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A dieta do HCG faz mal à saúde? Quais os riscos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a dieta do HCG pode fazer mal à saúde, pois o uso do hormônio HCG pode aumentar o risco de tromboembolismo (formação de coágulos), levar ao acumulo de líquidos (edema), provocar depressão e dores de cabeça, e ocasionar sintomas decorrentes da ação hormonal do HCG como ginecomastia, que é o crescimento da mama em homens.

Algumas pesquisas inclusive associam a realização da dieta do HCG com um aumento do risco de câncer de mama a longo prazo.

Nas mulheres as alterações hormonais podem levar a:

  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Sangramento vaginal;
  • Aumento das mamas;
  • Cistos no ovário;
  • Dor nas mamas;

Nos homens a dieta pode levar a problemas relacionados a produção de esperma e fertilidade.

Além dos riscos associados ao uso do hormônio HCG, o fato de ser uma dieta restritiva, com uma ingesta diária de quantidades muito pequenas de calorias (cerca de 500 Kcal/dia), também provoca diversos efeitos colateraisdecorrentes da carência de nutrientes essenciais ao organismo. Entre os mais comuns estão:

  • Fraqueza;
  • Cansaço;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Irritabilidade.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) afirmam que o uso do HCG para emagrecer não tem nenhuma eficácia, uma vez que não há evidências científicas sólidas que comprovem o seu efeito no tratamento da obesidade.

A SBEM e a ABESO também consideram que o tratamento com HCG pode ser prejudicial para as pessoas, por apresentar potenciaisriscos para a saúde.

Para maiores esclarecimentos sobre os riscos da dieta do HCG para a saúde, fale com o seu médico. Caso pretenda perder peso procure uma orientação profissional com um nutricionista.

Leia também: Como funciona a dieta do HCG?

Dieta da proteína emagrece? Quais as vantagens e desvantagens?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dieta da proteína emagrece, assim como toda e qualquer dieta pobre em calorias. A dieta da proteína é baseada no aumento do consumo de alimentos ricos em proteínas (carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, leguminosas) e diminuindo a ingestão de carboidratos (pães, arroz, massa, batata).

Apesar de ter algumas vantagens, a dieta da proteína não é equilibrada. A privação de carboidratos (fonte de energia essencial para o funcionamento do organismo) e o excesso de proteínas na alimentação podem trazer riscos à saúde e causar efeitos colaterais.

Quais são as vantagens da dieta da proteína?

Uma das vantagens da dieta da proteína e razões por que a dieta funciona é o fato das proteínas demorarem mais tempo para serem digeridas e absorvidas pelo organismo, o que prolonga a sensação de saciedade e reduz a vontade de comer outros alimentos mais calóricos.

Uma vez que a digestão é mais longa, o organismo passa a utilizar a gordura corporal como fonte de energia, gerando emagrecimento.

As proteínas são a matéria-prima dos músculos. Sem proteínas na dieta, o organismo consome as proteínas dos músculos, daí a importância em manter uma ingestão adequada de proteínas na alimentação.

Por isso, essa dieta pode favorecer o aumento de massa muscular, dependendo da privação de carboidratos. Quanto menos carboidratos, mais o corpo irá usar as proteínas musculares como fonte de energia, resultando com o tempo em perda também de massa muscular.

Porém, se houver ganho de massa muscular devido ao aumento do consumo de proteínas, o corpo acaba por queimar mais calorias, o que favorece o emagrecimento.

Quais as desvantagens da dieta da proteína?

