.

As frutas e os legumes devem ficar imersos numa solução com 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio para cada litro de água, durante 15 a 20 minutos minutos antes de comer.

Outra medida fundamental para prevenir a gastroenterite é lavar as mãos com água e sabão durante pelo menos 20 segundos, antes e depois de manipular alimentos crus, como carnes, aves, peixes, moluscos e ovos. O mesmo deve ser feito depois de ir ao banheiro, trocar fraldas, mexer ou tocar em animais.

Os principais sintomas da gastroenterite são vômitos, diarreia ou diarreia com sangue, cólicas abdominais, febre e calafrios. Os sintomas podem durar algumas horas ou permanecer por vários dias.

Leia também: 

Quais os sintomas da gastroenterite viral? Como é o tratamento?

Quais os sintomas da gastroenterite bacteriana e como é o tratamento?

A gastroenterite pode causar desidratação e trazer sérias consequências, principalmente em bebês, crianças e idosos. Consulte um médico clínico geral, médico de família ou gastroenterologista na presença desses sintomas.

Saiba mais em:

Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?

Qual a dieta recomendada para quem tem gastroenterite?

O que é gastroenterite?

O que é tuberculose óssea e quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Tuberculose óssea é um tipo de tuberculose extrapulmonar que afeta ossos e articulações, principalmente as vértebras da coluna (Mal de Pott), os ossos longos e as articulações do quadril, joelho e tornozelo. Os seus principais sintomas são a dor óssea e o inchaço da articulação afetada.

A tuberculose óssea é mais comum em crianças e idosos. A infecção dos ossos e das articulações pela bactéria causadora da tuberculose ocorre frequentemente através do sangue. A coluna também pode ser atingida pela via linfática, em casos de tuberculose pleural (membrana que recobre os pulmões).

Os sintomas mais frequentes da tuberculose óssea são a dor e o aumento do volume da articulação. A dor instala-se lentamente e a sua intensidade evolui de forma progressiva. Também pode haver limitação dos movimentos, atrofia muscular e fístulas na pele, além de sintomas gerais como febre, emagrecimento e fraqueza muscular.

A coluna torácica é a parte da coluna mais afetada pela tuberculose óssea, sobretudo entre as vértebras T8 e T12. Se a infecção se espalhar pela vértebra, o disco intervertebral também é envolvido, com disseminação para a vértebra adjacente. 

As grandes articulações são as mais acometidas pela tuberculose óssea, principalmente quadril e joelho. Raramento a infecção ocorre em mais de uma articulação ao mesmo tempo. À medida que a infecção evolui e a cartilagem articular é destruída, o espaço da articulação fica mais estreito. Por isso, se não for devidamente tratada, a tuberculose pode causar deformidades na coluna.

O diagnóstico da tuberculose óssea é feito por meio de exames de imagem como raio-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento é realizado com a combinação de medicamentos antibióticos tomados por via oral e tem uma duração superior a 6 meses.

Leia também: 

Tuberculose óssea tem cura? Como é o tratamento?

Quais são os sintomas da tuberculose pulmonar e como é o tratamento?

O médico infectologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose óssea.

Quais são os sintomas do câncer de pulmão?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do câncer de pulmão são a tosse e a dor torácica. Outros sintomas frequentes incluem expectoração de sangue (hemoptise), falta de ar ou desconforto torácico.

O sintoma inicial mais comum do câncer de pulmão é a tosse com expectoração purulenta ou sanguinolenta, seguida de dor no peito. A rouquidão também é uma manifestação comum no início do tumor e ocorre quando o nervo laríngeo é acometido.

Pessoas com câncer pulmonar podem apresentar ainda febre, emagrecimento, perda de força física, aumento do volume do fígado, dor de cabeça, náuseas, vômitos e fraqueza muscular no membro superior.

Quais são os fatores de risco do câncer de pulmão?

O câncer de pulmão ocorre principalmente em homens fumantes e ex-fumantes. Cerca de 85% dos casos ocorre em pessoas que fumam, o que faz do tabagismo o principal fator de risco para desenvolver esse tipo de tumor.

Quem fuma tem entre 10 e 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão do que alguém que não fuma. Nos fumantes passivos, o risco é cerca de 1,5 vezes superior do que naqueles que não são expostos à fumaça do cigarro.

Nos fumantes, o risco está relacionado com o número de cigarros que a pessoa fuma por dia, idade em que começou a fumar, tempo de tabagismo e ainda o grau de inalação da fumaça.

