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Quais os sintomas da bexiga baixa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O principais sintomas da bexiga caída são:

  • Perda involuntária de urina (incontinência urinária);
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual;
  • Sensação de pressão na pelve e na vagina;
  • Sensação de corpo estranho ou de que existe uma bola na vagina;
  • Dificuldade de começar ou parar de urinar;
  • Aumento da frequência urinária;
  • Necessidade urgente de urinar (urgência urinária);
  • Infecções urinárias recorrentes.

Os sintomas da bexiga baixa ou caída variam de acordo com o grau do prolapso. O problema é mais comum em mulheres com mais de 50 anos que estão na menopausa, mas pode acometer também mulheres jovens.

Quais as causas da bexiga baixa?

A cistocele (termo médico da "bexiga baixa") ocorre devido à perda de sustentação da bexiga, que é feita por músculos e ligamentos que estão no interior da pelve da mulher.

Dentre as principais causas de bexiga baixa estão:

  • Gravidez (veja também: Quem tem bexiga baixa pode engravidar?);
  • Parto prolongado ou múltiplos partos normais;
  • Idade (mais de 50 anos);
  • Menopausa;
  • Retirada do útero;
  • Cirurgias vaginais ou abdominais;
  • Obesidade.

O tratamento da bexiga baixa pode ser feito através do fortalecimento dos músculos do períneo, nos casos mais leves, ou cirurgia, quando o prolapso é mais acentuado.

Leia também: Bexiga caída, qual o tratamento?

Na presença desses sintomas, consulte o/a médico/a ginecologista ou urologista.

Ureia alta: o que significa, e quais são as causas.
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ureia alta pode significar um problema renal. A principal função do rim é a filtração do sangue, com a eliminação de resíduos como a ureia e a creatinina na urina.

Outras situações que também causam o aumento da ureia no sangue são: o consumo exagerado de proteínas na alimentação, desidratação, efeito colateral de medicamentos, infarto, hemorragia digestiva, queimaduras e até o envelhecimento natural do corpo.

Portanto, embora seja um indicador importante para avaliar a função renal, para definir a causa da ureia alta, é necessária uma investigação mais detalhada.

6 causas de ureia alta no sangue1. Doença renal

A insuficiência renal é uma das causas de aumento da ureia no sangue, e se caracteriza pela dificuldade dos rins em realizar as suas funções. A principal função dos rins é filtrar o sangue, eliminando os resíduos, como a ureia e a creatinina. Na doença renal, ocorre o aumento da ureia e da creatinina.

2. Alimentação rica em proteínas

A ureia é resultado da quebra das proteínas no fígado. O consumo aumentado dessas proteínas, faz com que o fígado aumente a sua metabolização, produzindo e liberando mais ureia no sangue. Nesses casos a creatinina não se eleva.

3. Desidratação

A desidratação, reduz a capacidade de filtração renal devido a falta de água e consequentemente falta de sangue para o órgão. Com isso, os resíduos se acumulam no sangue, tanto a ureia quanto a creatinina, causando diversos problemas de saúde. O aumento de ingesta de água ou hidratação venosa, nos casos mais graves, normaliza a taxa de ureia.

4. Medicamentos

Alguns medicamentos, como o corticoide e a tetraciclina, estão relacionados ao aumento da ureia no sangue, especialmente quando em doses altas.

5. Infarto do coração e hemorragia digestiva

O infarto do coração e a hemorragia, assim como a desidratação, reduzem o fluxo de sangue para os rins, prejudicando filtração renal. O infarto devido ao enfraquecimento do coração, que bombeia menos sangue, e a hemorragia pela perda do volume de sangue no corpo. Nesse caso, tanto a ureia quanto a creatinina podem estar elevadas no exame de sangue.

6. Queimaduras

Nos quadros de queimadura grave, especialmente de terceiro grau, o organismo aumenta o seu metabolismo e quebra mais proteínas para a recuperação do tecido danificado e para a sua própria recuperação, porém, com isso, libera mais ureia no sangue. Se a reposição de líquidos estiver boa, a creatinina se manterá normal. Esta reposição de líquidos é feita no hospital por via venosa.

O que é ureia?

