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Quais as causas de sangue nas fezes?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As causas de sangue nas fezes variam de acordo com o distúrbio causador e com a intensidade do sangramento.

Fezes com coloração escura e com um cheiro forte, podem indicar a presença de um sangramento do sistema digestivo alto (boca, esôfago, estômago e duodeno). Também podem estar presentes outros sinais e sintomas associados como pressão baixa (hipotensão), pulso acelerado (taquicardia) e palidez cutânea.

Fezes acompanhadas de sangue com coloração vermelho vivo indicam sangramento mais próximo das regiões baixas do sistema digestivo, como intestino grosso, reto e ânus. Esse tipo de sangramento também pode ser identificado pela presença de pingos de sangue no vaso sanitário e no papel higiênico após a limpeza do ânus.

Porém, existe o exame de sangue oculto nas fezes, que é um teste de laboratório que identifica quantidades muito pequenas de sangue nas fezes. Nesses casos, o sangue normalmente não é visível a olho nu.

Esse tipo de exame é utilizado no rastreio de pólipos intestinais, que são consideradas lesões pré-cancerígenas.

O exame de sangue oculto nas fezes é realizado através da coleta de uma pequena amostra de fezes feita pela própria pessoa, para depois ser analisada em laboratório. Pode ser feito de duas formas: uma delas necessita de uma dieta específica que deve ter início de 3 a 5 dias antes do exame, enquanto que a outra forma não precisa de dieta especial.

Em caso de presença de sangue nas fezes, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral, gastroenterologista ou proctologista para uma avaliação detalhada, definição do diagnóstico e acompanhamento do tratamento indicado para seu caso.

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Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Precisa ir ao médico, necessita ser avaliado e eventualmente realizar alguns exames para que o correto diagnóstico seja feito e a partir disso seguir o tratamento mais adequado. Diferentes condições clínicas podem ocasionar esse tipo de sintoma de sede excessiva.

Entre as causas mais comuns de excesso de sede (polidipsia) destacam-se o diabetes mellitus descompensado e o diabetes insipidus central ou nefrogênico.

Mais raramente a causa da sede excessiva pode ser de origem psicogênica, condição chamada de potomania, que é caracterizada por um comportamento compulsivo de beber água constantemente.

Diabetes mellitus e polidipsia

Na presença do diabetes mellitus outros sintomas também podem estar presentes como o excesso de produção de urina (poliúria) e fome (polifagia). Esses sintomas decorrem do excesso de glicose no sangue, que leva a uma maior perda de urina e consequente aumento da sede.

Pessoas com diabetes mellitus podem também apresentar sensação de cansaço, fraqueza e perder peso rapidamente em poucos meses.

Diabetes insipidus e polidipsia

Já o diabetes insipidus é uma forma de diabetes mais rara, que ocorre devido a desregulação na produção do hormônio antidiurético, o que leva a um aumento da produção de urina. O diabetes insipidus pode ser causado tanto por alterações na glândula hipofisária, que se relaciona a produção do hormônio antidiurético, quanto por alterações renais (nefrogênico).

Por isso, quando os sintomas de polidipsia e poliúria estão presentes é importante uma avaliação inicial por um médico de família ou clínico geral. Em algumas situações pode ser necessário o acompanhamento também por um médico endocrinologista.

Como saber meu tipo sanguíneo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É possível saber o tipo sanguíneo através de exame de sangue (tipagem sanguínea), doação de sangue ou ainda consultando exames anteriores que tenham essa informação, como o teste de tipagem sanguínea do recém-nascido, realizado juntamente com o teste do pezinho.

1. Exame de tipagem sanguínea

O exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo é chamado de tipagem sanguínea. Para realizar o teste, basta dirigir-se a um hospital ou laboratório de análises clínicas que faça esse tipo de exame. O valor varia entre R$ 10,00 e R$ 25,00.

Também é possível realizar o exame de tipagem sanguínea gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O teste normalmente é solicitado para as gestantes durante o pré-natal. Contudo, qualquer pessoa pode fazer o exame, inclusive crianças, mas antes é necessário passar por uma consulta médica em uma Unidade Básica de Saúde.

Não é necessária nenhuma preparação para fazer o exame de tipagem sanguínea. A coleta de sangue pode ser feita por ordem de chegada ou agendada por telefone ou pessoalmente, dependendo do local.

2. Doação de sangue

Uma outra maneira de descobrir o tipo sanguíneo é doar sangue. A doação é gratuita e pode ser feita em unidades de coleta de sangue, como hemocentros e centros de hematologia. Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar mais de 50 kg.

Além disso, é preciso apresentar um documento original com foto expedido por órgão oficial, como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, entre outros. Pessoas com menos de 18 anos precisam de autorização por escrito dos responsáveis para poder doar sangue.

Em geral, o doador recebe um cartão ou uma carteirinha em que consta o seu tipo de sangue. Caso não tenha esse documento, ligue para o local e confirme se eles têm o seu cadastro com a informação sobre o tipo sanguíneo.

Indivíduos com febre, gripe, resfriado ou que tiveram diarreia recentemente, bem como gestantes e mulheres no pós-parto não podem doar sangue temporariamente. Em algumas situações específicas, o impedimento da doação é definitivo. São elas:

  • Ter tido hepatite depois dos 11 anos de idade;
  • Ter hepatite B, hepatite C, HIV/AIDS, doença de Chagas e doenças causadas pelo vírus HTLV I e II;
  • Usar drogas injetáveis;
  • Ter tido malária.