Outros fatores predisponentes para desenvolver a doença incluem a presença prévia de doença pulmonar, exposição a produtos químicos, como asbesto, urânio e cromo, além de histórico familiar de câncer de pulmão.

Qual é o tratamento para câncer de pulmão?

O tratamento para o câncer de pulmão pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha da forma de tratamento depende do tipo de tumor, do estágio do câncer, da idade e das condições clínicas da pessoa.

A cirurgia para remover o tumor ainda na fase inicial é a forma mais eficaz de tratamento. Se o tumor for detectado ainda no estágio inicial, as taxas de cura com o tratamento cirúrgico podem chegar aos 90%. Porém, quanto mais tarde for feito o diagnóstico, mais difícil é o tratamento, diminuindo a sobrevida do paciente.

O tratamento para casos de câncer de pulmão mais avançados é feito com quimioterapia e radioterapia. Em tumores avançados, a cirurgia nem sempre é indicada.

Depois da cirurgia e dos outros tratamentos, a pessoa ainda deve ser acompanhada frequentemente durante 5 anos. O objetivo desse acompanhamento é detectar se o câncer voltou ou se há metástases (alastramento do câncer para outros órgãos). Depois desse período de 5 anos, o acompanhamento ainda é mantido pelo menos uma vez por ano.

Infelizmente, o câncer de pulmão muitas vezes só é detectado quando já está avançado ou disseminado, uma vez que, no início, os tumores normalmente não causam sintomas específicos que justificam uma investigação. O diagnóstico tardio dificulta o tratamento e reduz a sobrevida do paciente.

Sangue oculto nas fezes: Para que serve e como entender os resultados?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame de sangue oculto nas fezes é um teste feito em laboratório que serve para detectar a presença de quantidades muito pequenas de sangue nas fezes, normalmente não visíveis a olho nú.

A pesquisa de sangue oculto nas fezes é usada para rastrear a presença de pólipos intestinais, que são lesões precursoras do câncer colorretal.

O exame é feito mediante a coleta de uma pequena amostra de fezes feita pelo paciente, que é então analisada no laboratório.

Tipos de exame

Há 2 tipos de pesquisa de sangue nas fezes. Um deles necessita de uma dieta específica que deve começar 3 a 5 dias antes do exame, enquanto que o outro não.

O primeiro é o mais utilizado e a dieta deve ser seguida rigorosamente. O outro tipo de exame rastreia especificamente o sangue humano, pelo que os seus resultados não são alterados pela alimentação e outros fatores.

Resultados Positivo

Quando o resultado é positivo, não significa necessariamente que a pessoa esteja com câncer, mas permite investigar logo a causa antes mesmo dela manifestar outros sintomas. Contudo, vale lembrar que sangue oculto nas fezes costuma ser o primeiro sinal do câncer colorretal.

Veja também: Quais são os sintomas do câncer de cólon?

Há ainda casos de falso-positivos, muitas vezes decorrentes de sangramentos na gengiva ou no nariz (pois a pessoa pode engolir sangue), menstruação, ingestão de carne e uso de certos medicamentos.

Resultados positivos de sangue oculto nas fezes devem ser avaliados por colonoscopia. Quando o resultado do teste dá negativo, o exame deve ser repetido no ano seguinte.

Dieta

Os alimentos e outros produtos que devem ser evitados para quem vai realizar o exame de sangue oculto nas fezes incluem:

  • Carne vermelha, nabo, rabanete, vitamina C, ferro;
  • Medicamentos como aspirina e ibuprofeno;
  • Pasta de dente com clorofila.

Alimentos permitidos em pequenas quantidades:

  • Aves e peixes;
  • Enlatados;
  • Amendoim;
  • Aveia.

Alimentos que podem ser consumidos sem restrição:

  • Hortaliças (alface, espinafre, agrião, rúcula);
  • Milho;
  • Frutas.

A interpretação dos resultados do exame devem ser avaliados pelo/a médico/a que o solicitou.

Saiba mais em:

Sangue nas fezes, o que pode ser?

Fezes escuras com sangue, o que é?

Quais são os sintomas de alergia ao ovo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de alergia ao ovo podem incluir urticária (lesões vermelhas na pele que coçam muito), manchas avermelhadas na pele, inchaço na boca e nos olhos, chiado no peito, coriza, tosse, rouquidão, diarreia, vômitos e, nos casos mais graves, choque anafilático.