São muitas as desvantagens na dieta da proteína, principalmente quando não for devidamente acompanhado por um profissional especializado, entre elas:

  1. A baixa ingestão de carboidratos, que são fonte de energia e essenciais para o metabolismo celular, pode causar cansaço, tonturas, falta de energia, ansiedade, dificuldade de concentração, insônia, irritabilidade e dor de cabeça;
  2. Outro efeito colateral do baixo consumo de carboidratos é a perda de massa muscular, já que o corpo começa a queimar músculos para obter energia;
  3. A queima elevada de gordura corporal devido à falta de carboidratos produz corpos cetônicos, que podem ser prejudiciais às células do corpo se forem produzidos em grandes quantidades;
  4. O excesso do consumo de proteínas pode sobrecarregar os rins e o fígado, que precisam funcionar muito mais para eliminar as substâncias provenientes do metabolismo das proteínas;
  5. Proteínas em excesso também podem tornar a digestão mais lenta ou mesmo dificultar a digestão, o que pode levar a um desconforto no estômago;
  6. O aumento da concentração de proteína na dieta, sem atividade física e acompanhamento, está relacionada ao maior risco de doenças cardiovasculares e tromboses;
  7. Além disso, dietas restritivas e não balanceadas, como é o caso da dieta da proteína, pode privar o corpo de minerais, vitaminas e fibras.

Portanto, uma dieta adequada para emagrecer deve ter poucas calorias, mas deve ser balanceada, com as doses adequadas de cada nutriente. Fazer dietas que eliminam grupos de alimentos essenciais para o bom funcionamento do organismo não é uma forma saudável de emagrecer, além de favorecer o efeito "sanfona" quando esta dieta for abandonada.

Como as sociedades e diretrizes médicas defendem, a perda de peso muito rápida, tem a tendência de retornar rápido também ("efeito sanfona"). O mais difícil é manter o peso adequado, e isso só é conseguido à base de mudanças de hábito de vida, alimentação equilibrada e atividades físicas regulares.

Para ter um plano alimentar individualizado e adequado, consulte um nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista.

Leia também: O que fazer para emagrecer?

Dietas para emagrecer rápido são saudáveis? 5 dicas para emagrecer com saúde
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dietas que prometem e promovem emagrecimento rápido são muito restritivas, o que pode provocar carências nutricionais e, por este motivo não são consideradas saudáveis. Tais dietas como, por exemplo a dieta das proteínas, não podem ser seguidas por longos períodos de tempo e precisam de acompanhamento nutricional.

Além disso, após praticadas por certo período de tempo, também podem provocar a recuperação do peso perdido ou um maior ganho de peso. Emagrecer lentamente por meio da adoção de hábitos alimentares saudáveis se constitui na forma mais segura e eficaz de reduzir o peso corporal.

1. Adote uma alimentação saudável

Um plano alimentar saudável inclui a ingestão de cereais, sementes, grãos, hortaliças (legumes e verduras), frutas, leguminosas e carnes magras. É importante valorizar o consumo de alimentos mais próximos da forma como são encontrados na natureza, o que consiste em evitar produtos industrializados e processados.

Alguns dos alimentos que ingerimos contêm rótulos extensos com muitas informações e ingredientes que, muitas vezes, sequer conhecemos. Estes alimentos são elaborados por engenheiros químicos e processados em fábricas, o que pode trazer danos futuros à saúde

Por isto, para um emagrecimento saudável, preferira comer alimentos in natura e que pertençam aos diferentes grupos alimentares:

  • Cereais, sementes e grãos: arroz integral, massa integrais, milho, farinha de aveia, chia, semente de girassol;
  • Hortaliças (verduras e legumes): abóbora, alface, acelga, agrião, brócolis, cenoura, beterraba, espinafre, ervilha, batata doce, nabo, alho poró, rúcula, couve-flor, repolho;
  • Frutas: maçã, pera, mamão, laranja, kiwi, melancia, abacate;
  • Leguminosas: feijão preto, feijão branco, feijão de corda e outros, lentilha, grão de bico, vagem;
  • Oleaginosas: castanha de caju, castanha do pará, nozes.;
  • Carnes magras: peixes e frango. A carne vermelha deve ser consumida com moderação.
2. Reduza o consumo de alimentos calóricos

A ingestão de doces, gorduras e frituras em excesso promovem o aumento do peso corporal. Alimentos ricos em açúcar promovem o pico de insulina e desencadeia a sensação de fome constante, o que dificulta o processo de emagrecimento. Se você deseja emagrecer, evite alimentos como: doces em geral, chocolates, pizzas, pães brancos, refrigerantes.