Existem ainda outras condições que impedem temporariamente a doação de sangue. Por isso, antes de se dirigir ao local, é recomendável ligar e confirmar se cumpre os requisitos para ser doador.

3. Resultado da tipagem sanguínea do recém-nascido

O teste de tipagem sanguínea é um dos exames realizados no recém-nascido logo após o nascimento e serve especificamente para determinar o tipo sanguíneo do bebê. A amostra de sangue usada para o teste é a mesma usada para o teste do pezinho.

O resultado do exame de tipagem sanguínea feito no recém-nascido fica registrado na maternidade, no prontuário do recém-nascido. Além disso, é entregue uma caderneta da criança com o resultado do exame. Assim, se a pessoa perder o exame, tem como verificar na maternidade o resultado.

Quais são os tipos sanguíneos?

Os tipos sanguíneos são determinados pelo tipo de antígeno que os glóbulos vermelhos do sangue têm na sua superfície. Os antígenos são substâncias que ajudam o corpo a diferenciar entre suas próprias células e as que são estranhas ou potencialmente perigosas, desencadeando uma resposta imune no organismo. Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, AB e O. Cada grupo caracteriza-se pela presença de antígenos específicos:

  • Sangue tipo A possui o antígeno A;
  • Sangue tipo B tem o antígeno B;
  • Sangue tipo AB possui os antígenos A e B;
  • Sangue tipo O não possui o antígeno A nem B.

Contudo, para definir o tipo sanguíneo, é necessário também identificar a presença ou ausência do fator Rh:

  • Rh positivo: pessoas apresentam antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh positivo (+);
  • Rh negativo: pessoas que não têm antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh negativo (-).

Ao incluir o fator Rh, os 8 tipos sanguíneos mais prevalentes podem ser identificados: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.

Como saber se posso doar ou receber sangue pelo meu tipo sanguíneo?

Tipo sanguíneo O: indivíduos tipo O podem doar sangue a qualquer pessoa, porque seu sangue não possui antígenos. Por isso, o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. No entanto, eles só podem receber sangue tipo O, já que um sangue com qualquer antígeno (A ou B) é reconhecido como estranho pelo organismo.

Embora o tipo O- tenha sido considerado o doador universal, pesquisas mais recentes sugerem que anticorpos adicionais às vezes estão presentes no sangue e podem causar reações graves durante uma transfusão.

Tipo sanguíneo A: pessoas com sangue tipo A podem doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Podem receber apenas sangue tipo A e tipo O.

Tipo sanguíneo B: pessoas do tipo sanguíneo B podem doar sangue para quem tem sangue tipo B e tipo AB. Podem receber sangue apenas dos tipos B e do tipo O.

Tipo sanguíneo AB: indivíduos do tipo AB podem doar sangue apenas para outros indivíduos do grupo AB. Podem receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O). Por isso, o tipo sanguíneo AB é chamado de “receptor universal”.

Uma vez que os tipos sanguíneos são ainda organizados pelo fator Rh, é fundamental também saber se você é Rh positivo ou Rh negativo.

Rh positivo: pessoas com sangue Rh positivo podem receber sangue Rh positivo e Rh negativo.

Rh-negativo: pessoas com sangue Rh negativo podem receber apenas sangue Rh negativo.

Por exemplo: quem tem tipo sanguíneo B+ só pode doar sangue para pessoas com sangue dos tipos B+ e AB+. Por outro lado, alguém com sangue B- pode doar para quem tem sangue tipo B-, B+, AB- e AB+.

Quais são os tipos sanguíneos mais comuns e mais raros?

No Brasil, cerca de 90% da população tem tipo sanguíneo A e O. Os grupos sanguíneos B e AB são mais raros. Na Índia e no Japão, por outro lado, o tipo sanguíneo mais comum é o B.

Por que é importante saber meu tipo sanguíneo?

A tipagem sanguínea é especialmente importante para mulheres grávidas. Se a mãe for Rh- e o pai for Rh+, a criança provavelmente será Rh+. Nesses casos, a mãe precisa receber um medicamento específico. Este medicamento impede o corpo da mulher de formar anticorpos que podem atacar as células sanguíneas do bebê

Nem todos os tipos de sangue são compatíveis, por isso é importante saber o seu tipo de sangue. Receber sangue incompatível com o seu tipo sanguíneo pode desencadear uma resposta imune perigosa, que pode levar à morte. Isso porque o sistema imunológico irá atacar e destruir os glóbulos vermelhos que formam esse sangue.

Para mais informações sobre como saber o seu tipo sanguíneo, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

8 principais causas da coceira no bico da mama
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Os mamilos podem coçar devido a diferentes causas. Algumas delas são:

  • Irritações ou alergias
  • Ressecamento
  • Amamentação
  • Aumento dos seios
  • Outras doenças, como a doença de Paget, de Bowen e câncer

A coceira nos mamilos pode acometer mulheres e homens. Os homens também podem ter câncer de mama.

Saiba qual pode ser a causa da coceira no bico da mama conforme a presença de outros sinais.