Na maioria dos casos, a reação alérgica ocorre até duas horas depois da pessoa ter ingerido ovo ou algum alimento que tenha ovo na sua composição. Essas são as reações mais graves e que podem até levar à morte.

Contudo, os sintomas da alergia ao ovo também podem ser tardios e se manifestar depois de horas, dias ou até semanas da ingestão do alimento. Nesses casos, as manifestações ocorrem principalmente no aparelho gastrointestinal, como refluxo, diarreia, vômitos e presença de muco ou sangue nas fezes.

Crianças alérgicas ao ovo e que só manifestam os sintomas tardiamente podem apresentar prejuízo no ganho de peso e crescimento, uma vez que esse tipo de alergia ao ovo é mais difícil de ser diagnosticada. Porém, quando a alergia alimentar tem início na infância, é mais provável que ela deixe de existir até à adolescência e a pessoa fique tolerante ao alimento.

A alergia ao ovo e outros alimentos é uma resposta do sistema imunológico a determinados componentes desses alimentos. No caso do ovo, a alergia está relacionada com as proteínas da clara. O organismo identifica essas proteínas como estranhas e cria anticorpos contra elas, desencadeando uma resposta alérgica.

É importante lembrar que pessoas alérgicas ao ovo não podem tomar vacina contra a febre amarela. Já a vacina contra a gripe só é contraindicada para pessoas que apresentam reações anafiláticas, pessoas que apresentam alergia ao ovo leve e moderada podem tomá-la.

Para prevenir reações alérgicas, é fundamental não ingerir ovo ou alimentos feitos com ovo, como maionese, bolos, entre outros. Não existem remédios capazes de curar a alergia, mas existe a possibilidade de se fazer um tratamento de dessensibilização ao alimento.

A dessensibilização consiste em oferecer doses mínimas e progressivas do alimento durante períodos regulares para habituar o organismo da pessoa a receber pequenas doses de ovo. O tratamento é feito por médicos especialistas e em ambiente preparado para o caso de haver uma reação.

Em caso de manifestação de sinais e sintomas de alergia ao ovo, procure um médico alergologista ou alergista.

Saiba mais em:

Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?

Quais são os sintomas de alergia alimentar?

O que fazer em caso de reação alérgica?

Furosemida: para que serve, como tomar e efeitos colaterais
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A furosemida serve para tratar pressão alta leve e moderada, além de inchaço causado por problemas cardíacos, hepáticos, renais e provocado por queimaduras. A furosemida tem propriedades diurética e anti-hipertensiva, por isso é indicada no tratamento da hipertensão arterial e diversos tipos de edemas (inchaço).

Como tomar furosemida?

Os comprimidos de furosemida devem ser tomados com 1 copo de água e com o estômago vazio. Recomenda-se tomar a dose diária de furosemida de uma só vez e num horário que não interfira com outras tarefas, já que a vontade de urinar depois de tomar o medicamento ocorre rapidamente.

Para adultos, a dose inicial de furosemida geralmente é de 20 mg a 80 mg por dia. Depois, a dose diária de manutenção passa a ser de 20 mg a 40 mg por dia.

Para crianças, a dose indicada de furosemida pode ser de 1 a 2 mg por kg, até uma dose máxima de 40 mg por dia.

Vale lembrar que a dose diária máxima de furosemida depende da resposta de cada pessoa ao medicamento. O tempo de duração do tratamento é estipulado pelo médico a depender do quadro clínico da pessoa.

Quais são as contraindicações da furosemida?

A furosemida está contraindicada nas seguintes condições: alergia à furosemida, sulfonamidas ou a algum componente da fórmula do medicamento, insuficiência renal com interrupção da eliminação de urina, pré-coma e coma causados por falência hepática, queda acentuada dos níveis de potássio ou sódio no sangue, desidratação ou redução do volume de líquido na circulação sanguínea.

Furosemida na gravidez e amamentação

A furosemida atravessa a placenta e chega à circulação do bebê. Por isso, o seu uso não é indicado na gravidez, exceto quando realmente for necessário e pelo tempo estipulado pelo médico. Grávidas que tomam furosemida devem controlar periodicamente o crescimento do bebê.

O uso da furosemida durante a amamentação é classificado como baixo, porém a mulher deve usar a medicação apenas com a indicação médica e com o devido acompanhamento.