3. Pratique atividade física

A prática regular de atividade física provoca a queima de gordura, uma vez que ajuda a acelerar o metabolismo e utiliza a gordura armazenada para produzir energia.

Além disso, os exercícios são capazes de reduzir a ansiedade que pode levar à ingerir mais alimentos do que precisamos e a controlar o apetite. Estes fatores acabam por ajudar na perda de peso.

4. Como menos do quê o que você gasta

Para efetuar as tarefas da nossa vida diária - trabalhar, estudar, praticar exercícios físicos - nós gastamos a energia que consumimos por meio da ingestão de alimentos. Se ingerimos mais calorias do quê gastamos, os excessos são armazenados no nosso corpo em forma de gordura e isto provoca ganho de peso.

Deste modo, é preciso o gasto de energia seja maior que o seu consumo para que o emagrecimento ocorra. Após perder o peso desejado, gasto e consumo de energia devem permanecer equilibrados.

5. Faça escolhas alimentares melhores

Ao se alimentar fora de casa, o que é bastante comum hoje em dia, dê preferência a carnes magras e grelhadas e alimentos cozidos ou crus. Estas escolhas possibilitam uma alimentação de melhor valor nutricional e, portanto, saudável.

Antes e adotar qualquer plano alimentar ou dieta, consulte um/a nutrólogo/o ou nutricionista.

Não esqueça de associar a sua alimentação saudável à prática de atividade física para que seu processo de emagrecimento seja seguro para a sua saúde.

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7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer

Comer açaí: emagrece ou engorda?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há evidências científicas de que o consumo de açaí, por si só, promove o emagrecimento ou faz com a pessoa engorde. O que determina que o consumo desta fruta engorde ou emagreça é a forma como é consumida: seus acompanhamentos e sua inclusão em um plano alimentar saudável. A prática de atividade física ou sedentarismo também contribuem para a perda ou ganho de peso.

Açaí e emagrecimento

O alto teor de fibras do açaí pode ser um aliado nos processos de emagrecimento. Sabe-se que a fibras ajudam a regular a atividade dos intestinos, a formar o bolo fecal e a estimular a motilidade intestinal, o que repercute para a boa saúde dos intestinos.

Além disso, as fibras fazem com que a digestão do alimento se torne mais lenta, o que promove a sensação de saciedade. Um tempo prolongado da sensação de saciedade ajuda a evitar que a pessoa recorra a pequenos lanches, a popular ação de “beliscar”, diversas vezes ao dia.

Entretanto, aumentar o consumo de fibras por meio da ingestão de açaí não é suficiente para um emagrecimento efetivo e saudável. É preciso combinar o consumo da fruta com a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis.

Recomenda-se que ao ingerir mais fibras por meio da sua alimentação você aumente também o consumo de água a fim de evitar a prisão de ventre (constipação intestinal).

Açaí e aumento de peso

Em 100 g de polpa in natura de açaí há, aproximadamente, 60 Kcal. Destas calorias, 6,5 g são carboidratos, 2,6 g são fibras, 4,0 g são gorduras e 0,8 g são proteínas. Como se pode perceber a concentração de carboidratos em 100 g da fruta não é considerada elevada.

Além disso, a elevada concentração de fibras e de boas gorduras auxiliam na redução do índice glicêmico da fruta. Isto significa que o consumo do açaí in natura provoca menos picos de insulina e não se transforma em açúcar com facilidade. O mais importante para evitar o ganho de peso é não consumir a fruta com adição de açúcares como, por exemplo, o xarope de guaraná.