A ureia é uma substância produzida pelo fígado durante o processo de metabolização das proteínas. Depois de produzida, a ureia é lançada na corrente sanguínea, filtrada pelos rins e então eliminada na urina e no suor.

A concentração de ureia no sangue está em constante mudança, de acordo com a alimentação e a hidratação do corpo, porém, sempre em equilíbrio devido ao trabalho dos rins. O rim é órgão que coordena esse equilíbrio no sangue.

Qual o valor normal da ureia?

Os valores de referência para uma ureia normal no sangue, varia de 16 a 40 mg/dL, para a maioria dos laboratórios. Portanto, chamamos de ureia alta, o valor de ureia no sangue acima de 40 mg/dL.

O que é o exame de ureia?

A ureia pode ser dosada no sangue ou na urina. O exame de sangue para análise da ureia é realizado através de uma amostra de sangue coletada em laboratório, sem necessidade de jejum ou orientação alimentar.

Entretanto, o mais adequado é sempre manter os hábitos de vida normais, dias antes do exame, para que o resultado seja o mais fiel possível.

O exame de ureia na amostra de urina, costuma ser pedido para avaliação da função renal, de maneira mais específica. Os exames avaliados em conjunto ajudam na definição do problema.

Sintomas de ureia alta

A dosagem aumentada de ureia no sangue só é percebida quando os valores estão muito elevados, ou quando outros eletrólitos também estão elevados, como a creatinina e o potássio.

Os eletrólitos aumentados podem dar origem a um quadro grave, chamado uremia.

A uremia é um conjunto de sinais e sintomas, que ocorrem quando os rins não são mais capazes de filtrar o sangue de forma eficiente. Os principais sintomas são:

  • Náuseas, vômitos,
  • Fraqueza,
  • Mal-estar,
  • Dores de cabeça,
  • Distúrbios de coagulação,
  • Confusão mental e coma.

Recomendamos retornar ao seu médico, levando os exames, para a correta interpretação e orientações.

Leia também:

O que são piócitos na urina?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A presença de piócitos na urina geralmente é sinal de inflamação do trato urinário. Os piócitos são leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos. São as células de defesa do organismo.

Os níveis de piócitos na urina podem estar altos em diversas situações, sendo a principal delas a infecção urinária. Outras possíveis causas incluem: tuberculose do trato urinário, infecção por fungos e vírus, nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins), pedra nos rins, uso de substâncias irritantes, traumas, câncer, entre outras.

O nível normal de piócitos na urina é de até 5 por campo ou até 10.000/ml. Acima disso é considerado piúria. Para determinar a causa da inflamação ou infecção, é necessário avaliar outros dados do exame de urina.

Se a leucócito-esterase (também chamada esterase leucocitária) e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária. A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.

Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.

Saiba mais em:

Referências

SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.

Muita vontade de urinar e pouca urina, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sentir muita vontade de urinar com pouca urina para eliminar são sintomas típicos de cistite e alterações da próstata. A vontade de urinar nesses casos é frequente e muitas vezes urgente, como nas doenças da próstata. Contudo, no momento da micção, a pessoa tem dificuldade em eliminar a urina e o volume é pequeno.

Porém, nem sempre a urgência urinária associada à pouca quantidade de urina é sinal de doença. Na gravidez, por exemplo, é normal que a gestante tenha mais vontade de fazer xixi mesmo que não tenha tanta urina para eliminar, já que o crescimento do útero acaba por pressionar a bexiga.

Cistite

A cistite é uma inflamação da bexiga. Trata-se de um tipo de infecção urinária, assim como a uretrite (inflamação da uretra) e a pielonefrite (inflamação do rim).

As cistites são mais comuns em mulheres e caracterizam-se pela vontade constante de urinar, porém com dificuldade e pouca eliminação de urina. A presença de sangue na urina é outro sinal frequente, bem como a dor ou a sensação de ardência ao urinar.

Veja também: O que é cistite e quais os sintomas?

Hiperplasia benigna de próstata

A hiperplasia benigna de próstata (HBP) é um aumento do número de células que causa crescimento da glândula. A proliferação celular nesses casos não é cancerígena (hiperplasia maligna), mas o aumento de volume da próstata provoca várias alterações urinárias no homem.