Quais os efeitos colaterais da furosemida? Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos casos)
  • Alteração dos níveis de eletrólitos;
  • Desidratação;
  • Redução da quantidade de líquido nos vasos sanguíneos;
  • Aumento nos níveis de creatinina e triglicerídeos no sangue;
  • Diminuição da pressão arterial;
  • Hipotensão ortostática (queda acentuada da pressão arterial ao ficar em pé).
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos)
  • Redução dos níveis de sódio, cloreto e potássio no sangue;
  • Elevação dos níveis de colesterol e ácido úrico no sangue;
  • Crises de gota;
  • Aumento do volume de urina;
  • Encefalopatia hepática;
  • Alterações na circulação sanguínea e linfática;
  • Hemoconcentração.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos)
  • Diminuição da tolerância à glicose, o que levar a um quadro de diabetes;
  • Náuseas;
  • Alterações transitórias na audição, surdez;
  • Coceira, urticária, rash cutâneo;
  • Dermatite bolhosa, eritema multiforme;
  • Dermatite esfoliativa;
  • Púrpura;
  • Aumento da sensibilidade da pele à luz;
  • Redução do número de plaquetas do sangue.
Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos)
  • Inflamação nos rins;
  • Vasculite (inflamação de algum vaso sanguíneo);
  • Vômitos;
  • Diarreia;
  • Febre;
  • Diminuição do número de glóbulos brancos no sangue;
  • Eosinofilia;
  • Choque anafilático (reação alérgica grave e aguda que pode levar a óbito);
  • Colapsos circulatórios;
  • Ardência, formigamento ou coceira sem razão aparente.
Efeitos colaterais muito raros (ocorrem em menos de 0,01% dos casos)
  • Pancreatite aguda (inflamação no pâncreas);
  • Interrupção ou dificuldade de excretar a bile;
  • Aumento das enzimas transaminases, encontradas no fígado;
  • Zumbido no ouvido;
  • Queda acentuada do número de glóbulos brancos no sangue;
  • Anemia aplástica (produção insuficiente de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas pela medula óssea);
  • Anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue).

O uso de furosemida só deve ser feito sob orientação médica. A presença de qualquer efeito colateral deve ser reportada ao médico que receitou o medicamento.

Qual o tratamento para gonorreia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para gonorreia é feito com medicamentos antibióticos, como a azitromicina, preferencialmente em doses únicas assistidas pelo médico para garantir que o tratamento seja realizado devidamente e as bactérias não adquiram resistência aos antibióticos.

Caso a pessoa possua parceiro/a fixo/a, é importante que o tratamento da gonorreia seja feito por ambos/ambas ao mesmo tempo para evitar nova infecção.

Durante o tratamento da gonorreia, também é importante que o casal ou a pessoa infectada não tenha relações sexuais.

Na gravidez, o tratamento da gonorreia deve ser iniciado o quanto antes pela gestante, pois a infecção aumenta as chances de abortamento espontâneo, parto prematuro e cegueira no bebê.

Como prevenir a gonorreia e quais são seus sintomas?

A melhor forma de prevenir a gonorreia é através do uso de preservativo em todo e qualquer tipo de relação sexual, já que esse é o principal meio de transmissão da doença.

Saiba mais em: Só se pega gonorreia ao fazer sexo ou há outras maneiras?

Em caso de contágio, os sintomas geralmente aparecem após o período de incubação da bactéria, que é de 2 a 8 dias. Depois, a pessoa sente dor e ardência para urinar e surge um corrimento amarelado ou esverdeado que pode vir acompanhado de sangue.

Vale lembrar que a presença de corrimento em mulheres não significa necessariamente que ela esteja com gonorreia ou outra IST (Infecção Sexualmente Transmissível). Os corrimentos podem ter outras causas e são relativamente frequentes no sexo feminino.

Veja também: Corrimento Vaginal é Normal?

Se não for devidamente tratada, a gonorreia pode causar infertilidade, gravidez ectópica, artrite, meningite bacteriana, além de complicações ósseas e cardíacas.

O diagnóstico é feito mediante o exame clínico do/a, os sinais e sintomas, além de exames laboratoriais. Recomenda-se que pessoas sexualmente ativas façam periodicamente um autoexame e observem os seus órgãos genitais. Na presença de qualquer alteração ou cheiro diferente, consulte o/a médico/a de família, ginecologista, urologista.