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É verdade que o coração não dói?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, o coração dói sim. A prova disso é a dor no peito intensa e prolongada, sentida durante um infarto ("ataque cardíaco"). Essa dor no coração é provocada pela falta de oxigenação do músculo cardíaco, uma condição denominada isquemia.

Quando as artérias que irrigam o coração estão obstruídas, o sangue, e com ele o oxigênio, não chegam como deveriam ao músculo cardíaco, que então acaba por ser obrigado a produzir energia através de reações anaeróbias (sem a presença do oxigênio), o que acarreta a produção de ácido lático, uma substância capaz de estimular as terminações sensitivas do músculo do coração, provocando uma sensação de desconforto, queimação ou dor.

Além do infarto, existem outras doenças do coração que também podem se manifestar através de dor no peito, como inflamações do pericárdio (membrana que recobre o coração), problemas nas válvulas cardíacas e doenças da artéria aorta.

É certo que o coração não possui todos os tipos de terminações sensitivas que a pele, por exemplo, não sendo, portanto, capaz de produzir os mesmos tipos de dor, entretanto, em determinadas circunstâncias o coração dói e a dor pode indicar uma doença grave.

Assim, todo e qualquer tipo de dor no peito deve ser relatado a um médico clínico geral ou cardiologista.

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O que significa o resultado abaixo no meu exame de PSA?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Normal. Os valores apresentados estão dentro dos limites de normalidade.

O que é importante ressaltar, assim como está descrito nas notas abaixo, é que trata-se de um exame de rastreio, que não é capaz de descartar ou confirmar em 100% uma suspeita diagnóstica, ele deverá ser avaliado pelo médico que o solicitou em conjunto com: exame clínico, exame laboratorial e quando houver necessidade, exames de imagem.

O PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) é o exame de rastreio utilizado para avaliação da próstata. É um exame simples, realizado através de uma análise de sangue. Quando os valores estão aumentados, sinaliza uma possível anormalidade na próstata.

Mas quando está normal, não descarta totalmente uma doença nesse órgão. Precisa ser realizado todo o protocolo já bem estudado e estipulado de exames, de acordo com a idade, história clínica, hábitos de vida e história familiar do homem.

Veja também: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?

De acordo com a sociedade brasileira de urologia e o Instituto nacional do câncer (INCA), os exames de rastreio para o câncer de próstata atualmente estão recomendados para todos os homens a partir dos 50 anos de idade, e para aqueles considerados de alto risco e muito alto risco, 45 e 40 anos respectivamente.

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente na população masculina em todo o mundo, e no Brasil. O seu diagnóstico precoce reduz significativamente a mortalidade por essa doença, portanto é de extrema importância manter o acompanhamento com urologista e seguir todas as recomendações oferecidas pelos especialistas.

O que fazer em caso (ou suspeita) de ataque cardíaco?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A primeira coisa que se deve fazer em caso ou suspeita de ataque cardíaco (infarto agudo do miocárdio) é levar a pessoa até o pronto socorro mais próximo. Se não houver possibilidade de levar a pessoa por meios próprios, deve chamar imediatamente uma ambulância pelo número 192, e enquanto aguarda a chegada siga os seguintes passos:

  • Manter a pessoa em repouso, de preferência deitada, para evitar a queda caso perca a consciência;
  • Desapertar as roupas ou peças de roupa que estejam comprimindo o pescoço, o peito ou a cintura da vítima;
  • Reparar na respiração da vítima;
  • Procurar falar com a pessoa para verificar se ela é capaz de responder a estímulos externos;
  • Não oferecer qualquer tipo de bebidas ou calmantes à vítima;
  • Verificar se o local em que a vítima se encontra tem condições mínimas para a realização dos primeiros socorros;
  • Uma vez identificada uma parada cardíaca, verificar se existe algum desfibrilador por perto e, se houver, usá-lo. Os equipamentos atuais indicam como agir e até a frequência da massagem cardíaca.

Se a pessoa perder a consciência, parar de respirar ou não conseguir encontrar seu pulso, deve iniciar imediatamente a massagem cardíaca.

Como fazer massagem cardíaca:

1. Com uma mão sobre a outra, faça 30 compressões fortes e ritmadas no meio do tórax da vítima. Em cada compressão, o peito da vítima deve afundar cerca de 5 cm. Para isso, recomenda-se usar o peso do próprio corpo para fazer a compressão;

(tentando manter um ritmo de aproximadamente 100 a 120 compressões por minuto)

2. Se houver mais alguém, o mais adequado é revezar a massagem a cada 2 minutos, para manter uma compressão e resultado mais eficaz;

3. Mantenha as compressões até a pessoa retomar a consciência ou até à chegada do socorro.

Quanto mais rápido for o atendimento à vítima de um ataque cardíaco, menores são os danos causados ao músculo cardíaco e menor será seu risco de sequelas e mesmo de morte. Estudos comprovam que a realização de massagem cardíaca nos primeiros socorros, possibilitando a manutenção do fluxo sanguíneo e, portanto, oxigenação dos tecidos, têm salvado muitas vidas.