Os principais sinais e sintomas da HBP são a vontade frequente de urinar, muitas vezes com urgência e durante a noite, associada à pouca eliminação de urina. O paciente tem dificuldade para urinar, apresentando jato de urina fraco ou interrompido. 

Leia também: O que é hiperplasia prostática?

Câncer de próstata

O câncer de próstata não costuma manifestar sinais e sintomas no início, já que esse tipo de tumor apresenta um crescimento lento. No entanto, nas fases mais avançadas, as manifestações mais comuns são a vontade e a dificuldade de urinar. Dependendo do estágio do câncer, o paciente pode apresentar ainda dores nas costas (coluna lombar), dor nos ossos, sangue na urina, entre outros sintomas.

Saiba mais em: Quais os sintomas de câncer de próstata?

Na presença de alterações urinárias, como aumento do número de micções, pouco volume de urina, dificuldade ou dor ao urinar, procure um serviço de saúde para que a causa seja devidamente diagnosticada e tratada.

Saiba mais em:

Dor ao urinar, o que pode ser?

Vontade de urinar a toda hora e não conseguir. O que pode ser?

Não conseguir ou ter dificuldade em urinar: o que pode ser e como tratar?

O que pode causar ardência ao urinar?

Meu filho tem 10 anos e seu pênis é muito pequeno...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O especialista para maiores esclarecimentos nessa área é o Pediatra ou urologista pediátrico.

Entretanto, segundo seu relato, seu filho apresenta um desenvolvimento do pênis considerado normal para idade.

Como é o desenvolvimento normal do pênis da criança?

O desenvolvimento normal do pênis de criança é se manter nas mesmas proporções durante toda a infância, e iniciar seu crescimento apenas quando a puberdade se inicia, devido à ação da testosterona, o que acontece em média aos 12 anos de idade.

Esse crescimento se dá por etapas, e pode durar até os 18 anos de idade ou mais. As primeiras estruturas a crescer e se desenvolver são os testículos e a bolsa escrotal, por vezes parece bastante desproporcional, dando a impressão de um pênis ainda menor.

Em seguida, por volta dos 14 ou 15 anos, o pênis começa a ganhar comprimento. Só ao final da puberdade que acontece o aumento na largura (espessura), ganhando a forma final do órgão, que permanece durante toda fase de vida adulta.

O que é pênis recolhido?

O pênis pode se encontrar recolhido, por exemplo em caso de exposição maior ao frio, em situações de medo e ansiedade.

Pode ser considerado pênis recolhido ou pênis "embutido", aqueles que parecem um tipo de pênis muito pequeno, ou menor do que o esperado, mas na verdade é resultado da presença de grande quantidade de gordura abdominal. Comum em meninos com sobrepeso ou obesidade.

Outras situações, que devem ser investigadas pelo especialista, essas sim são alterações que precisam de acompanhamento e tratamento, são o micro pênis, pênis pequeno, pênis sepultado e fusão peno escrotal. Porém, são situações raras que o pediatra é capaz de diagnosticar precocemente.

Para mais esclarecimentos, consulte um médico pediatra ou urologista pediátrico.

Veja também: com quantos anos o pênis começa a crescer?

Penetração sem ejaculação na vagina, tem como engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Sempre que houver relação sem proteção, existe a chance de engravidar, mesmo que não tenha ejaculação dentro da vagina.

Isso porque líquido seminal, líquido liberado pelo pênis durante a relação, já pode conter espermatozoides, embora raro, pode acontecer. Outro fator é o período em que ocorre a relação. Se acontecer próximo ao período fértil da mulher, aumenta a probabilidade.

De acordo com a sua pergunta, provavelmente ela não está grávida, visto que não houve penetração sem proteção durante a relação, somado ao fato de apresentar um teste de farmácia negativo, mas não podemos excluir com toda a certeza.

Portanto, a única forma de confirmar é com teste de gravidez, de 10 a 15 dia após o atraso menstrual. Se a menstruação não vier na data esperada, aguarde uma semana e repita o exame de gravidez. Se puder fazer o exame de sangue, Beta HCG, é ainda melhor.