Consumo saudável do açaí

É possível usufruir dos benefícios do açaí utilizando-o como aliado para o emagrecimento e, ao mesmo tempo evitar o ganho de peso. sem isto signifique o ganho de peso.

Dê preferência à polpa congelada (in natura), ao suco ou ao creme de açaí. É também possível ingerir na forma de bebida energética.

Não adoce as preparações de açaí com mel, xarope de guaraná e outros açúcares. A adição de granola, especialmente as industrializadas (ricas em açúcar), tornará as preparações com açaí bem mais calóricas.

Cuidados quanto ao consumo de açaí
  • Busque informações sobre a procedência do açaí que você irá consumir. O consumo deve ser limitado à presença do selo de garantia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Saúde. Este controle é necessário uma vez que o açaí pode viabilizar a transmissão da Doença de Chagas.
  • Por conter alto teor de glicose, pessoas diabéticas somente devem consumir o açaí sob orientação médica ou nutricional.

Para um plano alimentar saudável e seguro, procure um/a nutricionista ou nutrólogo/a.

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Jejum intermitente emagrece? 3 dicas para emagrecer com jejum intermitente
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O jejum intermitente pode sim promover o emagrecimento. Entretanto, deve ser efetuado de forma correta tendo como base uma alimentação saudável. Algumas dicas podem ajudar a ter sucesso no processo de emagrecimento:

1. Implemente uma alimentação saudável Alimentação saudável: salada de folhas, pedacinhos de frango grelhado e legumes

Adotar hábitos alimentares são fundamentais para obter sucesso no emagrecimento com jejum intermitente. Sua alimentação deve incluir alimentos naturais, com o mínimo de produtos industrializados.

A alimentação rica em carboidratos refinados e processados (pães, massas, doces, bebidas açucaradas e gorduras), oferece gordura suficiente ao organismo, dificultando o consumo da gordura já armazenada, o que pode comprometer os resultados do jejum intermitente. Este tipo de alimentação também provoca a sensação de fome com maior frequência.

Portanto, antes de iniciar o jejum intermitente, adote hábitos alimentares saudáveis que incluam o consumo de carnes magras, verduras, frutas e legumes.

Veja também: Dietas para emagrecer rápido são saudáveis? 5 dicas para emagrecer com saúde

2. Comece com jejum intermitente de 12 horas

O jejum intermitente de 12 horas é o mais fácil de ser implementado. Neste protocolo você pode, por exemplo, jantar às 20 horas e só comer novamente às 8 da manhã. Neste caso, a noite de sono está incluída no período de jejum, o que torna mais fácil a sua execução. Inicie fazendo uma ou duas vezes por semana, avaliando como se sente.

Depois da adaptação ao protocolo de 12 horas é possível estender as horas de jejum. Entretanto, é importante que todos os protocolos de jejum intermitente feitos por você sejam orientados por nutricionista ou nutrólogo/a.

Leia mais: Jejum Intermitente: o que é, como fazer, o que devo comer?

3. Conheça a sua fome real

Não confunda a sua fome real com a fome emocional. De forma geral, a fome real faz o seu estômago "roncar" e pode ser saciada com qualquer alimento. Quando temos fome emocional, desejamos alguns tipos de alimentos específicos que são geralmente mais açucarados ou gordurosos. É a famosa vontade que temos de "comer algo gostoso". É importante identificar a presença de fome emocional para evitar o processo de fuga de uma alimentação saudável, uma vez que alimentos saudáveis reduzem a frequência de fome real.

A fome real também pode ser confundida, por exemplo, com o hábito de se alimentar de 3 em 3 horas, o que não faz parte de nenhum protocolo de jejum intermitente. Se você se alimenta de 3 em 3 horas, a fome virá nestes horários apenas pelo hábito. Por este motivo, é preciso saber reconhecer a sua fome real e se for decidido pela mudança de hábito, fazê-la de forma gradativa e bem orientada.