Leia também:

O que fazer no caso de dor no peito?

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Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

O que pode causar um infarto?

Sofri um infarto. Que cuidados devo ter depois?

Grávida de 16 semanas, ultrassom já dá para ver o sexo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a partir da 13ª semana de gestação já é possível saber o sexo do bebê pela ultrassonografia. Entretanto, essa estimativa pode variar de acordo com a posição do bebê, implantação da placenta da mãe, com o tipo do aparelho e experiência do profissional que está realizando o exame.

A data ideal e mais segura para essa avaliação, se dá a partir da 15ª e 16ª semana de gestação, quando os órgãos genitais do bebê estão completamente formados, facilitando a diferenciação do sexo.

Além da ultrassonografia, existem outros métodos seguros, que facilmente identificam o sexo do bebê, desde a 8ª semana de gestação, como o teste de sexagem fetal, através da coleta de pequena amostra de sangue da mãe, e o teste de urina, vendido em farmácias.

A sexagem fetal já pode ser colhida a partir de 8 semanas, e o teste de urina, a partir de 10 semanas de gestação. São métodos de alta eficácia, tendo como pontos negativos, o alto custo e não estarem ainda, disponibilizados na rede pública de saúde.

Saiba mais sobre esse assunto nos links abaixo:

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.

Como saber se tenho anemia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anemia é detectada por indícios no exame clínico e é confirmada no Hemograma, um exame de sangue feito em laboratório.

Anemia é a redução da quantidade de células vermelhas no sangue. Ela pode estar presente em algumas doenças crônicas, na deficiência de ferro ou após perdas sanguíneas.

Pessoas com anemia podem sentir os seguintes sintomas:

  • Fraqueza;
  • Dor de cabeça;
  • Irritabilidade;
  • Fadiga;
  • Cansaço;
  • Dificuldade em praticar exercícios.

Em alguns casos, a anemia é recuperada com uma reorientação na dieta, em outros casos precisa do uso de medicamentos e, nos casos graves, há necessidade de transfusão de sangue.

Caso você sinta isso com frequência, é recomendável procurar o/a clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação clínica e/ou laboratorial.

Leia também:

Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?

Anemias: causas, sintomas e tratamentos - Anemia Ferropriva

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Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?

O que significa microcitose discreta no exame?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A microcitose ou microcitose eritrocitária discreta no exame de sangue, significa que os glóbulos vermelhos estão pequenos, ou ligeiramente menores do que o tamanho considerado normal.

Os glóbulos vermelhos são conhecidos também por hemácias ou eritrócitos. São proteínas do sangue responsáveis por transportar o oxigênio para todo o corpo e responsáveis pela sua coloração vermelha.

O que é a microcitose?

A microcitose é a presença de hemácias de tamanho pequeno no exame de sangue, determinada pelo Volume Corpuscular Médio (VCM). O VCM é um dos índices de análise das hemácias, e de acordo com o resultado é descrito como:

  • Normocitose/ Normocítica - VCM normal (80 a 96 fL)
  • Microcitose / microcítica - VCM diminuído (Abaixo de 80 fL)
  • Macrocitose / Macrocítica - VCM aumentado (Acima de 96 fL)

A microcitose pode ser ainda classificada em:

  • Microcitose leve (discreta) - 70 a 80 fL
  • Microcitose moderada - 69 a 61 fL
  • Microcitose grave - igual ou menor que 60 fL

Entretanto, para definir se a microcitose encontrada sinaliza um problema de saúde ou não, é importante que o exame seja analisado em conjunto com outros índices descritos no hemograma, além do exame físico e clínico do paciente.

Analisando os valores de um hemograma

A anemia é a principal causa de microcitose, porém para a sua confirmação é fundamental analisar os resultados de toda a série vermelha, ou seja, avaliar todas as características das hemácias, como o HCM, RDW e a forma das hemácias.

Vale lembrar, que pode haver pequena variação para os valores normais, entre os laboratórios.

1. HCM

O HCM significa Hemoglobina Corpuscular Média, um índice que avalia a quantidade de hemácias e de hemoglobina na célula. De acordo com os valores, é denominado:

  • Normocromia / Normocrômico - HCM normal (27 a 33 pg)
  • Hipocromia / Hipocrômico - HCM diminuido (menor que 27 pg)
  • Hipercromia / Hipercrômico - HCM aumentado (acima de 33 pg)

Como a coloração do sangue também é definida pela quantidade de hemácias, na hipocromia o sangue se apresenta com vermelho mais claro, já que tem menos volume de hemácias, ao contrário, na hipercromia, o sangue é mais escuro e mais denso.