1. Irritações, dermatites e alergias

As lesões causadas por esses fatores podem aparecer de repente ou estarem presentes já há algum tempo quando você começa a sentir a coceira. Quando aparecem de repente, bolinhas com líquido, crostas e feridas podem estar presentes nos mamilos. Quando são persistentes, os mamilos geralmente são secos e avermelhados, podendo ter placas ou descamações.

A coceira é o principal sintoma no caso de alergias. Ela pode ser causada:

  • Por resíduos de produtos usados na lavagem de roupas, especialmente dos sutiãs;
  • Por produtos aplicados na região;
  • Pelo tecido da roupa ou do sutiã;
  • Pelo suor.

Você ainda pode notar vermelhidão na região ao redor do mamilo. Tente identificar se há algo que possa estar causando a alergia.

Para evitar as alergias:

  • Enxágue melhor sua roupa durante a lavagem para evitar os resíduos de sabão e amaciante;
  • Prefira os sutiãs feitos com tecidos naturais e macios — lave-os com frequência;
  • Suspenda de cosméticos e medicamentos quando suspeitar serem os responsáveis pela coceira.
2. Ressecamento

O mamilo pode estar ressecado devido a banhos muito quentes, por exemplo. Além da coceira, você pode observar que a pele está esbranquiçada ao redor da região. Nesse caso, você pode aplicar um creme ou o gel extraído de dentro da folha da babosa (Aloe vera).

3. Aumento dos seios

O aumento dos seios é outra causa para a coceira nos mamilos. Isso pode acontecer quando a pessoa engorda, coloca uma prótese ou durante a gravidez.

O aumento dos seios é um dos primeiros sinais de gravidez. Se você tiver um atraso menstrual, seus mamilos coçarem, tiver mais vontade de urinar, mais sono ou enjoos, você pode estar grávida.

4. Amamentação

Sentir dor e coceira nos mamilos quando amamenta é comum nos quatro dias após o parto. Quando elas persistem após esse período, há duas possibilidades:

  • Elas podem surgir na mama quando o peito está cheio de leite, o que é mais comum;
  • Quando o bebê não pega direito os mamilos para mamar e os machuca, eles podem doer, arder, sangrar e coçar.

Se você amamenta e está com os mamilos feridos, procure um serviço de saúde. Lá, vão examinar as suas mamas para ver se há algum problema, como a mastite ou abscessos. Se estiver tudo bem, os profissionais de saúde podem ensinar como fazer para que seu bebê mame da forma certa.

O gel da folha da babosa é hidratante e cicatrizante. Ele pode ser aplicado nos mamilos feridos das mulheres que amamentam. Nesse caso, o mamilo deverá ser limpo com uma compressa com água antes das mamadas. Tenha cuidado, apenas, para evitar o uso do leite da folha.

5. Lesões benignas do mamilo

As lesões benignas da mama são muito mais frequentes do que as malignas. Entre elas, há alguns tumores raros dos mamilos:

  • Neurofibromas
  • Verrugas
  • Leiomiomas
  • Milium
  • Papilomatoses
  • Fibromas
  • Hemangiomas
  • Lipomas

Os sintomas que podem aparecer no mamilo se você tem um deles são parecidos aos da doença de Paget:

  • Coceira
  • Sangramento
  • Dor
  • Inchaço
  • Enrijecimento

Se tem esses sintomas, procure um médico de família ou clínico geral.

6. Doença de Paget

A doença de Paget começa no mamilo e depois se espalha para a aréola. Além de coceira, o mamilo pode:

  • Doer ou arder
  • Ter lesões escamosas
  • Ter pequenas bolhas ou feridas

Algumas vezes, pode sair sangue do mamilo e ele pode estar retraído.

A doença de Paget é um tipo raro de câncer de mama que pode ser identificado pela presença dos sintomas listados. Se você tem esses sintomas, precisa ser acompanhado por um médico de família ou clínico geral.

7. Doença de Bowen

O mamilo pode estar inchado, descamar e sangrar, sem alteração da aréola. Pessoas com a imunidade baixa, que têm HPV ou são idosas têm um risco maior de ter a doença.

É um tipo de câncer de pele que acomete raramente a região dos mamilos, por ser mais comum em áreas do corpo expostas ao sol. É importante identificar a doença rapidamente porque ela pode atingir o tecido da mama e causar câncer de mama.

Se suspeitar que pode ter a doença de Bowen, procure um médico de família ou clínico geral.

8. Câncer de mama

O câncer de mama também pode causar coceira e alterações do mamilo. Além delas, a mama pode ter assimetrias, dor e nódulos.

O tratamento para o câncer de mama também pode causar coceira do mamilo.

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Tenho bolinhas nos mamilos. O que pode ser e o que fazer?

Referências:

UpToDate. Common problems of breastfeeding and weaning

Drugs and Lactation Database (LactMed) [Internet]. Bethesda (MD): National Library of Medicine (US); 2006-. Aloe. [Updated 2021 Sep 20]

Spyropoulou GA, Pavlidis L, Trakatelli M, Athanasiou E, Pazarli E, Sotiriadis D, Demiri E. Rare benign tumours of the nipple. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2015; 29(1): 7-13.