Não inicie dietas, novos planos alimentares ou qualquer estratégia de emagrecimento sem orientação nutricional.

Portanto recomendamos agendar uma consulta com o nutricionista e médico nutrólogo, para que seja avaliado o seu caso, discutido os males e benefícios dessa forma de emagrecimento, aumentando assim a chance de alcançar os objetivos desejados, de maneira segura.

Veja também: Perder peso muito rápido faz mal?

7 Erros que você não pode cometer se quer emagrecer

Noz-da-Índia: quais riscos oferece à saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Noz-da-Índia possui efeito laxativo e tóxico à saúde. É comumente utilizada para fins de emagrecimento, embora ainda não exista evidência científica que confirme esta ação.

A comercialização de Noz-da-Índia foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2017. Também foi proibida pela instituição a comercialização de semente semelhantes à noz-da-Índia como “jorro-jorro” ou “chapéu de Napoleão”.

Noz-da-Índia Noz-da-Índia é tóxica?

Sim! De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a noz-da-Índia é tóxica quando consumida por via oral e pode levar à morte.

A toxicidade da semente se deve a alguns de seus princípios ativos: a toxialbumina e a saponina. Além disso, o potente efeito laxativo pode provocar:

  • Mudança de comportamento
  • Problemas gástricos e digestivos
  • Agitação
  • Enjoo
  • Vômitos
  • Desidratação
  • Alucinações
  • Dilatação das pupilas
  • Falência hepática

A semente tem sido consumida crua e em grande quantidade para fins de emagrecimento. Além de não ser comprovado cientificamente que a Noz-da-Índia provoca a perda de peso, o seu consumo cru e em grande quantidade pode ser fatal. Por este motivo, não é recomendado o consumo de noz-da-Índia por via oral.

Efeitos colaterais da noz-da-Índia

Pouco se sabe sobre os efeitos colaterais do uso da noz com a finalidade de emagrecimento. O que está comprovado são os sintomas evidenciados em pessoas que a consumiram, como:

  • Cefaleia intensa (dor de cabeça)
  • Enjoo
  • Epigastralgia (dor no estômago)
  • Flatulência
  • Diarreia intensa
  • Distúrbios respiratórios
  • Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
  • Hipotensão (pressão baixa)
  • Edema nas pernas (inchaço)
  • Dores musculares
  • Sensação de fadiga
  • Desidratação intensa
  • Desnutrição
Consumo de noz-da-Índia e emagrecimento

Apesar de ser associada ao emagrecimento o consumo de noz-da-Índia, especialmente na forma de chá, tem efeito laxante potente, além de propriedades tóxicas. O seu consumo provoca diarreia intensa, o que levar a perda de líquido e desidratação. Esta perda de líquido intensa resulta na "sensação" de emagrecimento.

Não existem estudos científicos que comprovem a ação da noz-da- Índia para a perda de peso. O consumo por via oral da semente foi associado a três mortes no Brasil.

A ação laxativa da noz-da- Índia, quando consumida por via oral, interfere ainda na absorção de vitaminas e minerais, o que contribui para o desenvolvimento de casos de desnutrição severa.

Nos casos mais graves, existe a possibilidade de instalação de quadro de hepatite fulminante que pode evoluir para a necessidade de transplante de fígado.

Não consuma Noz-da-Índia na forma de alimentos, suplementos, cápsulas ou medicamentos. Seu uso pode oferecer riscos à saúde e provocar a morte. Se você busca emagrecer, adote hábitos alimentares saudáveis associados à prática de atividade física. Procure orientação de um/uma nutricionista ou nutrólogo/a.

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Como funciona a Dieta Cetogênica? Quais seus benefícios e riscos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Dieta Cetogênica se caracteriza pelo consumo elevado de gorduras (75%), ingesta moderada de proteínas (15%) e uma concentração bem reduzida de carboidratos (5%).