2. RDW

O RDW, abreviação de Red Cell Distribution Widthserve, é mais uma medida informada no hemograma, que indicada a variação de tamanho das hemácias.

Esse índice encontra-se aumentado nos casos de anemia, principalmente, na anemia ferropriva. O valor considerado normal, é de 11 a 14%.

3. Forma

A forma da hemácia é outro fator estudado quando é feito um exame de sangue, que está descrita ao final do laudo. A forma esperada é de um disco bicôncavo, onde as bordas são mais altas e o centro ligeiramente mais fundo.

Hemácias: formato de disco bicôncavo.

Qualquer outra forma é descrita como anormal, e suas características pormenorizadas ao final do exame de sangue. A mudança na forma da célula impede o transporte adequado de oxigênio pelo organismo.

A anemia falciforme, por exemplo, é uma doença hereditária, na qual a hemácia é produzida em forma de foice, dificultando o transporte de oxigênio, além de aumentar o risco de tromboses por se acumular dentro dos vasos.

Quais são as causas de microcitose?

A principal causa de microcitose são os diversos tipos de anemia, sendo a mais frequente, a anemia ferropriva.

Diabetes de longa data, doença renal crônica, doenças da tireoide, tratamento quimioterápico, tumores ou um processo infeccioso, também podem causar a anemia microcítica, embora nesses casos seja mais comum as anemias normocíticas/normocrômicas.

Qual é o tratamento para anemia microcítica e hipocrômica?

O tratamento vai depender da causa. Na anemia ferropriva, geralmente uma orientação alimentar com maior consumo de alimentos ricos em ferro, é suficiente. Para casos mais graves, é preciso associar comprimidos de sulfato ferroso.

Nos casos de doença crônicas, como a diabetes e a doença renal, ajustar a dose dos medicamentos e quando preciso, suplementar com comprimidos de ferro associado a ácido fólico. Casos de câncer, é preciso repor o ferro e por vezes, outros minerais e vitaminas, até a recuperação completa da doença.

Microcitose e hipocromia, o que pode ser?

A microcitose e a hipocromia no hemograma, sugere um quadro de anemia ferropriva.

A anemia ferropriva é o tipo de anemia mais frequente na população, especialmente em na infância. A reposição de ferro através de alimentação orientada é o tratamento mais eficaz, visto que a causa geralmente é a carência de alimentos ricos em ferro, nas refeições.

As doenças crônicas, são mais encontradas nos idosos, e representa a segunda causa mais comum de anemia microcítica e hipocrômica. Outras situações são mais raras, porém devem ser investigadas, como o câncer.

No entanto, toda a anemia é prejudicial à saúde, seja qual for a idade ou causa. A anemia significa uma redução de hemácias no sangue, que promove uma deficiência de oxigenação para o corpo, com isso traz prejuízos à saúde.

Na presença de anemia ou alterações no hemograma, procure o médico que solicitou o exame, para esclarecer as dúvidas, definir o motivo desse problema e iniciar o devido tratamento.

Saiba mais:

Referência:

ABHH - Associação Brasileira de hematologia, hemoterapia e terapia celular.

Quais os sintomas da gastroenterite bacteriana e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da gastroenterite bacteriana podem incluir: diarreia, náuseas, vômitos, presença de muco ou sangue nas fezes, perda de apetite, dores abdominais e febre. Os sintomas da gastroenterite bacteriana costumam ser os mesmos da gastroenterite viral, com exceção ao sangue nas fezes, que normalmente não é observado nas infecções virais.

O tratamento da gastroenterite bacteriana é feito com medicamentos para controlar a dor, a febre e os vômitos (antieméticos). Os antibióticos são usados apenas nos casos mais graves.

O principal objetivo do tratamento da gastroenterite bacteriana é controlar os sintomas e prevenir a desidratação causada pelos vômitos e pela diarreia.

Para combater a desidratação, são indicados soros específicos de reidratação oral. Nos casos mais graves, é necessário receber líquido pela via intravenosa.

A alimentação deve ser leve e em pequenas quantidades, com intervalos menores entre as refeições. Os alimentos ricos em açúcar e gorduras devem ser evitados.

Veja aqui qual é a dieta recomendada para quem tem gastroenterite.

Algumas recomendações durante o tratamento da gastroenterite bacteriana:

⇒ Aumentar a ingestão de água, bebendo pequenas quantidades de cada vez;

⇒ Evitar sucos de frutas, pois possuem fibras que podem piorar a diarreia;

⇒ Ingerir bebidas isotônicas para repor os sais minerais perdidos;

⇒ Ficar em repouso.

A gastroenterite bacteriana é uma infecção aguda que atinge o estômago e o intestino. Pode ser causada por diversos tipos de bactérias, sendo a salmonela uma das mais comuns. A bactéria está presente sobretudo na carne de vaca, no frango, nos ovos e no leite não pasteurizado.