Kitahara M, Hozumi Y, Watanabe A,Iijima T. Bowen's Disease of the Nipple. Case Rep Oncol. 2018; 11(3): 609–614.

UpToDate. Paget disease of the breast (PDB)

Linfoma tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, linfoma tem cura. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. As chances de cura e a escolha do tratamento dependem principalmente do estágio do câncer e do tipo de linfoma (Hodgkin ou não-Hodgkin).

Alguns linfomas não-Hodgkin podem ser tratados apenas com radioterapia, embora a quimioterapia seja a grande responsável pela eliminação completa da maioria dos tumores.

A quimioterapia é feita com medicamentos específicos que matam as células doentes. Contudo, muitas vezes, o tratamento acaba por destruir também células saudáveis.

A radioterapia consiste na aplicação localizada de radiação para matar as células cancerígenas. Esse tratamento é útil para amenizar os sintomas do linfoma e potencializar o efeito da quimioterapia, reduzindo as chances de recidivas do tumor.

Já o transplante de medula óssea consiste na substituição das células doentes e mortas por células normais de medula óssea. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).

Alguns tipos específicos de linfoma precisam de tratamento imediato, enquanto outros, que crescem lentamente e não provocam sintomas, nem sempre precisam ser tratados com tanta brevidade. O acompanhamento da evolução do tumor pode ser suficiente nesses casos.

Após o tratamento, o paciente é acompanhado periodicamente para verificar se o linfoma voltou. Os intervalos entre as consultas vão aumentando com o passar do tempo.

O reaparecimento dos sintomas deve ser comunicado imediatamente ao médico hematologista, o especialista responsável pelo tratamento do linfoma.

Saiba mais em:

O que é linfoma?

Quais são os sinais e sintomas do linfoma?

Linfoma de Hodgkin é câncer?

Câncer no sangue tem cura? Qual é o tratamento?

Urticária: saiba o que é, conheça as causas e diferentes tipos
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A urticária é uma irritação da pele caracterizada pelo rápido aparecimento de lesões cutâneas conhecidas como urticas, que são lesões avermelhadas, elevadas e que causam muita coceira. Normalmente as lesões duram menos de 24 horas.

A urticária pode ser classificada conforme o tempo de duração. A aguda dura menos de seis semanas, enquanto que a crônica apresenta duração superior a seis semanas.

As lesões da urticária podem aparecer em qualquer parte do corpo. As manchas podem ser pequenas e surgir isoladamente. Também podem aparecer em conjunto e formar grandes placas avermelhadas na pele, sempre acompanhadas de coceira intensa. Quando desaparecem, as lesões não deixam marcas ou cicatrizes.

Urticária Quais são as causas da urticária?

A urticária pode ter diversas causas. As urticárias induzidas são causadas por determinados fatores, como uso de drogas, ingestão de alimentos, infecções, calor, frio, exposição ao sol, água, pressão, entre outros. Existe ainda a urticária espontânea, que ocorre sem uma causa aparente.

Há ainda as urticárias:

  • Auto-imunes, de causas físicas (dermografismo: surgimento de lesões 1 a 5 minutos após aplicação de forças mecânicas);
  • Urticária de pressão tardia (surgimento de lesões após 3 a 8 horas da aplicação de força mecânica);
  • Urticária de contato ao frio, urticária de contato ao calor, urticária solar, urticária vibratória;
  • Urticária associada a infecções virais (hepatite A ou B, citomegalovírus, coxsackie vírus), bacterianas (H. pylori, estreptococos), fúngicas (Trichophyton sp, Candida sp), parasitas (giardíase, ascaridíase, estrongiloidíase, amebíase);
  • Urticárias associadas a doenças internas, como tumores e sarcoidose;
  • Tipos especiais: urticária colinérgica, urticária adrenérgica, urticária de contato (alérgica ou pseudoalérgica), urticária aquagênica.
Quais são os sinais e sintomas da urticária?

O principal sintoma da urticária é a coceira intensa que acompanha as lesões. Em alguns casos, a pessoa também pode sentir ardência ou queimação no local.

Outro sintoma que pode surgir é o inchaço rápido e acentuado nas pálpebras, nos lábios, na língua e na garganta. Esse tipo de inchaço é denominado angioedema e pode dificultar a respiração, podendo causar a morte por asfixia. A duração do angioedema pode ser superior a 24 horas.

Outra complicação da urticária é a anafilaxia, que acomete o corpo todo e causa sintomas como náuseas, vômitos, pressão baixa e edema de glote, com dificuldade respiratória. Trata-se de uma emergência médica, devido ao risco de asfixia.

Como é feito o diagnóstico da urticária?

O diagnóstico de urticária é clínico e a determinação da causa muitas vezes é um desafio e depende muito da percepção do paciente sobre hábitos, medicamentos ou alimentos que podem ser desencadeantes. Devem sempre ser pesquisadas causas infecciosas a auto-imunes, assim como associação a outras doenças, especialmente hematológicas.

Podem ser realizados exames de sangue, fezes e urina para identificar a causa da urticária ou detectar outras doenças que podem estar presentes. Quando a urticária não tem uma causa definida, ela é chamada idiopática.

Qual é o tratamento para urticária?