Esta dieta é conhecida por promover rapidamente a perda de peso. No entanto, não é indicada como forma saudável de perder peso, pois apresenta riscos a saúde, já que apresenta um desbalanço importante de nutrientes, além disso, não contribui com a redução do peso a longo prazo.

Como funciona a Dieta Cetogênica?

A alimentação restrita em carboidratos, base da dieta cetogênica, provoca a metabolização pelo fígado da gordura estocada no corpo ou que ingerimos na alimentação. Deste modo, o fígado produz corpos cetônicos e o estado de cetose, que provoca a utilização da gordura como fonte de energia promovendo o emagrecimento.

O que posso comer na Dieta Cetogênica?

Os alimentos que compõem a dieta cetogênica fazem parte de dois grupos principais de macronutrientes: as gorduras e as proteínas. É possível incluir nesta dieta: carnes vermelhas, frango, carne suína, peixes, ovos, embutidos como presunto e peito de peru, queijos, requeijão, manteiga, azeite de oliva, oleaginosas como castanhas e nozes, verduras verdes escuras como couve, espinafre e brócolis.

O que não posso comer na Dieta Cetogênica?

São proibidos na dieta cetogênica os carboidratos simples, de fácil absorção. Pertencem a este grupo: açúcar, arroz branco, pães brancos e massas.

Benefícios da Dieta Cetogênica

O único benefício desta dieta é o emagrecimento rápido pela restrição severa de ingestão de carboidratos.

O ideal é buscar um/a nutricionista para uma orientação voltada à reeducação alimentar. Deste modo, é possível manter o peso alcançado com a dieta ou emagrecer mais de forma saudável.

Riscos da Dieta Cetogênica Aumento dos níveis de colesterol

A dieta cetogênica favorece o aumento dos níveis de colesterol pelo estímulo à ingesta elevada de gorduras. O aumento do colesterol ruim também amplia os riscos de obstrução das artérias e de doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral.

Altera o humor

A dieta cetogênica, por ser muito restritiva em relação ao consumo de carboidratos, pode provocar mau humor. Isto ocorre porque o triptofano, essencial para a síntese de serotonina (hormônio da felicidade), precisa de carboidratos para chegar ao cérebro.

Aumenta o risco de câncer

O consumo livre de embutidos como peito de peru, salame e salsicha estimulados pela dieta cetogênica eleva o risco de câncer, especialmente no sistema digestivo.

A ingestão destes alimentos também pode alterar a pressão arterial uma vez que são ricos em sódio.

Provoca Hipoglicemia

A redução radical de carboidratos na alimentação pode levar à redução do nível de açúcar (glicose) no sangue. Este quadro pode desencadear desmaios e pode ser potencialmente maléfico para portadores de diabetes mellitus.

Além destas alterações o baixo consumo de carboidratos pode causar dores de cabeça, fadiga, perda de massa muscular e dificuldade de concentração para o desenvolvimento das atividades diárias.

Orientações sobre a dieta cetogênica

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a nossa alimentação seja composta de 55 a 75% de carboidratos, 10 a 15% de proteínas e 15 a 30% de gorduras.

A dieta cetogênica não vai de encontro a esta recomendação da OMS e pode acarretar problemas de saúde.

Predominam entre os nutricionistas e nutrólogos a ideia de não orientar que as pessoas sigam a dieta cetogênica. Uma alimentação balanceada e saudável, prescrita por um profissional, associada à prática de atividade física é ainda o método mais seguro para quem deseja perder peso.

A única indicação para a dieta cetogênica é para as crianças que apresentam crises convulsivas. Ainda assim a dieta deve ser feita com acompanhamento médico rigoroso.