Quantos centímetros precisa para engravidar?

Não é preciso grande penetração para engravidar. Na verdade, pode nem penetrar, mas ejacular próximo à vagina, para possibilitar uma gravidez.

Muitos casais ainda fazem uso do método de coito interrompido para evitar uma gravidez. Esse método consiste em retirar o pênis da vagina quando percebe a proximidade da ejaculação. Entretanto, o método tem uma taxa de falha muito alto, por volta de 20%.

O que comprova que não depende da penetração ou ejaculação dentro da vagina. O líquido pré-ejaculatório ou líquido seminal já são contém espermatozoides.

Para evitar uma gravidez é preciso fazer uso de um contraceptivo, seja oral, como os anticoncepcionais femininos ou de barreira, como a camisinha (feminina ou masculina).

Gravidez pode acontecer somente com o líquido seminal?

Sim. Embora a quantidade de espermatozoides seja baixa no líquido seminal, existe a possibilidade de a gravidez ocorrer.

Para que serve o líquido seminal?

O líquido seminal ou pré-ejaculatório é expelido do pênis antes da ejaculação. Este líquido tem a função de fazer lubrificação durante o sexo. Além disso, auxilia no equilíbrio da acidez da uretra, uma vez que no homem a uretra libera tanto os espermatozoides como a urina.

Para evitar a gravidez e as infecções sexualmente transmissíveis, utilize camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais. Para esclarecer possíveis dúvidas, busque o médico de família ou urologista.

Entenda como calcular o seu período fértil no artigo: Como calcular o Período Fértil?

Referências

  • Hatcher, R.A., Nelson, A.L., Trussell, J., et al. Contraceptive Technology. New York: Ayer Company Publishers. 2018
  • World Health Organization. Family planning/contraception.
  • Killick, S.R., Leary, C., Trussell, J., Guthrie, K.A. Sperm content of pre-ejaculatory fluid. Human Fertility, 14(1):48–52, 2011.
  • Kovavisarach, E., Lorthanawanich, S., Muangsamran, P. Presence of Sperm in Pre-Ejaculatory Fluid of Healthy Males. Journal of the Medical Association of Thailand, 99:S38–41, 2016.
Quais são os sintomas da candidíase?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Os sintomas da candidíase variam de acordo com a região do corpo onde ocorre a infecção. A candidíase é uma infecção causada por um fungo, geralmente a Candida albicans, que pode atingir várias regiões do corpo como boca, esôfago, vagina, vulva e pele. As candidíases mais comuns são as que ocorrem na vagina e na boca (ou oral). Os homens também podem ter candidíase, embora ela seja mais comum nas mulheres. A candidíase ou monilíase oral pode ter sintomas diferenciados dependendo da sua causa e é muito comum em idosos com prótese dentária (dentadura) e pessoas com higiene oral deficiente.

Sinais e sintomas da monilíase ou candidíase oral:

  • manchas avermelhadas, dolorosas e inchadas na língua e na mucosa oral,
  • manchas brancas (placas) na língua, mucosas da boca, céu da boca (palato) e na região da garganta (orofaringe), podendo ser dolorosas ou não e, em alguns casos, podem sangrar ao serem removidas (veja também: Língua branca é sinal de doença?).

Veja também: Sapinho na boca: Quais os sintomas e como tratar?

Sinais e sintomas da candidíase em mulheres e em gestantes:

  • coceira (prurido), muitas vezes intensa, na vagina, podendo atingir também a vulva, períneo e ânus,
  • ardência ou dor para urinar,
  • corrimento branco, grumoso, sem cheiro, podendo ter aspecto de leite coalhado (caseoso),
  • vermelhidão (hiperemia), inchaço (edema) vulvar,
  • dor na relação sexual,
  • sensação de irritação na vulva e nas áreas próximas.

Sinais e sintomas da candidíase genital no homem:

  • vermelhidão na glande (cabeça do pênis) e em regiões próximas a ela,
  • lesões com aspecto de pequenos pontos vermelhos na glande e em regiões próximas a ela,
  • coceira.