O tratamento da urticária muitas vezes é um desafio e é baseado no uso de anti-histamínicos e no afastamento de fatores desencadeantes, além de outros medicamentos naqueles casos mais refratários.

O tratamento da urticária depende da sua causa e do tipo de urticária. Se for aguda e induzida, deve-se afastar o agente que desencadeou a crise. Nas urticárias crônicas espontâneas, o tratamento é feito com medicamentos antialérgicos. Quando não responde ao tratamento, outros medicamentos podem ser indicados.

Caso note lesões de pele semelhante a urticária procure o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial.

Leia mais sobre o assunto em:

Urticária é contagiosa?

Urticária tem cura? Qual o tratamento?

O que pode causar manchas vermelhas na pele?

O que é impige (tinea), o que provoca e como tratar?

O que é HTLV? Quer dizer que tenho AIDS?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

HTLV é a sigla para Vírus T-Linfotrópico Humano. Embora a infecção pelo vírus HTLV também ocorra pela via sexual, pois se trata de uma DST, a sua presença não indica que a pessoa tenha AIDS ou esteja infectada pelo HIV, uma vez que são doenças diferentes.

Existem 2 tipos de HTLV: HTLV-1 e HTLV-2. O tipo 1 está associado a doenças neurológicas e leucemia, enquanto que o tipo 2 é pouco comum e provavelmente não provoca nenhuma doença.

Assim como o HIV, o Vírus T-Linfotrópico Humano ataca os linfócitos T, um tipo de glóbulo branco que atua nas defesas do organismo.

A transmissão do HTLV ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas para uso de drogas, ou ainda da mãe para o bebê, sobretudo através da amamentação.

Os sintomas mais frequentes do HTLV são as dores nas pernas e na coluna lombar, além da dificuldade para urinar e defecar.

A grande maioria das pessoas que apresentam o vírus HTLV não apresentam sintomas, apenas 10% dos infectados por esse vírus manifestam sintomas ou doenças relacionadas.

Cerca de 1% dos portadores do vírus podem desenvolver manifestações graves, como câncer, problemas articulares, doenças no sangue e no sistema urinário, além de doenças neurológicas, oftalmológicas e dermatológicas.

O tratamento da infecção por HTLV não é necessário nos casos em que não há manifestação de sintomas, já que as chances da pessoa desenvolver alguma doença associada são baixas. Casos sintomáticos devem ser tratados após avaliação médica.

Saiba mais em:

Que doenças podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e amamentação?

Quais são os tipos de DST e seus sintomas?

Irmãos podem ter tipo sanguíneo diferente?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Os irmãos, inclusive gêmeos, podem ter tipos sanguíneos diferentes, dependendo da combinação entre os genes recebidos dos pais, em cada gestação.

Isso ocorre porque o tipo sanguíneo é sempre composto por dois genes. Cada um dos pais tem dois genes e transmite apenas um deles ao bebê. A cada gestação pode transmitir um ou o outro, o que possibilita a formação de um tipo sanguíneo diferente.

Tipos sanguíneos

Sabemos que existem apenas 4 tipos de sangue, os tipos, A, B, AB e O, que são definidos pela proteína presente na parede da hemácia, principal célula do sangue.

Entretanto, cada tipo sanguíneo pode apresentar uma ou duas formas de expressão genéticas, da seguinte maneira:

  • Tipo A - pode ter um gene tipo A e um tipo O ou os dois A: AO ou AA
  • Tipo B - pode ter um gene tipo B e outro tipo O ou os dois B: BO ou BB
  • Tipo AB - obrigatoriamente recebeu um tipo A e outro B: AB
  • Tipo O - obrigatoriamente recebeu dois genes tipo zero: OO

Vemos assim, que as combinações dependem não só do tipo de sangue dos pais, mas também da expressão que cada um transmite ao bebê naquela gestação, principalmente se um deles for tipo A, tipo B ou tipo AB.

Vamos ver alguns exemplos:

Filhos de pais com sangue tipo A com O Mãe tipo A, pela expressão AO:

Neste caso a mãe pode transmitir tanto o gene A quanto o gene O. Se passar o gene O e o pai também passar um gene O, a criança será Tipo O.

(O da mãe + O do pai = OO).

Mas se na segunda gestação, a mãe transmitir o tipo A, com o mesmo pai tipo O, o irmão ou irmã, será Tipo A.

(A da mãe + O do pai = AO).

Porque sempre que existe uma proteína, nesse caso a A, ela determinará o tipo de sangue, visto que o zero não tem qualquer proteína.

Mãe tipo A, pela expressão AA:

Contudo, se a mãe, tipo A, for da expressão AA, ela sempre irá transmitir o A, e então sendo o pai tipo O, sempre transmite o O, todos os filhos serão AO = Tipo A.

Filhos de pais com sangue tipo B com O

Esse caso é igual ao caso de cima. Se um dos pais for tipo B com a expressão BO, e o outro O, a criança poderá ser tipo B, quando receber o gen B, ou tipo O, se receber o gen O.

Se um dos pais for tipo B, mas com a expressão BB, a criança sempre receberá um gene B, dando origem ao tipo sanguíneo B, em todas as gestações.