Leia também: O que é gastroenterite?

Para evitar a contaminação é necessário cozinhar bem os alimentos para matar a salmonela. Carnes mal passadas, ovos com a gema mole e leite não fervido ou pasteurizado devem ser evitados.

A gastroenterite bacteriana não é contagiosa. A transmissão ocorre através de alimentos que já vêm contaminados por alguns tipos de bactérias.

Saiba mais em: Gastroenterite é contagiosa?

Em caso de sintomas de gastroenterite, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família.

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Quais os sintomas da gastroenterite? Qual o tratamento?

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Dor no braço o que pode ser? Causas e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor em um dos braços costuma ser causada por um problema muscular, tendinite, lesão por esforço repetitivo (LER) ou problemas crônicos, como a artrose.

No entanto, pode ser também um dos sintomas do infarto agudo do coração, uma doença bastante grave, por isso é importante entender os sinais de alerta para essa doença.

No infarto, a dor é em aperto no peito, e pode vir associada a náuseas, vômitos, suor frio e mal-estar. A dor pode ainda ser irradiada para o braço esquerdo, queixo, costas ou mais raramente para o braço direito. Na suspeita de infarto, ligue para o SAMU 192.

Causas mais comuns de dor no braço. O que fazer em cada uma das situações? 1. Problemas musculares

A distensão muscular é um problema comum, que pode ocorrer nos braços após um esforço físico excessivo, como em treinos de alto rendimento ou musculação. Pode ser decorrente de uma queda ou pequenos traumas.

Os sintomas da distensão são geralmente:

  • Dor localizada no músculo que sofreu a distensão
  • Edema (inchaço)
  • Vermelhidão
  • Escoriação (quando acontecer por um trauma ou queda)

O tratamento é o repouso e imobilização do membro afetado (braço esquerdo ou direito). O uso de pomadas com anti-inflamatórios podem ajudar a tratar a distensão muscular.

A aplicação de compressas de gelo no local da dor é indicada nas primeiras 48 horas. Após este período, devem ser aplicadas apenas compressas mornas, por 20 minutos, duas vezes ao dia. Estas medidas ajudarão a aliviar a dor e tratar a distensão nos músculos.

Se mesmo com o repouso e compressas a dor não melhorar nas primeiras 48 horas, ou piorar, deve procurar um atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.

2. Tendinites e lesões por esforço repetitivo (LER)

A tendinite se caracteriza por inflamação nos tendões, estrutura final dos músculos e pode ocorrer nos braços, antebraços ou nos ombros. É uma causa comum de dor crônica nos ombros.

A lesão por esforço repetitivo (LER) é mais comum no antebraço (direito ou esquerdo), bastante associada à prática de digitação e movimentos de mão repetidos, por longos períodos.

Os sintomas são:

  • Dor localizada contínua
  • Piora quando movimenta o membro
  • Edema, inchaço no local
  • Formigamento e sensação de fraqueza

O tratamento também é baseado no repouso e imobilização do membro acometido.

Aplicar compressas de gelo por 20 minutos pode ajudar a aliviar a dor. Lembre-se de não colocar o gelo diretamente em contato com a pele, para evitar queimaduras. Utilize um tecido fino entre a pele e o gelo.

Em alguns casos, pode ser necessário tratamento com fisioterapia ou anti-inflamatórios. Uma consulta com ortopedista assegura a efetividade do tratamento.

3. Artrose

A artrose ou osteoartrose pode afetar diferentes articulações, mais frequentemente ombros, quadris e joelhos.

Os sintomas são de:

  • Dor na articulação
  • Rigidez articular, especialmente pela manhã
  • Dificuldade nos movimentos desse membro
  • Perda do movimento (nos casos mais graves)

Algumas pessoas queixam-se de sensação de areia e estalos na articulação afetada ou ao realizar movimentos de maior amplitude como, por exemplo, levantar o braço e completar uma volta inteira, devido a artrose no ombro.

O tratamento é feito com o fortalecimento do membro acometido. Em alguns casos, basta tratamento fisioterápico, para iniciar com cautela, o fortalecimento muscular além das orientações para realização correta das atividades de vida diárias, sem prejudicar a articulação.

Para situações mais avançadas, pode ser preciso uso de medicamentos, imobilização e cirurgia. Procure um ortopedista ou reumatologista para definir o melhor tratamento.

Enquanto aguarda a consulta e o início do tratamento, evite movimentar em excesso a articulação comprometida. Você pode aplicar compressas quentes ou frias, 3 vezes ao dia durante 20 minutos, para alívio da dor. Algumas pessoas sentem alívio com compressas quentes, outras com gelo, por este motivo, utilize o que for mais confortável no seu caso. O objetivo da compressa é apenas a redução da dor.