A cândida está presente no corpo, normalmente sem causar algum problema ou sintoma. Porém, em algumas situações, como na gestação, nos períodos de muito estresse, na queda da imunidade (portadores de AIDS, carcinomas, uso de corticoides em doses elevadas) ou durante o uso de antibióticos, a sua quantidade pode sofrer um aumento, causando a infecção. Pessoas com diabetes mellitus também têm maior risco para a candidíase.

O ginecologista, o urologista ou o infectologista são os especialistas indicados para diagnosticar e tratar pacientes com candidíase.

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga em homens é comum quando envolve a próstata e os testículos. Também pode ser provocada por problemas do sistema urinário, intestinal ou outros órgãos do sistema reprodutivo.

O tratamento da dor no baixo ventre nos homens é feito de acordo com a sua causa. O médico urologista é o responsável por avaliar as causas e definir o tratamento mais indicado.

A seguir detalhamos um pouco mais as causas frequentes, para ajudar na identificação de sinais e sintomas que possam auxiliar o médico nesse diagnóstico.

1. Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata, uma glândula que fica logo abaixo da bexiga que é responsável pela produção do sêmen.

Sintomas: É comum que os homens sintam dor no pé da barriga, na parte inferior das costas, no pênis, nos testículos e no períneo (região entre o escroto e o ânus). Além disso, pode ocorrer:

  • Vontade de urinar frequentemente e com urgência
  • Dor ao urinar
  • Dificuldade ou dor com a ereção ou ejaculação
  • Dor ao defecar

Quando causada por bactéria, o homem pode ainda apresentar febre, calafrios e sangue na urina.

Como tratar?

O tratamento feito para aliviar os sintomas e tratar a inflamação incluem:

  • Massagem periódica da próstata: é feita pelo médico proctologista que coloca o dedo no reto para massagear a próstata,
  • Banhos de assento quente: conforme orientação médica,
  • Técnicas de relaxamento dos músculos pélvicos para aliviar as dores, de preferência, com acompanhamento de um fisioterapeuta,
  • Uso de laxantes, para aliviar a dor ao defecar,
  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e inflamação e
  • Antibióticos, em casos de prostatite bacteriana.

Quando a prostatite não é causada por bactérias, a sua cura é mais difícil e nem sempre acontece.

Em último caso, se mesmo com os tratamentos os sintomas piorarem, pode ser necessária a retirada parcial da próstata. Para escolher o tratamento mais adequado e seguro consulte um proctologista.

2. Orquite

A orquite é uma inflamação nos testículos que geralmente é provocada pelo vírus da caxumba e pode afetar ambos os testículos ou apenas um deles.

Sintomas: dor intensa no testículo afetado que irradia para o baixo ventre do mesmo lado, por exemplo, se o testículo inflamado for o esquerdo a dor é sentida no pé na barriga deste mesmo lado. Além da dor o homem pode sentir inchaço, vermelhidão, calor e sensação de peso nos testículos.

Como tratar?

A orquite é tratada com:

  • Repouso no leito,
  • Aplicação de bolsas de gelo sobre os testículos,
  • Analgésicos para aliviar a dor e antibióticos, quando causada por bactérias.

Devido à dor intensa, a orquite pode ser considerada uma urgência urológica. Nestes casos, procure uma unidade de emergência para alívio da dor e avaliação médica, de preferência, de um urologista.

3. Epididimite

A epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão que tem forma de “C” que se localiza atrás do testículo. Ele funciona como um ducto que coleta, armazena e transporta os espermatozoides produzidos no testículo até a próstata.

Sintomas: dor forte na região dos testículos que irradia para o pé da barriga acompanhada de:

  • Inchaço
  • Febre baixa e constante
  • Calafrios
  • Dor ao urinar e durante o ato sexual
  • Ínguas na virilha
  • Presença de sangue no sêmen.

Como tratar?

O tratamento da epididimite envolve uso de medicamentos e alguns cuidados simples como:

  • Manter o repouso,
  • Evitar pegar peso,
  • Aplicar compressas de gelo na área dos testículos,
  • Anti-inflamatórios e analgésicos para tratar a inflamação e amenizar a dor,
  • Antibióticos em caso de infecção bacteriana.