Filhos de pais A com B

Os filhos de pais que um é tipo A e o outro tipo B, também permite várias combinações, dependendo da expressão de cada um. Se um for tipo A (AO), pode transmitir o A ou o O. Se o outro for B também com a expressão (BO), tem as duas possibilidades, por isso a criança pode ter os tipos: A, B, AB ou O.

Por exemplo, se a mãe for AO e transmitir o O e o pai BO e também passar o O, a criança será tipo O (O+O). O que pode causar um espanto, como pais tipo A e B tem um bebê tipo O? Sim, como vimos, dependendo da expressão de cada um, pode acontecer.

No entanto, se a mãe passar o gene A e o pai o gene B (A+B), a criança será tipo AB. Se a mãe passar o tipo A e o pai o tipo O (A+O), a criança será o tipo A. E por fim, se a mãe passar o O e o pai o B, será tipo B.

Se ambos foram geneticamente dominantes, os tipos (AA) e (BB), as crianças serão sempre tipo AB, devido ao A da mãe e o B do pai.

Filhos de pais com sangue tipo AB com AB

Os filhos de casais AB podem ter os tipos sanguíneos, A, B ou AB, dependendo de qual gene for transmitido pelos pais.

Quando ambos passarem o tipo A, a criança será A; se ambos passarem o B, a criança será tipo B, mas se um passar o A e o outro o B, a criança será AB.

Porém, um casal AB nunca pode ter um filho O, porque ele não consegue fazer essa combinação de zero + zero.

Filhos de pais com sangue tipo O com O

Pais com tipo sanguíneo O, quer dizer que não receberam nenhuma proteína, são zero+zero ou OO. Por isso, só conseguem transmitir o gene O.

Sendo assim, todos os filhos de um casal O, serão sempre tipo O, seja qual for a gestação.

Irmãos devem ter o mesmo fator RH?

Também não. Os filhos podem ter RH diferentes dos irmãos e até dos pais, em alguns casos.

Além do tipo sanguíneo existe o fator RH, outra proteína que quando está presente, dá origem ao sangue RH positivo, quando está ausente RH negativo.

A transmissão é a mesma, trata-se de um gene duplo, por isso mesmo que os pais sejam RH positivo, não é obrigatório que os filhos sejam positivos, porque se forem RH+RH- existe a chance de 25%, da criança receber o RH- dos dois e assim, ser RH negativo.

A determinação do sangue da criança é complexa e depende do tipo de sangue dos pais, em cada gestação ocorrida.

Entenda mais sobre a presença ou não do fator Rh no artigo: Quais podem ser os tipos sanguíneos dos meus filhos?

Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.

O que é uma síncope?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Síncope é uma perda temporária da consciência provocada por uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Também conhecida como desmaio, a síncope normalmente tem início súbito, dura pouco tempo e a recuperação é total e espontânea.

Os sinais e sintomas da síncope incluem:

  • Fraqueza muscular generalizada
  • Incapacidade de se manter em pé
  • Palidez
  • Tontura, vertigem
  • Náuseas
  • Suor frio
  • Visão borrada
  • Diminuição da audição (sensação de ouvido tapado)
  • Formigamentos no corpo
  • Pulsação fraca e
  • Perda da consciência.

Quais as causas de uma síncope?

Os desmaios podem ocorrer devido à falta de ventilação adequada em ambientes com muita gente, emoções fortes, medo, jejum prolongado, permanecer em pé por muito tempo, insolação, má irrigação sanguínea do cérebro, dor intensa, entre outras.

As causas da síncope são muito variadas e podem estar relacionadas com fatores cardiovasculares e não cardiovasculares. A maioria dos casos de síncope cardíaca é causada por arritmias. Este tipo de desmaio geralmente ocorre durante a prática de atividade física ou esforço físico exagerado.

Há ainda as síncopes causadas por medicamentos e distúrbios psiquiátricos, metabólicos ou endócrinos.

Contudo, a causa da síncope pode não ser descoberta em até metade dos casos de desmaio. O teste de inclinação, é indicado para diagnosticar a síncope vasovagal e outras formas de síncope como as disautonômicas e da hipersensibilidade do seio carotídeo.

No teste, a pessoa é colocada numa maca capaz de inclinar e deixá-la em pé, sem que ela tenha que fazer nenhum esforço. Enquanto ocorrem as mudanças posturais, o médico monitora a pressão arterial e os batimentos cardíacos. O teste é positivo se o paciente apresentar os sintomas que caracterizam a síncope vasovagal durante as oscilações de posição.

O que é síncope vasovagal?

A síncope vasovagal é a principal forma de desmaio que ocorre em adultos. O episódio vasovagal ocorre devido a um reflexo neurocardiogênico que provoca hipotensão arterial (pressão baixa) e bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos).

O nervo vago faz parte do sistema nervoso autônomo e controla funções vitais do organismo, como respiração, batimentos cardíacos, pressão sanguínea e digestão. Quando ocorre alguma disfunção na ativação do nervo, há uma diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca. Como resultado, menos sangue chega ao cérebro, podendo gerar uma síncope.

O reflexo é desencadeado pela diminuição do retorno de sangue para o coração que acontece quando a pessoa fica em pé (posição ortostática) por períodos prolongados. Com menos sangue chegando ao coração, o sistema nervoso autônomo estimula o coração a bater mais depressa para compensar o menor volume sanguíneo.