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Alimentos ricos em fibras
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos ricos em fibras são as frutas (laranja, abacaxi, figo, pera, morango, ameixa, tangerina, maçã com casca), as hortaliças (cenoura, brócolis, alcachofra, abóbora, couve, alface, beterraba, repolho), as oleaginosas (nozes, avelãs, amêndoas), os pães, grãos e cereais integrais (arroz, aveia, farelo de trigo, cevada, centeio), as leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, amendoim, grão-de-bico) e as sementes de linhaça, chia e abóbora.

Desses, as melhores fontes de fibras são o farelo de trigo, a aveia, as sementes de chia e linhaça, o arroz integral, as hortaliças e as leguminosas. Vale lembrar que as frutas devem ser consumidas com casca e bagaço, sempre que possível, pois também são ricos em fibras.

Uma dieta com alimentos ricos em fibras melhora o funcionamento do intestino e a absorção dos nutrientes, como o cálcio, além de ajudar no equilíbrio da flora intestinal.

As fibras alimentares podem ainda ajudar a prevenir infarto, derrame cerebral, hipertensão arterial e diabetes. Por outro lado, a falta de fibras na alimentação e um estilo de vida sedentário pode aumentar os riscos de câncer do intestino, próstata e mama.

O que são fibras?

As fibras são um tipo de carboidrato presente em alimentos de origem vegetal. Apesar de serem um tipo de carboidrato (açúcar), as fibras não são digeridas pelo organismo e, por isso, não são utilizadas como fonte de energia.

Apesar de não serem consideradas um nutriente, uma vez que não sofrem digestão e por isso não chegam à corrente sanguínea, as fibras desempenham um papel muito importante na prevenção e no controle de doenças e trazem diversos benefícios à saúde.

Fibras solúveis

As fibras alimentares podem ser solúveis ou insolúveis. As solúveis formam uma espécie de gel no estômago ao entrar em contato com a água, retardando o esvaziamento do estômago e prolongando assim a sensação de saciedade.

As fibras solúveis também diminuem a absorção de gorduras, açúcar e substâncias cancerígenas pelo intestino. Além disso, elas passam por um processo de fermentação que favorece o desenvolvimento de bactérias intestinais que são benéficas para a saúde.

As fibras solúveis também trazem benefícios no tratamento e na prevenção da doença diverticular do cólon, auxiliam o controle do diabetes, podem diminuir o risco de câncer do intestino, fortalece as defesas do organismo e ainda ajudam a emagrecer, já que prolongam a sensação de saciedade.

Fibras insolúveis

As fibras insolúveis não formam um gel no estômago, mas aumentam o volume do bolo fecal, os movimentos intestinais e a frequência de evacuações, além de deixarem as fezes mais macias e atuarem na remoção de restos de alimentos do intestino. Com isso, reduzem o tempo de contato de substâncias cancerígenas com as paredes do intestino, combatem a prisão de ventre e fazem uma limpeza intestinal.

Qual a quantidade de fibras que uma pessoa deve consumir?

Para adultos, a dose recomendada de fibras é de cerca de 35 g por dia para homens e 24 g por dia para mulheres. Para crianças entre 1 e 8 anos de idade, a dose diária recomendada de fibras alimentares varia entre 19 g e 25 g. A quantidade varia de acordo com o peso, a idade e as calorias consumidas. Neste último caso, para cada 1000 kcal consumidas, recomenda-se a ingestão de 14 g de fibras.

Vale lembrar que o aumento do consumo de alimentos ricos em fibras deve ser acompanhado por um aumento da ingestão de água (no mínimo 1,5 litro por dia).

A falta de fibras na alimentação pode causar prisão de ventre, por isso o seu consumo é uma das principais formas de combater o problema.

Porém, é fundamental manter uma hidratação adequada para amolecer as fibras e o bolo fecal. Caso contrário, as fibras podem obstruir o intestino e ele pode ficar “preso”.

O nutricionista é o profissional indicado para montar um plano alimentar individualizado e balanceado, com as quantidades adequadas de cada alimento, de acordo com as necessidades da pessoa.