Como pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis, para prevenir a doença, use sempre camisinha nas relações sexuais. A avaliação de um urologista é indispensável ao tratamento da epididimite.

4. Vesiculite

A vesiculite (vesiculite aguda seminal) é a inflamação das vesículas seminais, glândulas que produzem o líquido seminal. Geralmente ocorre por infecção bacteriana, ou quando o homem desenvolve uma prostatite e não efetua o tratamento adequado.

Sintomas:

  • Dor no baixo ventre, que piora após a ejaculação e irradia para virilha e região do períneo
  • Vontade de urinar urgentemente
  • Ardor ao urinar
  • Dificuldade de esvaziar a bexiga
  • Ejaculação prematura
  • Presença de sangue no sêmen e na urina
  • Febre e calafrios
  • Redução do desejo sexual.

Como tratar?

O tratamento da vesiculite envolve:

  • Repouso: para manter os movimentos intestinais e evitar a piora do quadro,
  • Manter uma dieta equilibrada e saudável sem alimentos condimentados e álcool,
  • Evitar relações sexuais durante o tratamento,
  • Uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos conforme recomendação médica, a fim de tratar a infecção, inflamação e amenizar a dor.

Nos casos em que os sintomas persistem ou pioram, é necessário tratamento cirúrgico.

5. Estenose uretral

A estenose uretral é o estreitamento de uma parte da uretra que pode resultar em redução ou interrupção do fluxo urinário. As causas mais comuns são o trauma ou lesões na uretra e as infecções sexualmente transmissíveis.

Sintomas:

  • Diminuição do fluxo de urina
  • Dificuldade e ardor ao urinar
  • Jato espalhado ou duplo, gotejamento de urina após a micção
  • Necessidade de urinar mais vezes ao dia, acordar à noite para urinar e, em alguns casos, incontinência urinária.

Como tratar?

A estenose uretral deve ser tratada em ambiente hospitalar. O procedimento mais simples para o seu tratamento consiste na introdução de uma sonda de plástico na uretra para causar a sua dilatação. Se este procedimento não tiver resultados positivos, pode ser necessária a realização de cirurgia.

Somente a avaliação de um urologista poderá definir a melhor forma de tratamento.

6. Torção testicular

A torção testicular ocorre quando o testículo torce sobre o cordão espermático e bloqueia a circulação sanguínea para o testículo. É uma emergência urológica que deve ser tratada em até 12 horas, pois este quadro pode causar lesão grave ou perda do testículo.

Sintomas: dor súbita e intensa em um dos testículos, inchaço do testículo afetado e dor na região do pé da barriga são os principais sintomas. O paciente também pode apresentar náuseas, vômitos, febre e vontade frequente de urinar.

Como tratar?

Por ser uma emergência em que, além da dor intensa, o homem corre o risco de perder o testículo é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico e consiste em destorcer o cordão espermático para recuperar a circulação sanguínea para o testículo.

7. Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática é um aumento do tamanho da próstata que não tem relação com câncer e, por este motivo, se diz que é benigna. O homem começa a sentir os sintomas quando a próstata bloqueia a fluxo de urina.

Sintomas:

  • Dor no pé da barriga
  • Dificuldade de iniciar a micção ou sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga
  • Dor no pé da barriga ou na região da pelve
  • Necessidade de urinar mais vezes - geralmente, durante a noite (noctúria)

Na medida em que a próstata vai crescendo, os sintomas se tornam mais intensos e o paciente pode apresentar aumento da dor, presença de sangue urina e infecções frequentes.

Como tratar?

Geralmente, quando o homem apresenta poucos sintomas e acordam uma ou duas vezes à noite para urinar, não é necessário tratamento. Entretanto, é preciso acompanhamento com urologista para verificar o crescimento da próstata e realizar exame de PSA periodicamente.

Se houver sangue na urina, dor intensa no pé da barriga e infecção as opções de tratamento são:

  • Medicamentos para melhorar o fluxo de urina e para inibir os hormônios masculinos responsáveis pelo aumento do tamanho da próstata e
  • Cirurgia: é feita em último caso nos casos em que os medicamentos não tiveram eficácia e consiste na retirada de parte da próstata.
8. Síndrome da dor pós-vasectomia

A síndrome da dor pós-vasectomia é uma complicação da cirurgia de vasectomia, um método anticoncepcional definitivo efetuado nos homens que consiste em bloquear ou cortar os ductos que transportam os espermatozoides.