Porém, esse estímulo provoca um reflexo conhecido como reflexo de Bezold-Jarish. Essa reação faz o coração abrandar e dilata os vasos sanguíneos, causando diminuição dos batimentos cardíacos e queda acentuada da pressão arterial. Como resultado, menos oxigênio chega ao cérebro e a pessoa desmaia.

Quais os sintomas da síncope vasovagal?

Durante um ataque vasovagal a pessoa pode apresentar náuseas, transpiração intensa, salivação abundante, palidez, respiração acelerada, mal-estar, extremidades frias e visão escurecida.

Normalmente, a pessoa recupera-se rapidamente, sem confusão mental. Alguns sintomas podem persistir, como dor de cabeça, náuseas, transpiração fria e tonturas.

A gravidade e tratamento dos quadros de síncope dependem da causa.

Casos de desmaios recorrentes devem ser avaliados preferencialmente por um médico cardiologista ou neurologista.

O que é pielonefrite e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pielonefrite é uma infecção urinária que acomete o rim, normalmente causada por bactérias que habitam o intestino.

Trata-se de um tipo de infecção urinária mais grave que a cistite (infecção urinária na bexiga), pois pode provocar falência renal e sepse (infecção generalizada) se não for tratada a tempo e com os antibióticos adequados.

Assim como outras infecções urinárias, a pielonefrite afeta principalmente as mulheres, sendo menos frequente em homens.

Isso acontece devido a proximidade da vagina ao ânus, que favorece a entrada das bactérias provenientes do intestino. Além disso, a uretra mais longa do homem dificulta a chegada das bactérias à bexiga ou ao rim.

A pielonefrite pode ser classificada em:

  • Pielonefrite aguda:

    • É provocada por uma infecção bacteriana aguda, normalmente por bactérias que habitam o intestino, sendo a E. coli responsável pela grande maioria dos casos.
    • O termo "aguda" sugere uma infecção recente, em que os micróbios estão se multiplicando de forma acelerada;
  • Pielonefrite crônica:

    • Ocorre quando a pessoa apresenta pielonefrites de repetição;
    • Pode deixar sequelas no rim e evoluir para doença renal crônica;
    • Normalmente acontece em pacientes com predisposição para desenvolver infeções urinárias, como má formação do sistema urinário, refluxo de urina da bexiga para o uréter ou ainda obstrução prolongada do uréter causada por cálculo ("pedra").
Quais os sintomas da pielonefrite?
  • Dor lombar (parte de baixo das costas), geralmente intensa e apenas em um dos lados;
  • Febre alta;
  • Calafrios;
  • Náuseas e vômitos.

Os sintomas da pielonefrite também podem vir acompanhados pelos sintomas da cistite (infecção urinária na bexiga), que são:

  • Dor ao urinar;
  • Sensação de queimação, ardência ou peso na bexiga;
  • Vontade constante de fazer xixi;
  • Sensação de bexiga ainda cheia após urinar;
  • Presença de sangue na urina.

Também pode lhe interessar: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Na presença desses sintomas, procure um médico clínico geral ou um médico de família.

Leia também: Pielonefrite tem cura? Qual o tratamento?

Minha menstruação é uma secreção escura, é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cor do sangue da menstruação tende a ser mais escura (vermelho escuro ou marrom) nos primeiros e últimos dias, sendo vermelho vivo no meio da menstruação. Cada mulher pode apresentar uma coloração diferente do sangramento, especialmente as que usam algum tipo de anticoncepcional hormonal. Isso é normal e não há motivos para preocupações.

A duração da menstruação pode variar entre 3 a 7 dias a depender da mulher, do seu ciclo menstrual e da utilização de métodos anticoncepcionais hormonais. Durante a menstruação, a cor do sangue pode variar entre marrom, vermelho escuro a vermelho vivo e, quando o fluxo é intenso, pode haver presença de coágulos.

É importante a mulher observar seu corpo para compreender como seu ciclo menstrual funciona e quais as características dele. Em caso de dúvidas, pode procurar o/a ginecologista, médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre menstruação, você pode ler:

Tipos de menstruação: o que significam as diferentes cores?

Minha menstruação é uma secreção escura, é normal?

Menstruação não veio, no lugar dela uma borra marrom...

FEBRASGO. Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

Para que serve o ultrassom com Doppler?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O ultrassom com Doppler serve para avaliar órgãos, estruturas, tecidos, vasos sanguíneos e o fluxo de sangue da região em análise. O ultrassom com Doppler é uma ultrassonografia realizada da mesma forma que as outras, porém, com um adicional que permite a visualização do fluxo sanguíneo do local, analisando a irrigação e a permeabilidade sanguínea.

O ultrassom com Doppler é usado para determinar se a pessoa tem uma condição que reduz ou obstrui a circulação sanguínea. Também pode ser usado para diagnosticar certas doenças cardíacas.

Na área da obstetrícia, por exemplo, o ultrassom com Doppler serve para avaliar o sentido e a quantidade de fluxo sanguíneo que chega para o feto, permitindo, assim, analisar a circulação sanguínea nos vasos uterinos e fetais, além de detectar possíveis alterações na placenta.