4. Síndrome de túnel do carpo

A síndrome do túnel do carpo é outra situação comum de dor no braço, especialmente em pessoas que trabalham com as mãos, causada pela compressão do nervo mediano, um nervo que se estende pelo braço e chega até a mão.

Os sintomas se iniciam na mão e punho, mas com a evolução da doença, leva a dor por todo o braço. Os sintomas são:

  • Dor contínua, latejante
  • Fraqueza na mão, é normal o relato de deixar coisas cair da mão
  • Formigamento, dormência
  • Sensação de agulhadas na palma da mão, especialmente no dedo polegar, indicador e parte do dedo médio.

Algumas pessoas acordam durante a madrugada com dor latejante ou sensação de queimação, que melhora com o "abanar" da mão acometida.

O tratamento definitivo, para curar a doença, é a cirurgia, onde a fibrose que comprime o nervo é cortada, liberando novamente o nervo mediano. O neurocirurgião e ortopedista, especialistas em mão, são os médicos mais indicados para realizar essa cirurgia.

A imobilização, repouso, fisioterapia e uso de medicamentos para dor, aliviam, mas não curam a doença. A demora no tratamento pode levar à morte do nervo e atrofia dos músculos da mão.

5. Problemas de coluna

Os problemas de coluna, como a hérnia de disco cervical ou artroses ("bico de papagaio"), podem comprimir um nervo próximo, causando os sintomas neurológicos nesse braço.

Os sintomas comuns de uma hérnia, são:

  • Dormência no braço (direito ou esquerdo)
  • Fraqueza no braço (direito ou esquerdo)
  • "Choques", pelo braço, exatamente pelo trajeto de um nervo comprimido.

O tratamento deve ser definido pelo neurologista ou neurocirurgião após avaliação. O uso de colar cervical e relaxantes musculares, ajudam a reduzir o movimento do pescoço, aliviar a dor e principalmente, evitar piora da hérnia, porém o tratamento definitivo pode ser através de fisioterapia ou cirurgia.

6. Crise de ansiedade

Durante uma crise de ansiedade a pessoa pode sentir uma sensação estranha de dormência ou formigamento em um dos braços, ou nos dois, acompanhada de agitação, palpitação, falta de ar, sensação de calor, suor e/ou dor no peito.

Para aliviar os sintomas, enquanto a crise de ansiedade estiver acontecendo, volte a sua atenção para a respiração. Faça inspirações longas e profundas e expire soltando o ar pela boca. Este tipo de respiração costuma aliviar os sintomas e ajudam a pessoa a voltar à calma.

Se as crises de ansiedade forem constantes, é importante que procure um médico de família, psicológico ou psiquiatra. O acompanhamento psicológico pode ser importante para aprender a lidar com situações que provocam ansiedade.

Dor no braço esquerdo é sempre sinal de infarto do coração?

Não. A dor no peito é o sintoma mais característico do infarto, seguido da irradiação da dor para o braço esquerdo, por isso, o sintoma causa preocupação. Porém, a dor do infarto pode ser irradiada para o pescoço, costas, braço direito ou não haver irradiação.

É importante conhecer os sinais e sintomas que sugerem um infarto do coração, além da dor no braço esquerdo, possibilitando a procura de um atendimento de urgência médica, o quanto antes. São eles:

  • Dor de início súbito (repentino)
  • Irradiação (braço esquerdo, pescoço, costas ou mais raramente braço direito)
  • Suor frio, palidez
  • Mal-estar
  • Palpitação
  • Náuseas e vômitos

Na suspeita de um infarto, ligue para o SAMU 192 e peça ajuda. Não fique sozinho.

Saiba mais sobre o que fazer se suspeitar de um infarto: Suspeita de infarto: o que fazer?

O que pode ser dor na veia do braço?

A dor na veia do braço pode ser uma trombose! A trombose é uma obstrução de um vaso sanguíneo (artéria ou veia), que interrompe abruptamente o fluxo de sangue naquela região.

Trata-se de uma situação muito menos comum, porém pode ocorrer em qualquer veia ou artéria do corpo, incluindo o braço. Os sintomas são de dor intensa no braço afetado pela falta de sangue, inchaço (edema), sensação de peso, formigamento, cãibras e surgimento de feridas no braço afetado.

Neste mesmo membro, os dedos das mãos podem se tornar pálidos, arroxeados e fracos, devido a má circulação sanguínea.

O que posso fazer?

Toda trombose é uma situação de urgência. Procure o mais rápido possível o seu médico de família, clínico geral, angiologista ou uma emergência médica.

Estes profissionais farão uma avaliação detalhada dos sintomas, vão solicitar exames para identificar essa obstrução (ultrassonografia com doppler do braço), e assim definir o melhor tratamento.

O tratamento depende da causa da obstrução. Pode ser indicado medicamentos (anticoagulantes) ou precisar de cirurgia de urgência, para restabelecer a circulação no local.