Sintomas: os homens com esta síndrome sentem dor constante ou intermitente (dor que vai e volta) em um ou em ambos os testículos. Esta dor irradia para o baixo ventre e pelve e se torna mais forte durante relação sexual, ereção e ejaculação e esforços físicos intensos. Pode causar disfunção erétil.

Como tratar?

A dor pós-vasectomia tende a diminuir e desaparecer com o tempo e resultado de uma adaptação do corpo à cirurgia. Neste caso, recomenda-se:

  • Repouso,
  • Evitar esforço físico e
  • Evitar relações sexual.
  • Se a dor persistir é importante consultar o urologista para avaliar a região da cirurgia.
9. Hérnia inguinal

A hérnia inguinal se caracteriza pela saída de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. É mais comum em homens e pode se estender pela virilha e entrar no escroto.

Sintomas: as hérnias provocam uma protuberância na virilha ou no escroto que, inicialmente, não causam dor. Entretanto, a dor pode ocorrer de forma moderada no pé da barriga ou escroto na medida em que a pessoa se movimenta ou faz esforço físico.

Como tratar?

O tratamento da hérnia inguinal é feito com cirurgia. É importante que a hérnia seja avaliada o mais rapidamente possível por um cirurgião para evitar complicações com estrangulamento da hérnia e morte de parte do intestino.

10. Síndrome da dor pélvica

A síndrome da dor pélvica só ocorre em homens e é a dor, pressão ou desconforto localizada no baixo ventre, períneo, genitais que apresenta duração de mais de 3 meses. É também chamada de prostatite crônica não bacteriana, devido à longa duração da dor e pelo fato de não ser causada por bactérias.

Sintomas: dor no pé da barriga, pênis, testículos e região do períneo, dor ao urinar e ejacular, disfunção erétil, fluxo urinário lento e aumento da frequência urinária. Alguns pacientes também podem apresentar dores musculares e nas articulações e fadiga sem causa aparente.

Como tratar?

O tratamento da síndrome da dor pélvica é feito com base na avaliação, principalmente, da dor e da disfunção sexual. Além disso é indicado:

  • Aplicar compressas mornas na região genital,
  • Praticar exercícios de baixo impacto como natação e caminhadas,
  • Alimentar-se de forma saudável e equilibrada e
  • Usar medicamentos para dor neuropática (antidepressivos, opioides), antibióticos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, de acordo com a indicação médica.
Quando devo me preocupar?

Alguns sintomas são sinais de alerta para que você busque rapidamente um serviço de saúde. Estes sintomas indicam situações que necessitam de intervenção rápida e incluem:

  • Dor intensa e de início súbito, principalmente, se afetar um ou ambos os testículos,
  • Inchaço (edema) nos testículos e/ou pênis,
  • Presença de sangue no sêmen ou urina,
  • Dor ao ejacular e
  • Dor durante ou depois do ato sexual.

Ao perceber estes sintomas procure uma emergência hospitalar o mais rápido possível. Os profissionais mais indicados para tratar estas doenças são o proctologista, urologista ou cirurgião geral.

Lembre-se que alguns destes problemas são causados por infecções sexualmente transmissíveis e podem ser evitados com o uso de camisinha.

Se você quer saber mais sobre dor no pé da barriga, leia

Dor incômoda no pé na barriga e vontade de urinar: o que pode ser?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

  • Bigan, T.; Wilson, N.; Bindler, R.; Daratha, K. Examining Risk for Persistent Pain among Adults with Overweight Status. Pain Management Nursing, 19(5): 549-556, 2018.
  • Federação Brasileira de Urologia
  • Kamboj, A.K.; Hoversten, P.; Oxentenko, A.S. Chronic Abdominal Wall Pain: A Common Yet Overlooked Etiology of Chronic Abdominal Pain. Mayo Clinic Proceedings, 94(1): 139-144, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Proctologia