Em geral, o ultrassom Doppler serve para:

  • Avaliar o funcionamento do coração. Nesse caso, normalmente é feito em conjunto com um eletrocardiograma, que mede os sinais elétricos no coração;
  • Detectar obstruções na circulação sanguínea;
  • Detectar danos nos vasos sanguíneos e defeitos na estrutura do coração;
  • Identificar estreitamento dos vasos sanguíneos;
  • Monitorar a circulação sanguínea após uma cirurgia;
  • Verificar se a circulação sanguínea entre a gestante e o feto está normal.
Quando o ultrassom com Doppler é indicado?

O ultrassom com Doppler geralmente é indicado quando há presença de sinais e sintomas de fluxo sanguíneo reduzido ou doença cardíaca. Os sintomas variam dependendo da causa. Alguns sintomas comuns de problemas de circulação sanguínea incluem:

  • Dormência ou fraqueza nas pernas;
  • Cãibras dolorosas nos quadris ou músculos das pernas ao caminhar ou subir escadas;
  • Pernas ou pés frios;
  • Mudança na cor da pele ou brilho na pele da perna;
  • Dificuldade para respirar;
  • Inchaço em pernas, pés ou abdômen;
  • Fadiga.

O ultrassom Doppler também pode ser usado em casos de:

  • Derrame cerebral: após um acidente vascular cerebral (AVC), pode ser solicitado um tipo especial de ultrassom com Doppler chamado Doppler transcraniano, que serve para observar o fluxo sanguíneo no cérebro;
  • Lesão nos vasos sanguíneos;
  • Tratamento de distúrbios da circulação sanguínea;
  • Suspeita de problemas circulatórios na gravidez (feto muito pequeno, anemia falciforme, pré-eclâmpsia).
O que é o ultrassom com Doppler?

O ultrassom com Doppler é um exame de imagem que usa ondas sonoras (ultrassônicas) para mostrar a circulação sanguínea através dos vasos sanguíneos. O ultrassom comum também usa ondas sonoras para criar imagens de estruturas internas do corpo, mas elas não podem mostrar o sangue em circulação.

O ultrassom com Doppler funciona medindo as ondas de ultrassom que são refletidas nas estruturas em movimento, como os glóbulos vermelhos. Isso é conhecido como efeito Doppler.

Existem diferentes tipos de ultrassom Doppler:

Doppler colorido: esse tipo de Doppler usa um computador para converter ondas sonoras em cores diferentes, que mostram a velocidade e a direção do sangue em tempo real.

Power Doppler: novo tipo de Doppler colorido. Pode mostrar mais detalhes da circulação sanguínea do que o Doppler colorido comum, mas não mostra a sua direção, o que, em certos casos, pode ser importante.

Doppler espectral: mostra a circulação sanguínea em um gráfico em vez de imagens coloridas. Pode mostrar a forma como um vaso sanguíneo está obstruído.

Doppler Duplex: usa o ultrassom convencional para formar imagens de vasos e órgãos sanguíneos. Em seguida, um computador converte essas imagens em um gráfico, semelhante ao Doppler espectral.

Doppler de ondas contínuas: nesse exame, as ondas ultrassônicas são enviadas e recebidas continuamente. Permite uma medição mais precisa do sangue que flui mais rapidamente.

Como é feito o ultrassom com Doppler?

Geralmente, durante a realização do ultrassom Doppler, a pessoa fica deitada numa maca com a parte do corpo onde o exame será feito descoberta. O profissional espalha um gel especial na pele e sobre o local passa um transdutor, um dispositivo que envia ondas de ultrassom pelo corpo.

O movimento das células sanguíneas altera o tom das ondas sonoras. É possível ouvir sons que parecem assobios ou pulsos durante o procedimento. As ondas são gravadas e convertidas em imagens ou gráficos em um monitor.

Todo o procedimento dura de 30 a 60 minutos. O ultrassom com Doppler pode ser realizado em diversas regiões do corpo, como tireoide, rins, mamas, carótidas, bolsa escrotal, abdômen, coração, entre outras.

Se o ultrassom com Doppler detectar alguma anormalidade, pode ser um sinal de:

  • Obstrução ou coágulo na artéria;
  • Estreitamento dos vasos sanguíneos;
  • Circulação sanguínea anormal;
  • Aneurisma (protuberância em forma de balão nas artérias): faz com que as artérias se estiquem e se tornem mais finas. Se a parede ficar muito fina, a artéria pode se romper e causar uma hemorragia (derrame cerebral);
  • Anormalidade na circulação sanguínea do feto.

O significado dos resultados depende da parte do corpo em que o ultrassom é realizado.

Tenho que me preparar para fazer o ultrassom com Doppler?

Para realizar o ultrassom com Doppler, é necessário tirar roupas e joias da parte do corpo onde o exame será realizado. Também deve-se evitar fumar ou utilizar produtos com nicotina duas horas antes do exame. A nicotina provoca um estreitamento dos vasos sanguíneos e pode interferir nos resultados.

Para alguns tipos de ultrassom Doppler, pode ser necessário fazer jejum de alimentos ou bebidas durante várias horas antes do exame.

O profissional que irá realizar o exame poderá esclarecer eventuais dúvidas em relação ao funcionamento do ultrassom com Doppler e ao procedimento em si.

Realize os exames solicitados pelo/a profissional de saúde e retorne na consulta após o resultado para a devida avaliação.