Quais os sinais de alerta para dor no braço?

Alguns sintomas são considerados sinais de alerta para as pessoas que sentem dor intensa em algum dos braços ou pernas. São eles:

  • Dor súbita e intensa no membro
  • Palidez e temperatura fria ao toque
  • Dor torácica, palpitações, suor frio ou falta de ar
  • Inchaço súbito do membro
  • Fraqueza ou dormência do membro afetado
  • Febre
  • Presença de bolhas ou manchas escuras

Na presença de um desses sintomas, procure uma emergência médica.

Leia mais:

Referências:

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Quais são os sintomas de uma pneumonia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais frequentes da pneumonia são: febre alta, tosse com ou sem catarro, calafrios, dificuldade para respirar, falta de ar, respiração acelerada e dor no peito.

Outros sintomas que podem surgir, com menor frequência são: dor de cabeça, dores no corpo, fadiga, fraqueza, perda de apetite, diarreia, náusea e vômito. Casos mais graves evoluem com coloração azulada da pele, alteração de consciência, convulsão e morte.

Os sintomas da pneumonia podem variar de forma considerável, conforme a causa e o estado de saúde geral da pessoa. Os sintomas podem ser confundidos com os de uma gripe na fase inicial, mas se agravam progressivamente, não apresenta melhora mesmo com uso de medicações.

Em indivíduos idosos, com doenças crônicas ou imunidade baixa, os sintomas são mais leves, geralmente cursando com pouca tosse, mal-estar e sem febre, dificultando um diagnóstico mais precoce.

O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são fundamentais para controlar e curar a doença.

Quais os sintomas da pneumonia em crianças?

Os sintomas da pneumonia em crianças e bebês incluem febre alta, tosse produtiva, perda de apetite, prostração e aumento da frequência respiratória. No início, a criança parece estar resfriada ou gripada, mas o quadro piora com o passar dos dias. No caso da pneumonia em bebês com menos de um ano, os sintomas são discretos, o que merece uma atenção especial.

O que é pneumonia?

Pneumonia é a inflamação dos pulmões, de causa infecciosa. Pode ser causada por vírus (pneumonia viral), bactérias (pneumonia bacteriana), fungos (pneumonia fúngica) ou parasitas (pneumonia parasitária).

A inflamação da pneumonia afeta o parênquima pulmonar, aonde são realizadas as trocas gasosas (recebe oxigênio e libera gás carbônico). Como resultado, os alvéolos pulmonares e os bronquíolos ficam cheios de líquido devido ao processo inflamatório, o que dificulta as trocas gasosas e diminui a elasticidade do pulmão, reduzindo os níveis de oxigênio no sangue, causando a dificuldade respiratória.

Quais as causas da pneumonia?

A principal causa de pneumonia é a inalação de bactérias que normalmente habitam a porção superior da nasofaringe (região entre o nariz e a garganta). Por isso, a maioria dos casos de pneumonia é do tipo bacteriana.

A pneumonia também pode ocorrer pela inalação de gotículas de secreções infectadas eliminadas por uma pessoa doente. Essa forma de transmissão é comum na pneumonia viral.

Em casos menos comuns, a pneumonia pode ser causada pela inalação de partículas infectadas do meio ambiente ou provenientes de animais.

Fatores de risco da pneumonia

O risco de desenvolver pneumonia é maior quando a pessoa está com a imunidade baixa, como em casos de desnutrição, diabetes, uso crônico de corticoides ou imunossupressores, portadores de HIV, AIDS ou outras doenças e condições que deixam o sistema imunológico debilitado.

Outros fatores de risco para desenvolver pneumonia incluem poluição, tabagismo, viver em lugares densamente povoados, idade avançada, viver em instituições sociais ou asilos, alcoolismo e uso de drogas.

Os casos de pneumonia adquirida em ambiente hospitalar são particularmente graves, devido à grande variedade de bactérias que se encontram nos hospitais (algumas delas resistentes a antibióticos).

Essas bactérias podem provocar pneumonia em pacientes internados por outras razões. O quadro se torna ainda mais grave, já que boa parte desses pacientes já tem outras doenças associadas ou está tomando medicamentos que podem baixar a imunidade.

Considera-se que a pneumonia foi adquirida no hospital quando ela surge depois de 48 horas que a pessoa foi internada e não estava em incubação no momento de entrada no hospital.

Como é feito o diagnóstico da pneumonia?

O diagnóstico da pneumonia é feito através da história clínica e do exame físico do paciente. O raio-x de tórax confirma o diagnóstico. Em alguns casos, pode ser indicada uma tomografia computadorizada para obter imagens mais detalhadas do pulmão.

Para identificar o micro-organismo causador da pneumonia, podem ser realizados exames de sangue e análises da secreção pulmonar.

Nos casos mais graves de pneumonia, podem ser indicadas a coleta de líquido da pleura (membrana dupla que fica entre o pulmão e a parte interna da cavidade torácica) ou a realização de broncoscopia.

Qual é o tratamento para pneumonia? Medicamentos

O tratamento da pneumonia inclui o uso de medicamentos, principalmente antibióticos, para eliminar o germe que está causando a doença. Podem ser utilizados ainda, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários, medicamentos anti-inflamatórios, para febre ou para xaropes para tosse.

Hidratação

Hidratação com água ou soro caseiro, são fundamentais para auxiliar na resposta do organismo a infecção e produção de sua defesa.

Oxigênio

Suporte respiratório, com fornecimento de oxigênio, sempre que for necessário.

Internação hospitalar

A grande maioria dos casos de pneumonia não necessita de internamento. Porém, quando a pessoa tem outros problemas de saúde, a pneumonia não melhora em até 72 horas, os sintomas pioram ou surgem complicações, pode ser indicado.

O acompanhamento dos casos de pneumonia quase sempre se inicia em um pronto-socorro, com um médico pediatra, clínico geral ou emergencista. Quando o quadro evolui com melhora, o tratamento é continuado em ambiente domiciliar. Se o caso evolui com piora e precisa de suporte específico, necessita de internação, em enfermaria ou UTI.

Em caso de sintomas de pneumonia, procure um serviço de saúde para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Saiba mais sobre pneumonia e doenças semelhantes nos artigos:

Qual a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para melhor compreender a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia é preciso conhecer o que significa cada uma dessas alterações celulares:

  • Atrofia (hipotrofia): Diminuição do tamanho da célula. Quando um número suficiente de células passa por essa adaptação, ou redução de tamanho, todo o órgão ou tecido também diminui de tamanho.

    • Exemplo: Um bom exemplo de atrofia pode ser observado após tirar o gesso de um braço ou de uma perna: o membro fica "mais fino" devido à redução do volume muscular (atrofia).
    • Causas:
      • Compressão do órgão ou tecido afetado.
      • Envelhecimento;
      • Perda de estímulos hormonais;
      • Má nutrição;
      • Redução do aporte sanguíneo;
      • Perda da inervação;
      • Diminuição da carga de trabalho, ou de exercícios;
  • Hipertrofia: Aumento do tamanho das células, com consequente aumento do órgão ou tecido. Trata-se de uma resposta adaptativa da célula a estímulos mecânicos ou hormonais.
    • Exemplos:
      • Hipertrofia muscular: Aumento do tamanho do músculo, cujas células tiveram que se adaptar para poderem suportar uma maior carga de trabalho;
      • Hipertrofia do miocárdio (músculo cardíaco): Pode ocorrer em pessoas com pressão alta, pois o coração bombeia o sangue com mais força para a artéria aorta;
      • Hipertrofia de hepatócitos (células do fígado): O uso de medicamentos barbitúricos pode provocar um aumento das células hepáticas.
    • Causas:
      • Maior demanda funcional;
      • Estimulação hormonal (por exemplo, uso de testosterona na forma de anabolizantes para ganhar massa muscular).
  • Distrofia: Qualquer distúrbio na formação da célula que afeta o seu desenvolvimento e crescimento. O termo é bastante abrangente, sendo largamente usado para designar processos regressivos ou degenerativos.
    • Exemplo:
      • Distrofia muscular. O termo refere-se a várias doenças genéticas que provocam perda de força progressiva e degeneração dos músculos esqueléticos. Todos os tipos de distrofia muscular pioram progressivamente, à medida que os músculos se degeneram e enfraquecem;
    • Causas: Grande parte das distrofias tem origem genética.

Portanto, atrofia, distrofia e hipertrofia são alterações ou adaptações que a célula pode sofrer quando submetida a estímulos fisiológicos ou patológicos. Muitas vezes tais alterações são necessárias para a própria sobrevivência da célula.

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O que é hipertrofia muscular?

O que é distrofia muscular?

O que é atrofia muscular? Tem tratamento?

Para que serve o exame ELISA?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame ELISA serve para detectar anticorpos específicos no sangue. O teste é utilizado para diagnosticar diversas doenças que promovem a produção de anticorpos, como doenças infecciosas (HIV, Doença de Chagas...), doenças autoimunes e ainda alergias.

A palavra ELISA vem do inglês Enzyme-Linked Immunosorbent Assay, que em português significa ensaio de imunoabsorção enzimática. 

O exame é realizado mediante a fixação de um antígeno (vírus, por exemplo) numa superfície sólida. Depois, liga-se ao antígeno um anticorpo ligado a um marcador enzimático. 

No caso do resultado ser positivo, a coloração do produto usado na placa de teste fica alterada.

ELISA serve para detectar HIV?

Sim, o ELISA também é usado para detectar anticorpos anti-HIV no sangue. Portanto é um teste usado para saber se a pessoa está ou não infectada pelo HIV.

O teste ELISA procura os anticorpos produzidos pelo sistema imunológico para combater a infecção pelo vírus HIV.

Contudo, como pode demorar semanas ou até meses para esses anticorpos estarem presentes em grandes quantidades no sangue, o ELISA pode dar falso negativo ou indeterminado se for feito logo nos primeiros dias ou semanas após a infecção.

Por isso, o teste ELISA não é considerado seguro para detectar uma infecção aguda pelo HIV. Para infecções agudas existem outros testes específicos capazes de rastrear o vírus.

Quanto tempo depois da infecção o ELISA detecta o HIV?

O ELISA geralmente positiva após 1 a 3 meses da contaminação. Mesmo assim, para confirmar a infecção pelo HIV, é necessário realizar outro exame, mais específico, que pode ser o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para HIV-1 ou o Imunoblot.

Esse teste adicional é necessário porque o ELISA pode dar um resultado falso positivo se a pessoa for portadora de determinadas doenças, como artrite reumatoide, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer.

O teste de HIV pode ser feito gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), Hospitais e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

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O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O nódulo hipoecoico também chamado de hipoecogênico é um nódulo de baixa densidade quando visualizados com exames de imagem como, por exemplo, a ultrassonografia. Este tipo de nódulo é, normalmente, formado de gordura ou líquido e sua presença no exame não indica, necessariamente, uma doença grave.

Para determinar se o nódulo é grave ou não, é preciso uma avaliação médica para analisar a sua localização, se provoca ou não sintomas, entre outras características.

Nódulos hipoecoicos na tireoide, mama e fígado merecem atenção e, geralmente, precisam ser melhor investigados.

Nódulo hipoecoico na tireoide

Um nódulo hipoecoico na tireoide pode indicar malignidade. Entretanto, nestes casos, o médico avaliará o tamanho do nódulo. Quando maiores que 1 cm, se faz necessário efetuar biópisia para determinar a presença de câncer de tireoide.

Os nódulos hipoecoicos de tireoide com 0,5 com são puncionados quando apresentam aumento de vasos sanguíneos, microcalcificações, quando irradiam para os tecidos vizinhos ou quando possui mais altura do que largura.

Todos estes sinais, bem como o tratamento são avaliados pelo médico.

Nódulo hipoecoico na mama

O nódulo de mama, geralmente, não é preocupante sendo comuns a presença de cistos simples e fibroadenoma, ambos considerados lesões benignas.

Fique atenta se perceber alterações no formato da mama ou no seu tamanho. É importante que você faça um acompanhamento médico mais rigoroso, se você tiver história de câncer na família ou caso perceba a presença de um nódulo duro, fixo e quando há muitos vasos sanguíneos.

No entanto, na presença de qualquer nódulo procure um médico para avaliação e diagnóstico adequados. Nos casos em que há suspeita de câncer de mama, o médico de família, ginecologista ou mastologista solicitará punção e/ou biópsia.

Nódulo hipoecoico no fígado

A presença de um nódulo hepático no fígado é insuficiente para determinar se é benigno ou maligno.

Nos casos em que o nódulo aumenta constantemente de tamanho ou possui mais que 1 cm, é possível que o médico solicite tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Estes exames ajudarão a determinar se o nódulo é maligno ou benigno.

Como sei se o nódulo hipoecoico é grave?

Para definir se um nódulo hipoecoico é grave ou não, benigno ou maligno, o médico avaliará:

  • Localização do nódulo,
  • Características do nódulo: tamanho, consistência, infiltração, aos tecidos vizinhos, presença de muitos vasos sanguíneos,
  • História de câncer na família e
  • Sintomas clínicos (emagrecimento sem causa aparente, dor, alteração na forma da região do corpo afetada).

Os nódulos hipoecoicos nem sempre precisam ser removidos cirurgicamente. Em sua maioria são benignos e apenas precisam ser acompanhados com tomografia computadorizada e ultrassom com periodicidade de 3 meses, 6 meses e 1 ano, de acordo com a recomendação médica.

Na presença de um exame de imagem com nódulo hipoecoico, busque um médico para retirar todas as suas dúvidas e efetuar avaliação e diagnósticos adequados. Você pode procurar, inicialmente um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre nódulos, você pode ler:

O que é um nódulo hipoecoico e hipoecogênico?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?

Nódulo em mama direita com dor, o que pode ser?

O que é hiperplasia nodular focal? Como é o tratamento?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

MEDEIROS, M.M.; GRAZIANO, L.G.; SOUZA, J.A.; GUATELLI, C.S.; POLI, R.M.B.; YOSHITAKE, R. et al. Hyperechoic breast lesions: anatomopathological correlation and differential sonographic diagnosis. Rev. Radiol Bras, 2016, 49(1):43–48.